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ANALÍTICO COMPORTAMENTAL HISTÓRIA DA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL ❖ Movimento formal a partir da década de 60; ❖ Diversas discussões e divergências quanto aos princípios teóricos e metodológicos; ❖ Condicionamento Respondente; Condicionamento Operante; Aprendizagem Social e Modificação de Comportamento Cognitivo; ❖ Pavlov - Condicionamento Respondente; ❖ Watson - “hábitos aprendidos poderia explicar a maior parte dos comportamentos humanos”; psicologia puramente objetiva e experimental; ❖ Década de 20: estudos sobre paradigma respondente, sobre reações emocionais como o medo, etc; Experimento de Watson com o bebê Albert; ❖ Década de 30: aprendizagem contígua - determinada pelo emparelhamento entre o estímulo e a resposta; Psicologia da Aprendizagem - explicação da aquisição do comportamento; ❖ Década de 40: o comportamento passou a ser explicado, também, por meio dos conceitos de instinto, de percepção e de pensamento; pesquisas a respeito das bases biológicas; técnicas de modificação do comportamento que se assemelham às práticas contemporâneas de treinamento assertivo, dessensibilização sistemática, autocontrole, ensaio comportamental e tratamento baseado na imaginação; técnica de dessensibilização sistemática; ❖ Década de 50: comportamento verbal - Skinner afirmou que o reforçamento do comportamento verbal é mediado pelo ouvinte, enfatizando o papel da comunidade na modelagem e manutenção deste tipo de comportamento; ❖ Década de 60: baseada no pressuposto de que o comportamento dos organismos é função direta do ambiente e que o melhor lugar para modificar o comportamento-problema é o próprio ambiente em que ele ocorre; ❖ Década de 80: Hayes definiu os estímulos verbais como estímulos que possuem propriedades eliciadoras, estabelecedoras, reforçadoras ou discriminativas devido a sua participação em quadros relacionais; ❖ Atualmente: Para Follete e outros autores, indivíduos psicologicamente saudáveis parecem ser aqueles cujo comportamento está sob o controle das contingências em vez de estarem excessivamente sob o controle de regras e que, simplesmente, aceitam sua história de vida, não se comportando como se ela fosse também o seu futuro. BEHAVIORIMOS RADICAL E A TERAPIA COMPORTAMENTAL ❖ Início na década de 1950 na modificação de comportamentos inadequados; técnicas empregadas normalmente em instituições psiquiátricas; ❖ Nesse modelo inicial de intervenção, os eventos privados, como os sentimentos, pensamentos, não eram levados em consideração; ❖ Com o avanço nas pesquisas sobre o comportamento verbal, o modelo behaviorista radical passou a ser mais utilizado como base teórica no desenvolvimento de estratégias clínicas; ❖ Concepções errôneas em torno da Terapia Analítico-comportamental: terapia superficial, não trabalha o indivíduo como um todo, não lida com emoções e sentimentos, direcionada apenas a problemas específicos…; ❖ Comportamento como seu objeto de estudo; ❖ Visão monista e materialista: acaba com dualismo mente-corpo, não há uma distinção entre o físico e metafísico; comportamento público e comportamento privado ocorrem na mesma dimensão natural, a distinção entre ambos refere-se apenas ao fato de que os comportamentos privados só podem ser acessados diretamente pelo próprio indivíduo; ❖ Comportamento: relação entre eventos naturais, organismo-ambiente, organismo é modificado; pessoa é unidade biológica que vem interagindo com o ambiente desde o nascimento; ❖ Determinismo: explicar o presente a partir do passado, futuro não podendo ser utilizado para explicar o presente; quem determina é o ambiente a partir da interação que o organismo humano tem com ele; ❖ Em relação a clínica, inicial com o cliente, é necessária compreender os fenômenos comportamentais relacionados às queixas do paciente; ❖ Organismo-ambiente -> comportamento; relações de contingências; comportamento operante; o indivíduo é ativo; somente as ações afetarão o mundo diretamente; ❖ Contextualismo: comportamento no contexto; relações funcionais entre comportamento-ambiente; terapeuta comportamental está interessado nas condições em que a ação ocorre, seus antecedentes e consequentes, seu reforçamento/punição e os efeitos destes sobre a ação; ❖ Visão externalista: o que determina o que “tem dentro” da pessoa; ❖ Visão selecionista: seleção natural; seleção também atua na história de vida do indivíduo e nas práticas de uma cultura; sem variação, não tem seleção; compreensão de como os comportamentos dos pacientes foram adquiridos e estão sendo mantidos; contribui para validar os sentimentos e os comportamentos atuais, tornados-os coerentes com as experiências que a pessoa vem tendo ao longo da vida; contribui para validar os sentimentos e os comportamentos atuais, tornando-os coerentes com as experiências que a pessoa vem tendo ao longo da vida; SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIAS COMO MODELO DE CAUSALIDADE E A CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL ❖ Modelos de causalidade tratam de como “causas e efeitos” estariam relacionados e onde e como as “causas” de eventos particulares deveriam ser procuradas; ❖ MODELO DE SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIAS; ❖ Operante: conjunto de interações organismo-ambiente que envolvem especialmente ações e suas consequências; ❖ O indivíduo age no mundo; ❖ Comportamento humano como produto da variação entre variáveis pertencentes a três níveis de seleção: filogenético (características fisiológicas e anatômicas das espécies, herança genética, relações comportamentais inatas) ; ontogenético (repertório comportamental de cada indivíduo, adquirido ao longo da vida, torna o indivíduo único, desenvolvimento de um ambiente social, comportamento verbal, interação de duas ou mais pessoas) e cultural (práticas culturais transmitidas através do comportamento verbal e linguagem, "consciência": observação e descrição dos próprios comportamentos); ❖ Nas práticas clínicas deve-se considerar esses três níveis de seleção; ❖ Tudo o que fazemos é selecionado pelas consequências da nossa ação; HABILIDADES TERAPÊUTICAS ❖ Relação terapêutica diz respeito ao terapeuta e ao paciente; ❖ Bordin: a aliança terapêutica é constituída de três elementos – o vínculo terapêutico, o ajuste na percepção que terapeuta e cliente têm das tarefas da terapia e a concordância de ambos quanto aos objetivos do tratamento; ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E OS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS ❖ A análise do comportamento não vê os comportamentos humanos problemáticos como “doenças” ou “psicopatologias”, pois esses fenômenos têm causas e naturezas iguais aos demais comportamentos; ❖ “Estar com problemas”: refere-se a dificuldades em emitir respostas que diminuam estimulações aversivas ou que dêem acesso a reforçadores; ❖ A dificuldade em produzir reforçadores ou eliminar ou atrasar aversivos pode se dar por diferentes motivos: pela falta de repertório, o indivíduo não sabe (aprendeu) emitir a resposta que produz essas consequências; por falhas no controle discriminativo, o indivíduo não fica sob controle de eventos do ambiente que deveria ter para que sua resposta seja reforçada; por dificuldade em relação à intensidade (excesso ou insuficiência) da resposta, não produz a consequência; ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO ❖ Explicar, predizer e controlar o comportamento buscando no ambiente externo e interno os seus determinantes; ❖ Analisar o comportamento funcionalmente -> busca da função do comportamento - diferente de topografia; ❖ Tríplice contingência: antecedentes, comportamento e consequências; ❖ Busca dos determinantes da ocorrência dos comportamentos; ❖ Comportamento respondente -> estímulo antecedente; ❖ Comportamento operante -> consequência; ❖ Uma vez que encontremos os determinantes do comportamento é possível: prever sua ocorrência e controlá-lo, aumentando ou diminuindo sua probabilidade de ocorrência; ❖ Identificar relações entre o indivíduo e o seu mundo, consiste em observar um comportamento e saber que tipo de consequência ele produz - reforçamento positivo, punição negativa..; ❖ Predizer o comportamento:entender em que circunstâncias as pessoas fazem o que fazem, pensam o que pensam ou sentem o que sentem; ❖ Controlar o comportamento: dispor as condições necessárias e suficientes para que o comportamento se torne provável; ❖ Comportamento: determinismo ambiental; TERAPIA ANALÍTICO COMPORTAMENTAL ❖ TAC: TERAPIA ANALÍTICO COMPORTAMENTAL ❖ Realiza a análise funcional dos comportamentos; identifica com as relações entre o cliente e seu ambiente se constituíram e se mantêm; não emite julgamentos de valor e nem busca explicações metafísicas; compreende que aqueles comportamento foram selecionados na história de vida; ❖ Avaliação funcional: principal ferramenta -> objetivos: identificar o comportamento-alvo e as condições ambientais que o mantêm; determinar a intervenção apropriada; monitorar o progresso da intervenção; auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção; ❖ Através da analise funcional o terapeuta interpreta a dinâmica de funcionamento do paciente que o levou a procurar por terapia e determinar a intervenção apropriada para modifica as relações comportamentais envolvidas na queixa; ❖ 5 etapas da avaliação funcional: identificação das características do paciente; organizar os dados em princípios comportamentais; planejamentos da intervenção; implementação da intervenção; avaliação dos resultados; ❖ Análise molecular: a avaliação funcional estará em um aspecto pontual e momentâneo, evento específico; ❖ Análise molar: investigar o histórico de desenvolvimento da queixa; história de vida do paciente; análise molar do funcionamento do paciente; ❖ Histórico de desenvolvimento do comportamento-alvo -> queixa: como e quando isso se tornou uma queixa? Como o cliente tentou lidar com a queixa?; ❖ História de vida do paciente não diretamente relacionada à queixa: coleta de dados acerca da história de vida do paciente que inclui seu desenvolvimento: infância e adolescência; relações familiares; estudo/trabalho; lazer…; ❖ NINGUÉM É O SEU PROBLEMA! ❖ Análise molar do funcionamento do paciente: avaliação dos impactos que o problema clínico está causando no funcionamento global do cliente; INTERVENÇÕES NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL ❖ Análise de contingência -> avaliação funcional -> intervenção -> técnica; ❖ Intervenções baseadas em modificação do antecedente: regra -> estímulos verbais ou não verbais que controlam uma resposta, emitidos por outras pessoas ou agências controladoras; e auto regra -> formulada pela própria pessoa que as segue; ❖ Autoconhecimento: repertório de auto-observação e autodescrição - sobre o próprio comportamento - incluindo as contigências que o controlam, o que também é denominado de uma “relação fazer-dizer”; ❖ Autocontrole: relação de “dizer-fazer”, uma resposta - controlado - irá afetar outra resposta - controlada -; ❖ Time-out: resposta da pessoa não terá mais estímulo discriminativo para ser emitida; ❖ Fading: método sistemático para realizar a mudança de controle de estímulo. Conhecida como “treino de aprendizagem sem erro” é um controle de estímulos por aproximações sucessivas; ❖ Intervenções baseadas em modificação da consequência: ❖ Modelagem: reforçamento diferencial de respostas por aproximações sucessivas. Sendo o reforçamento diferencial parte do processo, ele pode ser realizado de diversas maneiras: dra -> reforçamento de respostas diferentes das que pretendemos reduzir a frequência, mas que produzam as mesmas consequências; dro -> reforçar qualquer resposta que não seja a que pretendemos extinguir; dri -> reforçamento de respostas que são fisicamente impossível de serem emitidas juntamente com o comportamento que desejamos extinguir; ❖ Extinção: quebra da relação e consequência; ❖ Punição: estímulo punidor ou retirada de um estímulo reforçador; ❖ Economia de fichas; ❖ Intervenções baseadas em modificação da resposta: ❖ Modelação: relação entre um modelo antecedente e a resposta de observá-la e imita-lá; ❖ Role-play: técnico ao uso da modelação, planejado e sinalizado pelo clínico; ❖ Intervenções sobre o comportamento respondente: ❖ Dessensibilização sistemática; exposição; relaxamento muscular progressivo; e treino de respiração -> objetivo de que ocorra diminuição do respondente; TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
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