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ANDERSON BOUÇÃO SILVA PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Caso clínico Fortaleza 2022 ANDERSON BOUÇÃO SILVA PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Caso Clínico Trabalho apresentado na disciplina de Clínica Médica No curso técnico de enfermagem Fortaleza 2022 CASO CLÍNICO O caso clínico de insuficiência cardíaca abaixo aborda sobre um paciente idoso, do sexo masculino, 73 anos de idade, ativo e aparentemente normal. Identificação do Paciente · Nome: A.A.P · Idade: 73 anos · Data de nascimento: 12/03/1948 · Sexo: Masculino · Naturalidade: Não consta em prontuário · Nacionalidade: Brasileiro · Ocupação: Do lar · Estado Civil: Solteiro Queixa Principal Dificuldade para andar de bicicleta e subir escada. História Da Doença Atual (HDA) Paciente, sexo masculino, em uma consulta na Unidade Básica de Saúde relata cansaço há três dias acompanhado de dispneia, que piora com esforço, melhora ao repouso. Além disso, relata dispneia paroxística noturna. Nega dor precordial, nega febre, nega tontura, nega tabagismo e nega etilismo. Antecedentes pessoais, familiares e sociais Paciente possui: Diabetes Mellitus do tipo 2, hipertensão e já teve um episódio de Acidente Vascular Encefálico. Foi tabagista e etilista por muito tempo. Faz uso de: Hidralazina, furosemida, AAS infantil, Sinvastatina e insulina. Solteiro, reside com seu filho em uma casa no fundo do lote da filha, sobrevive da aposentadoria e da ajuda dos filhos. EXAME FÍSICO Bom estado geral, lúcido, orientado, afebril, acianótico, anictérico, hidratado. ACV: BRNF, sem sopro. AR: Murmúrio vesicular presente bilateralmente, com presença de creptos discretos na base. Saturação O2: 97% FC: 63 bpm MMII: Edema de membros inferiores (2+/4+), pulso pedioso filiforme, Dermatite ocre presente. Suspeitas Diagnósticas · Insuficiência Cardíaca Exames Complementares · Hemograma completo · Marcadores de necrose miocárdica (troponina e CK-MB) · Rx de tórax · Ecocardiograma · ECG · Função renal e eletrólitos · Gasometria arterial Diagnóstico A clínica do paciente, analisando suas queixas foi primordial para compreender o diagnóstico clínico de uma insuficiência cardíaca, que é uma doença que pode ser causada por outras doenças como HAS, DM e tabagismo. O diagnóstico se dá ao analisar os resultados dos exames, associado a idade e as queixas do paciente. 1. O que é Insuficiência Cardíaca? É definida como uma incapacidade do coração de conseguir cumprir sua função de bomba e atender à demanda tecidual, ou a necessidade de aumentar a pressão de enchimento ventricular. 2. Quais os sinais e sintomas da doença? A IC pode ser dividida didaticamente em IC direita e IC esquerda. Na IC esquerda, a falência do ventrículo esquerdo (VE) causa um aumento da pressão do enchimento deste ventrículo, o que diminui a eficácia da passagem do sangue do átrio esquerdo (AE) para o VE causa aumento da pressão no AE, dificultando o retorno do sangue da circulação pulmonar para o AE. Isso resulta em sintomas como dispneia aos esforços, dispneia paroxística noturna, ortopneia, edema agudo de pulmão. Já na IC direita, o processo de falência ocorre no ventrículo direito (IC), e através dos mesmos mecanismos explicados no caso da IC esquerda, ocorre congestão, no entanto, nesse caso é dificultado o retorno da circulação sistêmica, e não a circulação pulmonar. Dessa forma, o paciente costuma apresentar edema em membros inferiores, estase de jugula, hepatomegalia, esplenomegalia, crepitações pulmonares e ascite. 3. Como se dá o diagnóstico? O diagnóstico da Insuficiência Cardíaca é guiado primariamente pelo método clínico, no entanto, diversos exames complementares podem auxiliar no diagnóstico e na avaliação da gravidade da doença. Os critérios de Framingham são critérios clínicos, exceto apenas pela cardiomegalia ao Raio X de tórax. Com 1 critério maior e 2 critérios menores ou 2 critérios maiores é possível indicar o diagnóstico de IC. 4. Tratamento Uma parte do tratamento é focada no alívio dos sintomas, no entanto, algumas classes de medicamento tem o potencial de diminuir o fenômeno de remodelamento cardíaco, que ocorre principalmente devido à hiperativação do SRAA (Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona) e sistema simpático Tipos medicamentos que aumentam a sobrevida, inibem a desregulação do sistema simpático e do SRAA: inibidores da enzima conversora da angiotensina (iECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), betabloqueadores, antagonistas da aldosterona, hidralazina e nitratos e valsartana-sacubitril. Tipos de medicamentos para pacientes sintomáticos: Anticoagulante, diurético de alça, diurético tiazídico, digitálicos e drogas vasoativas (pacientes muito graves: Dobutamina e Noradrenalina).
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