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FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA I - PROVA UNICESUMAR

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MAPA FCSE I 
Acadêmico: Vanessa Seron Maranho
RA: 22293979-2
Curso: Medicina turma A - P9
O tipo de violência em questão é estrutural, o que portanto, quer dizer que existe não somente em casos extremos de desrespeito e agressão, mas sim em atitudes rotineiras e pequenas, presentes em todos os ambientes e normalizadas pelo tempo e educação, as quais podemos chamar de micro violências. 
Como por exemplo, a cobrança desproporcional da realização de tarefas domésticas e criação dos filhos, para a mulher, quando comparada a do homem, que na maioria dos casos – salvo ambientes em que o convívio não seja heterossexual – divide as mesmas relações e ambientes. Essa cobrança pode gerar um esgotamento da mulher e atrapalhar seu desempenho nas outras
Violência contra mulher
atividades da sua vida. Não contente, ainda terá menos reconhecimento de esforço no meio doméstico e maternal – evidenciado pela irregular apreciação da sua aplicação e normalidade no desenvolvimento de comentários de difamação -, e será responsabilizada pelo menor desempenho no meio profissional, com a justificativa da sua condição de gênero.
Mesmo que tenha menor magnitude, essas ações podem ser mais perigosas que as outras, pois facilmente passam despercebidas e quando reportadas são negligenciadas, ainda reforçam a ideologia da naturalidade das violências e condicionam as vítimas ao costume de submissão.
Violência contra mulher
Esses comportamentos possuem como identidade o embasamento na ideia de superioridade do gênero masculino, mesmo que seja no âmago mais profundo da motivação do agressor.
Apesar de dados recentes do Brasil - como o que, entre março de 2020 e dezembro de 2021, foram registrados 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro [1] -, tivemos um grande avanço nos processos corretivos deste problema, como a sanção do Projeto de Lei nº 5.613/2020 e 5.096/2020 (Mari Ferrer), a aplicação da Lei Maria da Penha e as novas e modernas vias/políticas de denúncias.
Entretanto, ainda há um déficit quanto a medidas preventivas, que deverão estar orientadas na erradicação a tal ideologia.
Violência contra mulher
Crianças e adolescentes, de 4 à 17 anos, que estejam frequentando uma instituição de ensino.
Público-alvo
Promover por meio da educação e compartilhamento de conhecimento, orientação para que meninas/mulheres sejam capazes de identificar, denunciar e se proteger, cientes de seus direitos e resistentes a danos psicológicos. E para que meninos/homens conscientizem-se de suas atitudes e possam, de forma mais empática, serem intencionais em suas ações, erradicando qualquer princípio e ideologia que desenvolva um agressor.
Sendo que ambos, poderão cessar a repetição de micro violências e reforços de pensamentos com raízes na supremacia masculina.
Objetivos
O projeto é alicerçado na existência de núcleos de discussão sobre o tema, dentro das universidades – normalmente conhecidos como Coletivos -, que em tese são centros de produção intelectual e, principalmente as públicas, possuem um forte sentimento de retorno contribuinte ao meio social em que esta imerso.
O conhecimento já existe, os Coletivos já produzem materiais. A ideia consiste no financiamento - que viria do recolhimento de doações ou participação de empresas aliadas a essa luta - destes coletivos, direcionado a produção de materiais educativos (livros, guias, gibis,...) e dinâmicas para aplicação em escolas, com fins didáticos.
Descrição do projeto
A viabilidade deste projeto é evidenciada pelo fato de que o meio produtor já existe e é ativo na área, só estariam recebendo uma verba para potencializar suas atividades e impacto. Não há necessidade de um grande recrutamento e desvio de esforços, só uma nova orientação de trabalhos já existentes.
Os discentes participantes teriam um enriquecimento do currículo, a universidade um crescimento no impacto comunitário – o qual gera maior reconhecimento da instituição -, os financiadores estariam contribuindo para uma causa social, as escolas teriam um aprimoramento na formação de seus alunos, e estaríamos gerando uma discussão sobre o tema, agindo de forma preventiva. Com resultados ao longo prazo.
Descrição do projeto
[1] FORUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2022. “Violência contra mulheres em 2021”. Disponível em: <https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf>. Acessado em: 17 de outubro de 2022.
[2] “Projeto de Lei n° 5613, de 2020”. Senado Federal, 2021. Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/146095>. Acessado em: 17 de outubro de 2022.
Referências
[3] “Sancionada Lei Mariana Ferrer, que protege vítimas de crimes sexuais em julgamentos”. Agência Senado, 2021. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/11/23/sancionada-lei-mariana-ferrer-que-protege-vitimas-de-crimes-sexuais-em-julgamentos >. Acessado em: 17 de outubro de 2022.
Referências

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