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Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 Fármacos do Trato Gastrointestinal Farmacologia Introdução o o sucesso do tratamento de acidez gástrica, úlceras pépticas e doença do refluxo gastroesofágico consiste em: a. diminuir a acidez gástrica; b. aumentar a defesa da mucosa Patofisiologia o fatores neuronais – acetilcolina: não há estímulo de ácido; o parácrinos – histamina; o endócrinos – gastrina; ® esses fatores regulam a secreção de H+ pelas células parietais. Inibidores da Bomba de Prótons o os supressores mais potentes da secreção de ácido gástrico; o diminuem a produção diária de ácido gástrico basal (normal) e estimulada (alimentação/hormônios); o principais representantes: omeprazol, esomeprazol, lansoprazol, dexlansoprazol, roberprazol, pantoprazol; o são pró fármacos ativados nos canalículos de ácido. Apresentação Intravenosa o principais representantes: esomeprazol, pantoprazol ou lansoprazol; o pantoprazol: 40 mg/dia durante até 10 dias – doses mais altas (160-240 mg) para distúrbios hipersecretores. Princípios farmacológicos o 76 minutos antes das refeições para ativação; o 2-5 dias de tratamento para obter uma boa taxa de inibição – demora para atingir o efeito; o secreção ácida permanece suprimida por 24/48 horas; o a inibição das bombas é irreversível – necessária produção de novas bombas; o insuficiência renal crônica não leva ao acúmulo e doença hepática reduz a depuração dos fármacos. REAÇÕES ADVERSAS o comuns – náuseas, constipação, dor abdominal, flatulência e diarreia; o incomuns – miopatia subaguda, artralgias, cefaleias e exantemas cutâneos; o interações medicamentosas – varfarina, diazepem e ciclosporina; o uso crônico – aumento do risco de fraturas ósseas e suscetibilidade de infecções (pneumonia hospitalar – C. difficile). Antagonistas dos Receptores H2 o inibem a produção de ácido competindo de modo reversível com a histamina pela ligação aos receptores H2 na membrana basolateral das células parietais; o principais representantes: cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina; o suprimem a secreção de ácido gástrico em 70% durante 24 horas – administração noturna (cicatrização das úlceras.). apresentação intravenosa e intramuscular o principais representantes: cimetidina, ranitidina e famotidina. Princípios farmacológicos o absorção rápida (1-3 horas) e níveis terapêuticos alcançados rapidamente; o pouca ligação a proteínas; o deficiência na depuração da creatinina é necessário reduzir a dose; o atravessam a placenta e são excretados no leite materno. Reações adversas o comuns – diarreia, cefaleia, sonolência, fadiga, dor muscular e constipação e discrasias hematológicas (trombocitopenia); o incomuns – confusão, deliruim, alucinações, fala arrastada e cefaleia; o interações medicamentosas – podem aumentar o nível de vários fármacos. Tolerância e Rebote com Medicações Supressoras de Ácido A tolerância pode-se desenvolver em 3 dias após o início e resistente ao aumento da dose. Pode resultar em hipergastrinemia secundária – IBPs não causam esse fenômeno. O rebote podem ocorrer quando ambas as classes desses fármacos são interrompidas. Fármacos que Aumentam as Defesas da Mucosa Misoprostol – análogos das prostaglandinas o AINEs diminuem a secreção de prostaglandinas; o efeitos adversos: diarreia, cólicas abdominais, interrupção abdominal e exacerbações clinicas da doença inflamatória intestinal; o contraindicado durante a gravidez – aumento das contrações uterinas (abortivo). Sucralfato Gabriela Sensi Santhiago Universidade Positivo – XIX 2022 o o fármaco vira um polímero viscoso e pegajoso que adere as células epiteliais e as crateras das ulceras., tentando evitar a agressão da mucosa ao estômago; o inibe a hidrolise das proteínas, estimula a produção de prostaglandinas e fator de crescimento epidérmico; o uso terapêutico para profilaxia de úlceras de estresse (doenças crônicas). Antiácidos o fazem a neutralização do H+ rapidamente – combinações de hidróxido de Mg (rápida – diarreia) e de Al (lenta – constipação) são preferidas; o principal representante: magaldrato (associação com a dimeticona); o úlceras não complicadas – 1-3 horas após refeições e ao deitar; o sintomas graves ou refluxo não controlado – 30-60 minutos após refeições; o ideal é em suspensão – melhor ação; o com o estômago cheio possuem eficácia melhor e duram mais tempo. Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) o pirose ou regurgitação gastroesofágica; o pode causar esofagite erosiva grave, estenoses e metaplasia de Barrett; o tratamento tem por objetivo a resolução dos sintomas e a cura da esofagite; o IBP são mais eficazes que os antagonistas de H2. SINTOMAS GRAVES OU MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS DE DRGE o pode ser necessária a administração de IBP 2 vezes/dia; o é difícil tornar os pacientes aclorídricos – a maioria continua produzindo ácido (principalmente a noite); o tratamento: IBP + antagonista de H2 (à noite). Drge e gravidez o uma grande parcela das gestantes pode apresentar pirose; o maioria dos casos desaparece após o parto; o casos leves – antiácidos ou sucralfato (conservador); o casos de persistência – antagonistas de H2 (ranitidina); o casos refratários – IBP (lansoprazol). Doença Ulcerosa Péptica o desequilíbrio entre os fatores de defesa da mucosa (bicarbonato, mucina, prostaglandinas, óxido nítrico) e fatores lesivos (ácido e pepsina); o H. pylori + AINEs – integram de modo complexo para causar úlcera; o IBPS e antagonistas H2 são muito eficazes – IBPs aliviam os sintomas e promovem uma cicatrização mais rápida; o úlceras hemorrágicas agudas – pantoprazol ou lansoprazol via intravenosa. Tratamento da Infecção por H. pylori o BGN associado à gastrite, úlceras gástricas, úlceras duodenais, adenocarcinoma gástrico e linfoma gástrico de células B; o sem o uso de AINEs a erradicação elimina quase que por completo o risco de recidiva; o antibiótico (amoxicilina ou claritromicina) + IBP/antagonista de H2 – aumento da eficácia. Úlceras 1. relacionadas com os AINEs: o usuários crônicos podem desenvolver úlcera sintomática, sangramento GI ou perfuração; o suspender o uso de AINEs em pacientes com úlcera; o IBPS são os ideais. 2. relacionadas com estresse: o surgem no contexto de uma doença profunda ou de traumatismo que exigem tratamento intenso; o IBPs e antagonistas de H2 podem ser utilizados; o devido ao risco de pneumonia, o sucralfato parece proporcionar uma profilaxia razoável.
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