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Psicopatologia: O que é? Psicopatologia é uma palavra de origem grega, sendo definida como o estudo das doenças mentais no que se refere à sua descrição, classificação, produção e evolução, servindo de base à escolha da psicoterapia a ser adotada. Inicialmente é necessário conhecer as funções psíquicas que constituem o ser humano. A avaliação das funções psíquicas tem sido altamente utilizada na área da enfermagem por sua grande importância na avaliação e no planejamento da assistência em saúde mental. Funções Psíquicas Consciência É onde se desenvolvem todos os processos mentais, tais como sensações, pensamentos e emoções em certo instante. Utiliza-se o termo lucidez para conceituar o estado normal de consciência. As principais alterações da consciência constituem-se em: – Desorientação: perturbação da orientação referente ao tempo, local ou pessoas. – Obnubilação: pensamento pouco claro, com perturbação na percepção e atitudes. Caracterizado pela lentidão de compreensão, alteração do curso do pensamento, certo grau de desorientação e pouca sonolência. – Sonolência: sedação anormal, na qual a pessoa desperta ao receber estímulos. – Estupor ou torpor: falta de reação e de consciência com relação ao ambiente, onde a pessoa desperta apenas com estímulos dolorosos intensos, os quais cessando, a pessoa volta ao estado de inconsciência. – Coma: é o grau mais intenso de inconsciência. A pessoa não é capaz de despertar sob estímulo algum. – Estado crepuscular: consciência perturbada por alucinações e delírios, e quando retorna ao estado de consciência normal, não recorda do acontecido ou tem dificuldade para fazê-lo. – Estupor depressivo ou catatônico: a pessoa encontra-se desligada do contato com o mundo externo, mantendo-se imóvel, com o olhar fixo. Atenção Atenção é a concentração da atividade psíquica sobre os estímulos que a solicitam. Dentre as alterações da atenção, destaca-se: – Hipovigilância: diminuição da capacidade de estar atento a novos estímulos. – Hipervigilância: sensibilidade excessiva para novos estímulos. – Distratibilidade: incapacidade de concentração da atenção, a qual é desviada para estímulos irrelevantes. – Desatenção seletiva: bloqueio dos estímulos que geram ansiedade ou aflição. – Hipotenacidade: dificuldade de manter-se fixado a um mesmo estímulo. – Hipertenacidade: atenção excessiva a determinado estímulo. Sensopercepção É a função mental que possibilita a tomada de conhecimento sobre o ambiente e o próprio corpo. Dentre as alterações de sensopercepção relacionam-se: – Ilusões: percepção errônea de estímulos sensoriais externos reais, ou seja, há deformação do objeto real. – Alucinação: percepção sensorial falsa não associada a estímulos reais, isto é, a pessoa percebe como real, algo que não existe. Podem ser auditivas, táteis, visuais, olfativas, gustativas, sinestésicas, cenestésicas ou negativas. – Pseudoalucinação: a pessoa percebe algo que não existe, mas tem noção de que sua experiência não corresponde à realidade. – Deslocamento da qualidade sensorial: quando há troca de qualidades sensoriais, por exemplo: “ver vozes”. Orientação Trata-se da capacidade da pessoa em situar-se com relação a si mesma e ao ambiente, no tempo e no espaço. As principais alterações que envolvem a orientação são: – Desorientação delirante: desorientação resultante de um pensamento delirante. – Dupla orientação: a orientação anormal coexiste juntamente com a orientação normal. – Desorientação apática: a pessoa está lúcida e percebe com clareza e nitidez tudo que se passa à sua volta, porém não tem interesse por si e nem pelo que se passa à sua volta. – Desorientação amnésica: é a incapacidade da pessoa em fixar os acontecimentos e de orientar-se no tempo, no espaço e em suas relações. – Desorientação amencial: ocorre quando da turvação da consciência. – Desorientação oligofrênica: desorientação em virtude da deficiência de inteligência. Memória Consiste na capacidade de adquirir, reter e utilizar uma experiência vivenciada. Possui três fases: – Fase de fixação e conservação: a experiência vivenciada é armazenada e mantida no psiquismo; – Fase de evocação: a vivência é rememorada da fase latente; – Fase de reconhecimento: a memória é identificada e há uma atualização da experiência vivenciada. As principais alterações de memória são: – Amnésia: incapacidade total ou parcial para recordar experiências passadas, e pode ser de origem orgânica ou emocional. – Paramnésia: falsificação ou ilusão da memória pela distorção da recordação. – Hipermnésia: grau exagerado de retenção e recordação de experiências passadas. Inteligência A inteligência refere-se basicamente à totalidade das habilidades cognitivas da pessoa. Basicamente, são dois grupos de patologias que apresentam alterações de inteligência: a demência, na qual o déficit intelectual é involutivo (inicia após a pessoa ter alcançado um determinado nível de inteligência) e o retardo mental onde o déficit ocorre pela interrupção do processo de desenvolvimento.
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