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Clínica médica pequenos - Respiratório

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Respiratório
- Composto por cavidade nasal e seios
paranasais, recobertos por mucosa
- Distúrbios nasais estão associados a
edema, inflamação e infecção secundária
de mucosa, podendo ser focal ou
multifocal
Sinais clínicos
- Secreção nasal (+ comum), espirros,
estertores (roncos, ruídos), deformidades
faciais, letargia, inapetência, perda de
peso
Secreção nasal
- Associada a cavidade nasal e seios
paranasais
- Decorrente de distúrbios do trato
respiratório inferior
- Decorrente de distúrbios sistêmicos
(coagulopatias e hipertensão)
- Seroso, mucopurulento, com ou sem
epistaxe (hemorragia)
Seroso
- Aspecto aquoso e claro
Etiologia
- Infecções virais
Muco purulenta
- Espessa, gelatinosa, amarelo
esbranquiçada a esverdeada
Etiologia
- Agentes infecciosos, CE, neoplasias,
pópilo, alergias, extensão de dç bucal,
fístula oronasal, palato deformado
Epistaxe
- Sangue vivo (aquoso/claro) ou
sanguinolenta
Etiologia
- Trauma agudo, neoplasias, infecções
micóticas, hipertensão, trombocitopenia
ou trombocitopatia
Trato respiratório inferior
- Secreção muco purulenta, tosse,
dispnéia, crepitações audíveis
- Investigar vias aéreas inferiores e
parênquima pulmonar
Espirros
- Liberação violenta de ar dos pulmões
através da cavidade nasal ou oral
- Reflexo protetor que expele material
irritante da cavidade nasal
- Intermitente e ocasionais são normais
- Persistente são anormais
- Súbito: CE nasal, infecção respiratória
do trato superior de felinos
Deformidade facial
- Neoplasias, criptococose em gatos
Diagnóstico
- Anamnese (processos agudos, crônicos,
corrimento uni ou bilateral)
- Exame físico (simetria facial, dentes,
gengiva, palato duro e mole, linfonodos
mandibulares e olhos, dor a palpação dos
ossos nasais (aspergilose), gengivite,
cálculo dentário, perda dentária/pus no
sulco gengival, fístula oronasal/abscesso
de raiz dentária, aumento de linfonodos
submandibulares (inflamação ativa ou
neoplasia), descolamento de retina,
hipertensão sistêmica, lesões expansivas,
epistaxe, petéquias, hemorragias
- Hemograma + contagem de plaquetas
(erliquiose), testes rápidos para FIV e
FELV, sorologia fúngica, rinoscopia,
cultura da secreção nasal, swab da
mucosa nasal, biopsia (CAAF)
Infecção respiratória superior felina
Aguda
- Febre, espirros, secreção serosa ou
mucopurulenta, conjuntivite, secreção
ocular, hipersalivação, anorexia,
desidratação, ulcerações de córnea,
aborto, morte neonatal, úlceras orais,
pneumonia intersticial branda, poliartrite
Diagnóstico
- Anamnese + exame físico
Tratamento
- Hidratação e nutrição adequada
- Remoção do muco e exsudato
ressecado da face e narinas
- Vaporização de 15 a 20 min, 2 ou 3x ao
dia (banheiro ou local pequeno)
- Descongestionantes nasais (fenilefrina
0,25%, oximetazolina 0,025%)
- ATB para infecções secundárias graves
Ampicilina 22mg/kg/TID/VO ou SC
Amoxicilina: 22mg/kg/TID ou BID/VO
Doxiciclina: 5 a 10mg/kg/BID/VO
(mycoplasma)
- Pomadas oftálmicas
Conjuntivite primária: cloranfenicol e
tetraciclina, ambos de 3 a 4x ao dia, por
14 dias após a resolução dos sinais
clínicos
Crônica
- Gatos que se recuperaram da aguda e
tiveram recidivas (estresse,
imunossupressão)
Diagnóstico
- Eliminação de outras causas de
secreção nasal crônica, outros
diagnósticos gerais, isolamento viral,
sorologia (anticorpos séricos)
Tratamento
- Vaporização para alívio dos sintomas.
Apresenta maior eficácia em climas secos
ou em congestão grave
- Fenilefrina 0,25% ou Oximetazolina
0,025%
- ATB: amoxicilina, sulfa + trimetropin,
marbofloxacin
1 semana após o ínicio, manter de 4 a 6
semanas
Prednisolona em casos graves
Prevenção
- Vacinação (tríplice felina, quádrupla,
quíntupla)
Micoses nasais
- Criptococose
Transmissão
- Fezes de pássaros e inalação
- Disseminação hematogênica para outros
órgãos
Sinais clínicos gatos
Infecção cavidade nasal e pulmão:
- Espirros e corrimento nasal uni ou
bilateral,
seroso a mucopurulento, frequentemente
contém sangue
- Lesões granulomatosas narinas externas
- Deformidade facial (acima da ponte
nasal)
- Lesões ulcerativas no plano nasal
- Linfadenopatia submandibular
Infecção na pele e olhos
- Massas cutâneas ou subcutâneas,
isoladas ou
múltiplas, pequenas, firmes ou flutuantes,
ulceradas
- Uveíte anterior, neurite do nervo óptico
- Luxação de cristalino e glaucoma =
sequelas
SNC
- Meningoencefalite difusa ou focal,
depressão, alterações de comportamento,
convulsões, cegueira, andar em círculos,
ataxia, paresia
Sinais inespecíficos
- Anorexia, perda de peso e febre
SNC CÃES
- Convulsões, ataxia, síndrome vestibular
central,
déficit em 1 ou mais pares de nervos
cranianos
(V ao XII) e comprometimento cerebelar
Diagnóstico
- Anamnese + exame físico
- Alterações hematológicas: anemia
arregenerativa e monocitose
- Alterações radiográficas: diminuição de
densidade de tecido mole da cavidade
nasal, padrões intersticiais difuso a miliar
no tórax
Diagnóstico Definitivo
- Demonstração do microorganismo,
citologia, histopatologia, cultura do
microrganismo
Tratamento cão
- Fluconazol
1,25 a 2,5mg/kg/bid VO (gatos)
- Cetoconazol 10mg/kg/SID/VO (também
para gatos)
- Itraconazol 5mg/kg/BID/VO/4d ou
5mg/kg/SID/VO
5mg/kg/BID/VO (gatos)
Rinite bacteriana
- Secundária a alguma doença nasal
- Complicação resultante da proliferação
de habitantes normais da flora nasal
- Bordetella bronchiseptica e Mycoplasma
podem agir como patógenos primários
Diagnóstico
- Secreção mucopurulenta
- Culturas bacterianas de Swabs ou da
mucosa nasal colhida profundamente
Tratamento
- Amoxilina 22mg/kg/BID ou TID
- Sulfa + trimetoprim: 15mg/kg/BID
- Clindamicina: 5,5 a 11 mg/kg/BID
- Doxiciclina: 5 a 10mg/kg/BID (Bordetella
e Mycoplasma)
Duração
- Infecções agudas ou secundárias com
eliminação da causa primária: 7 a 10 dias
- Infecções crônicas: 4 a 6 semanas
Trato respiratório inferior
Sinais clínicos
- tosse, dispnéia, intolerância ao exercício,
fraqueza, cianose, síncope, secreção
nasal bilateral, expectoração
Sinais inespecíficos
- Febre, anorexia, perda de peso, apatia
Tosse
- Liberação súbita de ar dos pulmões
através da boca
- Reflexo protetor = expele material das
vias aéreas
- Inflamação e compressão das vias
também estimulam a tosse
- Produtiva ou improdutiva (seca)
- Alta ou baixa
Dispneia
- Aumento no esforço durante a
respiração em relação ao esforço normal
- Dificuldade respiratória
Ortopnéia = dificuldade em respirar em
determinadas posições
Gatos
Normalmente apresentam dispnéia leve
Movimentos peitorais exacerbados e
boca aberta = grave
- Cianose = hipoxemia grave
- Esforço respiratório não está
compensando o grau de insuficiência
respiratória
- Palidez de mucosa também é sinal de
hipoxemia aguda
- Causas não respiratórias: anemia grave,
hipovolemia, acidose, hipertermia,
enfermidades neurológicas
Diagnóstico
- Estabilizar o animal antes da avaliação
(principalmente no RX de tórax)
- Anamnese + exame físico cuidadoso
- Auscultação do tórax (local tranquilo,
animal calmo)
Esteto sobre a traqueia (roncos
contínuos, sons bufados, sibilos)
Pulmões
- Sons abafados, efusão pleural,
pneumotórax, hérnia diafragmática,
estertores e sibilos
Traqueobronquite infecciosa canina
- Tosse dos canis
- Aguda, altamente contagiosa
- 1 ou + agentes infecciosos
Adenovírus canino tipo 2
Parainfluenza
Bordetella bronchiseptica
- Autolimitante
- Incubação de até 5 dias
- Pode haver contaminação secundária
por outros patógenos
- Histórico de outro cão com sinais
parecidos
Sinais clínicos
- Tosse súbita (palpação da traquéia), alta
e seca
- Aumenta com o exercício por excitação
ou pressão da coleira no pescoço
- Ansia de vomito e secreção nasal
- Sem sinais sistêmicos
- Perda de peso
- Anorexia persistente
- Diarréia
- Convulsões
- Pneumonia bacteriana secundária
Diagnóstico
- Anamnese, sinais clínicos, hemograma,
RX tórax, líquido de lavados traqueais
Tratamento
- 7 dias de descanso para minimizar a
irritação das vias aéreas
- Dextrometorfano: 1 a 2mg/kg/QID ou
TID/VO
Butorfanol: 0,5mg/kg/QID/TID/BID/VO
Codeína: 0,1 a 0,3 mg/kg/TID/QID/VO
*somente quando seca e não produtiva
- Meloxicam0,1mg/kg/SID/VO/5 dias
- Doxiciclina: 5 a 10mg/kg/TID/VO
Enrofloxacina: 2,5 a 5mg/kg/BID/VO –
SC
Amoxicilina+clavulanato: 20 a
25mg/kg/TID/VO
*10 dias, 5 dias após a resolução dos
sinais clínicos
Prevenção
- Vacinação (AVC tipo 2, VPI, Bordetella
isolada ou combinada com VPI)
- Boa nutrição (redução de glicoproteína e
glicosaminoglicanos na cartilagem hialina
- Vermifugação, restringir contato com
cães potencialmente transmissores,
desinfecção de
gaiolas/comedouros/coleiras, etc
Bronquite / asma felina
- Comum e idiopática em gatos
- Gato adulto jovem ou meia idade,
siamês
- Concomitante com bronquite alérgica,
infecção bacteriana ou por mycoplasma
- Inflamação das vias aéreas, acúmulo de
muco e contração da musculatura lisa
bronquial
Limitam à passagem de ar
Edema da mucosa e submucosa
brônquica
Sinais clínicos
- Tosse, chiado audível pelo proprietário,
dispneia expiratória, estertores
Diagnóstico
- Anamnese + exame físico + RX tórax
Tratamento
- Estabilizar gatos com angústia
respiratória aguda antes dos testes
diagnósticos
- Succinato sódico de prednisolona 10 a
20mg/kg/IV
Prednisolona 0,5 mg/kg/BID/7 dias.
diminuir gradativamente
Acetato de prednisolona 10mg/gato/IM,
efeito até 4 semanas
- Oxigenioterapia
- Ambiente fresco, sem fatores
estressantes e oxigenado
- Terbutalina 0,01 mg/kg/SC (crise),
0,1-0,2 mg/kg/VO/TID
- Doxiciclina: 5 a 10mg/kg/BID/ 14 dias
(para mycoplasma)
- Anti-histamínico: Ciproheptadina
2-4mg/kg/BID (casos refratários)
Pneumonia bacteriana
- Inflamação do parênquima pulmonar
secundária a infecção bacteriana
- Resultado da entrada de bactérias nos
pulmões por meio das vias aéreas
Envolve primeiramente os lobos
pulmonares ventral e cranial
- Via hematógena
Assume padrão caudal ou difuso e
envolvimento intersticial marcante
Fatores de risco
- Idade, falência de órgãos, estado
nutricional
- Bactérias
Prejuízo para o sistema de transporte
mucociliar
Podem alterar a consistência e volume
do muco
Oportunistas: condições de higiene,
animais jovens/sem vacina, animais com
dç respiratória
Fatores predisponentes
- Infecções respiratórias (V/F/B), condição
corporal ruim, doenças metabólicas (DM,
HAC), nível de consciência reduzido,
doenças neuromusculares,
imunossupressão (corticóide,
quimioterápicos, doenças infecciosas)
Bactérias caninas
- Pasteurella sp., Klebsiella sp.,
Escherichia coli, Pseudomonas sp.,
Staphylococcus sp., Streptococcus sp. e
Bordetella bronchiseptica, infecções
mistas
Gatos
Sinais clínicos
- Tosse produtiva, descarga nasal,
taquipneia, dispneia, febre, anorexia,
perda de peso, desidratação
- Pasteurella sp., Escherichia coli,
Pseudomonas sp., Staphylococcus sp.,
Streptococcus sp. e Bordetella,
bronchiseptica e Mycoplasma sp. Podem
colonizar vias aéreas, alvéolos e
interstício
- Infecção trato respiratório superior,
descarga nasal, dispneia grave, febre,
anorexia, letargia
Exame físico
- Padrão respiratório restritivo, aumento
da FR e diminuição da amplitude,
secreção nasal mucopurulenta bilateral,
intolerância ao exercício, dispnéia, sibilos,
crepitações
Diagnóstico
- Anamnese + exame físico + RX tórax +
hemograma
- Hemograma
Leucocitose associada a neutrofilia com
desvio à esquerda
Neutropenia com desvio à esquerda
degenerativo
Rx de tórax
- Padrão alveolar, bronquial, intersticial
Tratamento
- Cefalexina 20 a 40mg/kg/TID
- Sulfa + trimetropim 15 a 30mg/kg/BID
- Amoxicilina+clavulanato 20 a
25mg/kg/TID/VO
- Enrofloxacina 2,5 a 5mg/kg/BID/VO ou
SC (infecções por G)
- Hidratação das vias aéreas
Evita ressecamento das secreções
Aumento da viscosidade, diminuição da
ação ciliar
Mantém o conteúdo aquoso das
secreções
- Hidratação sistêmica
Manutenção
Excesso: piora da função respiratória
- Nebulização com solução salina
Ação mucolítica
Umidifica vias aéreas
- Broncodilatadores (teofilina liberação
prolongada)
Cão: 10mg/kg, BID
Gatos: 15 mg/kg, SID
Utilizados em animais com esforço
respiratório aumentado
Sibilos pulmonares
Diminui broncoespasmo =
principalmente em gatos
Devem ser suspensos caso não ocorra
melhora ou haja piora
- N-acetilcisteína 5 mg/kg/TID (quebra das
ligações dissulfeto no muco da via aérea
espessada
- Fisioterapia
Animais em decúbito = dificuldade
limpeza das vias aéreas
Troca de decúbito a cada 2 horas
Promover tosse = exercícios leves
Massagens manuais no tórax =
tapotagem
Após nebulização = facilita remoção do
exsudato dos pulmões = tosse

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