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Doenças respiratórias em cães e gatos

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Doenças respiratórias em cães e gatos 1
Doenças respiratórias em cães e 
gatos
Referencias
https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/e80bbd97-0e
51-48e2-b0f1-043feaf2d360/5-33_Apostila_Clinica_Medica_de_Caes_e_Gat
os_I.pdf
Doenças respiratórias
Distúrbios da cavidade nasal e seios paranasais
Funções nariz:
1. Passagem de ar para os alvéolos pulmonares.
2. Umidificar e aquecer o ar.
3. Impedir a passagem de grandes partículas para o trato respiratório.
4. Olfato: na porção mais dorsal da concha etmoidal tem a maior 
quantidade de receptores olfatórios, por isso os animais dilatam as 
narinas para captar odores.
Doenças respiratórias em cães e gatos 2
5. Termorregulação.
Funções seios paranasais:
1. Proteção do encefalo contra traumas frontais.
Sinais: 
Secreção nasal.
Serosa: normal em pequena quantidade. Infecção viral em gato 
(calicivírus) ou início de secreção mucopurulenta.
Mucopurulenta: com ou sem hemorragia, indica processo 
inflamatório.
Hemorrágica (epistaxe): sangramento nasal. Animal adulto a idoso 
neoplasia. Pode ser leishmaniose ou erliquiose.
Espiro = específico da cavidade nasal. Rápida inspiração seguida por 
uma involuntária, súbita e violenta expulsão do ar pelo nariz e boca. 
Procedimento de limpeza da mucosa nasal.
Epistaxe.
Obstrução nasal = respiração de boca aberta.
Estridor = apito ou assovio. Obstrução parcial da cavidade nasal ou 
Estertor = ronco. Alteração na laringe ou traqueia.
Podem ocorrer na inspiração ou expiração, pela passagem do ar 
de forma turbulenta pela cavidade nasal parcialmente obstruída.
Deformidade nasal = neoplasia.
Dispneia = mais frequente a inspiratória. Evitam abrir a boca para 
respirar, só em últimos casos.
Obs.: dispneia inspiratória e ruídos nunca vão ser de origem pulmonar, 
são de vias aéreas superiores. 
Diagnóstico:
RX:
Não fecha diagnóstico.
Doenças respiratórias em cães e gatos 3
LL, DV ou VD, boca aberta e tangencial (incidencia realizada em 
superfícies curvas). Necessário sedação profunda ou anestesia 
geral.
LL -> limitado, sobreposição das camaras direita e esquerda, 
mas é importante para avaliar o osso frontal, nasal e plava 
cribiforme.
Boca aberta -> melhor visualização da cavidade nasal, evita 
sobreposição.
VD -> visualização mais caudal.
Tangencial -> avaliar seios nasais frontais.
Classificação:
Rinite não destrutiva: radiopaco (mais branco), indica acúmulo 
de fluido, comum em doenças inflamatórias como rinite cronica 
canina.
Rinite destrutiva: radioluscente (mais escuro), indica neoplasia 
(geralmente maligna) e fúngicas (aspergilose). Lise das 
conchas nasais e septo nasal.
Biópsia:
Pinça jacaré de pequeno diametro, de preferencia guiado por 
rinoscopia.
Retirar 3 fragmentos de cada lado da cavidade.
Pode causar hemorragia, utilizar adrenalina 0,1% em infusão.
Rinoscopia:
Requer anestesia geral e intubação.
Endoscopio flexível ou rígido.
Flexível: visualização da nasofaringe e conchas caudais, útil para 
CE e tumores.
Rígido: introduzido pela narina, visualização da mucosa, presença 
de secreções, lesões, CE e parasitas. Fundamental para seleção 
Doenças respiratórias em cães e gatos 4
do local da biópsia.
Citologia:
Swab ou aspiração (squash).
Aspirativa em suspeita de neoplasia (geralmente carcinoma) -> 
deformidade facial. Facilita punção no local da alteração.
Swab para criptococose felina e células neoplásicas, 
principalmente em TVT.
Cultura:
Pouco válido, pois tem muitas bactérias normalmente.
Hemograma e bioquímico:
Não é útil para diagnóstico de enfermidade nasal, apenas em 
casos de pacientes com hemorragia nasal de origem sistemica 
como disturbios de coagulação (fator de Von Willebrand e 
trombocitopenias) e doenças infectocontagiosas (leishmaniose e 
erliquiose).
Pólipos nasofaríngeos
Formações benignas de tecido conjuntivo fibroso e células 
inflamatórias que acometem gatos filhotes a jovens.
Origem desconhecida.
Frequentemente fixados na base da tuba auditiva (trompa de 
eustáquio) e pode se estender até a nasofaringe, ouvido médio e canal 
auditivo externo.
Róseos, polipoides, geralmente partem de um pedículo e podem ser 
confundidos com neoplasias, pelo seu aspecto grosseiro.
Sinais:
Dispneia inspiratória (característico de vias respiratórias 
superiores).
Estridor e estertor.
Secreção nasal mucopurulenta.
Doenças respiratórias em cães e gatos 5
Sinais de otite: inclinação da cabeça, nistagmo ou síndrome de 
horner (ptose palpebral, miose, enoftalmia e terceira palpebra 
prolapsada).
Diagnóstico:
RX: massa radiopaca em nasofaringe em projeção LL.
Visualização direta: puxar rostralmente o palato mole.
TC da bula timpanica: determinar extensão.
Histopatologia: definitivo.
Tratamento:
Síndrome de Horner.
RX LL: massas em nasofaringe.
Doenças respiratórias em cães e gatos 6
Excisão ciríurgica por pinçamento.
ATB: amoxicilina + clavulanato de potássio por 2-4 semanas.
Prednisolona: 4 semanas, com regressão da dose. Usar em gatos, 
pois tem deficiencia na metabolização de prednisona em 
prednisolona no fígado.
Osteotomia: se houver otite e comprometimento dos ossos da bula 
timpanica.
Prognóstico:
Excelente.
Complicações: reicidivas e sequelas neuro.
Rinite linfoplasmocítica (rinite cronica canina idiopática)
Acomete cães.
Infiltrados inflamatórios na mucosa nasal, pode conter linfócitos, 
plasmócitos e neutrófilos.
Etiologia alérgica, geralmente responde a corticoides.
É causa incomum de doença nasal.
Sinais:
Secreção mucopurulenta persistente.
Estertor.
Hemorragia eventual: sangue fresco.
Erosão dos turbinados.
Como é idiopática, a ausencia de achados específicos é 
importante.
Diagnóstico:
Biópsia: definitivo.
Rinoscopia: sinais de inflamação.
Doenças respiratórias em cães e gatos 7
Secreção nasal: neutrofílica e com presença de bactérias. Cultura 
não é importante fazer. Pode ter rinite bacteriana oportunista, mas 
provavelmente são da flora normal.
Infecção do trato respiratório superior dos felinos
Antigamente chamada de complexo respiratório felino ou traqueíte.
Doença respiratória mais comum em felinos.
90% dos casos:
Herpesvírus felino (HVF) = vírus na rinotraqueíte felina. 
Calicivírus felino (CFV). 
Agentes menos comuns: 
Bordetella bronchiseptica. 
Chlamydophila felis (antiga Chlamydia psittaci). 
Acomete gatos jovens, não vacinados, imunossuprimidos ou em 
estresse. 
Transmissão: transmissão direta ou por fomites. Há animais 
portadores. 
Sinais:
Secreção nasal mucupurulenta, anorexia e desidratação. 
Herpes: úlcera de córnea, aborto ou morte neonatal.
Lacrimejamento excessivo, Coceira nos olhos, Secreção 
ocular, Vermelhidão em volta dos olhos e Córnea 
esbranquiçada.
Calicivírus: úlcera em cavidade oral, conjuntivite. 
Pode haver ulceração cutanea. 
Estomatite ulcerativa - úlceras na cavidade oral e pneumonia leve: 
calicivírus.
Tosse e pneumonia: bordetella.
Doenças respiratórias em cães e gatos 8
Gato com boa imunidade vai ter apenas sinais leves de rinite e 
conjuntivite.
Comum reicidivas.
Diagnóstico:
História clínica.
Exame físico.
Eliminação outras causas.
Ausculta: pneumonia.
Hemograma:
Leucopenia: vírus.
Neutropenia por linfopenia: FIV/FeLV.
Neutrofilia com desvio à esquerda: bactérias.
Isolamento viral ou citologia ocular (SWAB):
Infecção bacteriana secundária.
Conjuntivite e edema da conjuntiva palpebral. 
Secreção nasal mucopurulenta e ocular seca e amarelada. Úlcera de córnea.
Doenças respiratórias em cães e gatos 9
PCR e sorologia.
Mais importante saber a causa da imunossupressão do que 
diagnosticar.
Ceratoconjuntivite, como diferenciar? O herpes causa 
ceratoconjuntivite seca, falta componente lacrimal aquoso, pode causar 
úlcera de córnea. Se tiver infecção bacteriana secundária a secreção 
fica mucosa ou mucopurulenta. Fazer teste lacrimal de Schirmer: 
produção de lágrima baixa é ceratoconjuntivite.
Tratamento sintomático:
Geralmente autolimitante em 5-7 dias.
Suporte hídrico e nutricional: dieta pastosae mais palatável 
possível.
Hidratação, ajuda na liberação do muco:
Fluído IV ou SC.
Gotas de solução fisiológica ou água no nariz, 0,5 - 1 ml em 
cada narina.
Limpeza narinas.
Vaporização: 15-20 minutos, BID ou TID.
Descongestionantes nasais: fenilefrina ou oximetazolina, 1 gota 
SID por 3 dias, depois disso tem efeito rebote.
ATB para infecção secundária, úlceras ou neonato com nariz 
entupido, se não tiver infecção não passa ATB e pede retorno em 3 
dias:
Amoxicilina 22mg/kg BID ou TID por 7 dias.
Doxiciclina.
Mucolítico: n-acetilcisteína.
Pode ser misturado na vaporização com soro fisiológico, em 
5ml colocar 5 gotas de mucolítico.
Sistêmico IV ou VO 10 mg/kg.
Doenças respiratórias em cães e gatos 10
Conjuntivite por Chlamydophila: pomada oftálmica de cloranfenicol 
ou tetraciclina TID por 14 dias.
Úlcera de córnea: colírio de tobramicina 6 a 8 vezes por dia, 
atropina (analgesico)  e antivirais tópicos como trifluridina e 
idoxirudina.
Prevenção:
Evitar superlotação.
Ventilação.
Dividir animais por faixa etária.
Higiene local.
Vacinação.
Vacina:
1 dose com 6 semanas e dois reforços mensais.
1 reforço um ano após e depois reforços a cada 3 anos.
Adultos acima de 9 semanas fazer 2 doses com intervalo de 1 
mês cada.
Distalmente aos membros.
Aspergilose
Características
Agente etiológico: Aspergillus fumigatus, raramente Penicillium.
Habitante normal da cavidade nasal de muitos animais.
Doenças respiratórias em cães e gatos 11
Patógeno oportunista.
Raro em gatos.
Entrada pela via respiratória.
Forma invasiva é a mais comum.
Lesões na cavidade e seios paranasais.
Necrose da mucosa nasal e dos turbinados.
Osteomielite no seio frontal.
Relacionado a deficiência imunológica.
Aspectos clínicos
Secreção nasal mucopurulenta com ou sem sangue.
Despigmentação do plano nasal.
Espirros.
Úlceras.
Dor.
Deformidade.
Sensibilidade a palpação.
Doenças respiratórias em cães e gatos 12
Diagnóstico
RX: padrão destrutivo e acúmulo de líquido.
Rinoscopia: observação de placas fúngicas e erosão dos 
turbinados.
Swab da placa fúngica.
Citologia: hifas do fungo.
Cultura: confirma a espécie.
Biópsia é desnecessária.
Tratamento
Oral: itraconazol - tem baixa eficácia.
Tópico: infusão de clotrimazol, mais indicado, sob anestesia geral, 
uma única dose já pode ser eficaz.
1. Entubar e colocar em decúbito dorsal.
2. Introduzir sonda foley na cavidade oral até a parte caudal da 
nasofaringe.
3. Inflar o balonete.
Despigmentação do plano nasal.
Doenças respiratórias em cães e gatos 13
4. Introduzir uma sonda uretral no meato dorsal de cada cavidade nasal e 
conectar uma seringa com clotrimazol.
5. Lateral a cada sonda uretral introduzir uma sonda foley de menor 
calibre para bloquear a saída do fármaco pelas narinas.
6. Infusão por 15 minutos em cada posição: lateral D, lateral E, ventral e 
dorsal.
7. Retirar as sondas e os cateteres.
8. Colocar o animal em decubito esternal com a cabeça se dependurando 
na beirada da mesa com o nariz apontando pro chão para que todo o 
fármaco e muco resultante sejam drenados.
9. Drenagem normalmente vai diminuir em 10 a 15 minutos.
Rinites
Etiologia
Fungos: Cryptococcus neoformans e Aspergillus fumigatus.
Bactérias: Bordetella e Mycoplasma.
Alergia: espirros e lesões cutâneas.
Infusão de clotrimazol.
Doenças respiratórias em cães e gatos 14
Vírus.
Sinais clínicos
Espirros.
Secreção uni ou bilateral mucosa a purulenta.
Criptococose: nariz de palhaço - evolui para ulceração nasal, aumento 
de volume e lesão cutânea. DD: esporotricose, carcinoma e 
adenocarcinoma.
Diagnóstico
SWAB mucosa nasal para citologia.
Radiografia: perda óssea por neoplasia.
Cultura fúngica/bacteriana.
Isolamento viral.
Histopatológico: citologia corada com nanquim, coleta com punch.
Tratamentos
Bactérias:
ATB: amoxicilina, ampicilina e doxiciclina.
Mucolítico intranasal ou sistêmico.
Fungos:
Itraconazol: 10 mg/kg, SID, 60-90 dias, muito caro.
1. Criptococose ‘’nariz de palhaço’’. 2. Se estiver espirrando e com lesões na face pensa 
em esporotricose, pois não tem pelo claro para ser neoplasia e a lesão não é nasal. 
Fazer imprint onde está ulcerado.
Doenças respiratórias em cães e gatos 15
Cetoconazol e fluconazol: hepatotóxicos, baratos.
Clotrimazol tópico.
Alergia:
Anti-histamínico: clorfeniramina 4-8 mg/cão ou 2 mg/gato, TID.
Corticóides: prednisona 0,25 mg/kg BID cão ou prednisolona gato. 
Doses baixas por 3 a 4 dias.
Criptococose
Características
Geralmente em gatos.
Cryptococcus neoformans.
Transmissão em locais com grande concentração de fezes de 
pássaros (leveduras).
Não é transmitido entre animais e pessoas.
Entrada pela via respiratória mas pode colonizar a via linfática e 
hematógena.
Doença depende da imunidade.
Aspectos clínicos
Úlceras do plano nasal.
Linfadenopatia.
Sinais neurológicos: passa a placa cribiforme, respiratórios e 
oftálmicos.
Febre.
Nódulos cutâneos.
Diagnóstico
Swab para citologia e observação de fungos: arredondado e grande em 
coloração de nanquim.
Citologia aspirativa de linfonodos e LCR.
Doenças respiratórias em cães e gatos 16
Diferencial: esporotricose.
Tratamento
Fluconazol: eficaz caso a doença de base não esteja ativa ou não 
estiver se agravando. Tratar por 20 a 30 dias após a remissão clínica 
da doença.
Neoplasias em cavidade nasal
Tipos histopatológicos frequentes
Adenocarcinoma, Carcinoma indiferenciado, CCE, TVT e Linfoma.
Aspectos clínicos
Geralmente malignas, localmente invasivas, mas com baixo poder 
metastático.
Secreção nasal mucopurulenta ou hemorrágica.
Úlceras nasais e faciais e sinais oftálmicos. 
Cryptococcus corado com nanquim.
Doenças respiratórias em cães e gatos 17
Deformidade nasal e do palato.
Espirro, estridor e estertor.
Sinais neurológicos: se passar pela placa cribiforme.
Exoftalmia.
Fístula: caso se estenda pra cavidade oral.
Diagnóstico
RX: padrão destrutivo.
Citologia aspirativa: definitivo principalmente para TVT.
Rinoscopia e biópsia: para outras doenças.
Tratamento
Carcinomas e sarcomas: cirurgia não é recomendada, pois o 
tumor volta a crescer e não ha aumento da sobrevida. Melhor seria 
cirurgia e radioterapia porém não é realidade no BR.
Quimioterapia: carboplatina ou associação de carboplatina, 
doxorrubicina e piroxicam.
Carboplatina: agente alquilante que altera o DNA e causa morte 
das células tumorais.
Doxorrubicina: antibiótico com propriedades citotóxicas em células 
neoplásicas.
Piroxicam: AINE inibidor de COX-2.
Exoftalmia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 18
Distúrbios da faringe e laringe
Laringe
Estridor.
Sofrimento respiratório.
Alteração de voz.
Faringe
Obstrução vias aéreas superiores.
Estertor.
Espirro reverso.
Engasgo.
Ânsia de vômito.
Disfagia.
Paralisia da laringe
Características
Obstrução dinâmica do fluxo de ar pela falha na abdução das 
cartilagens aritenóides (bilateralmente).
Geralmente idiopática.
Deformidade nasal.
Doenças respiratórias em cães e gatos 19
Quando o animal inspira as aritenóides deveriam se abrir e ao expirar 
devem relaxar.
Cão idoso e de grande porte (labrador).
Geralmente ocorre por polineuropatia = distúrbio neurológico que 
ocorre quando simultaneamente muitos nervos periféricos por todo 
corpo começam a não funcionar corretamente.
Aspectos clínicos
Mudança na voz.
Dispneia inspiratória que piora com o exercício.
Estridor.
Estertor.
Diagnóstico
Exame subsidiário: laringoscopia. Sob anestesia superficial, se 
tiver em plano profundo não é possível ver os movimentos da 
laringe.
Tratamento
Lateralização aritenóide unilateral: laringe fica permanentemente 
aberta. Pode ter complicações pós-operatórias como pneumonia 
aspirativa, pode levar a óbito.
Cordotomia transversa.
Amputação da cartilagem cuneiforme. 
Síndrome da via aérea braquicefálica
Características
Múltiplas anormalidade anatômicas que alteram a saída e entrada do 
ar.
Narina estenótica.
Vestíbulo estenótico.
Corneto aberrante.
Doençasrespiratórias em cães e gatos 20
Colapso da laringe.
Palato mole mais longo e espesso.
Hipoplasia traqueal: lúmen estreito.
Condromalácia traqueal.
Aspectos clínicos
Nasofaringe não patente, com muito tecido flácido.
Anormalidades prejudicam o fluxo de ar através das vias aéreas 
superiores causando sinais de obstrução superior: movimentos 
respiratórios aumentados, sons ruidosos (estertores), ronco, tosse, 
intolerancia ao exercício, dispneia, cianose e síncope.
Sinais exacerbados no exercício, excitação e temperatura alta.
Diagnóstico
Avaliar prolongamento do palato mole sob sedação.
Graus de estenose das narinas.
Doenças respiratórias em cães e gatos 21
Radiografia/tomografia: avaliar a traqueia.
Tratamento
Cirúrgico:
Correção do palato mole hipertrófico.
Alargamento das narinas.
Vestibuloplastia.
Rinoplastia.
Stent traqueal.
Perda de peso.
Pós: crítico, pode parar de respirar ao ser extubado. Usar o método da 
boca aberta para respirar melhor.
Distúrbios de traqueia e bronquios
Condromalácia traqueal (colapso de traqueia)
Características
Traqueia: anéis incompletos dorsalmente, completados pela membrana 
traqueal (músculo traqueal e tecido conjuntivo).
Colapso: estreitamento do lúmen traqueal pelo enfraquecimento dos 
anéis cartilaginosos, perda de tecido da traqueia ou pelo excesso de 
membrana traqueal dorsal, ou ambos.
Cães adultos (meia-idade): poodle, york e maltes - cães miniatura/toy.
Etiologia desconhecida, provavelmente hereditária.
Início súbito, mas uma vez que se inicia se manifesta de forma crônica 
pelo resto da vida.
Doença degenerativa primária da cartilagem hialina do anel traqueal.
Cartilagem hialina normal: pericôndrio, condrócitos, colágeno tipo II e 
proteoglicanos.
Cartilagem anormal: tem tecido conjuntivo fibroso também.
Doenças respiratórias em cães e gatos 22
Teoria sobre a patogênese: predisposição genética a anormalidades na 
traqueia desenvolvimento de tosse por um problema agravante ciclo de 
inflamação traqueal crônica alterações na mucosa da traqueia 
perpetuação da tosse.
Há perda de proteoglicanos, podemos fazer coloração de safranina 
(marca proteoglicanos).
A membrana traqueal dorsal se estica e o anel deformado perde a 
rigidez.
Traqueia colapsa em sentido dorso-ventral.
Cervical e cervicotorácica são mais afetadas.
Inspiração: cervical.
Expiração: torácica.
Classificação em 4 graus ou em leve/moderada.
Aspectos clínicos
Tosse cronicamente progressiva: rouca e seca, piora com exercícios e 
coleira.
Reflexo de tosse positivo: como na traqueíte e traqueobronquite.
Dispnéia principalmente inspiratória.
Ronquera: estertor.
Anorexia, perda de peso e depressão são incomuns.
Animais acima de 8 anos, cerca de 90% apresentam colapso de 
traqueia, porém só 10% têm sintomatologia clínica.
Condições agravantes
Obesidade.
Cardiopatia.
Bronquite crônica.
Diagnóstico
Doenças respiratórias em cães e gatos 23
Reflexo de tosse: palpação da traqueia cervical, pressão ventral 
ou lateral para formar um colapso e avaliar se há tosse.
Ausculta: sem alterações.
RX: LL e VD, torácico e cervical, verificar o tamanho do lúmen traqueal, 
avaliar o grau. Exame negativo não descarta pois é um evento 
dinâmico. Radiografar na inspiração, expiração e com reflexo de tosse. 
Técnica da pera:
Traqueia normal: quando coloca a pera ela se desloca dorsalmente 
a traquéia como um todo.
Traqueia alterada: não está firme, então colapsa e o animal 
normalmente tosse.
Broncoscopia: avaliar o lúmen traqueal.
Traqueoscopia: geralmente não é necessária. Serve pra eliminar 
comorbidades e se for fazer cirurgia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 24
Tratamento clínico
Efetivo na maioria dos casos.
Corticóide: desinflama a traqueia se tiver traqueíte.
Prednisona 1 mg/kg SID ou BID. As vezes uma semana de uso 
resolve, ou precisa de uma dose mínima contínua.
Broncodilatadores: usados se tiver alguma restrição respiratória. Por 7 
dias. Pouco utilizado.
Alfa agonistas: terbutalina e salbutamol.
Metilxantinas: aminofilina e teofilina.
Doenças respiratórias em cães e gatos 25
Antitussígenos: em pacientes com tosse persistente mesmo com 
corticóide, VO.
Narcótico: codeína (opioide) 0,5 - 2 mg/kg ou 0,1 - 0,3 mg/kg, BID 
ou QID.
Butorfanol: 0,5 mg/kg, BID ou QID.
Não existe medicação que melhore a morfologia da traqueia, a 
medicação vai ser necessária apenas para tirar o animal da crise.
Glicosaminoglicanos eram prescritos porém não tem evidência que 
funcione.
Perda de peso e uso de coleira peitoral.
Evitar estresse: as vezes é necessário ansiolíticos.
Tratamento cirúrgico
Prescrito para pacientes refratários ao tratamento clínico ou com risco 
de morte, geralmente grau 3 ou 4.
Os resultados são variáveis e é caro, poucos veterinários fazem.
Próteses extra-luminais: eficácia de 75 a 85%. Próteses de 
polipropileno presas ao redor da traqueia através de um ponto 
cirúrgico. Polipropileno é difícil de conseguir, podemos cortar uma 
seringa em forma de anel e usar.
Problema: lesão no nervo laríngeo-recorrente paralisia aguda de 
laringe e morte súbita.
Procedimento limitado a traquéia cervical, torácica é de difícil 
acesso.
Próteses endo-luminais: stents de nitinol e aço inoxidável. 
Minimamente invasivo e altamente expansivo. Vai do início da traquéia 
até a carina. O stent pode quebrar, ocorrer migração e hemorragia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 26
Diferenciais
Traqueíte, alteração cardíaca, pneumonia e traqueobronquite 
infecciosa.
Traqueobronquite infecciosa (complexo respiratório canino ou tosse dos 
canis)
Etiologia
Vírus: adenovírus canino tipo 2 e vírus da parainfluenza.
Bactérias: Bordetella bronchiseptica.
Transmissão
Altamente infecciosa. Aerossóis e contato direto com outros cães.
Aspectos clínicos
Sinais brandos e auto-limitantes em 2 semanas. Regride em 3-5 dias 
após exposição, e com 7 dias encerra, geralmente associado ao frio.
Tosse seca e constante: parece que o animal vai vomitar. Tosse aguda 
paroxística (incontrolável) alta.
Corrimento nasal não é comum.
Aumento linfonodos submandibulares.
Pneumonia (febre): em imunossuprimidos ou muito jovens.
Traqueobronquite: espirro.
Diagnóstico
Clínico de exclusão.
RX: pode ter leve padrão broncointersticial ou alveolar e inflamação.
Stent expandido.
Doenças respiratórias em cães e gatos 27
Hemograma e bioquímico não altera.
Ausculta traqueia e brônquios: sibilos (chiado), estertor (mais grosso, 
líquido passando pela traqueia) e crepitação (pneumonia).
Reflexo de tosse: positivo (traqueíte).
Tratamento
Não trata, deixa em repouso.
Não prescreve ATB se tiver infecção viral, só se tiver bacteriana 
secundária.
Antitussígenos: codeína e butorfanol.
Antibióticos (leucocitose, desvio, febre, evolução pra pneumonia 
bacteriana, bordetella - secreção purulenta e mucopurulenta) 7-10 dias:
Doxiciclina: 5 mg/kg, BID.
Amoxicilina com ácido clavulânico: 22 mg/kg, TID.
Aplicação única de dexametasona IM alivia a tosse: se for alta, crônica 
e frequente.
Prevenção
Vacina: a que tem bordetella tem baixa cobertura, não é oficial mas é 
bom fazer.
Boa ventilação e evitar superlotação.
Trauma traqueal (ruptura)
Diagnóstico
Manifestação clínica mais evidente é o enfisema subcutâneo: podemos 
ver no exame físico ou RX.
RX: perda da continuidade do revestimento e pneumomediastino.
Traqueoscopia pode ser feita.
Tratamento
Cirúrgico na maioria dos casos.
Doenças respiratórias em cães e gatos 28
Casos menos graves: bandagem, repouso, analgesico, anti-
inflamatorio e ATB.
Complicações
Pode desenvolver enfisema e morrer por choque circulatório pela 
pressão que o enfisema faz sobre os vasos.
Bronquite cronica canina
Características
Inflamação da via aérea de longa duração, com lesão irreversível.
Pode se desenvolver de lesão aguda, começa com sinais sutis e piora 
ao longo do tempo.
Tosse crônica na maioria dos dias por mais de dois meses, não 
necessariamente contínuos.
Principalmente cães adultos a idosos, depequeno a médio porte: 
Cocker Spaniel e Poodle.
Etiologia 
Obscura.
Ruptura traqueal com enfisema subcutâneo.
Doenças respiratórias em cães e gatos 29
Presume-se que seja consequência de um longo processo inflamatório 
iniciado por infecção, alergia ou inalação de toxinas e substâncias 
irritantes.
Bronquite aguda bacteriana.
Poeira, pólen, ácaros, grama, solventes e produtos de limpeza.
Histopatologia
Fibrose, hiperplasia epitelial, hipertrofia glandular, infiltrado inflamatório 
(em geral neutrofílico, mas pode ser linfoplasmocitário indicando 
cronicidade).
Espessamento da parede dos brônquios.
Muco nas vias aéreas.
Aspectos clínicos
Tosse crônica, produtiva ou improdutiva.
No início não tem sinais sistêmicos, mas tende a se agravar: 
insuficiência respiratória, dispnéia expiratória e crepitações e/ou sibilos.
Complicações: bronquiectasia (dilatação irreversível do brônquio) que 
leva a acúmulo de líquido distalmente. As bactérias se multiplicam no 
muco.
Hipertensão pulmonar raramente é observada.
Respiração abdominal: padrão intratorácico, caracterizando dispnéia 
expiratória.
Complicações
Exacerbação bacteriana: apatia, hiporexia, febre, piora da tosse, 
padrão alveolar, leucocitose com desvio e neutrófilos tóxicos.
Diagnóstico diferencial
Doença valvar mitral.
Condromalácia traqueal.
Broncomalácia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 30
Diagnóstico
RX torácico: sensibilidade limitada pois a maioria dos animais não 
apresentam alterações.
Padrão bronquial com espessamento dos brônquios / 
bronquiectasia - pode estar associado com a idade.
Junto com a clínica pode ser suficiente para diagnosticar.
Da pra observar alterações concomitante como doença valvar 
mitral, colapso de traqueia e pneumonia bacteriana.
Broncoscopia e lavado broncoalveolar: quando o diagnóstico é 
incerto. Coleta antes de começar a terapêutica.
Hiperemia, excesso de muco e infiltrado neutrofílico e eosinofílico.
Tratamento
Hidratação das vias aéreas: lavar com solução fisiológica as narinas ou 
vaporização.
Doenças respiratórias em cães e gatos 31
Glicocorticoide: prolongado ou contínuo. Se interrompido pode ter 
destruição progressiva bronquial.
Prednisona: 0,5 - 1 mg/kg BID com reduçao progressiva da dose.
Aerossol usado quando a dose do oral não é plenamente efetiva, 
não se sabe quanto é absorvido, borrifar em torno de 10 vezes pro 
animal aspirar.
Broncodilatador:
Aminofilina.
Terbutalina:
Crise: 0,003 - 0,005 mg/kg, SC, TID.
Crônico: 1,25 - 5 mg/kg, VO, TID.
Salbutamol (albuterol);
Crise: 0,02 - 0,05 mg/kg, IV, SC ou IM, BID ou SID.
Antitussígeno: não usar codeína antes do corticóide pois pode 
aprisionar muco nos brônquios. Usar quando a via respiratória estiver 
desinflamada.
Tratamento das complicações
Amoxicilina com clavulanato de potássio: 22 mg/kg BID ou TID.
Clavulanato neutraliza as penicilinases que degradariam a 
amoxicilina.
Cefalexina: 30 mg/kg BID.
Sulfametoxazol com trimetoprim.
Caso moderado a grave: Ceftriaxona, Amoxicilina com clavulanato e 
Ampicilina com sulbactam IV.
Vaporização ou nebulização: 1 a 2 vezes por dia.
Manutenção da saúde oral para diminuir a carga bacteriana, vacinar e 
perder peso.
Distúrbios do trato respiratório posterior
Doenças respiratórias em cães e gatos 32
Asma x bronquite (felinos)
Diagnóstico
Radiografia.
Parasitológico de fezes.
HG: eosinofilia em 20% dos casos.
Diagnóstico terapêutico: corticóide.
Diferenciais
Pneumonia por parasitismo.
Padrão bronquial , aumento da radiopacidade das paredes bronquiais. Ar no estômago 
por causa da dispneia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 33
Efusão torácica: dispneia e aumento de radiopacidade, abafamento de 
som na ausculta torácica.
Cardiomiopatia torácica: dispneia e tosse, é comum em gato, fazer eco 
para diferenciar.
Neoplasia torácica.
Tratamento
O2: sinal constante ou crise.
Broncodilatadores:
Terbutalina:
Emergência: 0,01 mg/kg, IV, SC ou IM, não emergência: 0,1-
0,2 mg/kg, VO, BID.
Salbutamol ou albuterol: inalação.
Corticóide: prednisolona: iniciar com 1-2 mg/kg BID por 10 dias e 
reduzir gradualmente até 0,5 mg/kg a cada 48 horas, em crise alérgica 
de asma, depois faz retirada completa e observa, se for bronquite o 
uso vai ser crónico.
Asma felina
Características
Processo mórbido semelhante a asma humana.
A prevalência da asma é de 1 a 5% da população dos felinos.
Gatos adultos jovens, de 4 a 5 anos.
Fisiopatologia
Processo inflamatório das vias aéreas e possui 3 principais 
eventos:
Broncoespasmo (contração da musculatura lisa).
Edema da parede brônquica (aumento da permeabilidade).
Hipertrofia das glândulas mucosas (excesso de muco 
produzido).
Doenças respiratórias em cães e gatos 34
Resultado disso é a obstrução do fluxo de ar.
Exposição a antígenos ambientais (ex. poeira) estímulo antigênico.
Células dendríticas fagocitárias captam o antígeno e 
apresentam ao linfócito T helper (tipo 1) linfócito tipo 1 induz o 
linfócito B a produzir IgE IgE se liga ao mastócito e basófilo 
degranulação (libera histamina e serotonina).
O ar rico em CO2 fica aprisionado nos alvéolos 
(hiperinsuflação).
Aspectos clínicos
Diagnósticos diferenciais
Doenças respiratórias em cães e gatos 35
Diagnóstico
RX: principal meio. Padrões observados:
Hiperinsuflação com aplainamento de diafragma, empurrando-
o caudalmente.
Atelectasia lobar onde todo o ar sai do lobo. O ar é aprisionado 
e pode ser absorvido, levando a atelectasia. Geralmente isso 
ocorre no lobo médio direito.
Padrão bronquial.
Pulmão pode estar normal.
Tratamento
Evitar tabagismo próximo ao paciente.
Corticóides e broncodilatadores: base da terapia.
Terapia com esteróide crônica pode causar diabetes e 
hiperadrenocorticismo. O gato é mais resistente ao corticoide 
pois apresentam menos receptores na interior das células.
Broncodilatadores: importante no mal asmático 
(broncoespasmo), não usar como monoterapia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 36
Broncomalácia
Características
Recente, francamente entendida.
O primeiro relato foi feito em 2008.
Acredita-se que seja um evento primário do brônquio.
Ocorre colapso bronquial durante o ciclo respiratório.
100% dos casos apresentam tosse crônica, e alguns apresentam 
dispnéia.
Diagnóstico
Difícil definir pôr RX.
Broncoscopia fecha diagnóstico.
Tratamento
Empírico.
Mesmo que bronquite crônica.
Doenças respiratórias em cães e gatos 37
Fazer monitoração de exacerbações bacterianas (infecções 
bacterianas oportunistas).
Pneumonias bacterianas
Características
Principal doença parenquimatosa pulmonar.
Pode ser causada pôr: Pasteurella, Bordetella, Streptococcus, 
Staphylococcus e Proteus.
Na maioria dos casos é oportunista, ocorre secundariamente a outra 
doença como bronquite crônica, aspiração de alimentos ou líquidos, 
infecção viral, imunossupressão sistêmica (ex. quimioterapia) ou corpo 
estranho.
Aspectos clínicos
Sinais respiratórios:
Tosse, secreção nasal mucopurulenta bilateral, intolerância ao 
exercício, dispneia/taquipneia (dispneia pode ser mista ou 
expiratória).
Sinais sistêmicos:
Febre, prostração, anorexia, debilidade e letargia, pois o pulmão é 
um órgão vital.
Diagnóstico
Ausculta:
Crepitação grossa: vias aéreas mais grossas, sibilos.
Doenças respiratórias em cães e gatos 38
Crepitação fina: edema pulmonar.
RX: padrão alveolar crânio-ventral (alvéolos com pús - opacidade de 
tecidos moles) ou consolidação pulmonar pôr infecção anaeróbica 
geralmente provinda da boca. Pode ser observado broncograma aéreo, 
que indica alteração no padrão alveolar. O brônquio (radioluscente) fica 
visível pois o lobo está com secreção e fica radiopaco. Pode ter padrão 
bronquial, intersticial ou alveolar.
Hemograma: neutrofilia com desvio a esquerda (neutrofilia leve - 
25.000 a 30.000) e neutrófilos tóxicos. Pode estar normal quando foi 
infectado a menos de 3 dias.
Coleta de amostra pulmonar: raramente feita, nunca é primeira 
escolha, feito apenas se a instituição terapêuticanas primeiras 72 
horas não esteja surtindo efeito.
Tratamento
ATB por 4 semanas a 1 mes:
Sulfa e trimetropin.
Amoxicilina e ácido clavulânico.
Doxiciclina.
Enrofloxacina e penicilina ou clindamicina.
Doenças respiratórias em cães e gatos 39
Pneumonia aspirativa
Fatores predisponentes
Megaesofago.
Esofagite por refluxo gástrico.
Obstrução esofágica.
Doença muscular ou neurológica que acomete os reflexos de 
deglutição: miastenia gravis.
Iatrogênica (sonda estomacal ou alimentação forçada).
Colocação da sonda: deve ir até o esôfago, medir do 7-8° espaço 
intercostal até a ponta do nariz, passar gel na ponta com lidocaína, 
segurar o animal com a cabeça erguida, ele deve estar acordado 
para engolir a sonda. Como saber se está no local correto? Coloca 
um espelho na ponta da sonda e pressiona o tórax para ver se ele 
embaça, ou coloca a ponta num pote com água, se tiver formando 
bolhas é pq está vindo muito ar, está na traquéia, ou introduz uma 
seringa com solução fisio ou água, 3 a 5 ml, se tossir está na 
traquéia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 40
Diagnóstico
RX tórax: padrão alveolar em lobos cranioventrais.
Broncoscopia.
Tratamento
Hidratação via aérea.
O2.
Broncodilatadores.
ATB.
Colocar deitado em superfície plana, com a cabeça 45° para baixo e 
compressão do tórax.
Neoplasias pulmonares
Características
Primárias são raras, as mais comuns são as metastáticas.
Pode ocorrer pôr extensão de processo adjacente, mas é rara ou então 
neoplasias multicêntricas como o linfoma.
Doenças respiratórias em cães e gatos 41
Neoplasias primárias
Características
Mais de 90% são carcinomas.
Podem ocorrer também osteossarcomas, condrossarcomas, 
hemangiossarcomas, fibrossarcomas e adenossarcomas.
Aspectos clínicos
Doença silenciosa, os sinais se tornam evidentes quando há 
comprometimento pulmonar significativo.
Tosse pôr compressão e obstrução das vias aéreas.
Pode ocorrer anormalidades V:Q (ventilação:perfusão), efusão 
pleural, inflamação e infecção e pneumotórax/hemotórax.
Síndrome paraneoplásica: manifestação causada pela neoplasia 
distante do local de onde ela se origina. É um conjunto de sinais e 
sintomas que antecedem ou que ocorrem concomitantes com a 
presença de uma neoplasia no organismo.
Osteopatia hipertrófica: reação periosteal paliçada irregular que 
acomete os 4 membros de distal para proximal, levando o paciente 
a ter um andar rígido e apresentar dor. É a primeira manifestação 
clínica de neoplasia pulmonar.
Diagnóstico
RX: principal exame, mas é de baixa especificidade (pode ser 
neoplasia ou granuloma, não da para diferenciar). Não fornece 
diagnóstico definitivo. Se vê um padrão variável (massas 
solitárias), efusão pleural e lesões acima de 0,5 cm. Pode ser útil 
para selecionar técnica de colheita de amostras.
US: visualização de massas, diferencial se é cavitária ou sólida, 
confirma massa em efusão e serve para guiar a punção aspirativa 
(citologia).
Obs.; calcificação em massa pode indicar neoplasia maligna.
Doenças respiratórias em cães e gatos 42
Citologia aspirativa de amostras pulmonares: pode diferenciar 
processos inflamatórios de neoplásicos, porém dificilmente altera a 
terapêutica.
Lavado broncoalveolar: apenas sob anestesia geral.
Toracotomia e biópsia: invasivos e permitem terapêutica 
(resseccionar o lobo com a massa).
Tratamento
Carcionoma e sarcoma: cirúrgico.
Quimio com carboplatina em caso de metástase.
Neoplasias metastáticas
Radiografia mostrando cão com osteopatia hipertrófica (reação periosteal).
Doenças respiratórias em cães e gatos 43
Características
Representa doença avançada disseminada.
Diagnóstico
Sinais de doença do TRI.
RX: pode comumente apresentar padrão intersticial nodular.
Pesquisa da neoplasia primária e citologia/histologia só são feitas 
se necessárias.
Tromboembolismo pulmonar
Características
Obstrução das artérias e arteríolas pulmonares impedindo o fluxo 
sanguíneo e a perfusão.
É o primeiro leito vascular pelo qual os trombos da rede venosa 
sistêmica ou do ventrículo direito passam.
O êmbolo pode ser formado pôr bactérias, corpos estranhos, ar, 
gordura, parasitas e trombo (o mais comum).
Isso gera uma alteração V:Q.
Aspectos clínicos
Dispnéia respiratória súbita, aguda e grave com ausência de sinais 
radiográficos significativos.
Boa parte dos TEPS são secundários a doença sistêmica como 
hiperadrenocorticismo (cursa com hipercoagulabilidade).
Diagnóstico
Dosagem de dímeros D: descarta o TEP.
Ecocardiograma: fundamental. O coração direito precisa trabalhar mais 
para enviar sangue para o pulmão através da artéria pulmonar. Pelo 
ECG da para visualizar regurgitação na valva tricúspide e aumento na 
velocidade do refluxo. Uma vez constatada a hipertensão pulmonar, o 
diagnóstico quase certo é TEP.
Doenças respiratórias em cães e gatos 44
Cintilografia de perfusão: confirma, mas não é realidade no BR, assim 
como é difícil em vários países também.
Tratamento
Normalmente é direcionado a causa primária, juntamente com 
oxigenoterapia e fármacos para prevenir novos êmbolos.
Terapia anticoagulante: não atua em êmbolos já formados, só previne a 
formação de novos. Heparina na clínica e warfarina em casa.
Edema pulmonar
Causas
Hipoalbuminemia pôr diminuição da pressão oncótica. Ocorre na 
insuficiência hepática e glomerulopatias. Não é uma causa significativa 
de edema.
Aumento da pressão hidrostática. É cardiogênica e acontece pôr ICC 
esquerda, onde a principal causa é a doença valvar mitral. Em cães 
ocorre a cardiomiopatia dilatada e em gatos cardiomiopatia hipertrófica.
Hiper-hidratação pode ser causa, mas é mais difícil, necessita de um 
volume muito grande.
Aumento da permeabilidade vascular (edema inflamatório) e ocorre 
pôr:
Inalação de fumaça.
Aspiração de suco gástrico.
Intoxicação pôr oxigênio.
Veneno de cobra ou escorpião: edema pulmonar agudo.
Bloqueio linfático.
Neurogênico pôr trauma encefálico.
Aspectos clínicos
Evolução aguda.
Taquipnéia é comum, mas o animal também pode apresentar dispnéia.
Doenças respiratórias em cães e gatos 45
Taquipnéia ocorre porque o pulmão está com líquido e pesado, de 
forma que o animal tenta respirar mais rápido na tentativa de 
compensar.
Pode ter tosse, crepitação (mais difícil de auscultar, mas um pulmão 
limpo a auscultação não descarta a enfermidade) e espuma 
sanguinolenta na boca (sai plasma e junto extravasam algumas 
hemácias).
Diagnóstico
Padrão intersticial (início) e padrão alveolar.
Quando a risco iminentes de morte, primeiro trata o animal e depois 
radiografia.
Tratamento
Oxigenoterapia e furosemida (4 a 8 mg/kg IV) até a estabilização e 
depois mantem de 8/8 hrs, 12/12 hrs ou 24/24 hrs, dependendo da 
gravidade.
Broncodilatadores.
Se o animal estiver muito agitado sedar com morfina ou metadona.
A morfina deve ser feita IV para diminuir a chance de vômitos, 
porém mesmo assim a riscos, pôr isso a metadona é mais 
indicada.
Radiografia do tórax de um cão com edema pulmonar (pulmão radiopaco).
Doenças respiratórias em cães e gatos 46
A furosemida não responde tão bem se o edema não for cardiogênico, 
nesse caso seria só oxigenoterapia e tratar a causa.
Diagnóstico diferencial
Animal expelindo sangue pelas narinas: hemorragia pulmonar aguda 
ou intoxicação pôr dicumarínicos.
Efusão pleural, pneumotórax e piotórax
Introdução
Coisas distintas mas que ocorrem no mesmo local: presença de ar ou 
líquido entre a pleura parietal e visceral.
Sinais
Angústia respiratória.
Ortopneia.
Aumento FR e diminuição da amplitude.
Alterações nos sons cardíacos e pulmonares.
Efusão pleural: líquido diminui o som de todos os sons cardíacos e 
pulmonares, hipofonese por onde o líquido estiver, se colocar o 
animal em posição bipodal é possível ouvir os sons pois o líquido 
vai se deslocar para baixo. Cão tem comunicação entre os 
hemitórax, pode drenar de qualquer lado, gato não tem, drenar os 
dois lados.
Pneumotórax: o ar aumenta os sons cardíacos e pulmonares por 
todoo tórax.
Diagnóstico
RX tórax: radiopacidade ou radioluscência dos campos pulmonares.
Toracocentese diagnóstica e citologia.
Tratamento
Tratar causa de base e fechar a solução de continuidade se for um 
trauma.
Doenças respiratórias em cães e gatos 47
Toracocentese: acesso no 7-9° EIC, se for efusão colocar em decúbito 
esternal, tricotomia, antissepsia, entrar com a agulha ou scalp butterfly, 
cateter tem tendência a dobrar pela movimentação pulmonar. Efusão 
faz ventral e pneumotórax faz dorsal.
Efusão pleural
Pneumotórax
Trauma: tiro, briga - rompe a pleura parietal e o ar entra.
Espontânea: ruptura alveolar - pneumonia grave ou atelectasia.
Infecciosa: pneumonia.
Iatrogênica: trauma cirúrgico.
Aumento generalizado de radiopacidade.
Doenças respiratórias em cães e gatos 48
Piotórax
Fatores de risco:
Trauma perfurante ou infecção do trato respiratório superior.
Quando a efusão é infectada.
Bactérias mais comuns:
Gatos: anaeróbios da orofaringe (Fusobacterium, Prevotella, 
Porphyromonas, Bacteroides, Peptostreptococcus, Clostridium, 
Actinomyces, Filifactor villosus)
Cães: anaeróbios mistos (Prevotella spp., Peptostreptococcus 
spp., Propionibacterium acnes, Clostridium spp., Bacteroides spp., 
Fusobacterium spp)
Tratamento:
Cirúrgico: exposição da cavidade torácica, drenagem e lavagem do 
tórax com solução fisiológica aquecida estéril, depois coloca um 
dreno, drenar 2x/dia. Sob anestesia inalatória.
Complexa, muita aderência, pode ter restrição respiratória 
depois e a recuperação é lenta, fica internado mais de duas 
semanas.
ATB sistêmico:
Diminuição generalizada da radiopacidade, parece que o coração está flutuando.
Doenças respiratórias em cães e gatos 49
Anaeróbicas: amoxicilina com clavulanato, quinolona (enro ou 
cefalosporina IV) associado com metronidazol.
Doenças pleurais e diafragmáticas
Hérnia diafragmática
Características
São de origem traumática: mais comum atropelamento.
De origem congênita é raro.
Pleuroperitoneal: mais comum, invaginação para dentro da cavidade 
torácica. 
Pleuropericárdica: invaginação para dentro do saco pericárdico. 
Aspectos clínicos
Pode ocorrer passagem de lobos hepáticos.
É comum levar a efusão pleural.
Aguda: choque, fraturas e dispnéia. 
Cronica: sinais respiratórios e gastrointestinais, como alça intestinal 
aprisionada que leva a vomito. 
Diagnóstico
Feito de horas até anos. Paciente pode apresentar pôr anos e nunca 
ter sinal, pode ser apenas um achado no RX.
RX: perda do controle normal do diafragma, opacidades gasosas na 
caixa torácica (alças intestinais), obscurecimento da silhueta cardíaca e 
efusão pleural secundária (aumento da pressão hidráulica).
Pode ser contrastado com sulfato de bário.
US: útil poi muitas vezes o excesso de líquido rna impossível de ver as 
estruturas intratorácicas para fechar.
Doenças respiratórias em cães e gatos 50

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