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Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB Centro Multidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães - CMLEM Relatórios de Física Geral e Experimental II PÊNDULO FÍSICO Autor(es): Beatriz Paiva, Francisca Fernanda, Mateus Felipetto e Vitória P. da Silva Curso: Engenharia de Biotecnologia Data: 13 de abril de 2022 Pêndulos simples e compostos tem sido estudados desde Galileu e explicam diversos fenômenos como movimento harmônico ou movimentos de rotação da terra, uma parte importante para a compreensão dos fenômenos de periodicidade é o momento de inércia, o objetivo desse trabalho foi estudar essas características e entender um pouco sobre as relações de pêndulos físicos e simples. 1. Introdução O pêndulo físico consiste em um corpo com massa distribuída com um ponto fixo a um eixo, permitindo que o objeto oscile livremente quando a barra é movida para uma posição com uma inclinação específica. Para investigar o movimento oscilatório de objetos complexos que podem ser colocados para oscilar em torno de um eixo, como o caso do pêndulo físico, que pode ser pensado como um objeto muito complexo, mas que tem um momento conhecido de inércia em relação a este eixo que passa pela parte superior. Conhecendo o momento da inércia e a distância entre o centro de massa e a oscilação do eixo, é possível calcular o período de oscilação deste pêndulo físico. Para calcular o momento de inércia de um corpo em relação a um eixo arbitrariamente escolhido, deve-se aplicar a teoria dos eixos paralelos, segundo o qual o momento de inércia de um corpo em relação a qualquer eixo é igual ao momento de inércia em relação ao eixo paralelo que passa pelo centro de massa somado ao produto da massa do corpo pela distância entre os eixos ao quadrado. Com o momento de inércia conhecido, é possível obter qualquer período de oscilação de um pêndulo físico, assim: 2. Modelo Teórico 2.1 Corpos Rígidos O pêndulo físico é um corpo pendurado oscilando em um eixo fixo que não passa pelo centro de massa e o corpo não pode ser aproximado como um ponto de massa. Para um corpo rígido centrado em um ponto O a uma distância d do centro de massa a força gravitacional proporciona um torque em relação a um eixo através de , e o módulo deste torque é (1.1). Usando a segunda Lei de Newton para corpos rígidos sob um torque resultante temos que , onde I é o momento de inércia do corpo em relação ao eixo que passa através de e é a aceleração angular. O torque é dado por , onde F é a força gravitacional que realiza torque e r é a distância d entre o centro de massa do objeto e o eixo de rotação. A aceleração angular é então podemos escrever a equação como: (1.2) O torque em relação a tende a diminuir , isso justifica o sinal negativo. Admitindo que é pequeno a aproximação é verdadeira, e que a frequência angular de oscilação é a equação se reduz para: (1.3) Escrevendo o período em termos de w temos: (1.4) O período do pêndulo simples pode ser igualado a expressão (1.4); (1.5) Dessa forma é possível obter o comprimento do pêndulo simples em relação ao pêndulo físico: (1.6) 2.2 Momento de inercia de corpos rígidos O momento de inércia depende da forma como a massa do corpo está distribuída em relação ao eixo de rotação. Para uma barra de comprimento a e largura b desprezível o momento de inércia é dado por: (1.7) Sabendo que o centro de gravidade está localizado a uma distância h=a/2 podemos encontrar o centro de oscilação utilizando a equação (1.6). (1.8) O momento de inércia para o pêndulo físico em formato de placa circular é dado por: (1.9) Com o centro de gravidade G localizado a uma distância h=R, o centro de oscilação é: (1.10) 2.3 Teorema dos Eixos Paralelos O teorema dos eixos paralelos é um modo prático de calcular o momento de inércia de um corpo. Conhecendo o momento de inércia de um corpo em relação a um eixo Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB Centro Multidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães - CMLEM Relatórios de Física Geral e Experimental II paralelo ao eixo desejado, passando pelo centro de massa o problema fica mais fácil. Sendo h a distância perpendicular do centro do eixo dado em relação ao eixo que passa pelo centro de massa, e M a massa em relação a um eixo dado. O momento de inércia pode ser calculado por: (1.11) 3. Experimento 1. O sistema de pêndulo permitia a acoplagem de diferentes corpos, foram escolhidos 3 objetos para as oscilações, sendo eles a barra fina, o disco circular e o pêndulo simples. 2. Foi acrescentado ao sistema a barra fina na altura do ponto P, mediu-se um ângulo menor que 10 ° uma vez que a equação proposta contém um arredondamento de . 3. Com auxílio do Multicronômetro, sucedeu-se a medição para realizar 5 oscilações completas, o experimento foi realizado 10 vezes. 4. Em seguida, o comprimento da barra fina foi alterado para o ponto O utilizando uma amplitude similar. 5. O experimento foi repetido conforme descrito com o ponto P. 6. Assim que as medidas do período de oscilação eram obtidas para dois pontos diferentes do objeto, o corpo foi alterado para disco circular e as medidas dos pontos P e O foram realizadas novamente. 7. Ao final do experimento, foi obtido a distância entre os pontos O e P e uma oscilação utilizando um pêndulo simples foi utilizada. Imagem 1: Montagem do experimento com pêndulo físico. 4. Metodologia de Análise 4.1 Equações de Incerteza As equações utilizadas para esse experimento estão anexadas na figura 2. Incerteza Equação Desvio Padrão Desvio Absoluto Desvio Relativo Desvio Percentual Erro Instrumental Erro do instrumento Erro estatístico Erro Experimental Imagem 2: equações das incertezas utilizadas. 4.2 Cálculos de Incerteza Os cálculos de incerteza foram realizados no software Microsoft Excel 2019, através das planilhas padronizadas e estão disponíveis em anexo ao relatório. 5. Resultados 5.1. Incertezas Estatísticas A Imagem abaixo apresenta os resultados finais obtidos através da análise estatística das medidas. Comprimento Medida Barra Ponto P 1,137 ± 0,015 Ponto O 1,0827 ± 0,0054 Placa Circular Ponto P 1,0836 ± 0,0018 Ponto O 1,0563 ± 0,0005 Pêndulo Simples Barra (P-O) 1,139 ± 0,005 Placa Circular (P- O) 1,0435 ± 0,0008 Imagem 3: resultado das respectivas oscilações. 6. Discussão Nos corpos físicos foram identificados dois comportamentos, na barra fina o período de oscilação diminuiu do Ponto O para o ponto P assim, o período aumentou quando se afastou do centro de massa já que 1,08s (O) < 1,13s (P). No disco circular o período de oscilações diminuiu entre o ponto P para o Ponto O ou seja, o período diminuiu a Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB Centro Multidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães - CMLEM Relatórios de Física Geral e Experimental II medida que se aproxima do centro de massa pois 1,08s (P) > 1,05s (O). No pêndulo simples, o período da barra foi maior quando comparado com o disco circular. Os resultados dos cálculos teóricos são apresentados na imagem abaixo: Pêndulo Físico Ponto P Ponto O Barra fina Disco circular Pendulo simples Barra Disco circular Pendulo simples Imagem 4: resultado das resoluções com diferentes pontos. Em ambos os casos para o corpo físico, o período é proporcional ao momento de inércia: Ou seja, pelo teorema dos eixos paralelos: Como não existe momento de inercia menor que o do centro de massa, a menor proporcionalidade é encontrada no . Assim, a medida que o momento aumenta ao se afastar no centro, pela proporcionalidade o período irá aumentar também. Como já discutido, o período próximo ao centro de massa terá uma oscilação menor quando comparado ao eixo de rotação na ponta do objeto. Uma vez que o momento de inercia também pode ser dito como a dificuldade de inércia de rotação, é esperado que essa dificuldade aumente à medida que se afasta do centro de massa do objeto, o que condiz com os resultados experimentaisobtidos. Os valores teóricos são apresentados na imagem 5: Ponto P (s) Ponto O (s) Barra Fina 1,6392564 1,252002771 Disco Circular 1,90288405 1,487552889 Pendulo físico 1,161441579 1,098767973 Imagem 5: Em Pêndulo simples o Ponto P é barra e O é disco. Apesar dos valores teóricos não consistirem com os valores experimentais, a diminuição do erro para o pêndulo simples demonstra que outros fatores devem ser levados em consideração na análise teórica dos pêndulos físicos. Devido a dimensão e massa dos objetos outras forças como resistência do ar e atrito presente no eixo podem ter diminuído o período de oscilação e influenciado no resultado, o que não ocorreu com o pêndulo simples. Em um pêndulo simples, o comprimento que equivale ao período de oscilação de um pêndulo físico será dado por: Valor Barra Fina Disco Circular Comprimento utilizado (m) 0,3352 0,30 Comprimento calculado exp 0,29177 0,277257 Comprimento calculado teo. 0,389511 0,549862 O elemento de momento de inércia torna-se crucial nesse tipo de análise, uma vez que o pêndulo simples tem a massa do fio desprezível enquanto que em corpos físicos, o eixo de rotação é fixado no próprio objeto. Dessa forma, o comprimento de dois objetos diferentes terá período de oscilações diferentes tais como em pêndulos físicos e pêndulos simples. 7. Conclusão Diversas dificuldades foram encontradas pelo grupo. Na realização do experimento alguns erros experimentais influenciaram na manipulação do equipamento, sendo necessário a troca do sistema a partir da segunda troca de ponto do primeiro objeto. A compreensão dos cálculos de momento de inércia e período foram complicadas, entretanto o grupo conseguiu desenvolve-los. Muitas discussões foram levantadas a respeito da relação entre a distância do centro de massa e o período de oscilações, o modelo teórico e experimental confirmam que a medida que o eixo de rotação se aproxima do centro de massa, o período de oscilação diminui, entretanto intuitivamente, o grupo deduziu erroneamente que o comportamento seria o contrário. 8. Referências [1] HALLIDAY. David RESNICK. Robert. WALKER. Jearl.. Fundamentos da física mecânica.10ª edição. LTC. 30 de Junho de 2016. [2] MONTEIRO, Isabel Cristina de Castro; GASPAR, Alberto; MONTEIRO, Marco Aurélio Alvarenga. Abordagem experimental da força de atrito em aulas de Física do Ensino Médio. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, p. 1121- 1136, 2012. [3] SERWAY, Raymond A.; JR., John W J. Princípios de Física vol. 2. [Digite o Local da Editora]: Cengage Learning Brasil, 2014. 9788522116874. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885 Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB Centro Multidisciplinar de Luís Eduardo Magalhães - CMLEM Relatórios de Física Geral e Experimental II 22116874/. Acesso em: 09 abr. 2022. [4] TAYLOR. John R. Introdução à análises de Erros: O estudo de incertezas em medições físicas. 2ª edição. Bookman. 28 de Fevereiro de 2012. NOTA DO TRABALHO Apresentação Relatório Total Valor referência 3 7 10 Nota 1,8 3,5 5,3 Comentários sobre a nota. Sobre a apresentação o grupo precisa se organizar melhor para dividir igualmente o tempo de fala entre os integrantes. Não que isso precise ser cronometrado e altamente preciso, mas na apresentação de vocês a discrepância foi muito grande. Sobre o relatório, a primeira coisa que vocês precisam corrigir é o ajuste do conteúdo aos tópicos exigidos no modelo. Todos os tópicos que vocês colocaram a mais são válidos, mas são facilmente ajustados para caber nos tópicos exigidos. Mais atenção à numeração e utilização das equações. Muitas equações foram apresentadas e não foram utilizadas, principalmente no tocante a análise de erros, que apesar de muitas equações terem sido apresentadas faltou uma das mais importantes, a equação da propagação do erro experimental. Faltou também os algoritmos utilizados no exel. E dentre tudo, o maior erro cometido neste relatório é a ausência dos dados coletados. A pesar de terem muitas tabelas com resultados, eu não sei com base neste relatório quais foram os dados analisados. Evitem repetir este erro a todo custo.
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