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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG Centro de Ciências e Tecnologias – CCT Unidade Acadêmica de Física – UAF Curso: Engenharia Civil Disciplina: Física Experimental Professor; Wilton Pereira da Silva Turma: 02 PÊNDULO FÍSICO Discente: Ana Paula Travassos Fernandes - Matrícula: 119210910 Campina Grande - PB, 28/09/2021 mailto:ana.travassos@estudante.ufcg.edu.br 1 INTRODUÇÃO As oscilações executam uma função essencial na física, seja na mecânica, na acústica, na eletricidade e na ótica. Um sistema massa – mola é uma operação mais simples de um oscilador harmônico: um corpo (massa), aproximado a outro corpo material (mola), é preservado em sua posição de equilíbrio no qual a mola se encontra sem deformação, consequentemente livre de tensões internas. Pêndulo físico é um conjunto suspenso por um ponto O é possível rotacionar em torno de um eixo horizontal que passa por este ponto. Ele atingi uma ampla série de situações reais, e não se sujeita as situações quase ideais definidas para o pêndulo simples. 1.1 OBJETIVO Definir experimentalmente, o valor do período de um pêndulo físico. Realizar um conhecimento teórico, que leve à previsão desse período e, entre a analogia dos resultados teórico e experimental, indicar o momento da inércia da haste delgada em associação ao eixo em torno do qual as oscilações ocorrem. 1.2 MATERIAL - Haste delgada; - Alfinete; - Suporte fixo; - Cronômetro; - Régua; - Balança. Figura 01 – Montagem 2. MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO EM RELAÇÃO A UM EIXO Um corpo de massa m que está girando em uma velocidade W em torno do eixo AA’. Figura 02 – Representação do momento da inércia em relação a um eixo ENERGIA CINÉTICA DA MASSA INFINITESIMAL dm COM VELOCIDADE LINEAR v: 𝑑𝐸𝑐𝑟 = 1 2 (𝑑𝑚)𝑣2 Como v = Wr, tem-se 𝑑𝐸𝑐𝑟 = 1 2 𝑤2𝑟2 𝑑𝑚. Incluindo a última expressão para toda a massa infinitesimal dm, pode escrever assim: 𝐸𝑐𝑟 = ∫ 1 2 𝑊2𝑟2 𝑑𝑚 ou 𝐸𝑐𝑟 = 1 2 𝑊2 ∫ 𝑟2 𝑑𝑚 ou ainda pode ser da seguinte forma: 𝐸𝑐𝑟 = 1 2 𝐼 𝐴𝐴′𝑊2 em que 𝐼𝐴𝐴′ = ∫ 𝑟2 𝑑𝑚 é o momento da inércia do corpo em relação ao eixo de giro AA’. 3. PROCEDIMENTOS O pêndulo físico é formado por uma haste delgada de madeira com um comprimento de 2L, de massa m; com pequenos orifícios na metade superior, que tem um comprimento equivalente a L. Um alfinete foi posto no orifício mais alto da extremidade superior da haste delgada mantendo o pêndulo em suspensão, como podemos analisar na figura 03. Figura 03 Suporte fixo de suspensão O professor mediu a massa m da haste delgada, em uma balança digital, e obteve o segundo resultado m = 42,20 g. A distância L do centro de massa da haste delgada até a sua extremidade foi medida: L = 33,05 cm. 1 2 3 4 5 6 T(s) 1,335 1,316 1,340 1,346 1,322 1,331 Tabela I O professor deu um leve impulso na parte inferior da haste delgada (pêndulo físico), e o mesmo começou a oscilar. Com o cronômetro foi medido um tempo de 10 oscilações, e depois dividiu esta medida por 10 obtendo assim o período T do pêndulo físico. O resultado foi anotado na tabela I. O procedimento com o cronômetro foi repetido algumas vezes, até podermos preencher a tabela I. Figura 04 – Representação do diagrama de corpo livre pêndulo físico Para um corpo extenso em rotação, a Segunda Lei de Newton é dada por: ∑ 𝑀𝑜 = 𝐼𝑜 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 Em que Io é o momento da inercia do pêndulo físico em relação ao eixo O, por onde passa o alfinete e Mo é o momento de uma força em relação ao ponto O. Da seguinte forma: −𝑚𝑔 sin 𝜃 𝐿 = 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 ou −𝑚𝑔 sin 𝜃 𝐿 𝐼𝑜 = 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 Com isso a equação pode ser escrita desta forma: 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 + 𝑚𝑔 𝐼𝑜 sin 𝜃 = 0 Para pequenos deslocamentos angulares (𝜃max << 15º), seno 𝜃 ~ 𝜃 quando este ângulo é dado em radianos. Desta forma, a equação diferencial anterior pode ser escrita como: 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 + 𝑚𝑔𝐿 𝐼𝑜 𝜃 = 0 de forma que a solução é dada por: 𝜃 = 𝜃0 cos (𝜔𝑡 + ∅) Onde 𝜃0 é o deslocamento angular máximo (𝜃max) com relação à posição de equilíbrio 𝜔 = √ 𝑚𝑔𝐿 𝐼 , 𝜔 é a frequência angular do movimento periódico que é dada pro 𝜔 = 2𝜋 𝑇 e ∅ é o ângulo de fase, que define a posição da esfera no instante inicial do movimento. Obtemos a expressão para o valor experimental do momento de inércia do Pêndulo Físico: TI mgL 2 2 24 TI mgL mgL T I 2 2 4 Através dos cálculos (anexados ao relatório), foi feito o tratamento estatístico (desvio médio) para os períodos obtidos na tabel I. Considerando a incerteza sobre o valor da massa do Pêndulo Físico como 0,5% do valor médio, através dos cálculos, temos que: 𝑚 = (42,10 ± 0,21)𝑔 Ainda considerando que a incerteza sobre o comprimento L seja de 1,0 mm (ou 0,10 cm), temos que: 𝐿 = (33,05 ± 0,10)𝑐𝑚 Podemos calcular o momento da inércia do Pêndulo, para isso basta substituir os valores na seguinte expressão: 𝐼 = 𝑇2 4𝜋2 𝑚𝑔𝐿, 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑔 = 980 𝑐𝑚 𝑠2⁄ Para calcularmos o momento da inércia do pêndulo (C.G.S) usando as teorias do desvio padrão e máximo. 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 𝑚𝑔𝐿 4𝜋2 𝑇2 4. CONCLUSÃO Com os valores calculados do momento de inércia, concluímos que o valor teórico e o valor verdadeiro são compatíveis, pois são aproximadamente iguais, e o valor mas adequado para este experimento e o do desvio padrão pois ele tem um desvio menor que o médio, podemos citar alguns dos erros sistemáticos do experimento, que são eles; erro na desconsideração da forca de atrito do ar, a falta de precisão na contagem do período do pêndulo etc. Se toda massa do pêndulo físico estivesse concentrada em um único ponto podemos encontrar uma expressão que determina a sua distância ao alfinete ( ponto de apoio) a parti da seguinte forma: Iteo = dmr 2 , onde r é igual a k, que é a distância do ponto de apoio até a massa, que recebe o nome de raio de giração. Iteo = k 2m K = m I teo K = √ 61281,35342 42,10 K=38,15 cm Este experiência não poderá ser realizada tendo o centro de massa como apoio, pois as força abaixo e acima do ponto de apoio serão iguais em módulo, uma anulando a outra. Os procedimentos deste experimento não poderiam ser utilizados para determinar o momento de inércia de corpos de outra forma, só se ele tiver um ponto de apoio e soubermos onde se localiza seu centro de massa. O um cronômetro pode-se medir o comprimento de uma barra longa tendo em mãos sua massa, a gravidade, o momento de inércia e o período de oscilação 5. ANEXO Valor médio: 𝑇𝑚𝑒𝑑 = 1 𝑁 ∑ 𝑇𝑖 𝑛 𝑖=1 𝑇𝑚𝑒𝑑 = 1 6 7,99 𝑇𝑚𝑒𝑑 = 1,33166666667 𝑇𝑚𝑒𝑑 = 1,332 Desvio médio: med = 1 𝑁 ∑ Ti onde: Ti = Ti − Tmed 𝑛 𝑖=1 med = 1 6 |0,052| med = 0,0086666667 med = 0,009 𝑇 = (1,332 ± 0,009)𝑠 Determinação da incerteza sobre a massa do pêndulo físico sobre o valor medido: Calculando a incerteza, temos: m = 42,10g 42,10 × 0,5% = 0,2105 = 0,21 Logo, temos que massa (m) sendo: 𝑚 = (42,10 ± 0,21)𝑔 Determinação da incerteza sobre o comprimento do pêndulo físico sobre o valor medido: L = 33,05 cm Para o valor da incerteza, temos: 1mm ou seja, 0,10 cm, assim temos que o comprimento (L) é de: 𝐿 = (33,05 ± 0,10) 𝑐𝑚 Determinação do momento de inércia do pêndulo físico: 𝐼𝑜 = 𝑚𝑔𝐿 4𝜋2 𝑇2 𝐼𝑒𝑥𝑝 = (42,10)(980)(33,05) 4𝜋2 (1,332)2 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 61281,35342 𝑔 𝑐𝑚2⁄ Calculando as incertezas: Período (T): It = 1 2 | 𝑚𝑔𝐿 (𝑇 + )2 4𝜋2 − 𝑚𝑔𝐿(T − T)2 4𝜋2 | It = | (1,341)2 4𝜋2 × (42,10)(980)(33,05) − (1,341)2 4𝜋2× (42,10)(980)(33,05)| It = 828,1263976 It = 828,13 Massa (m): m = 1 2 | (𝑚 + m)gL𝑇2 4𝜋2 − (𝑚 − m)gL𝑇2 4𝜋2 | m = 1 2 | (1,332)2 4𝜋2 × (42,31)(980)(33,05) − (1,332)2 4𝜋2 × (41,89)(980)(33,05)| m = 305,6789601 m = 305,7 Comprimento (L): Il = 1 2 | (𝑚 + m)gL𝑇2 4𝜋2 − (𝑚 − m)gL𝑇2 4𝜋2 | Il = 1 2 | (1,332)2 4𝜋2 × (42,10)(980)(33,15) − (1,332)2 4𝜋2 × (42,10)(980)(32,95)| Il = 185,4201314 Il = 185,4 Pela tori do desvio máximo: 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 𝐼𝑒𝑥𝑝 ± It + Im + Il 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 61281,35342 ± (828,13 + (305,7) + (185,4)) 𝐼𝑒𝑥𝑝 = (61281,35 ± 1319,23)𝑔 × 𝑐𝑚2 Pela teoria do desvio padrão: 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 𝐼𝑒𝑥𝑝 ± √( It)2 + ( Im)2 + ( IL)2 𝐼𝑒𝑥𝑝 = 61281,35342 ± √(828,13)2 + (305,7)2 + (185,4)2 𝐼𝑒𝑥𝑝 = (61281,35342 ± 902,0116113) 𝐼𝑒𝑥𝑝 = (61281,35 ± 902,01)𝑔 × 𝑐𝑚2
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