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Professor(a): Alexandre José de Almeida Gama EXP. 52 - PÊNDULO FÍSICO 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO: 3 OBJETIVOS: 4 MATERIAL E MONTAGEM: 5 MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO EM RELAÇÃO A UM EIXO: 6 PROCEDIMENTOS: 7 APÊNDICE: 14 CONCLUSÕES: 15 BIBLIOGRAFIA: 17 3 INTRODUÇÃO O Pêndulo Físico, objeto de estudo deste experimento, pode ter uma distribuição complicada de massa, o mesmo pertence também à classe de osciladores harmônicos simples, em que, a força restauradora está associada à gravidade, em lugar das propriedades elásticas de um fio torcido ou de uma mola comprimida . Para analisar um caso mais simples, tomamos o pêndulo como sendo uma barra uniforme de comprimento L suspensa por uma das extremidades. Para essa configuração h será a distância entre o ponto fixo e o centro de massa. O pêndulo físico consiste de um corpo rígido qualquer de massa M, suspenso por um eixo horizontal que o atravessa, em torno do qual o corpo pode girar. O pêndulo físico consiste em um corpo com complicada distribuição de massa, com um ponto fixado a um eixo, portanto fixo, tal que o objeto possa se deslocar livremente, ele também possui uma estrutura rígida e todo o pêndulo é feito de material de massa a ser considerada. 4 OBJETIVO Determinar, experimentalmente, o valor do período de um pêndulo físico. Fazer um estudo teórico que leve à previsão deste período e, através da comparação dos resultados teórico e experimental, determinar o momento de inércia da haste delgada em relação ao eixo em torno do qual as oscilações ocorrem. 5 MATERIAL • Haste delgada • Alfinete • Suporte fixo • Balança. • Régua • Cronômetro MONTAGEM ORIGINAL 6 = ∫ 𝑊 𝑟 𝑑𝑚 = 𝑊 ∫ 𝑟 𝑑𝑚 𝐼 𝑊 MOMENTO DE INÉRCIA DE UM CORPO EM RELAÇÃO A UM EIXO Seja um corpo de massa m que gira com velocidade angular W em torno de um eixo AA’. ENERGIA CINÉTICA DA MASSA INFINITESIMAL dm COM VELOCIDADE LINEAR v: 𝑑𝐸 = 1 2 Como v = W r, tem-se: 𝑑𝐸 = 1 2 2 𝐶𝑅 2 (𝑑𝑚)𝑣 . 𝐶𝑅 2 𝑊 𝑟 𝑑𝑚. Integrando a última expressão para toda massa infinitesimal dm, pode-se escrever: 𝐸 1 2 2 1 2 2 1 2 𝐶𝑅 2 𝐶𝑅 2 𝐶𝑅 2 𝐴𝐴' em que 𝐼 𝐴𝐴' 2 = ∫ 𝑟 𝑑𝑚 é o momento de inércia do corpo em relação ao eixo de giro AA’. ou 𝐸 ou ainda 𝐸 = 7 PROCEDIMENTOS 1) O pêndulo físico é formado por uma haste delgada de madeira de comprimento 2L, com massa m; com pequenos orifícios na metade superior, que tem comprimento L. Um alfinete colocado no orifício mais alto da extremidade superior da haste delgada mantém o pêndulo em suspensão, como é mostrado na figura abaixo. ← Suporte fixo de Suspensão 2) Seu professor mediu a massa m da haste delgada, usando uma balança digital, e obteve m = 42,10 g. 3) Também, a distância L do centro de massa da haste delgada até a sua extremidade foi medida: L = 33,05 cm. 4) Seu professor deu um leve impulso na parte inferior da haste delgada (pêndulo físico), que começou a oscilar. 8 5) Com um cronômetro, o professor mediu o tempo de 10 oscilações, e depois dividiu esta medida por 10, obtendo o período T do pêndulo físico. O resultado foi anotado na Tabela I, que será mostrada mais abaixo. 6) O procedimento de número 5 foi repetido algumas vezes, até o preenchimento da Tabela I, foram realizadas 6 repetições de 10 oscilações, dadas a seguir. TABELA I 1 2 3 4 5 6 T (s) 1,335 1,316 1,340 1,346 1,322 1,331 Escreva os dados coletados e faça o diagrama de corpo livre para o pêndulo físico em uma posição angular θ qualquer em relação ao ponto de equilíbrio. Você deve ter desenhado algo como a figura mostrada abaixo: Para um corpo extenso em rotação, a Segunda Lei de Newton é dada por: ∑ 𝑀 0 = 𝐼 0 2 𝑑 θ 2 𝑑𝑡 9 𝑑 θ 2 2 𝑇 2 2 0 2 2 Em que 𝐼 é o momento de inércia do pêndulo físico em relação ao eixo O, por onde passa o 0 alfinete e 𝑀 é o momento de uma força em relação ao ponto O. assim: 0 − 𝑚𝑔 𝑠𝑒𝑛θ 𝐿 = 𝐼 2 𝑑 θ ou ainda 𝐿 2 − 𝑚𝑔 𝑠𝑒𝑛θ = 0 𝑑𝑡 𝐼 𝑑𝑡 Então, a última equação pode ser escrita como: 𝑑 θ + 𝑚𝑔𝐿 𝑠𝑒𝑛θ = 0 𝑑𝑡 𝐼 Para pequenos deslocamentos angulares (θ ≪ 15°), 𝑠𝑒𝑛θ ~ θ quando este ângulo é dado 𝑚𝑎𝑥 em radianos. Assim, a equação diferencial anterior pode ser escrita como: 𝑑 θ + 𝑚𝑔𝐿 θ = 0 𝑑𝑡 𝐼 Cuja a solução é dada por: θ = θ 𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + ф) 0 Onde θ é o deslocamento angular máximo (θ ) com relação a posição de equilíbrio (PE), 0 𝑚𝑎𝑥 ω é a frequência angular do movimento periódico e ф é o ângulo de fase, que define a posição da esfera no instante inicial do movimento. Uma análise similar à do experimento do pêndulo simples indicaria que: 𝑚𝑔𝐿 𝐼 0 Assim lembrando que ω = 2π : 𝐼 = 𝑚𝑔𝐿 𝑇 2 0 4π ω = 2 0 0 10 𝖥 𝑁 ⎢𝑖 = 1 𝑠 ( 𝑁 1 𝑁 −1 ⎢ ∑ 𝑡 2 − 1 𝑁 ∑ 𝑡 ⎣ 𝑠) 𝑖 = 1 2 ⎤ ⎥ ⎥ ⎦ 1 6−1 𝖥10, 640642 − 1 (7, 99) 2 ⎤ ⎣ 6 ⎦ 6 = 7) Faça o tratamento estatístico (desvio padrão da média) para os períodos obtidos na Tabela I. Considere a incerteza sobre a massa do pêndulo físico como 0,5% do valor medido e a incerteza sobre L como 1,0 mm. Expresse cada grandeza (C.G.S.). • VALOR MÉDIO 6 ∑ 𝑡 𝑠 = 1, 335 + 1, 316 + 1, 340 + 1, 346 + 1, 322 + 1, 331 = 7, 99 𝑖 = 1 6 2 ∑ 𝑡 2 = (1, 335) 2 + (1, 316) 2 + (1, 340) 2 + (1, 346) 2 + (1, 322) 2 + (1, 331) 𝑠 𝑖 = 1 = 10, 640642 𝑡 1 𝑠 6 ∑ 𝑡 𝑠 𝑖 = 1 1 × 7, 99 = 1, 331666667 → 𝑡 6 𝑠 = 1, 332 • DESVIO PADRÃO DA MÉDIA: σ = = = 𝑡 = 0, 01118332 Assim, uma leitura qualquer é dada por: 𝑡 𝑠 = (1, 332 ± 0, 011) σ = 𝑡𝑚 σ 𝑡 = 0,01118332 = 0,01118332 2,449489743 −3 = 0, 004565571271 𝑜𝑢 4, 565 𝑥 10 Assim, o valor verdadeiro de t é: 𝑡 𝑠 = (1, 332 ± 0, 005) 𝑁 = 6 11 = = = = | 2 2 8) Utiliza a expressão obtida para 𝐼 e as fórmulas de propagação de erros (use as teorias do 0 desvio padrão e do desvio máximo) para expressar o momento de inércia do pêndulo físico (C.G.S.) m = 42,10 g. → Considere a incerteza sobre m como 0,5%do valor medido. (42, 10 ± 0, 21) L = 33,05 cm. → Considere a incerteza sobre L como 1,0 mm. T = 1,332 s → (33, 05 ± 0, 10) Incerteza sobre T. (1, 332 ± 0, 005) 𝐼 = 𝑚𝑔𝐿 𝑇 2 → 𝐼 = 42,10 × 980 × 33,05 × 1, 332 2 → 𝐼 = 61281, 35342 0 4π 0 4π 0 Incerteza na função devido à incerteza em m. δ𝐼 1 𝑚 2 | 4π δ𝐼 1 𝑚 2 4π | | 4π δ𝐼 = 1 |61587, 03238 − 60975, 67446| → δ𝐼 = 305, 67896 𝑚 2 𝑚 Incerteza na função devido à incerteza em L. δ𝐼 1 𝐿 2 | 4π 4π | δ𝐼 1 , 𝐿 2 | 4π δ𝐼 = 1 |61466, 77356 − 61095. 93329| → δ𝐼 = 185, 420135 𝐿 2 𝐿 Incerteza na função devido à incerteza em T. δ𝐼 1 | 𝑚𝑔𝐿 = 2 (𝑇 + δ𝑇) − 𝑚𝑔𝐿 2| (𝑇 − δ𝑇) | → 𝑇 2 | 2 2 | δ𝐼 | 4π 4π = 1 | 42,10 × 980 × 33,05 | 2 42,10 × 980 × 33,05 2| | 𝑇 | 2 (1, 332 + 0, 005) − 4π 4π (1, 332 − 0, 005) | | δ𝐼 = 1 |61742, 28714 − 60822, 1467| → δ𝐼 = 460, 07022 𝑇 2 𝑇 2 2 | (𝑚+δ𝑚)𝑔𝐿 2 (𝑚−δ𝑚)𝑔𝐿 2| | 2 𝑇 − 2 𝑇 | → | (42,10+0,21) × 9 | 2 80 × 33,05 1, 332 2 − (42,10−0,21) × 2 4π 980 × 33,05 1, 332 2| | | | 𝑚𝑔(𝐿+δ𝐿) 2 𝑚𝑔(𝐿−δ𝐿) 2| | 2 𝑇 − 2 𝑇 | → | 42,10 × 980 ×(33 | 2 05+0,10) 1, 332 2 − 42,10 × 980 ×(3 2 4π 3,05−0,10) 1, 332 2| | | 123 • T.D.M δ𝐼 = δ𝐼 + δ𝐼 + δ𝐼 → δ𝐼 = 305, 67896 + 185, 420135 + 460, 07022 0 𝑚 𝐿 𝑇 0 δ𝐼 = 951, 169315 0 𝐼 = 61281, 35342 ± 951, 169315 → 𝐼 0 0 3 = (61, 3 ± 1, 0) 𝑥 10 • T.D.P δ𝐼 = 0 → δ𝐼 = 0 δ𝐼 = 582, 6532935 0 𝐼 = 61281, 35342 ± 582, 6532935 → 𝐼 0 0 3 = (61, 3 ± 0, 6) 𝑥 10 9) Lembre-se que 2 , em que r é a distância da massa elementar dm ao eixo de giro. 𝐼 = ∫ 𝑟 𝑑𝑚 Então, no apêndice, será mostrado a expressão teórica para o momento de inércia de uma haste delgada, em relação a um eixo (alfinete) passando por sua extremidade, é dada por: 𝐼 𝑡𝑒𝑜 = 1 𝑚 (2𝐿) 2 Onde 2L é o comprimento da haste. Calcule o valor teórico 𝐼 do momento de inércia da 𝑡𝑒𝑜 haste m = 42,10 g. L = 33,05 cm. 𝐼 = 1 𝑚 (2𝐿) 2 → 𝐼 = 1 × 42, 10 × (2 × 33, 05) 2 → 𝐼 = 61314, 58033 𝑡𝑒𝑜 3 𝑡𝑒𝑜 3 𝑡𝑒𝑜 δ𝐼 + δ𝐼 + δ𝐼 2 2 2 𝑚 𝐿 𝑇 305, 67896 + 185, 420135 + 460, 07022 2 2 2 13 𝐼 𝐼 10) Compare o valor experimental, 𝐼 0 com valor teórico, 𝐼 . Você pode calcular o erro 𝑡𝑒𝑜 percentual na determinação de 𝐼 , lembrando que: 𝐸 0 𝑝 𝐼 − 𝐼 = 0 𝑡𝑒𝑜 × 100. 𝑡𝑒𝑜 𝐼 = 61281, 35342 0 𝐼 = 61314, 58033 𝑡𝑒𝑜 𝐼 − 𝐼 𝐸 = 0 𝑡𝑒𝑜 × 100 → 𝐸 = 𝑝 𝑡𝑒𝑜 𝑝 61281,35342 − 61314,58033 61314,58033 × 100 → 𝐸 𝑝 = − 0, 054% 14 2𝐿 = (2𝐿) 3 APÊNDICE MOMENTO DE INÉRCIA DA HASTE DELGADA Para uma haste delgada de massa m e comprimento 2L, homogênea, dada a seguir 2L → M dr → dm ↓ 𝑑𝑚 = 𝑚 𝑑𝑟 2𝐿 Assim: 𝐼 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝑚 resulta em: 𝐼 = ∫ 𝑟 2 𝑚 𝑑𝑟 2𝐿 ou 𝐼 = 𝑚 2 ou ainda 𝐼 1 0 𝑚 (2𝐿) 3 . 2𝐿 0 2𝐿 ∫ 𝑟 𝑑𝑟 0 Portanto: 𝐼 𝑡𝑒𝑜 = 1 𝑚 (2𝐿) 2 3 15 CONCLUSÃO • Para este experimento, responda qual é a teoria mais adequada para o desvio propagado. Há algum erro sistemático importante? Explique. Neste experimento, calculamos o momento de inércia com as duas teorias para o desvio, sendo a mais adequada a teoria do desvio padrão, pois por essa teoria, o desvio é menor e, desta maneira, diminuímos a margem de valores possíveis para o valor verdadeiro ou teórico. Ao analisarmos os valores do momento de inércia teórico e experimental, concluímos que estes valores são compatíveis, visto que são bem próximos. • Cite os principais erros sistemáticos cometidos nesse experimento. Podemos citar alguns dos erros sistemáticos do experimento que são eles; erro na desconsideração da força de atrito do ar, a falta de precisão na contagem do período do pêndulo e etc. • Se toda a massa do pêndulo físico estivesse concentrada em um único ponto, a que distância do alfinete (ponto de apoio) essa massa deveria estar? Observe que a essa distância dá-se o nome de raio de giração. Se toda a massa do pêndulo físico estivesse concentrada em um único ponto podemos encontrar uma expressão que determina a sua distância ao alfinete (ponto de apoio) a partir da seguinte forma: 𝐼 𝑡𝑒𝑜 2 = ∫ 𝑟 𝑑𝑚 onde r é igual a k, que é a distância do ponto de apoio até a massa, que recebe o nome de raio de giração • Discuta como, com um único cronômetro, se pode medir o comprimento de uma haste delgada. Essa experiência poderia ser realizada tendo o centro de massa como ponto de apoio? Explique. Com um cronômetro pode-se medir o comprimento de uma barra longa tendo em mãos sua massa, a gravidade, o momento de inércia e o período de oscilação. Não poderíamos fazer essa experiência tendo como ponto de apoio o centro de massa, pois a integral a ser calculada é dada em função do quadrado de r, e, portanto, não teríamos uma função linear. 16 • Os procedimentos desse experimento poderiam ser utilizados para determinar o momento de inércia de corpos com outras formas? Explique. Os procedimentos deste experimento não poderiam ser utilizados para determinar o momento de inércia de corpos de outra forma só se ele tiver um ponto de apoio e soubermos onde se localiza seu centro de massa. • Qual é a unidade apropriada para momento de inércia? A unidade de momento de inércia no SI (Sistema Internacional de Unidades) é kg.m2 . No experimento realizado foi estabelecido os valores no CGS, sendo a unidade de momento de inércia para o experimento, portanto, o g.cm2 .
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