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sistema digestivo

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CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA 
ENCONTRO 01: MECANISMOS DE DEFESA E AGRESSÃO DO SISTEMA DIGESTIVO
1. INTRODUÇÃO 
Os helmintos possuem como principal agravo o retardo do crescimento dos animais, desconforto abdominal pois é o ambiente favorável para proliferação e multiplicação dos helmintos. Quando falamos de ruminantes, os prejuízos giram em torno de 7 milhões por ano no Brasil, valendo salientar que bovinos costumam ser mais resistentes que pequenos ruminantes valendo salientar a importância do problema no Nordeste, visto que temos o maior rebanho de caprinos do Brasil e grandes são os prejuízos que vão desde os gastos com medicamento, animais com helmintose subclínica e até mortalidade. Em equinos os agravos são semelhantes e grande parte estão envolvidos em episódios de cólicas e quando falamos de animais de companhia, alguns parasitos possuem potencial zoonótico.
Além das helmintoses, as coccidioses acometem principalmente pequenos ruminantes e aves; cursando principalmente com diarreia; sendo conhecida popularmente como curso de sangue, curso vermelho ou enterite hemorrágica justamente porque alguns animais apresentam uma diarreia sanguinolenta devido a muita destruição do epitélio intestinal ocasionado por esses protozoários; promovendo perdas econômicas devido: Mortalidade, desempenho insatisfatório e custos com tratamento e prevenção.
2. DESENVOLVIMENTO
Quando falamos da infecção por endoparasitos, neste resumo abordarei a coccidiose de galinhas ou mamíferos. A eimeriose geralmente que se observa é forte imunidade específica da espécie que pode prevenir a reinfecção. Esta resposta imune inibe o crescimento de trofozoítos, o primeiro estágio invasivo, dentro do intestino células epiteliais. Estudos em camundongos sugerem que a infecção de galinhas ou mamíferos com oocistos de Eimeria geralmente leva a uma forte imunidade específica da espécie que pode prevenir a reinfecção. Esta resposta imune inibe o crescimento de trofozoítos, o primeiro estágio invasivo, dentro do intestino nas células epiteliais. 
Estudos em camundongos sugerem que a resistência à infecção primária é mediada por múltiplos mecanismos mediados por células que envolvem células T CD4 + e seus citocinas IL-12 e IFN-γ, macrófagos e células NK. Dentro contraste, a resistência ao desafio secundário é mediada por Células T CD8 +. Em galinhas, IFN-γ, fator de necrose tumoral-α (TNF-α), e fator de crescimento transformador-β (TGF-β), também como as células T CD8 + α / β parecem ser essenciais para imunidade anticoccidiana.
Nem sempre a resposta imune por si só, é suficiente para debelar a infecção, visto que os parasitos possuem mecanismos de evasão, sendo necessário intervenção medicamentosa, contudo os grandes desafios no controle das coccidioses e helmintoses dos animais de produção, talvez esteja atrelada a resistência medicamentosa por conta de mau uso dos compostos químicos tais como: sub ou superdosagem, uso indiscriminado de bases químicas, e mal manejo sanitário.
Em relação ao diagnóstico ele pode ser feito: pelo diagnóstico clínico, diagnóstico parasitológico e diagnóstico através de necropsia
Para o diagnóstico parasitológico, buscar realizar a colheita de fezes, diretamente da ampola retal livre de resíduos do solo (5g) e acondicionados em frascos limpos ou sacos plásticos. A conservação e remessa para laboratório pode ser feita com gelo reciclável, formalina a 5 – 10%, e dicromato de potássio (no caso de suspeita de coccidiose, que para identificação da espécie necessita esporulação dos oocistos). Exame macroscópico também deve ser levado em consideração ao se avaliar as fezes doas animais, pois pode ser um direcionados para diagnóstico: Aspecto, consistência e cor.
Quanto aos métodos de exame de fezes de uma forma geral, podemos recorrer ao: Esfregaço direto e métodos de flutuação (Willis-Mollay, McMaster), métodos de sedimentação (para ovos de trematódeos e cestódeos) e método de Baermann (pesquisa de larvas de vermes pulmonares). A técnica de coprocultura é utilizada para identificação de nematódeos gastrointestinais da ordem Strongylida de animais, sendo um componente importante no levantamento sanitário (epidemiológico e clínico) nas criações de animais. O objetivo da técnica de coprocultura é fazer uma cultura com as fezes parasitadas por ovos que não possuem dimorfismo até a eclosão das larvas e realizar a identificação de larvas L3 infectantes de nematoides (Haemonchus, Ostertagia, Trichostrongylus, Cooperia, Bunostomum), já que existem diferenças morfológicas entre elas. 
Existem algumas considerações importantes sobre os diagnósticos parasitológicos: A demonstração de ovos e oocistos de parasitos nas fezes é uma evidência de parasitismo, mas não indica o grau de infecção e a falha na demonstração de ovos não significa que não há parasitos presentes (ocorrência de estágios imaturos ou o teste não é tão sensível) e geralmente não há correlação entre o número de ovos ou larvas por grama de fezes e o número de nematódeos adultos.
	No diagnóstico parasitológico por necrópsia, deve-se estar atento a quantidade e as espécies de parasitos presentes na infecção, principais lesões e sinais como: Enterite, úlceras, nódulos, espessamento de mucosa, processos inflamatórios e edematosos de mucosa gastrointestinal e pontos hemorrágicos.
3. CONCLUSÃO
Agora que foram elencados alguns aspectos de agravos e diagnóstico de agentes do sistema digestório, vamos partir para compreensão e associação das principais doenças do referido sistema e os mecanismos de agressão e defesa existentes; utilizem os materiais pré-aula e sigam buscando conhecimento para consolidação dos conceitos que serão abordados em sala de aula.
4. REFERÊNCIAS
MONTEIRO, Silvia Gonzalez. Parasitologia na medicina veterinária. 2ª Edição. São Paulo: Roca, 2017. 356 p
URQUHART, G.M, 1998. Parasitologia Veterinária. 20ª Edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 274p. 
FORTES, C. Parasitologia Veterinária, Porto Alegre – Sulina, 233 páginas – 1987.
HOFFMAN, R.P. Diagnóstico de Parasitismo Veterinário. 1ª ed. Sulina, 1987. 156p.
UENO, H & GONÇALVES, P.C. Manual para diagnóstico das Helmintoses de ruminantes, 1998. Disponível em: < https://r1.ufrrj.br/adivaldofonseca/wp-content/uploads/2014/06/manual_helmintoses-UENO-site-do-CBPV.pdf>

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