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APS -Interação Clínico Patológica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
INTERAÇÃO CLÍNICO-PATOLÓGICA 
PROF. RAPHAEL OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
RACHEL CARNEIRO ABADIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2020 
1) Acesse os artigos nos links abaixo e faça a leitura. 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2 
https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2017/02/FA_-_Profissionais_13fev.pdf 
 
2) Respondas as questões propostas baseado nos artigos científicos indicados: 
a) Quais são as formas clínicas encontradas da febre amarela? (1,5) 
Clinicamente, a febre amarela pode se apresentar assintomática, leve, moderada, 
grave e maligna. 
Forma leve: caracterizada pela febrícula ou febre moderada de início súbito que 
pode ou não vir acompanhada de cefaleia discreta, astenia ou indisposição 
passageira e tontura. Esse quadro evolui por horas até dois dias. Pode ser 
confundida com mal estar passageiro, resfriado e enxaqueca. 
Forma moderada: o quadro é arrastado. Início súbito de febre e cefaleia. Pode 
apresentar náuseas com ou sem vômitos, mialgias e artralgias que não 
incomodam nem dificultam a locomoção. A febre se eleva, mas cede com 
antitérmicos. Esse quadro pode durar de dois a três dias. 
Forma grave: febre elevada de início abrupto e cefaleia intensa. Sinal de Faget é 
evidente (bradicardia acompanhando a febre elevada). Dores musculares 
generalizadas. Náuseas e vômitos incomodam. Pelo menos um dos sintomas 
clássicos pode ser observado: icterícia, oligúria e hematêmese. Usualmente, dura 
5 dias. 
Forma maligna: ocorre toxemia abrupta, náuseas e encefalopatia, Além disso, 
todos os sintomas clássicos encontram-se presentes. Caracterizando a falência 
hepato-renal em torno de 5 a 7 dias. O quadro evolui em duas fases ou períodos 
com um período de remissão entre as mesmas. Mas, nem sempre é possível 
separar estas fases. A letalidade é alta, cerca de 50%, mas os sintomas podem 
involuir em uma semana. 
 
b) Quais são as vias de transmissão e quais agentes envolvidos da febre amarela? (2,0) 
A febre amarela é transmitida ao homem por mosquitos como o Aedes aegypti, 
no ciclo urbano, e o Haemagogus (H. janthinomys e H. albomaculatus) e 
Sabethes (S. chloropterus), no ciclo silvestre. 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2
https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2017/02/FA_-_Profissionais_13fev.pdf
No ciclo urbano, não são encontrados outros reservatórios animais, e o vírus é 
transmitido diretamente ao homem que quando infectado, atua ele mesmo como 
amplificador e disseminador do vírus na população. 
No ciclo silvestre, os principais amplificadores são primatas não humanos como 
o macaco guariba e macaco prego. Além de marsupiais e roedores. 
c) Quais as situações clínicas para a contraindicação da vacinação da febre? (1,5) 
Crianças menores de 6 meses; Mães amamentando bebês menores de 6 meses; 
Gestantes; Pessoas com AIDS, câncer e em uso de medicação imunossupressora 
não devem ser vacinados, salvo em casos particulares e após cuidadosa 
avaliação dos riscos e benefícios; Pessoas que realizaram transplante de órgãos 
ou de medula óssea; Pessoas com história anterior de doenças no timo; Pessoas 
com antecedentes de alergia a substâncias presentes na vacina ou à proteína do 
ovo também não devem ser vacinadas pelo risco acentuado de desenvolverem 
reação alérgica do tipo I (choque anafilático). 
 
d) Quais as lesões microscópicas descritas no fígado? (1,5) 
Nos seres humanos, os achados histopatológicos assemelham-se aos observados 
em macacos e decorrem principalmente de exames de necropsia. No fígado de 
macacos, o vírus infecta as células de Küpffer e os hepatócitos. 
Nas primeiras, determina degeneração acidófila em zonas focais durante o 
período inicial de replicação, cerca de 24h após a inoculação. Em seguida, 
ocorre degeneração baloniforme e, posteriormente, necrose do tipo hialina 
detectável cerca de 3 dias pós a inoculação, sem ocorrer aparentes lesões nos 
hepatócitos. 
Nessas células, o vírus amarílico causa necrose em grandes extensões do 
parênquima hepático, preferencialmente nas áreas médio-zonais, poupando as 
extremidades do lóbulo, sendo raro o encontro de células necrosadas antes do 
terceiro dia pós-inoculação. A lesão no hepatócito é principalmente necrose de 
coagulação hialina, com pouco processo inflamatório. 
 
e) Quais os testes clínicos indicados para detecção do vírus? (1,5) 
Podem ser realizados exames específicos como o isolamento do vírus em cultura 
de tecidos, identificação de antígenos virais e do RNA viral e métodos 
sorológicos – dosagem de anticorpos específicos pelo método de IgM – Elisa 
que captura anticorpos IgM em ensaio enzimático ou conversão sorológica em 
testes de inibição de hemaglutinação. Este último método pode fornecer o 
diagnóstico presuntivo rápido em uma amostra sorológica, se a mesma for obtida 
a partir do 5º dia de doença. A presença de IgM decorre de infecção recente (2-3 
meses) ou corrente (atual), daí a importância de se obter a história clínica 
completa para a boa interpretação do resultado laboratorial. Vale lembrar que a 
vacinação contra a febre amarela também induz a formação de IgM e, por isso, 
importa conhecer os antecedentes vacinais do caso suspeito. 
 
f) Qual o impacto na saúde pública causado pela febre amarela? (2,0) 
A febre amarela é doença infecciosa não contagiosa de curta duração e sua 
gravidade varia. Cerca de 90% dos casos da doença apresentam-se com formas 
clínicas benignas que evoluem para a cura, enquanto 10% desenvolvem quadros 
dramáticos com mortalidade em torno de 50%. 
É uma doença de notificação compulsória, que não exige suscetibilidade 
específica, que desconhece raça, cor ou faixa etária. Por vezes, numa mesma 
família, alguns adoecem de forma branda, enquanto outros sucumbem com as 
formas graves da doença. Importante dizer que não há medicamento específico 
para o tratamento da doença e o tratamento medicamentoso deve se voltar para o 
combate aos sintomas e os sinais manifestos da doença. 
Para diminuir a incidência de febre amarela, a vacinação é bastante eficaz como 
método de prevenção. Outro recurso que pode reduzir a ocorrência de febre 
amarela é a conscientização da população sobre como evitar a proliferação dos 
vetores e o uso de medidas de proteção individual. De todo modo, a melhora da 
vigilância sobre os casos suspeitos, a educação permanente dos profissionais de 
saúde e a imunização das populações suscetíveis são ações que podem restringir 
a febre amarela a ocorrências anuais com reduzido número de casos.

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