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Português - Técnico INSS MANUAL DA APROVAÇÃO Sidney Martins www.gabrielaxavier.com.br Formula da Aprovação Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 Português - Técnico INSS Créditos Texto Sidney Martins Capa Cristina M Lima Projeto Gráfico e Diagramação Editora Mundo de Letras Larissa de Godoi Ilustrações Mapa Mental João Carvalho Ilustrações Charges João Carvalho Nos termos da lei 9.610/98, que resguarda os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio - eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos, de fotocópia e de gravação - sem permissão, por escrito, do Autor. MANUAL DA APROVAÇÃO Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 SUMÁRIO 1.Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados 5 2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 9 3 - Ortografia oficial e acentuação gráfica 11 4 - Emprego das classes de palavras 18 5 - Emprego do sinal indicativo de crase. 24 6 – Sintaxe da oração e do período 27 7. Pontuação 40 8. Concordância nominal e verbal 43 9. Regência nominal e verbal 47 10. Significação das palavras 50 11. Redação e correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República) 51 Frases Poderosas 55 Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 4 Número de acertos = ______Questões resolvidas Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 5Número de acertos = ______Questões resolvidas 1.Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de pala- vras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 1.1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 1 - LEIA COM ATENÇÃO E EM VOZ ALTA (leve balbuciar) Leia o texto com perspicácia e sutileza para não perder nenhum detalhe. A leitura em voz alta é fundamental para ter atenção aos detalhes. 2 - ATENÇÃO AO QUE SE PEDE Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto. 3 - SEJA CURIOSO Na hora dos estudos, utilize um dicionário e encontre o significado das palavras do texto que você não sabe o significado. 4 - CUIDADO COM A INTERPRETAÇÃO Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ideias do autor. 5 - DIVIDA O TEXTO Para melhor compreensão, divida o texto em parágrafos ou partes. 6 - CUIDADO COM VOCÁBULOS “Destoa, não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto e outras”, são palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam entender o que o enun- ciado está pedindo. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 6 Número de acertos = ______Questões resolvidas 7 - DÚVIDA ENTRE DUAS ALTERNATIVAS Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa. 8 - PALAVRAS CRUZADAS Além da leitura de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento léxico é fazer palavras cruzadas. Isso aumenta seu vocabulário e sua cultura. 9 - MAIS EXERCÍCIOS Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas para ampliar suas chances de sucesso. Domínio dos mecanismos de coesão textual. (4.1 Emprego de elementos de referen- ciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequencia- ção textual) Textualidade é um conjunto de características que fazem com que um texto possa ser considerado um texto, e não um aglomerado de palavras. A textualidade conta com dois ingredientes básicos: a coesão e a coerência. COESÃO TEXTUAL Ligação existente entre as ideias, feita por meio de conectivos apropriados, como conjunção, pronomes e artigos. O texto não é um emaranhado de palavras e nem uma colocação mecânica de sentenças – há uma interação feita por meio de conectivos. Ex: Eu ajudei os trabalhadores. Deixei-os felizes. I. Coesão Referencial – Quando há remissão a outros itens do discurso (elemento do texto) 1. Coesão Referencial a. Anafórica (antes) Exemplo: • Felicidade era o que ele desejava. Isso era o que nós também desejávamos. • A vida é bela. Isso é verdade. • As autoridades chegaram a SP. Lá estava frio. • O gorila fugiu da jaula. No entanto, ele já foi recuperado. b. Catafórica (depois) Exemplo: • Só te pergunto isto: quem vai ficar com Poly? • Falarei uma coisa com toda certeza: o Flamengo não vai ser campeão. c. Exofórica (dêixis) Exemplo: • A vida é bela, mas há os que digam que não. 2. Coesão Lexical a. Com hipônimos e hiperônimos. Exemplo: Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 7Número de acertos = ______Questões resolvidas • O gorila fugiu da jaula. No entanto, o animal já foi recuperado. • O garfo estava bem na ponta da mesa. Mamãe gritou, mas o talher caiu no meu pé b. Com metonímia Exemplo: • Adoro Dom Casmurro. Não deixo de ler Machado. c. Com sinônimos Exemplo: • O papa nunca desistiu da paz. Sua Santidade dedica-se a essa causa. 3. Coesão Elíptica Exemplo: • O Treinador do time reclamou bastante da arbitragem após o jogo. Disse que ia recorrer à Justiça Desportiva • O gorila fugiu da jaula. No entanto, foi recuperado. 4. Coesão Transfrástica com famílias etimológicas Exemplo: • Júlia e Marcelo se amavam. Esse amor era radiante. COERÊNCIA TEXTUAL A coerência é um dos fundamentos da textualidade. Ela se refere às ligações de sentido construído no texto, que podem estar relacionadas a diferentes fatores: lógico-linguísticos, textuais ou culturais. Fatores de incoerência I. Fatores lógico-linguísticos • um determinado conjunto de palavras que participa da construção de uma frase tem que estar ligado semanticamente de forma adequada: assim, podemos dizer homem enérgico, árvore frondosa, rua engarrafa- da, mas não faz qualquer sentido dizer-se homem frondoso, rua enérgica ou árvore engarrafada. Na história das palavras de uma língua, cada uma delas, por sua origem e, principalmente, por seu uso, adquire determinados significados, excluindo qualquer significado diferente de suas possibilidades de emprego; assim, é possível cons- truir-se incoerência a partir do mau emprego de vocábulos. A linguagem figurada é uma “permissão” oficial de incoerência, em muitos casos, mas, para que seja aceita, deve ser vista como tal: assim, ao dizer-se que Um homem é um touro, o leitor compreende que tal homem é muito forte e, em nenhum momento, que seja um animal. • as relações lógicas estabelecidas entre palavras e entre segmentos de palavras devem ser estabeleci- das de forma clara, não podendo chocar-se com essas mesmas relações no mundo conhecido; assim, é possível dizer-se Não fui à universidade porque estava chovendo muito, estabelecendo-se uma justa relação entre um fato e sua causa, mas não se pode dizer Não fui à universidade embora estivesse chovendo, pois a concessão não cabe nesse contexto. Do mesmo modo, a frase Por falta de insegurança deixei de visitar aquela cidade traz uma incoerência lógica, já que se trata, logicamente, de falta de segurança. II. Fatores culturais • informações: as informações presentes num texto devem também estar adequadas Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 8 Número de acertos = ______Questões resolvidas ao nosso conhecimento de mundo:assim, a frase Pedro Álvares Cabral, depois de proclamar nossa indepen- dência, voltou a Portugal não faria sentido para um leitor sabedor de que Pedro Álvares Cabral foi nosso desco- bridor e nada tem a ver com nossa independência política. No entanto, certas informações equivocadas podem ganhar coerência, como sabemos, se modificamos as condições de leitura do texto, gerando sua aceitabilidade. Nas fábulas, por exemplo, os animais falam e pensam como seres humanos, nas narrativas do realismo mágico podem ocorrer ações impossíveis no mundo real etc. • campo semântico: caso interessante, nesse aspecto, é a incoerência gerada pela intromissão de um vocábulo inesperado em um grupo de que semanticamente não faz parte: assim, numa frase como O professor entrou em sala com os livros, o apagador, o giz, o maiô e o cacho de banana, o que fazem aí os dois últimos elementos citados? • esquemas culturais: muitas ações apresentam determinada organização estabelecida no meio cultural em que estão presentes e, alterar essa organização também pode provocar incoerência. Assim, pode causar estra- nheza o fato de alguém entrar em um restaurante e solicitar ao garçom, inicialmente, que lhe sirva a sobremesa e, depois, um prato salgado. III. Fatores textuais Um outro fator de incoerência é a ruptura de esquemas previamente estabelecidos e de conhecimento do leitor como os esquemas textuais: cada um dos modos de organização discursiva apresenta uma estrutura básica, estabelecida em sua própria história, e perturbar essa estruturação provoca incoerência. Assim, numa narrativa, a sucessão de fatos cronologicamente apresentados sempre parte do menos para o mais intenso; daí que uma narrativa que faça o oposto, salvo situações especiais, provoca estranhamento em sua leitura. Do mesmo modo, os tipos textuais apresentam características básicas que, se subvertidas, podem trazer inco- erência: um cartaz publicitário que, em lugar de elogiar o produto a ser vendido, o deprecie, certamente trará espanto ao leitor. Assim também, certas estruturas frasais esquemáticas podem, se modificadas, causar estranhamento: a frase: Não compre um apartamento barato, compre um apartamento bom, provocou ruptura na oposição entre contrá- rios (barato – caro), causando estranhamento temporário. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 9Número de acertos = ______Questões resolvidas 2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de pala- vras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). TIPOLOGIA TEXTUAL / MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL 1. Narração Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num determina- do tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de ante- rioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 2. Descrição Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da per- sonagem a que o texto se pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 3. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Depen- dendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 3.1 Dissertação-Exposição Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 10 Número de acertos = ______Questões resolvidas apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Exemplo: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 3.1 Dissertação-Argumentação Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de expli- car, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, disserta- ção, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. 4. Injunção / Instrucional Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). 5. Predição Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/ apocalípticas. 6. Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat etc. Questões Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que existe também o tipo predição. FICA A DICA Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve personagens, um momento temporal (não necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa. FICA A DICA A redação é uma interpretação ao contrário. No Cebraspe, a tipologia mais utilizada é a dissertação. Ou seja, um texto em prosa. Então, assista a aula do capítulo sobre redação. Nela você vai absorver mais profundamente a estrutura da dissertação. FICA A DICA Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 11Número de acertos = ______Questões resolvidas 3 - Ortografia oficial e acentuação gráfica Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de pala- vras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as palavras recebem as seguintes classificações: 1.OXÍTONAS: A última sílaba é a tônica. Ex. urubu, motel, marajá... 2.PAROXÍTONAS: A penúltima sílaba é a tônica. Ex. cigarro, janela, lápis... 3.PROPAROXÍTONAS: a antepenúltima sílaba é a tônica. Ex. gramática,tóxico, semântica... Casos Específicos de Acentuação: a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s) Ex: má(s), ré(s), pó(s). Q280155 b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s),o(s), em, ens Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns. Q579865 c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em: 1) i(s), us: júri(s), vírus. 2) um, uns: álbum, álbuns. 3) on, ons: íon(s), prótons. 4) ôo, ôos: vôo(s). 5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel. 6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 12 Número de acertos = ______Questões resolvidas 7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s). d) Proparoxítona: acentuam-se todas. Ex. fósforo, partícula, álibi... e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agudo quando forem segunda vogal tônica de hiato e estiverem constituindo sílaba sozinhas ou acompanhadas de “s”. Ex. baía, faísca, baú, balaústre... ATENÇÃO: REGRAS MODIFICADAS PELA REFORMA ORTOGRÁFICA. 1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = penúltima). Como era Como Ficou idéia ideia platéia plateia jibóia jiboia bóia boia heróico heroico Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou monossílabos tônicos). Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis. Quando a palavra paroxítona termina em R, o acento nos ditongos ei e oi se mantém. Ex: Méier, Destróier. 2. Cai o acento circunflexo nos hiatos com vogal repetida (OO; EE). Como era Como ficou Vôo Voo Enjôo Enjoo Lêem Leem Crêem Creem Vêem Veem 3. Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de ditongo decrescente nas palavras paroxítonas. Como era Como ficou Feiúra Feiura Sauípe Sauipe A regra de acentuação diz que I e U são acentuados em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de S). Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos é V + SV. Por isso, a regra do hiato não deve mesmo se aplicar. Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba” ou “Guaíra”, uma vez que os ditongos são crescentes. Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou proparoxítonas). Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula. 4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 13Número de acertos = ______Questões resolvidas Casos em que o acento diferencial se mantém CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL Pôr (verbo) X Por (preposição) Pôde (passado) X Pode (presente) Vem / Tem (singular) X Vêm / Têm (plural) EXEMPLOS • Quis pôr o seu envelope por cima do outro. • Um dia ele pôde; hoje não pode mais. • Ele sempre vem. X Eles sempre vêm. • O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte. A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer cor- reto, e “grafo”, por sua vez, que significa escrita. Ela se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as partes que com- põem a gramática. Além de ser influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, no que respeita à ortografia existem conven- ções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos ortográficos. O ALFABETO A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da lin- guagem. Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto. A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y. EMPREGO DAS LETRAS K, W E Y •Siglas e símbolos: kg (quilograma), km (quilômetro), K (potássio). Questões Como era Como ficou Apazigúe Apazigue Argúi Argui Averigúe Averigue Conseqüência Consequência Lingüiça Linguiça 5. Acento Diferencial - deixa de existir a maioria dos casos de acento diferencial; três casos ainda se mantêm. COMO ERA COMO FICOU, NOS DOIS CASOS Para (preposição) X Pára (verbo “parar”) Para Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o) Pelo Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica) Polo Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica) Pera Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a) Coa (e Coas) Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 14 Número de acertos = ______Questões resolvidas •Antropônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kelly, Darwin, darwinismo. •Topônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kosovo, Kuwait, kuwaitiano. •Palavras estrangeiras não adaptadas para o português: feedback, hardware, hobby. USO DO X E DO CH O x é utilizado nas seguintes situações: •Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe. •Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. •Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar. •Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame. Exceções: 1.A palavra “mecha” (porção de cabelo) escreve-se com ch. 2.O verbo “encher” escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem: enchente, en- charcar, enchido. USO DO H O h é utilizado nas seguintes situações: •No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh! •Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem. •Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha. •Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem. Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográ- fico “baía” é grafado sem h. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 15Número de acertos = ______Questões resolvidas USO DO S E DO Z O s é utilizado nas seguintes situações: •Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso. •Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa. •Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa. •Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram. O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações: •Nos sufixos -ez / -eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande - grandeza. •No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar. USO DO G E DO J O g é utilizado nas seguintes situações: •Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio, refúgio. •Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem. O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações: •Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica. •Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço. Observações: 1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que) eles/ elas viajem. 2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para j antes do a ou do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 16 Número de acertos = ______Questões resolvidas - elejam, elejo; agir - ajam, ajo. 3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é chamada de “mogiano”. No entanto, a palavra “mojiano” existe e, de acordo com o dicionário Michaelis significa “Relativo ou pertencente à região que era servida pela antiga Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais).” A semântica é o estudo dos significados, não só da palavra, mas das orações, frases, símbolos e imagens, en- tre outros significantes. Esse estudo da gramática está muito associado com a sintaxe. Caso seja feita alguma alteração na base sintática, uma alteração de pontuação ou de palavras, o significado de toda a frase muda, mas também pode acontecer de o significado de apenas uma palavra mudar. Podemos usar o exemplo de umdesenho de uma cadeira. A sintaxe seria o desenho em si, a semântica é o significado que aquele desenho traz: uma cadeira. Se fizermos qualquer alteração no desenho, o significado da cadeira pode mudar. Se apagamos o encosto do desenho da cadeira o significado muda, aquilo não é mais uma cadeira, e sim um banco. O processo de significação é o que possibilita a comunicação. Não adianta apenas ter a forma e a estrutura das palavras e frases, é preciso saber os significados delas para que o receptor da mensagem a compreenda com perfeição. A sintaxe e a semântica são usadas em níveis mais específicos para a criação artística e publicitária. O autor pensa nos significados que quer transmitir, depois busca a melhor maneira e quais ou melhores elemen- tos para fazer com que essa mensagem seja entendida. No estudo da gramática relacionado ao significado das palavras e frases, é preciso levar em consideração três aspectos: sinonímia, antonímia e homonímia. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS A sinonímia e a antonímia são aspectos muito importantes na hora de se estudar os significados de uma pala- vra ou frase. Sinonímia é a relação entre dois ou mais significantes que possuem o mesmo significado, ou seja, sinônimos são palavras diferentes que possuem o mesmo sentido. Antônimos são dois sig- nificantes que possuem significados opostos. Palavras que se contradizem são antônimas entre si. EXEMPLOS: “Morto” e “falecido” são sinônimos, pois ambos os termos têm o mesmo signi- ficado. “Bondoso” e “malvado” são antônimos, pois seus significados se opõem. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 17Número de acertos = ______Questões resolvidas HOMÔNIMOS E POLISSEMIA A homonímia é um aspecto muito importante e variado na gramática portuguesa, pois além de contemplar a escrita, também traz aspectos da sonoridade das palavras. Os homônimos são significantes parecidos que pos- suem significados diferentes, ou seja, palavras parecidas ou iguais na pronúncia, escrita ou nas duas coisas, mas com significados divergentes. Normalmente os homônimos são generalizados como polissêmicos, mas a polissemia tem leves diferenças dos homônimos. A lista abaixo traz os definições e exemplos de tipos homôni- mos e de polissemia. •Homógrafas: São palavras homônimas que possuem a escrita igual, mas são diferentes na pronúncia. EXEM- PLO: Em “eu almoço tarde” e “o almoço está pronto”, a palavra “almoço” (verbo) e “almoço” (substantivo) tem a mesma grafia, mas não é pronunciada da mesma maneira. •Homófonas: São palavras homônimas que possuem a pronúncia igual, mas distinguem-se na grafia. EXEM- PLO: “Cinto”(substantivo) e “sinto” (verbo) possuem a mesma oralidade, mas a escrita é diferente. •Perfeitas: São palavras homônimas que tanto são homógrafas quanto homófonas. EXEMPLO: “cedo”(do verbo ceder) e “cedo”(advérbio de tempo) são escritas e pronunciadas igualmente, mas não têm o mesmo significado. •Paronímia: Palavras com grafia diferente, mas pronúncia muito parecida. EXEMPLO: “descriminar” e “discri- minar” têm pronúncias muito próximas, mas a primeira palavra significa “tirar a culpa”, a segunda quer dizer “diferenciar”. •Polissemia: Ocorre quando uma mesma palavra tem mais de um significado. EXEMPLO: A palavra “graça” em “fez uma graça” e em “é de graça” tem significados diferentes em cada uma dessas frases. Na primeira remete a algo engraçado; na segunda, a algo que não tem custo, que é gratuito. HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO Os hiperônimos e hipônimos são como um conjunto e seus elementos da matemática. Os hiperônimos são pa- lavras que têm sentindo mais abrangente, como um conjunto que agrupa os seus elementos. Os hipônimos, por outro lado, são como os elementos que estão dentro deste conjunto, são palavras com um significado mais espe- cíficos. Ambos são termos da semântica moderna, e são importantes, por exemplo, para que evitemos repetições excessivas num texto ou mesmo na fala. EXEMPLOS: A palavra “automóvel” é o hiperônimo de “carro”, “moto” e “caminhão”. As palavras “barata”, “mosca” e “besouro” são hipônimos de “inseto”. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 18 Número de acertos = ______Questões resolvidas 4 - Emprego das classes de palavras. Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Pre- sidência da República). As palavras do português podem ser enquadradas em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). São elas: Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica da maior parte dessas classes, focalizando as relações que elas estabelecem entre si (por exemplo, o substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, etc.) e os significados dos conectores (conjunções e preposições). Visão geral: os critérios semântico, morfológico e sintático de classificação As classes gramaticais podem ser definidas segundo três parâmetros: o critério semântico, o critério morfológico e o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso saber que eles estão diretamente associados a três componentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfologia e Sintaxe. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 19Número de acertos = ______Questões resolvidas Conhecendo essas três subáreas da gramática, você poderá entender os três critérios usados para definir as classes gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio. As relações entre as classes de palavras 1.O substantivo e seus satélites Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 20 Número de acertos = ______Questões resolvidas Exemplos: 1. Aqueles meus três amigos chegaram 2. Um livro do Zé ficou comigo 3. Esses oito apartamentos serão vendidos. 4. Alguns poucos meninos pobres viajaram. 2. O advérbio e seus núcleos Exemplos: 1. Zé estudou demais. 2. Zé fez um plano de estudos árduo demais. 3. Zé estudou arduamente demais. b) demais advérbios Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 21Número de acertos = ______Questões resolvidas Exemplos: 1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo) 2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar) 4.1 Emprego de tempos e modos verbais. Modo Imperativo É o modo que dá uma ordem, um conselho, uma dica, uma súplica, uma sugestão ou faz um pedido. Ele é for- mado a partir do presente do indicativo e não é subdividido em tempos. Exemplos: Coma tudo! / Não faça isso! / Leia com atenção. Devemos prestar atenção quando usar o imperativo na 1ª pessoa do plural (nós), pois podemos confundi-lo com o subjuntivo. Para que fique mais claro, devemos ter em mente que, ao contrário do subjuntivo, o imperativo não depende de uma subordinação. Exemplo: Não desistamos de nossos ideais. OBS: O modo imperativo é utilizado no texto injuntivo (receita, manual, etc.). Modo subjuntivo É o modo da incerteza, do desejo, da possibilidade. A semântica do subjuntivo nunca será de certeza, mas sem- pre de possibilidade, dúvida, irrealidade. Exemplos: Espero que você venha. / Se ele viajasse, seria ótimo. Ele ocorre somente em estruturas subordinadas. Isso quer dizer que ele vai aparecer em uma estrutura depend- ente de outro verbo – quero (verbo do qual o subjuntivo depende) que ele venha (subjuntivo) –, ou dependente de um nome – talvez (nome do qual o subjuntivo depende) ele venha (subjuntivo). Tempos do subjuntivo • Presente: O verbo no presente do subjuntivo enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Exemplo: É conveniente que estudes parao exame. •Pretérito Imperfeito: Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Exemplo: Eu esperava que ele ganhasse a prova. OBS: O pretérito imperfeito também é utilizado para expressar condição e desejo. Exem- plo: Se ele viesse ao clube, entraria na piscina. •Pretérito perfeito (composto): Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. Exemplo: Embora tenha comido bastante, ficou com fome. •Pretérito mais que perfeito (composto): Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Exemplo: Embora a prova já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala. •Futuro do presente (simples): Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Exemplos: Quando ele vier aqui, levará os presentes. / Se ele vier aqui, Questões ATENÇÃO: Diferença entre locução adjetiva e locução adverbial A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma estrutura mínima: preposição + substantivo Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do critério sintático. Veja: Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva, pois está ligada ao substantivo cara) Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial, pois está ligada à forma verbal morreu) Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 22 Número de acertos = ______Questões resolvidas levará os presentes. •Futuro do presente (composto): Enuncia um fato posterior ao momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. Modo indicativo O modo indicativo é o mais versátil. Ele é o único em que o verbo afirma, que fala com certeza. Porém, isso não o impede de trabalhar também com a dúvida e com a possibilidade. Exemplos: Eu sairei hoje. / Eu acho que tudo dará certo. O modo indicativo não precisa ocorrer, necessariamente, em uma estrutura subordinada. Por exemplo: Eu não sei nada da matéria! (estrutura sem subordinação, não depende de nenhuma outra); Eu quero que tudo dê certo. O dê está subordinado ao verbo quero, não poderia existir sem ele. Não existe a frase “tudo dê certo”, parece que falta algo, não é? Essa sensação de que falta algo é por causa da subordinação. Tempos do indicativo Presente: possui uma grande quantidade de possibilidades semânticas. 1.Rotina: O presente do indicativo pode indicar um fato rotineiro, que costuma acontecer com frequência. Exem- plo: Eu como todos os dias. 2.Fato simultâneo ao momento da fala. Exemplo: Vagner Love chuta a bola para o gol. 3.Passado: O verbo no presente do indicativo pode indicar um fato que já ocorreu. Em geral, o tipo textual nar- rativo usa muito o presente com a intenção de aproximar a história do leitor, fazer com que o leitor sinta que está assistindo à história, participando dela. Exemplo: Em 1808, a família real chega ao Brasil. 4.Futuro: Pode indicar um fato que ainda vai ocorrer; este uso é muito comum na linguagem coloquial, no nosso falar cotidiano. Exemplo: Na próxima semana, eu vou à aula. 5.Verdade absoluta: Exemplo: A Terra gira em torno do Sol. Pretérito Perfeito: Pode indicar: 1.Fato pontual no passado: Fato pontual no passado é um fato que aconteceu em um momento e terminou, não teve uma duração estendida, sendo, por isto, pontual. Exemplo: Ele correu rapidamente. 2.Fato duradouro no passado: É aquele que teve uma duração, ou seja, ocorreu durante algum tempo, mesmo que pequeno. Exemplo: Falei no telefone por horas. Pretérito Imperfeito: O verbo no Pretérito Imperfeito só pode indicar uma ação com aspecto durativo, uma ação que ocorreu por certo tempo. Por isso, chama-se imperfeito: a ação que ele indica não foi finalizada imediata- mente, ou, então, trata-se de uma ação que costumava acontecer. Exemplo: Eu jogava basquete todos os dias. Pretérito Mais Que Perfeito: A ação que o verbo no pretérito mais que perfeito indica ocorreu antes de outra, também no passado. Exemplo: O policial chegou ao local onde o acidente acontecera. OBS: Atualmente, o pretérito mais que perfeito não é utilizado na fala e tem sido pouco utilizado, inclusive, na escrita. Na fala, tende a ser substituído por uma locução de particípio com verbo auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito. Exemplo: O policial chegou ao local onde o acidente tinha acontecido. Futuro do Presente: Pode indicar: 1.Futuro em relação ao momento em que se fala: Exemplo: Amanhã, irei ao trabalho. 2.Dúvida: O futuro do presente pode indicar dúvida de quem fala em relação a um fato. Ocorre em frases interrogativas. Exemplo: Será ele a pessoa certa? 3.Ordem: O futuro do presente pode indicar uma ordem, equivalendo semanticamente ao imperativo. Exemplo: Não roubarás. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 23Número de acertos = ______Questões resolvidas Futuro do Pretérito: O futuro do pretérito não indica um fato futuro em relação ao momento da enunciação, mas um fato futuro em relação a um fato expresso por outro verbo. Exemplo: Eu sabia que ela iria à festa. Reparem que o verbo no futuro do pretérito iria refere-se a um fato que aconteceu depois do fato expresso pelo verbo no pretérito imperfeito sabia. Ir, portanto, é futuro em relação a “saber”. Pode indicar: 1.Polidez: Exemplo: Você me emprestaria sua caneta? 2.Dúvida: Exemplo: Seria eu ideal para o cargo? 3.Afastamento do que está sendo dito: O enunciador não se responsabiliza pelo que está falando. Exemplo: Disseram que você seria o culpado. OPA! Agora vamos ver um pouquinho sobre vozes verbais. Algumas questões derrubam os candidatos que não estudam esse tópico. Quando você domina os tempos e os modos verbais, fica fácil compreender as vozes ver- bais. São três as vozes verbais: a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exem- plo: O menino feriu-se. Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: Os lutadores feriram-se. (um ao outro). Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 24 Número de acertos = ______Questões resolvidas 5 - Emprego do sinal indicativo de crase. Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). A palavra crase provém do grego Krasis e significa “fusão”, “junção”. Em português, ocorre a crase com as vogais idênticas a + a. Tal fusão é indicada por meio do acento grave (à). Pode ocorrer a fusão da preposição a com: artigo feminino (a / as), pronomes (aquele (s)/ aquelas (s)/ aquilo), pronome relativo (a qual/ as quais) ou com os demonstrativos (a / as = aquela/ aquelas). Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 25Número de acertos = ______Questões resolvidas Regra geral. Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a” ou “as”. Alguns casos merecem destaque: 1.A crase obviamente “não” ocorre diante de palavras que não podem ser precedidas de artigo feminino. É o caso: a)dos substantivos masculinos: • Andamos a cavalo. • Íamos a pé. b)dos verbos no infinitivo: • Não tenho nada a declarar. • Começamos a sofrer. c)da maioria dos pronomes: • Entreguei a Vossa Excelência. • Diga a ela. d)de palavras femininas “no plural” precedidas de um a: • Dirigi-me a pessoas desconhecidas.e)Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras repetidas femininas ou masculinas: Cara a cara / Gota a gota / Dia a dia Questões ATENÇÃO: Alguns pronomes admitem artigos, como: senhora, dona, mesma, própria, senhorita e madame (e também outra e outras). Com isso, poderá ocorrer crase. Ex.: Estou-me referindo à mesma pessoa. (ao mesmo homem) ATENÇÃO: Nesses casos, o a é preposição, e os substantivos estão sendo usados em sentido genérico. Quando são usados em sentido específico, os substantivos passam a ser precedidos do artigo as; ocorrerá então, a crase: Ex.: Você está se referindo a vidas humanas? Você está se referindo às vidas de nossos companheiros? Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 26 Número de acertos = ______Questões resolvidas 2. Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fazer a verificação da ocorrência por meio da troca do termo regente: Ex.: Vou à Bahia Vim da Bahia. / Estou na Bahia. Vou a Recife Vim de Recife. / Estou em Recife. 3. O acento grave, indicativo de crase, é usado nas expressões adverbiais e nas locuções prepositivas e conjun- tivas de que participam palavras femininas. à tarde à proporção que à força de à toa à procura de às escondidas à noite à direita às ordens 4. A crase é FACULTATIVA diante dos nomes próprios femininos, e após a preposição “até” que antecede sub- stantivos femininos, e ainda, no caso dos pronomes possessivos femininos. Ex.: Dei um recado a Atadolfa. Dei um recado a Atadolfo. Dei um recado à Atadolfa. Dei um recado ao Atadolfo. Vou até a praia. Vou até o parque. Vou até à praia. Vou até ao parque. Refiro-me a minha amiga. Refiro-me a meu amigo. Refiro-me à minha amiga. Refiro-me ao meu amigo. Questões ATENÇÃO: Merecem destaque as palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme) que só admitirão crase, se estiverem especificadas. Ex.: Cheguei a casa. / Cheguei à casa das minhas primas. A tripulação da GOL desceu a terra. / A aeromoça da GOL chegou à terra de seus tios. ATENÇÃO: Incluem-se nessas expressões as indicações de horas especificadas: à meia-noite, às duas horas, às três e quarenta. Merece destaque a expressão “à moda de”, que pode estar subentendida: Ex.: Você fez um gol à (moda de) Pelé. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 27Número de acertos = ______Questões resolvidas 6 – Sintaxe da oração e do período Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). A análise dos termos da oração estabelece-se numa nítida hierarquia entre os termos, classificados como: es- senciais, integrantes e acessórios. 1. SUJEITO É o termo a que o verbo faz referência e com o qual concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou palavra substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se separa do predicado por vírgula ou vem precedido de preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do verbo) ou indireta( após o verbo). O sujeito classifica-se em: a) SIMPLES - o sintagma nominal apresenta apenas um núcleo. Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas. Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. (Simples Desinencial ou Questões 1.1. TERMOS ESSENCIAIS Sujeito Predicado Predicativo (do sujeito ou do objeto) 1.2. TERMOS INTEGRANTES Complementos verbais (objeto direto e indireto) Complemento nominal Agente da passiva 1.3. TERMOS ACESSÓRIOS Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial Aposto Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 28 Número de acertos = ______Questões resolvidas Elíptico) b) COMPOSTO - o sintagma nominal apresenta mais de um núcleo. Ex: Pai e filho sempre foram amigos. c) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração e não pode ser reconhecido por elementos fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em que só o predicado está expresso, não se pode ou não se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de indeterminação do sujeito: 1)Emprego de verbo (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE (índice de indeterminação do sujeito). Ex: Precisa-se de carpinteiros. 2)Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhuma referência dentro do texto. Ex: Atropelaram um cachorro na esquina. Casos de impessoalidade do verbo a)Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊNCIA. Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra. b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido. Ex: Há três meses não o vejo. Deve fazer dois anos que tudo começou. c)Verbo SER nas indicações de tempo. Ex: Já são duas horas. Hoje são 22 de abril. Agora é tarde. d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No sentido denotativo) Ex: Choveu muito naquela cidade. 2. PREDICADO É a parte da oração que contém a informação, a declaração a respeito do sujeito. Basica- mente, pode-se informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, praticada ou sofrida, ou uma idéia de estado. A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo de um predicado pode ser um verbo ou um nome. Há também predicados que têm um verbo e um nome como núcleos ao mesmo Questões ATENÇÃO: ORAÇÃO SEM SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE) É aquela que não possui nenhum ser ao qual o predicado possa ser atribuído. O que importa, nesse caso, é o processo verbal em si. Os verbos das orações sem sujeito são chamados de IMPESSOAIS. Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do singular, uma vez que não há sujeito com o qual concordar. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles a sua impessoalidade. Ex: Havia poucas flores naquele jardim. Devia haver poucas flores naquele jardim. ATENÇÃO: No sentido conotativo (linguagem figurada), há sujeito. Ex: Choveram broncas na aula. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 29Número de acertos = ______Questões resolvidas tempo. Os predicados classificam-se em: a) PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo. Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos. b) PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um verbo de ligação e, consequentemente, um predicativo do sujeito. Tem como núcleo o predicativo. Ex: As luzes da cidade estavam apagadas. c) PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que contém um verbo significativo e um predicativo (do sujeito ou do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo. Ex: O tribunal julgou culpado o réu. 3. PREDICATIVO É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo classifi- ca-se em: a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece em predicados nominais (com verbos de ligação) ou verbo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos). Ex: Aqui eu não sou feliz. Ela baixou os olhos, amuada. b) PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade. Concorda com o objeto em gênero e número. Pode vir precedido das preposições como, por, para, de. Ocorre, principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear, julgar, chamar, ver, eleger, consagrar, considerar, achar, ter, tomar, fazer, deixar e dar. Ex: Dr. Juca achou o negócioótimo. 4. COMPLEMENTOS VERBAIS a) Objeto Direto (substantivo ou pronome substantivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo tran- sitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de preposição obrigatória. É importante que só encontremos o objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito. Ex: Recebi o prêmio. Recebi o quê? o prêmio. O.D. a.1) Objeto Direto Preposicionado - o objeto direto pode apresentar-se preposicionado em alguns casos. Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto. Principais Casos: a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO: Ex: Ele não auxilia a mim. Questões ATENÇÃO: 1) Segundo vários gramáticos, o predicativo do objeto indireto só ocorre com o verbo chamar, significando cognominar, atribuir um nome a. Ex: Chamei-lhe de bobo. 2) Pode ocorrer predicativo do sujeito em frases com voz passiva sintética ou analítica. Nesse caso, o predicado será verbo-nominal e o predicativo da voz passiva será analisado como o da voz ativa correspondente. Ex: O jovem foi encontrado ferido pelo policial. / O policial encontrou o jovem ferido. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 30 Número de acertos = ______Questões resolvidas b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE: Ex: Ao guarda o ladrão matou. c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU RELATIVO): Ex: A quem convidaste? d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTITIVO: Ex: Ele bebeu do meu vinho. e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS (NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS) Ex: A menina a todos encantava. f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO: Ex: Colocaram a Vossa Excelência em má situação. a.2) Objeto Direto Interno ou Cognato - quando representado por palavra que repete a ideia já expressa pelo verbo. Ex: Ele viveu uma vida gloriosa. a.3) Objeto Direto Pleonástico - quando aparece repetido sob a forma de pronome oblíquo. Ex: Esta esperança jamais a terei b) Objeto Indireto (substantivo ou pronome substantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obrigatório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA, POR, SOBRE. Ex: O peixe depende da água. 5. COMPLEMENTO NOMINAL - Termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado. Ex.: • Agiu favoravelmente a ambos. • O fumo é prejudicial à saúde. • Tenho confiança em ti. 6. AGENTE DA PASSIVA - termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito. Ex.: • As ruas foram lavadas pelas chuvas. • Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa. ATENÇÃO: 1 – A voz passiva é privativa dos verbos TD; 2 – O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por preposição (por, per, de); 3 – A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação expressa pelo verbo; 4 – A voz passiva analítica ou verbal pode apresentar agente da passiva, mas a voz passiva sintética ou pronominal nunca apresentará agente da passiva. Ex.: Cabral descobriu o Brasil. (VA) O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA) Vendem-se flores. (VPS) Flores são vendidas. (VPA) Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 31Número de acertos = ______Questões resolvidas 7. ADJUNTO ADVERBIAL - é o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao advérbio ou ao adjetivo a fim de acrescentar a um desses elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as locuções adverbiais desem- penham a função de adjunto adverbial Ex: A prova de matemática foi muito fácil. 8. ADJUNTO ADNOMINAL - termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso por: a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas. b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência. c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul. d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua. e) Numeral : Casara-se havia duas semanas. f) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe pelo rosto. g) Pronome Oblíquo: “...te beijar a boca de um jeito que te faça rir...” 9. APOSTO - é o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou especificar o seu antecedente. O núcleo do aposto é representado por um substantivo ou palavra substantiva. Classifica-se em: a) Aposto Explicativo: explica um termo anterior. Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda. b) Aposto Enumerativo: enumera um termo anterior. Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. c) Aposto Recapitulativo: resume um termo anterior. Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o ajudaram. d) Aposto Especificador: especifica um termo anterior. Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. 10. VOCATIVO - é o termo da oração usado para chamar, pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem se fala. O vocativo também é uma função substantiva. Ele, como termo independente que é, não faz parte do sujeito nem do predicado e aparece sempre isolado por pontuação, geralmente a vírgula. Ex: Sossega, coração, não desesperes. Pai, afasta de mim esse cálice. 6.1 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Como já sabemos, período é a frase organizada em orações. Dependendo do número de orações que o com- põem, o período pode ser simples ou composto. Período Simples: é formado por uma única oração, organizada em torno de um verbo ou uma locução verbal. Ex.: “Minha vida era um palco iluminado.” (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) Ex.: Amanhã poderá chover. A oração que forma um período simples recebe o nome de oração absoluta. Período composto: é formado por mais de uma oração. Dependendo de como as orações se relacionam, pode ser: Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 32 Número de acertos = ______Questões resolvidas - composto por coordenação: é formado exclusivamente por orações coordenadas. Ex.: No outro dia tomei o trem / , peguei no sono / e acordei na estação oração coord. assindética oração coord. assindética oração coordenada sindética aditiva Ex.: Cheguei cedo ao teatro / , mas não arranjei um bom lugar. oração coord. assindética oração coordenada sindética adversativa - composto por subordinação: é formado de oração principal e oração(ões) subordinada(s) à principal. Ex.: Um relance de olhos revelou-me / que sua fisionomia não era estranha. oração principal oração subordinada Ex.: Não conheço a pessoa / que ela estava procurando. oração principal oração subordinada I. Orações Coordenadas Orações coordenadas são aquelas que, no período, não exercem função sintática umas em relação às outras. Uma oração coordenada, portanto, nunca será termo das outras coordenadas com as quais se relaciona. Ex.: Acordei cedo / , tomei o café / , paguei a conta / e deixei o hotel. oração coordenada oração coordenada oração coordenada oração coordenada Verifique que, no exemplo acima, temos quatro orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de vista sintático, uma unidade autônoma. 1. Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. a) aditivas: exprimem ideia de soma, adição. As principais conjunções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda. Ex.: Pedro estuda / e trabalha. or. coord. assindética or. coord. sind. Aditiva b) adversativas: exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. Ex.: Pedro trabalha muito / , mas ganha pouco. or. coord. Assindética or. coord. sind. Adversative c) alternativas: exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato im- plicar a nãoocorrência de outro. As principais conjunções alternativas são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já...já, seja... seja. Ex.: Venha agora / ou perderá a vez. or. coord. assindética or. coord. sind. alternativa d) conclusivas: exprimem ideia de conclusão. As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois (posposto ao verbo). Ex.: As árvores balançam / , logo está ventando. or. coord. Assindética or. coord. sind. Conclusiva Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 33Número de acertos = ______Questões resolvidas e) explicativas: exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação. As principais conjunções explicativas são: pois (anteposto ao verbo), porque, que. Ex.: Venha imediatamente / , pois sua presença é indispensável. or. assindética or. coord. sind. Explicativa 2. O papel das conjunções Como já foi dito no em Conjunção, é fundamental notar que o contexto determina o tipo de relação estabelecido pela conjunção, pois uma mesma conjunção pode estabelecer relações diferentes entre orações. a) Pedro trabalha de dia e estuda à noite. b) Pedro queria viajar nas férias e não podia. c) Siga este conselho e terá sucesso. Observe que, em a, a conjunção e estabelece relação de adição entre as duas orações. Já em b e c essa mesma conjunção assume outros matizes, indicando adversidade e explicação, respectivamente. As frases b e c equi- valem, respectivamente, a: • Pedro queria viajar nas férias, mas não podia. • Siga este conselho, pois terá sucesso. 3. Orações Intercaladas Orações intercaladas (também conhecidas como orações interferentes) são orações independentes que não pertencem à sequência do período. As orações intercaladas são utilizadas para um esclarecimento, um aparte, uma citação. Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo. oração intercalada Ex.: “- Tem razão, Capitu / , concordou o agregado./ Você não imagina como a Bíblia é cheia de expres- sões cruas e grosseiras.” (Machado de Assis) As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou travessões. 6.2. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. II. Orações Subordinadas No período composto, as orações se relacionam de tal modo que umas podem exercer funções sintáticas em relação a outras. Toda oração que exerce uma função sintática em relação à outra denomina-se oração subor- dinada. As orações subordinadas, conforme a função sintática que exerçam, classificam-se em substantivas, adjetivas ou adverbiais. a) substantivas: exercem as funções próprias de um substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicati- vo, complemento nominal e aposto). As subordinadas substantivas são introduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que e se, as quais não desempenham nenhuma função sintática. b) adjetivas: exercem a função sintática de adjunto adnominal, comumente exercida pelo adjetivo. As subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos - que, quem, quanto, como, onde cujo (e flexões), o qual (e flexões). Os pronomes relativos desempe- nham diferentes funções sintáticas na oração por eles introduzida. c) adverbiais: exercem a função sintática de adjunto adverbial, característica do advérbio. As subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 34 Número de acertos = ______Questões resolvidas integrantes) e exprimem circunstâncias de tempo, consequência, causa, comparação, concessão, proporção, condição, conformidade e finalidade. Tais conjunções não desempenham função sintática. 1. Orações Subordinadas Substantivas As orações subordinadas substantivas, conforme a função sintática que desempenham, classificam-se em sub- jetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, predicativas, completivas nominais ou apositivas. a) subjetivas: exercem a função de sujeito do verbo da oração principal. I: Seu casamento / é urgente. sujeito II: Que você case / é urgente. or. subord. subst. subjetiva or. principal No exemplo I, em que temos um período simples, o núcleo do sujeito é representado por um substantivo - ca- samento. No exemplo II, um período composto formado de duas orações, o sujeito da oração principal é repre- sentado por uma oração - que você case - que exerce a mesma função sintática do substantivo casamento no exemplo I. A essa oração, que exerce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o nome de oração subordinada substantiva subjetiva: -oração subordinada, por quê? Porque exerce uma função sintática subordina-se a outra - substantiva, por quê? Porque exerce uma função própria do substantivo - subjetiva, por quê? Porque exerce a função sintática de sujeito da oração principal Note as ocorrências mais frequentes de orações subordinadas substantivas subjetivas: Ex.: É provável/ que ele chegue ainda hoje. Ex.: Convém / que ele chegue ainda hoje. Ex.: Conta-se / que ele chegará ainda hoje. Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva b) objetivas diretas: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal: Ex.: Espero / que você case. Ex.: Desejo / que ele volte. or. principal or. subord. subst. objetiva direta c) objetivas indiretas: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal. Ex.: Necessitávamos / de que nos ajudassem. Ex.: Gostaria / de que todos me apoiassem. or. principal or. subord. subst. objetiva indireta Questões ATENÇÃO: Quando há oração subordinada substantiva subjetiva, a oração principal apresenta o verbo na terceira pessoa do singular e não possui sujeito nela mesma. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 35Número de acertos = ______Questões resolvidas Nesses exemplos os verbos da oração principal exigem uma preposição, a qual antecede a conjunção integrante. d) predicativas: desempenham a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal. Ex.: Meu maior desejo era / que todos voltassem. Ex.: Minha esperança é / que sejas feliz. or. principal or. subord. subst. predicativa Observe a presença do verbo de ligação na oração principal. e) completivas nominais: exercem a função sintática de complemento de um nome da oração principal. Ex.: Tenho medo / de que me traias. Ex.: Sou favorável / a que o condenem. or. principal or. subord. subst. completiva nominal Observe que as completivas nominais (assim como o complemento nominal) se ligam ao nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) por meio de preposição. f) apositivas: desempenham a função sintática de aposto de um nome da oração principal. Ex.: Desejo uma coisa: / que sejas feliz. Ex.: Espero sinceramente isto:/ que vocês não faltem mais. Or. Principal or. subord. subst. apositiva Note que, assim como no caso do aposto, as orações apositivas separam-se da principal por sinal de pontuação. 2. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas são, como já definimos, aquelas que exercem a função sintática de adjunto adnominal, própria do adjetivo. Estão relacionadas a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um pronome relativo. I. Admiramos os alunos estudiosos. adjetivo II. Admiramos os alunos /que estudam. or. subord. adjetiva No exemplo I, em que temos um período simples, o adjetivo “estudiosos” exerce a função sintática de adjunto adnominal. Já no exemplo II, um período composto, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que equivale a um adjetivo - que estudam - a qual funciona como adjunto adnominal do núcleo do objeto direto alunos. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada adjetiva: Questões ATENÇÃO: As orações subordinadas substantivas, como vimos, começam geralmente pelasconjunções subordinativas integrantes (que e se). Podem, no entanto, vir introduzidas por outras palavras: Ex.: Não sei/ como ele se comportou. Ex.: Perguntei/ quando era o exame. Ex.: Não sei/ por que és tão vaidosa. Ex.: Perguntamos/ quanto custava o produto. Ex.: Não sabemos/ quem escondeu os documentos. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 36 Número de acertos = ______Questões resolvidas - Oração subordinada? Porque exerce uma função sintática, sendo determinante de outro termo. - Adjetiva? Porque exerce a função de adjunto adnominal, própria do adjetivo. É muito fácil reconhecer uma oração subordinada adjetiva, já que ela sempre virá introduzida por um pronome relativo. A oração adjetiva pode vir depois da oração principal ou estar nela intercalada: Ex.: Serão premiados os alunos / que conseguirem melhor nota. or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva Os alunos / que conseguirem melhor nota/ serão premiados. or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva or. principal Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas ou explicativas. a) restritivas: restringem a significação do nome a que se referem. Ex.: O homem / que fuma / vive menos. or. principal or. subord. adj. restritiva or. Principal Verifique que a característica expressa pela oração adjetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da espécie humana. Dizemos, então, que ela restringe a significação do nome a que se refere: abrange não todos os homens, apenas aqueles que fumam. Outros exemplos: Ex.: Os jogadores / que foram convocados / apresentaram-se ontem. or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal Ex.: O homem / que trabalha / vence na vida. or. Principal or. subord. adj. restritiva or. principal Ex.: Resolveram os exercícios / que faltavam. or. principal or. subord. adj. restritiva b) explicativas: não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do elemento a que se referem. Ex.: O homem / , que é um ser racional / , aprende com os erros. or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal Ex.: O Sol / , que é uma estrela / , é o centro do nosso sistema planetário. or. principal or. subord. adj. explicativa or. principal Ex.: Capitu / , que é uma personagem de Dom Casmurro/ , tinha olhos de ressaca. or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal As orações subordinadas adjetivas explicativas são obrigatoriamente separadas da principal por vírgula. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 37Número de acertos = ______Questões resolvidas 3. Orações Subordinadas Adverbiais Orações subordinadas adverbiais são, conforme definimos anteriormente, aquelas que exercem a função sintá- tica de adjunto adverbial, própria do advérbio. Observe: I. Saímos tarde. advérbio II. Saímos / quando era tarde. or. subord. Adverbial No exemplo I, em que temos período simples, o advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já no exemplo II, período composto, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um advér- bio, mas por uma oração equivalente - quando era tarde. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada adverbial: - Oração subordinada? Porque exerce uma função sintática sobre outro termo - Adverbial? Porque exerce a função de adjunto adverbial, própria do advérbio As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes (que, como vimos, introduzem as orações subordinadas substantivas). a) causal: exprime uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, ou seja,aquilo que determina ou provoca um acontecimento. As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, como (equiva- lendo a porque), visto que, já que, uma vez que. Ex.: Não viajamos / porque estava chovendo. or. Principal or. sudord. adv. Causal b) comparativa: exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de esta- belecer semelhanças ou diferenças entre eles. As principais conjunções comparativas são: como, que (precedido de mais ou de menos): Ex.: Choveu / como chove em Belém. or. principal or. sudord. adv. comparativa c) consecutiva: exprime circunstância de consequência (resultado ou efeito de uma ação qualquer). A principal conjunção consecutiva QUE é precedida de um termo intensificador: tão, tal, tanto, tamanho. Ex.: Choveu tanto / que o jogo foi suspenso. or. Principal or. sudord. adv. Consecutiva d) concessiva: exprime circunstância de concessão, que é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir uma idéia contrária. As principais conjunções e locuções conjun- tivas concessivas são: embora, conquanto, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que. Ex.: Choveu / embora a meteorologia previsse bom tempo. or. principal or. sudord. adv. Concessiva Questões ATENÇÃO: Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo elíptico. Ex.: Choveu / como em Belém. (= choveu como chove em Belém. Verbo elíptico: chove) Ex.: Falava mais / que papagaio. (= Falava mais que papagaio fala. Verbo elíptico: fala) Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 38 Número de acertos = ______Questões resolvidas e) condicional: exprime circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita para que um determinado fato se realize. As principais conjunções e locuções conjuntivas condicionais são: se, caso, contanto que, desde que. Ex.: Viajaremos / se não chover amanhã. or. principal or. sudord. adv. Condicional f) conformativa: exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não-contradição. As principais conjunções conformativas são: conforme, segundo, consoante, como. Ex.: Choveu, / conforme era previsto. or. principal or. sudord. adv. Conformativa g) final: exprime circunstância de finalidade, entendida como o objetivo, a destinação de um fato. As principais conjunções e locuções conjuntivas finais são: a fim de que, para que, que. Ex.: Os lavradores esperavam a chuva / a fim de que não perdessem safra. or. principal or. sudord. adv.final h) proporcional: exprime circunstância de proporção, entendida como a relação entre duas coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra. As principais locuções conjuntivas proporcionais são: à proporção que, à medida que. Ex.: À proporção que a civilização progride, / o romantismo se extingue. or. Sudord. adv.proporcional or. principal i) temporal: exprime circunstância de tempo. As principais conjunções e locuções conjuntivas temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que. Ex.: Choveu / quando eram dez horas. or. principal or. sudord. adv. temporal Orações Subordinadas Reduzidas Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, adjetivas, adverbiais) podem aparecer sob a forma de orações reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm duas características: 1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: gerúndio, particípio ou infinitivo; 2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes relati- vos). As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de acordo com a forma verbal que apresentam, em: 3. subordinada reduzida de gerúndio; 4. subordinada reduzida de particípio; 5. subordinada reduzida de infinitivo. Para analisar uma oração subordinada reduzida, basta fazer o seguinte: a. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fazendo aparecer o conectivo; b. analisar a oração desenvolvida; c. aplicar a análiseda oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as palavras reduzida de gerúndio, particípio ou infinitivo, conforme o caso. Observe atentamente o exemplo que segue: Ex.: Penso / estar doente. Desenvolvendo: Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 39Número de acertos = ______Questões resolvidas Ex: Penso / que estou doente. or. principal or. sudord. subst. obj. dir. Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subordinada substantiva objetiva direta. Agora, basta aplicar a classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras reduzida de infinitivo. Portanto: Ex.: Penso / estar doente. or. principal or. sudord. subst. obj. dir. reduzida de infinitivo Vejamos outro exemplo: Ex.: Vi guardas / conduzindo presos. Desenvolvendo: Ex.: Vi guardas / que conduziam presos. or. principal or. sudord. subst. adj. restritiva Aplicando a análise à oração reduzida, temos: oração subordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. Examinemos agora uma terceira hipótese: Ex.: Terminado o baile, / todos saíram. Desenvolvendo: Ex.: Quando terminou o baile, / todos saíram. or. sudord. adverbial temporal or. principal Aplicando a análise da oração desenvolvida à reduzida, temos: oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 40 Número de acertos = ______Questões resolvidas 7. Pontuação Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). USO DA VÍRGULA - Dentro de uma oração: 1 - É recomendável o uso da vírgula a) Para separar termos de idêntica função (coordenados) Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio, atrapalhado, desajeitado, carente. Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em harmonia aqui. b) Nas indicações de local e data Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019. c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado do seu lugar normal Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na fábrica têxtil Bangu. d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático) Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo. e) Para isolar o vocativo Ex: Mãe, acabei! f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o explicativo) Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo, nunca falha. Questões ATENÇÃO: Quando ligados por E, não se usa vírgula. Ex: Pedro estuda e trabalha. ATENÇÃO: Quanto maior a extensão, maior a obrigatoriedade em isolar o adjunto adverbial por vírgula para a gramática tradicional. Contudo, para o CESPE o adjunto adverbial deslocado com 3 ou mais palavras tem vírgula obrigatória e para a FCC o tamanho do adjunto adverbial deslocado não importa. A FCC considera a vírgula facultativa sempre nesses casos. Ex: Ontem, (facultativa para qualquer banca) estudei Direito Administrativo. Na semana passada, (Facultativa para banca FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei Direito Constitucional. Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 41Número de acertos = ______Questões resolvidas g) Para indicar a elipse do verbo Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mulheres, com o coração. h) Para isolar palavras e expressões intercaladas que servem para resumir, incluir, excluir, retificar, ex- emplificar. Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido rapidamente. Em suma, sua função era fazer comida. i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entre- tanto, no entanto) e as conclusivas (logo, portanto, pois, por conseguinte) Ex: Tenho certeza; não darei, portanto, o braço a torcer. O trabalho é árduo; ele, porém, não para. 2 - É proibido o uso da vírgula a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu objeto. Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado) b) Entre o nome o seu adjunto adnominal. Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado) c) Entre o nome e seu complemento nominal. Ex: A rua é paralela, ao rio (errado) - Entre orações 1 – Usa-se a vírgula para: a) Para separar as orações coordenadas Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do próprio irmão. b) Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. c) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a camisa. USO DO PONTO E VÍRGULA 1 - Usa-se o ponto-e-vírgula para: a) Separar orações que tenham vírgulas em seu interior. Ex: Ela agia correto; ele, errado. b) Separar os itens de uma enumeração: Ex: O time estava escalado... c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas Ex: Estudou; portanto mereceu. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 42 Número de acertos = ______Questões resolvidas USO DOS DOIS-PONTOS 1 – Usam-se dois pontos para: a) Introduzir uma fala, uma citação Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu” b) Anunciar uma enumeração Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante. c) Introduzir um exemplo: Ex: um monossílabo tônico: pé. d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de termo anteriormente dito: Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 43Número de acertos = ______Questões resolvidas 8. Concordância nominal e verbal Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). Concordância verbal e nominal. I. CONCORDÂNCIA NOMINAL É o estudo das relações sintáticas existentes entre um núcleo (de natureza substantiva) e seus determinantes. Principais casos de Concordância Nominal: 1. Adjetivo após vários substantivos: a) mesmo gênero – O adjetivo vai para o plural ou concorda com o último substantivo Ex: Casa e igreja antigas (concordância gramatical) Casa e igreja antiga (concordância atrativa) b) gêneros diferentes – O adjetivo concorda com o último ou vai para o plural Ex: Prédio e casa antiga Prédio e casa antigos (o gênero masculino prevalece) 2. Adjetivo antes de vários substantivos A concordância só poderá ser atrativa Ex: Longa novela e filme. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 44 Número de acertos = ______Questões resolvidas 3. Mesmo a) Quando pronome, concorda com o substantivo (= próprias) Elas mesmas irão lá. b) Quando advérbio, é invariável (= realmente; de fato) Elas irão mesmo lá. 4. Anexo É adjetivo. Logo, concorda com o substantivo ao qual se refere. Ex: As cartas estão anexas ao contrato. 5. Bastante a) Quando pronome indefinido, variável (referindo-se a substantivo) Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto b) Quando advérbio, invariável (referindo-se a verbo, advérbio ou adjetivo) Ex: Eles estudaram bastante. Eles chegaram bastante tarde. Eles permanecem bastante irritados. 6. Meio a) Quando numeral, concorda com a palavra à qual se refere. (= metade) O alcoólatra só bebeu meia garrafa b) Quando advérbio, invariável. (=mais ou menos) A criança ficoumeio cansada. 7. É bom/ é proibido/ é necessário + substantivo a) Se o substantivo está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) -> bom, necessário, proibido e outros adjetivos concordam com o substantivo. Ex: É permitida a entrada de crianças. A cerveja é gostosa. b) Se o substantivo NÃO está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) -> bom, necessário, proibido e outros adjetivos ficam no masculino e singular. Ex: É permitido entrada de crianças Cerveja é gostoso. II. CONCORDÂNCIA VERBAL É o estudo das relações sintáticas existentes entre o verbo e o seu sujeito. Questões ATENÇÃO: A locução adverbial EM ANEXO é invariável. Ela é repudiada pelos gramáticos, mas não podemos ignorá-la. As cartas estão em anexo. Seguem em anexo os documentos. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 45Número de acertos = ______Questões resolvidas 1. REGRA GERAL – O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Ex: A flor murchou. As flores murcharam. Surgiu uma dúvida. Surgiram várias dúvidas. 2. SUJEITO COMPOSTO Antes do verbo -> verbo no plural. Ex: Céu e terra passarão Depois do verbo -> verbo no plural ou concorda com o primeiro. Ex: Sabes/Sabemos tu e eu. Cansei/Cansamos eu e ela. Com núcleos ligados por ou -> verbo no plural (exceto se houver exclusão) Ex: Aída ou Eva estão em casa? Um ou outro ficará na chefia. 3. SER a) hora, data, distância -> verbo concorda com o número seguinte. Ex: É uma hora. São 3 de maio. Da porta à rua são dez metros. b) quantidade (muito pouco) -> verbo no singular. Ex: Dois minutos é pouco tempo. Dois quilos foi demais. 4. EXPRESSÕES COLETIVAS Coletivo + plural -> verbo no singular. Ex: Um enxame de abelhas africanas aterrorizou a cidade. A maioria de, a maior parte de + plural -> verbo no sing./plural. Ex: A maior parte das mulheres protestou/protestaram. 5. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE Verbo concorda com número seguinte. Ex: Mais de um bar fechou. Cerca de cem bares fecharam. 6. VERBOS IMPESSOAIS 6.1 – Haver no sentido de existir, ocorrer e acontecer. Ex: Haverá dúvidas em concordância. 6.2 – Verbos que expressam fenômenos da natureza em sentido denotativo (real). Ex: Choverá muitos dias seguidos (sentido real) 6.3 – Fazer: indicando tempo transcorrido ou clima Ex: Faziam dez dias que eu não te via (erro!) Fazia dez dias...(certo) Questões ATENÇÃO: Em sentido figurado, há sujeito. Ex: Choverão muitos exercícios. (sentido figurado)/ Choveram granizos no sul. (Catacrese) Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 46 Número de acertos = ______Questões resolvidas Fará dez dias de calor. (certo) 7. PRONOME APASSIVADOR “SE” Vale a regra geral: verbo concorda com sujeito Ex: A lei é cumprida./ Cumpre-se a lei As leis são cumpridas./ Cumprem-se as leis. 8. QUEM e QUE Sou eu quem -> verbo concorda com quem ou seu antecedente. Ex: És tu quem faz/fazes. Fomos nós quem venceu/vencemos. Sou eu que -> verbo concorda com antecedente de que. Ex: És tu que fazes. Fomos nós que vencemos. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 47Número de acertos = ______Questões resolvidas 9. Regência nominal e verbal Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). Regência Verbal 1- Agradar a) no sentido de acariciar – VTD. Ex.: Não é bom agradar demais as crianças. b) no sentido de satisfazer, causar agrado. (preposição a) – VTI. Para o CEBRASPE também pode ser VTD, pois a banca adota o dicionário de regência do Celso Pedro Luft. Ex.: O sítio agradou ao fazendeiro. Ex.: Este chapéu lhe agradará. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 48 Número de acertos = ______Questões resolvidas 2 – Aspirar a- no sentido de cheirar, sorver: sem preposição - VTD. Ex.: Maradona aspirou o ar puro da manhã. b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a - VTI. Ex.: Aspirava ao cargo de promotor de ven- das. 3 – Assistir a) no sentido de dar assistência, ajudar: com ou sem preposição – VTD ou VTI. Assim é aceito pelo CE- BRASPE. Ex.: O médico assistia os (aos) lutadores machucados b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a - VTI. O objeto indireto não pode ser representado por lhe(s), apenas por a ele(s) a ela(s): Ex.: Assistimos ao filme Ex.: A criança assistiu ao espetáculo inteiro. c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a - VTI. Admite substituição pelos pronomes lhe(s), a ele(s), a ela(s). Ex.: Assiste ao homem o direito de permanecer calado. (Assiste-lhe ou assiste a ele.) d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em. Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo. 4- Chamar a) no sentido de convocar, sem preposição – VTD. Ex.: A direção chamou os professores. b) no sentido de apelidar, denominar, caracterizar – VTD ou VTI. É verbo transobjetivo (objeto + predicativo do objeto). Esse predicativo pode aparecer ou não com a preposição de. Ex.: Chamei-o de tolo. Chamei-o tolo. Chamei-lhe de tolo. Chamei-lhe tolo. 5. Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. Ex.: Vou ao ortopedista./ Cheguei a Brasília. 6- Custar a) no sentido de ser custoso, ser difícil: preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o fenômeno da crase. b) no sentido de acarretar: sem preposição. Ex.: O valor da casa custou-me tudo o que tinha. c) no sentido de ter valor de, ter o preço: sem preposição. Ex.: Imóveis custam caro. 7 - Esquecer/lembrar a- Quando não forem pronominais: sem preposição - VTD. Ex.: Esqueci o casaco dele. b- Quando forem pronominais: preposição de - VTI. Ex.: Lembrei-me de todas as respostas 8 – Informar/certificar/cientificar/notificar/avisar /prevenir/ comunicar a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções: Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 49Número de acertos = ______Questões resolvidas 1) Alguém de algo – VTDI. Ex.: Informou todos do acidente. 2) Algo a alguém – VTDI. Ex.: Informou a todos o acidente. Ex.: Avisei-o de que eu faltaria. 9- Namorar – não se usa com preposição - VTD. Ex.: Elisa namora Otávio. 10- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a - VTI. Ex.: O bom filho obedece aos pais./ O candidato desobedeceu ao regulamento 11 - Pagar/ perdoar a) Se o objeto é a coisa que sofre a ação do verbo: sem preposição – VTD. Ex.: Ela pagou a conta de luz. Ex.: O professor perdoou os erros do aluno b) Se o objeto é pessoa que recebe a ação do verbo: são regidos pela preposição a – VTI. Ex.: Perdoei a todos. Ex.: O cliente pagou ao dono da loja. Ex.: Cristo perdoou aos pecadores. 12- Preferir – Exigem um complemento sem preposição e outro com preposição a – VTDI Ex: Prefiro futebol a vôlei É errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. 13 – Querer a) no sentido de desejar: sem preposição. Ex.: Quero a risada mais gostosa b) no sentido de querer bem, ter afeto: usa-se com a preposição a. Ex.: Quero muito aos meus primos. 14- Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com - VTI. Ex.: Sempre simpatizei com você. 15 – Visar a) no sentido de mirar ou dar visto: sem preposição – VTD. Ex.: Visou o alvo com precisão. Ex.: Visaram os cheques. b) no sentido de objetivar: preposição a – VTI. Para o CEBRASPE também pode ser VTD,pois a banca adota o dicionário de regência do Celso Pedro Luft. Ex.: Viso a uma nova vida. Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 50 Número de acertos = ______Questões resolvidas 10. Significação das palavras Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). A reescrita de sentenças, assunto cada vez mais explorado pelas bancas, está relacionada ao conceito de pará- frase, que, segundo o Dicionário Michaelis, significa “maneira diferente de expressar algo que foi dito” ou “nova versão de um texto, com o objetivo de torná-lo mais inteligível em relação ao anterior”. Ao contrário das questões que exploram um tema específico, nas questões sobre reescrita, é necessário analisar todos os elementos gramaticais e semânticos envolvidos. O primeiro passo é observar o que pede a questão, para saber se envolve apenas aspectos semânticos ou se também exige análise gramatical. No primeiro caso, o candidato deve avaliar se, nas propostas de reescrita de uma sentença, o sentido da frase foi alterado, mantido ou prejudicado. Importante! Alteração e prejuízo semântico são conceitos diferentes. A alteração semântica possibilita que a sentença seja entendida de outra forma. Já o prejuízo semântico impede qualquer interpretação coerente. Quando for preciso analisar a correção gramatical, siga um roteiro. Não analise as sentenças de forma aleatória. Isso não funciona. 1º passo: Identifique todos os verbos/locuções verbais da sentença e destaque-os. • Verifique a relação dos verbos com o respectivo sujeito e se a concordância verbal foi respeitada. A maioria das questões sobre reescrita explora os problemas relacionados à concordância entre o sujeito e o verbo. • Na sequência, observe a regência de cada verbo e como eles se relacionam com seus complementos (se houver). • Lembre-se de que os pronomes relativos devem obedecer à regência do verbo da oração em que se inserem e ser coerentes com o termo referente. • Observe se houve mudança na voz verbal. 2º passo: Verifique a pontuação, especialmente o emprego da vírgula. • Lembre-se de que a vírgula não pode separar o sujeito do predicado, o verbo, dos seus complementos, e o nome, do adjunto adnominal ou do complemento nominal. 3º passo: Verifique se há pronomes na sentença e se as regras de colocação pronominal foram respei- tadas. 4º passo: Observe se a substituição de vocábulos na sentença, especialmente conjunções e preposi- ções, acarreta incorreção gramatical ou repercussão de ordem semântica. 5º passo: Observe se o emprego ou não do acento grave respeitou as normas de ocorrência da crase. Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 51Número de acertos = ______Questões resolvidas 11. Redação e correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República) Edital - LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9 Concordância nominal e verbal. 10 Regências nominal e verbal. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 1- Panorama da comunicação oficial A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessá- rios: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o serviço público (este/esta ou aquele/aquela Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; e o destinatário dessa comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes. Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação comunicativa. A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. 2 - O que é redação oficial? Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações ofi- ciais e atos normativos. Neste Manual, interessa-nos tratá-la do ponto de vista da administração pública federal. A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua finalidade básica – co- municar com objetividade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc. Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada um de seus atributos. 3 - Atributos da redação oficial A redação oficial deve caracterizar-se por: • clareza e precisão; • objetividade; • concisão; • coesão e coerência; • impessoalidade; • formalidade e padronização; • uso da norma padrão da língua portuguesa. Fundamentalmente, esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no art. 37: “A administração pública direta, indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade, a impessoalidade e a efici- Questões Vídeo-Aula Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 52 Número de acertos = ______Questões resolvidas ência princípios fundamentais de toda a administração pública, devem igualmente nortear a elaboração dos atos e das comunicações oficiais. 4.1Pronomes de tratamento Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira indire- ta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. Na redação oficial, é necessário atenção para o uso dos pronomes de tratamento em três momentos distintos: no endereçamento, no vocativo e no corpo do texto. No vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no início do documento. No corpo do texto, pode-se empregar os pro- nomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso. O endereçamento é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 53Número de acertos = ______Questões resolvidas A seguir, alguns exemplos de utilização de pronomes de tratamento no texto oficial. Os exemplos acima são me- ramente exemplificativos. A profusão de normas estabelecendo hipóteses de tratamento por meio do pronome “Vossa Excelência” para categorias específicas tornou inviável arrolar todas as hipóteses. •Estude o conteúdo da terceira edição do Manual de Redação da Presidência da República (2018) E o conteúdo do Decreto n. 9.758. •Observe o previsto no Edital (se a referênciabibliográfica é o MRPR (2018) e/ou o Decreto n. 9.758). •No dia da prova, leia o comando da questão e observe se há algum direcionamento. É recorrente a banca formu- lar o enunciado da seguinte forma: “De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, a forma de tratamento correta para X é…”. É essa indicação que deve ser seguida à risca, ok? 5. O padrão ofício Até a segunda edição deste Manual, havia três tipos de expedientes que se diferenciavam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o objetivo de uniformizá-los, deve-se adotar nomencla- tura e diagramação únicas, que sigam o que chamamos de padrão ofício. A distinção básica anterior entre os três era: • a) aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia; • b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e • c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão. A seguir, será apresentada a estrutura do padrão ofício, de acordo com a ordem com que cada elemento aparece no documento oficial. 5.1.7 Fechos para comunicações O fecho das comunicações oficiais objetiva, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, saudar o destinatário. Os modelos para fecho anteriormente utilizados foram regulados pela Portaria no 1, de 1937, do Ministério da Justiça, que estabelecia quinze padrões. Com o objetivo de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: • a) Para autoridades de hierarquia superior a do remetente, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, • b) Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou demais casos: Atenciosamente, Questões ATENÇÃO: Nesta nova edição ficou abolida aquela distinção e passou-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 54 Número de acertos = ______Questões resolvidas 6.4.5 Recomendações • Sempre que necessário, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não esteja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento; • Apesar da imensa lista de fontes disponíveis nos computadores, mantêm-se a recomendação de tipo de fonte, tamanho e cor dos documentos oficiais: Calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta; • Fundo ou papéis de parede eletrônicos não devem ser utilizados, pois não são apropriados para mensagens profissionais, além de sobrecarregar o tamanho da mensagem eletrônica; • A mensagem do correio eletrônico deve ser revisada com o mesmo cuidado com que se revisam outros docu- mentos oficiais; • O texto profissional dispensa manifestações emocionais. Por isso, ícones e emotions não devem ser utilizados; • Os textos das mensagens eletrônicas não podem ser redigidos com abreviações como “vc”, “pq”, usuais das conversas na internet, ou neologismos, como “naum”, “eh”, “aki”; • Não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou trechos da mensagem pois denota agressividade de parte do emissor da comunicação. • Evite-se o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da República Federa- tiva do Brasil e de logotipos do ente público junto ao texto da assinatura. • Não devem ser remetidas mensagem com tamanho total que possa exceder a capacidade do servidor do destinatário. Observação: aqui temos apenas um resumo dos principais conceitos da Redação Oficial. Contudo, é extremamente importante que você leia o Manual de Redação da Presidência da República. Afinal de contas, concurseiro raiz não tem preguiça! Questões Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 55 PORTUGUÊS Coesão Textual Ligação existente entre as ideias, feita por meio de conectivos apropriados, como conjunção, pronomes e artigos. O texto não é um emaranhado de palavras e nem uma colocação mecânica de sentenças – há uma interação feita por meio de conectivos. Ex: Eu ajudei os trabalhadores. Deixei-os felizes. FRASES PODEROSAS Coerência Textual A coerência é um dos fundamentos da textualidade. Ela se refere às ligações de sentido construído no texto, que podem estar relacionadas a diferentes fatores: lógico-linguísticos, textuais ou culturais. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. Predição Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológi- cas/ apocalípticas. Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as palavras recebem as seguintes classificações: 1.OXÍTONAS: A última sílaba é a tônica. Ex. urubu, motel, marajá... 2.PAROXÍTONAS: A penúltima sílaba é a tônica. Ex. cigarro, janela, lápis... 3.PROPAROXÍTONAS: a antepenúltima sílaba é a tônica. Ex. gramática, tóxico, semântica... A sinonímia e a antonímia são aspectos muito importantes na hora de se estudar os significados de uma palavra ou frase. Sinonímia é a relação entre dois ou mais significantes que possuem o mesmo significado, ou seja, sinônimos são palavras diferentes que possuem o mesmo sentido. Antônimos são dois significantes que possuem significados opostos. Palavras que se contradizem são antônimas entre si. A homonímia é um aspecto muito importante e variado na gramática portuguesa, pois além de contemplar a escrita, também traz aspectos da sonoridade das palavras. Os homônimos são significantes parecidos que possuem significados diferentes, ou seja, palavras parecidas ou iguais na pronúncia, escrita ou nas duas coisas, mas com significados divergentes. Normalmente os homônimos são generalizados como polissêmi- cos, mas a polissemia tem leves diferenças dos homônimos. A lista abaixo traz os definições e exemplos de tipos homônimos e de polissemia. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 56 Os hiperônimos e hipônimos são como um conjunto e seus elementos da matemática. Os hiperônimos são palavras que têm sentindo mais abrangente, como um conjunto que agrupa os seus elementos. Os hipônimos, por outro lado, são como os elementos que estão dentro deste conjunto, são palavras com um significado mais específicos. Ambos são termos da semântica moderna, e são importantes, por exemplo, para que evitemos repetições excessivas num texto ou mesmo na fala. EXEMPLOS: A palavra “automóvel” é o hiperônimo de “carro”, “moto” e “caminhão”. As palavras “barata”, “mosca” e “besouro” são hipônimos de “inseto”. Modo Imperativo É o modo que dá uma ordem, um conselho, uma dica, uma súplica, uma sugestão ou faz um pedido. Ele é formado a partir do presente do indicativo e não é subdividido em tempos. Modo subjuntivo É o modo da incerteza, do desejo, da possibilidade. A semântica do subjuntivo nunca será de certeza, mas sempre de possibilidade, dúvida, irrealidade. Modo indicativo O modo indicativo é o mais versátil. Ele é o único em que o verbo afirma, que fala com certeza. Porém, isso não o impede de trabalhar também com a dúvida e com a possibilidade. 2.Fato duradouro no passado: É aquele que teve uma duração, ou seja, ocorreu durante algum tempo, mesmo que pequeno. Exemplo: Falei no telefone por horas. Pretérito Imperfeito: O verbo no Pretérito Imperfeito só pode indicar uma ação com aspecto durativo, uma ação que ocorreu por certo tempo. Por isso, chama-se imperfeito: a ação que ele indica não foi finalizada imediatamente, ou, então, trata-se de uma ação que costumava acontecer. Exemplo: Eu jogava basquete todos os dias. Pretérito Mais Que Perfeito: A ação que o verbo no pretérito mais que perfeito indica ocorreu antes de outra, também no passado. Exemplo: O policial chegou ao local onde o acidente acontecera.Regra geral. Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a” ou “as”. ORAÇÃO SEM SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE) É aquela que não possui nenhum ser ao qual o predicado possa ser atribuído. O que importa, nesse caso, é o processo verbal em si. Os verbos das orações sem sujeito são chamados de IMPESSOAIS. Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do singular, uma vez que não há sujeito com o qual con- cordar. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles a sua impessoalidade. Ex: Havia poucas flores naquele jardim. Devia haver poucas flores naquele jardim Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 57 PREDICATIVO É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo classifica-se em: a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece em predicados nominais (com verbos de ligação) ou verbo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos). Ex: Aqui eu não sou feliz. a) Objeto Direto (substantivo ou pronome substantivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo tran- sitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de preposição obrigatória. É importante que só encontremos o objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito. APOSTO - é o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou especificar o seu antecedente. O núcleo do aposto é representado por um substantivo ou palavra substantiva. Classifica-se em: a) Aposto Explicativo: explica um termo anterior. Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda. b) Aposto Enumerativo: enumera um termo anterior. Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. c) Aposto Recapitulativo: resume um termo anterior. Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o ajudaram. d) Aposto Especificador: especifica um termo anterior. Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. Entre orações 1 – Usa-se a vírgula para: a) Para separar as orações coordenadas Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do próprio irmão. b) Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. c) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a camisa. O que é redação oficial? Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos. Neste Manual, interessa-nos tratá-la do ponto de vista da administração pública federal. A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com objetividade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc. Licensed to Ana Paula Rodrigues Pereira - Analimp.ro@gmail.com - 000.585.282-02 1_Prefacio2 Cap1-PT Frases Poderosas