Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 _______________________ Estudos Disciplinares Formação Específica Prof. Me. Maurício Cassar 2 Algumas dicas para análise de questões e situações-problema: Observe a questão como um todo Quais são os assuntos que ela trata? Questões com texto grande Primeiro, entenda o que se pede como resposta. Questões com gráficos e tabelas Que informações relevantes eles apresentam? O que se pede como resposta? Leitura cuidadosa da questão Interpretação do que trata e do que se pede nas alternativas. Confie em sua primeira impressão sobre as respostas. Use seu conhecimento teórico com tranquilidade. Descarte as alternativas que identificar como incorretas. A primeira impressão ajuda. Em uma prova ou concurso, não perca tempo demais em uma questão. Marque a questão para retorno posterior, caso haja tempo para isso. Respostas discursivas (redação) Defina aquilo que se pede e direcione seu texto para apresentar os conteúdos solicitados. Respostas muito objetivas podem ser pobres, e respostas muito longas podem ser prolixas (exageradas e sem foco). Vamos para a prática https://pixabay.com/pt/illustrations/ palavras-chave-anual-relat%c3%b3rio-2442435/ 3 Questão 10 Metrologia. Confiabilidade (T1. Q8) Cada organização, de acordo com a sua política, seus objetivos e suas metas desenhadas para monitoramento, define indicadores que melhor traduzem o desempenho de seus negócios. Ilustra esse preceito a situação hipotética descrita a seguir. Uma indústria de canetas produz, em média, 400 canetas por hora, e, em determinado mês, o controle de qualidade identificou 25 canetas com dimensões acima do limite superior especificado e 60 canetas com dimensões abaixo do limite inferior especificado. Nessa situação, o indicador adequado para o acompanhamento e melhoria contínua da produção é: a) A devolução dos produtos. b) A produtividade. c) O refugo interno. d) O absenteísmo. e) A rotatividade. RESPOSTA: C 1. Análise da questão Métodos quantitativos A questão tem como tema os métodos quantitativos aplicados à qualidade. Ela trata de indicadores para o controle de qualidade na produção. Um indicador é um parâmetro que mensura a diferença entre a situação desejada e a situação atual. A função do indicador é permitir que um processo seja monitorado e que, por meio de seus valores, seja possível detectar um problema. Ou seja, um indicador quantifica um processo. Um indicador de qualidade representa, de forma quantitativa, a evolução e o desempenho da qualidade de um produto ou de um serviço ofertados por uma empresa. Ele indica a eficácia com que o processo atende às necessidades de seus clientes. 2. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O controle da devolução dos produtos é um indicador de qualidade que mede a insatisfação do cliente. Não é adequado entregar ao cliente produtos com defeitos; o controle da qualidade deve ser feito na empresa. Assim, o indicador a ser usado deve utilizar dados da produção. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A produtividade indica a capacidade de produzir e não a quantidade de produtos não conformes. 4 C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. A medida do refugo interno pode ser usada como indicador da qualidade de produção dessas canetas, pois serão encontradas, no refugo, aquelas que não estiverem dentro dos limites especificados. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O absenteísmo não é um indicador de produção nem de qualidade. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A alternativa não especifica a rotatividade. De qualquer forma, trocas de equipamentos e de pessoal não são indicadores de qualidade de produção. 3. Indicações bibliográficas CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2017. LUSTOSA, L. et al. Planejamento e controle da produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. PARANHOS FILHO, M. Gestão da produção industrial. Curitiba: IBPEX, 2007. 5 Questão 11 Métodos Quantitativos – Confiabilidade de um sistema (T2. Q1) Considerando um sistema como um conjunto de componentes interagindo entre si, cada um com sua respectiva confiabilidade, pode-se determinar a confiabilidade do sistema como um todo. A figura a seguir representa um sistema S, formado pelos componentes A, B e C – ligados em série – com confiabilidades de, respectivamente, 0,50, 0,40, e 0,30. Com base nesses dados, verifica-se que a confiabilidade do sistema S é de: a) 0,06. b) 0,20. c) 0,40. d) 0,80. e) 1,20. RESPOSTA: A 1. Análise da questão Confiabilidade de um sistema linear O objetivo da questão é verificar se o estudante sabe que a confiabilidade de um sistema linear, em que as operações são sequenciais, corresponde ao produto das confiabilidades das operações. Ou seja, se um sistema é composto por duas operações sequenciais com confiabilidade (Co) de 70% (0,70) cada uma, a confiabilidade do sistema (Cs) é igual a 49% (0,49), pois: 49,0 70,070,0 Cs Cs CoCoCs 2. Análise das alternativas A – Alternativa correta. 6 JUSTIFICATIVA. Como o sistema é sequencial e, nesse caso, a confiabilidade é igual ao produto entre as confiabilidades das partes, temos: 30,040,050,0 Cs CCCCs CBA 06,0Cs B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A alternativa apresenta o produto das confiabilidades dos componentes A e B. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A alternativa apresenta a confiabilidade do componente B. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A alternativa apresenta a soma das confiabilidades dos componentes A e C. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A alternativa apresenta a soma das confiabilidades dos componentes A, B e C. Outra forma de verificar que a alternativa é incorreta é observar que não pode haver confiabilidade maior do que 100% (1,00). 3. Indicações bibliográficas FOGLIATTO, F. S.; DUARTE, J. L. S. Confiabilidade e manutenção industrial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. PINTO, A. K.; LAFRAIA, J. R. B. Gestão estratégica e confiabilidade. Rio de Janeiro: Qualitmark, 2002. VOLTAR PARA A APRESENTAÇÃO 7 Questão 12 Estilos de Liderança e Gestão de Projetos (T2. Q6) “O gerente de projetos é o centro em torno do qual giram todas as atividades; o elo entre os stakeholders internos e externos, ou seja, das partes interessadas internas e externas ao projeto; o regulador do progresso, velocidade, qualidade e custo; o comunicador, motivador e negociador do projeto; o controlador de finanças e outros recursos. Os projetos não dispõem de tempo ilimitado, logo, o gerente não pode ser desenvolvido no cargo.” Fonte: Adaptado de: KEELLING, R. Gestão de projetos: uma abordagem global. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. A partir do texto acima e considerando a teoria X e a teoria Y, de Douglas McGregor, assinale a opção acerca do estilo de gestão que o gerente de projetos deve adotar, desconsideradas as características de personalidade. a) Estilo consultivo: alinhado à teoria Y, com restrições aos pressupostos do conceito de homem social, da Teoria das Relações Humanas, e justificado pelos conhecimentos e experiência do gestor. b) Estilo controlador: sem alinhamento à teoria X e à teoria Y, mas justificado pelos trade-offs do projeto, ou seja, das decisões que compreendem o lado positivo e o lado negativo das escolhas que o gestor tem de fazer. c) Estilo autoritário coercitivo: totalmente alinhado à teoria X e aos pressupostos do conceito de Homo economicus,da Teoria Clássica da Administração, e justificado pela necessidade de lidar com as pressões inerentes a um projeto. d) Estilo autoritário benevolente: alinhado à teoria X, porém mais condescendente e menos rígido, e aos pressupostos do conceito de Homo economicus, da Teoria Clássica da Administração, e justificado pela necessidade de se negociar com a equipe e as partes interessadas externas ao projeto. e) Estilo participativo: alinhado à teoria Y e aos pressupostos do conceito de homem social, da Teoria das Relações Humanas, e justificado pela necessidade de qualificação dos membros que compõem a equipe de projetos, o que permite o compartilhamento de autoridades e responsabilidades. RESPOSTA: E 1. Análise da questão Estilos de gestão e de liderança A questão trata dos estilos de gestão e de liderança e da sua relação com as teorias X e Y, de Douglas McGregor. 8 Em relação às teorias de McGregor, o estudante deve saber que, na teoria X, os gerentes acreditam que seus subordinados são incompetentes e devem ser controlados a todo momento. Na teoria Y, os gerentes acreditam que as pessoas procuram fazer bem-feito porque isso lhes dá prazer. Na teoria X, o gestor é o tomador de decisão, e a equipe é quem executa aquilo que o gestor ordena. Na teoria Y, o gestor é participativo, compartilha as informações entre os membros da equipe, e as decisões são tomadas pelo grupo. Há de se ressaltar que, para a maioria dos autores, o gerente de projetos é líder e motivador do pessoal do projeto. Suas principais características são personalidade forte, tolerância, inteligência, espírito de independência, habilidade no ramo de trabalho do projeto, habilidade para dirigir e delegar trabalho, tino comercial, energia e persistência. 2. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O estilo esperado para um gestor de projetos é a liderança motivacional. Considerando que o gestor de um projeto deve ter habilidade no ramo do projeto, ele deve compartilhar o projeto e dele participar com seus liderados. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O estilo controlador está atrelado à teoria X. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O estilo autoritário coercitivo não se justifica pelas tensões e pressões inerentes a um projeto. O gestor de um projeto deve ser líder e motivador. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O fato de a maioria dos autores acreditar que uma das características de um gestor de projetos é ter personalidade forte, mas aliada à tolerância, não indica que seu estilo deva ser autoritário. O gestor de um projeto deve ser motivador de seus liderados. E – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O gestor de um projeto deve ser líder e motivador de seus liderados e ter personalidade forte, mas aliada à tolerância. Esse profissional deve ter inteligência, espírito de independência, desenvoltura no ramo de trabalho do projeto e habilidade para dirigir o trabalho e também delegá-lo quando necessário. 3. Indicações bibliográficas 9 DINSMORE, P. C.; CAVALIERI, A. (org.) Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos: livro-base de preparação para certificação PMP© – Project Management. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009. KEELLING, R. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2002. MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos: como transformar ideias em resultados. São Paulo: Atlas, 2008. 10 Questão 13 Normas, comunicação e o Sistema de Gestão da Qualidade (T2. Q10) “Em um sistema de gestão da qualidade eficiente, todos devem estar a par do que acontece, e cabe à direção estabelecer um processo de comunicação. O sucesso de uma organização cuja gestão é embasada na qualidade depende de cada um dos seus colaboradores. Sabendo disso, a ISO 9001:2008, no seu requisito 5.5.3 (comunicação interna), solicita que a organização estabeleça um processo de comunicação eficiente. A ISO 9001:2008 descreve ainda que a alta direção deve assegurar que sejam estabelecidos, na organização, os processos de comunicação apropriados e que seja realizada a comunicação relativa à eficácia do sistema de gestão da qualidade. A comunicação é o ato ou efeito de comunicar-se, de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer por meio da linguagem falada ou escrita, quer por meio de outros sinais, signos ou símbolos, aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual. É a capacidade de trocar ou discutir ideias, de dialogar, de conversar, com vista ao bom entendimento entre pessoas.” Fonte: Adaptado de: http://www.academiaplatonica.com.br. Acesso em: 18 jul. 2015. Considerando as informações apresentadas, relativas à comunicação em um sistema de gestão da qualidade, avalie as afirmativas a seguir. I. É preciso que a direção da organização estabeleça um processo de comunicação com todos os colaboradores sobre a eficácia do sistema de gestão da qualidade e crie um canal de comunicação, para que os colaboradores enviem seus recados, dúvidas e sugestões à direção. II. Comunicação é a capacidade de trocar ou discutir ideias, dialogar e conversar, permitindo que a direção da organização e os colaboradores compartilhem, em um mesmo ambiente de discussão, o sistema de gestão da qualidade. III. A comunicação prescinde de registros internos e externos para a sua aplicação à gestão da qualidade. IV. Um processo de comunicação interna efetivo, em todos os níveis hierárquicos da organização, independe da atuação dos líderes. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 11 RESPOSTA: A 1. Análise da questão Comunicação empresarial O tema da questão é a comunicação empresarial, da qual fazem parte os modos com que a informação e a cultura circulam pela empresa. A comunicação empresarial está calcada em três pilares: o que se deseja transmitir, como é feita essa transmissão e quais são os atores nela envolvidos (emissor e receptor da mensagem). Embora tentemos nos expressar claramente, usando o código adequado, nem sempre conseguimos estabelecer uma comunicação real e efetiva. Isso acontece porque, em cada etapa do processo, existe a possibilidade de novas interpretações e de erros que podem afetar o objetivo inicial da comunicação. Um dos fatores diferenciadores das organizações é a capacidade de ouvir, observar e sentir preocupações e tendências. Deve-se ter em conta que essas capacidades possibilitam a agregação de valor à organização. A ISO 9001:2008, que normaliza os sistemas de gestão da qualidade, prevê, no item 5.5.3, que a alta direção da empresa deve assegurar que sejam estabelecidos, na organização, os processos de comunicação apropriados e que seja realizada a comunicação relativa à eficácia do sistema de gestão da qualidade. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Para atender às exigências da ISO 9001:2008, a alta direção da empresa deve estabelecer os processos de comunicação interna apropriados. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A comunicação empresarial é a capacidade de transmitir ideias em uma organização. Essa transmissão (e, portanto, discussão) pode ser executada em todos os níveis hierárquicos da empresa. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ISO 9001:2008 prevê que todos os processos tenham o registro apropriado. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ISO 9001:2008 indica que a alta direção da empresa deve assegurar que sejam estabelecidos, na organização, os processos de comunicação apropriados. 3. Indicações bibliográficas ASCHOFF, A. Implementando uma comunicação estratégica nas empresas. Disponível em:http://blog.safetec.com.br/comunicacao/comunicacao-estrategica-nas- empresas/. Acesso em: 30 ago. 2017. 12 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR ISO 9001:2015: Sistemas de gestão da qualidade: requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. BUENO, W.C. Comunicação empresarial: políticas e estratégias. São Paulo: Saraiva, 2013. MARTINUZZO, J. A. Seis questões fundamentais da comunicação organizacional estratégica em rede. Rio de Janeiro: Mauad X, 2013. PEREIRA, M. J. S. Comunicação estratégica no contexto organizacional. Disponível em: www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/ric/article/download/7480/10592. Acesso em: 30 ago. 2017. PRADOS, T. O processo comunicativo e seus elementos. Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/1239241/. Acesso em: 16 nov. 2016. STACHESKI, D. R. Comunicação empresarial e correspondência. Curitiba: IESDE, 2012. VOLTAR PARA A APRESENTAÇÃO 13 Questão 14 NBR 14.280 – Saúde, segurança e QVT (T3. Q5) “O gestor de qualidade, ao assessorar uma empresa na implantação e execução da política de saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho, deve sempre procurar indicadores que traduzam o desempenho da empresa. Como indicadores de desempenho, a ABNT NBR 14.280 apresenta a Taxa de Frequência de Acidente com Afastamento (TFACA) e sem Afastamento (TFASA), a Taxa de Gravidade (TG) e o indicador Horas- Homem de Exposição ao Risco de Acidente (HHERA).” Fonte: Adaptado de: Associação Brasileira de Normas Técnicas: ABNT. NBR 14.280. Rio de Janeiro, 2001. Os gráficos a seguir expressam o desempenho de uma empresa, de 2007 a 2014, de acordo com os indicadores apresentados na ABNT NBR 14.280. 14 A partir dos gráficos apresentados, avalie as afirmativas a seguir. I. De acordo com o indicador TFACA, o desempenho da empresa decresceu, entre 2007 e 2014, aproximadamente 84%, o que representa piora desse indicador. II. De acordo com o indicador TFASA, o desempenho da empresa decresceu, entre 2007 e 2014, aproximadamente 60%, o que representa piora desse indicador. III. De acordo com o indicador TG, o desempenho da empresa apresentou melhoria, entre 2007 e 2014, de aproximadamente 80%. IV. De acordo com os indicadores TFACA, TFASA, TG e HHERA, entre 2007 e 2014, a política de saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho adotada pela empresa obteve bons resultados. 15 É correto apenas o que se afirma em: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. RESPOSTA: C Recomendações para a resposta: - Este exercício se baseia na interpretação dos gráficos apresentados. Compreender o sentido de favorabilidade de cada indicador permite a identificação da validade de cada alternativa. - Não é necessário conhecer o conteúdo específico da norma. Ele é apresentado no enunciado. 1. Análise da questão NBR 14280:2001 O pano de fundo da questão é a NBR 14280:2001, que fixa critérios para o registro, a comunicação, a estatística, a investigação e a análise de acidentes do trabalho, de suas causas e consequências, em quaisquer atividades laborativas. A finalidade da NBR 14280:2001 é identificar e registrar fatos fundamentais relacionados aos acidentes do trabalho, de modo a proporcionar meios de orientação para os esforços prevencionistas, sem indicar medidas corretivas. O exame mais profundo da questão, entretanto, mostra que ela trata da análise e da interpretação de gráficos. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O indicador TFACA mostra que a taxa de afastamentos em 2007 era igual a 5 e que, em 2014, era ligeiramente menor do que 1, como pode ser observado na figura 1. Ou seja, a taxa em 2014 era aproximadamente 1/5 %202,051 da existente em 2007. Isso significa que houve aumento de desempenho da empresa de aproximadamente 80%. 16 Figura 1. Indicador TFACA. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O indicador TFASA mostra que a taxa de afastamentos em 2007 era pouco superior a 25 e que, em 2014, era igual a 5, como pode ser visto na figura 2. Isso indica que a taxa em 2014 era aproximadamente 5/25 %202,051255 da existente em 2007 e que houve aumento de desempenho da empresa de aproximadamente 80%. Figura 2. Indicador TFASA. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O indicador TG mostra que a taxa de gravidade em 2007 era igual a 1250, em que, em 2014, era igual a 50, como pode ser visto na figura 3. Isso indica que a taxa em 2014 era aproximadamente 50/1250 %404,0125050 da existente em 2007 e que houve aumento de desempenho da empresa de aproximadamente 96%. 17 Figura 3. Indicador TG. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os indicadores TFACA, TFASA e TG mostram que as taxas de afastamento e a taxa de gravidade dos acidentes de trabalho apresentaram redução entre 2007 e 2014. Isso exibe a melhoria de desempenho no que diz respeito à segurança e à qualidade de vida no trabalho. O índice HHERA mostra que houve aumento significativo na quantidade de horas de exposição ao risco de acidentes entre 2007 e 2014. Ou seja, houve maior exposição e menor quantidade de acidentes de trabalho, sinalizando que são bons os resultados obtidos pela política de saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho adotada pela empresa. 3. Indicação bibliográfica ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280 – Cadastro de acidente do trabalho – Procedimento e classificação. Rio de janeiro, 2001. 18 Questão 15 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e NR-9 (T. Q) O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previsto na Norma Regulamentadora n. 9 (NR-9), visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio de antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando-se a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. No que concerne ao PPRA, previsto na NR-9, avalie as afirmativas a seguir. I. O PPRA deve ser elaborado e implementado pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que contratem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou por estatutos próprios. II. O PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, em especial com a NR-7, que estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). III. O PPRA deve considerar os seguintes riscos ambientais: presença de agentes físicos, químicos e biológicos nos ambientes de trabalho, que, dada a natureza das atividades – concentração, intensidade e tempo de exposição a tais agentes –, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. IV. O PPRA deve ser mantido pelo empregador ou instituição por um período mínimo de 20 anos, como forma de constituir histórico técnico e administrativo do seu desenvolvimento. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. RESPOSTA: E 1. Análise da questão Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 19 A Norma Regulamentadora NR-9 prevê que as ações do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo que sua abrangência e sua profundidade são dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. O PPRA visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores pormeio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Nesse contexto, consideram-se os riscos ambientais (agentes químicos, físicos, biológicos e ergonômicos) e os riscos de acidentes de trabalho. Para responder à pergunta, o estudante precisa saber que o PPRA é parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7. Deve saber também que item 9.3.8 da NR-9, que trata do registro dos dados, prevê que os dados sejam mantidos pelo período mínimo de 20 (vinte) anos. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O PPRA deve ser elaborado e implantado pelas empresas em que a atividade possa estar ou vir a estar sob risco pela ação de agentes químicos, físicos, biológicos e ergonômicos e por possíveis acidentes de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O PPRA é parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. No PPRA, são considerados os riscos ambientais (agentes químicos, físicos, biológicos e ergonômicos) e os riscos de acidentes de trabalho. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O item 9.3.8 da NR-9, que trata do registro dos dados, prevê que os dados sejam mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. 3. Indicações bibliográficas BRASIL. NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: 20 http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR9.pdf. Acesso em: 26 out. 2017. GUIA TRABALHISTA. NR 9 – Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm. Acesso em: 26 out. 2017. VOLTAR PARA A APRESENTAÇÃO 21 Questão 16 Produção Enxuta (Lean) (T6. Q8) A Produção Lean, também conhecida como Lean Manufacturing ou Sistema Toyota de Produção, tem como objetivo fornecer produtos e serviços da mais alta qualidade e com o menor custo, dentro do menor tempo, por meio da contínua eliminação dos desperdícios, conforme apresentado na figura a seguir. O poder desse sistema está no constante reforço de seus conceitos centrais e no envolvimento de sua equipe. Fonte: Adaptado de: DENNIS, P. Produção Lean simplificada: um guia para entender o sistema de produção mais poderoso do mundo. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. A partir das informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A implementação de um padrão de produção conforme o Sistema Lean, que evite paradas e atrasos constantes na linha de produção, requer algumas condições como takt time, sequência de trabalho e estoques em processo. PORQUE II. O trabalho padronizado visa garantir a estabilidade dos processos, o que permite avaliar a situação atual e identificar problemas de forma simples e com baixo custo, com vistas à implementação de melhorias e a um aprendizado organizacional. 22 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. RESPOSTA: B 1. Análise da questão Produção enxuta O assunto tratado na questão é a produção enxuta (lean manufacturing), que é uma filosofia de gestão da produção focada na eficiência dos processos, ou seja, o objetivo é gastar menos para produzir apenas com o necessário e entregar o máximo de valor ao cliente. A ideia é um sistema produtivo melhor, mais barato e mais ágil: para isso, todos os desperdícios devem ser identificados e eliminados. O pensamento lean se baseia em um conjunto de princípios que eliminam todos os desperdícios e visam a simplificar a forma de a organização produzir e entregar valor aos clientes. Os princípios são: foco no cliente; definição de valores para o cliente; definição das cadeias de valor; produção puxada; melhoria contínua; inovação. 2. Análise das asserções I - Asserção verdadeira. JUSTIFICATIVA. O sistema lean prevê que não existam desperdícios. Um desperdício, muitas vezes presente nas linhas de produção, é o desperdício de tempo. Operações que atrasam por falta de componentes causam uma onda que se propaga por toda a linha. Isso significa que a determinação do takt time (tempo em que se deve produzir uma peça ou um produto), bem como qual deve ser a sequência de produção e quais devem ser os estoques intermediários (se devem existir), é condição primordial para que não haja desperdícios. 23 II - Asserção verdadeira. JUSTIFICATIVA. O sistema lean prevê que não existam desperdícios. Isso significa que as tarefas são estabelecidas e organizadas de maneira a produzir no menor tempo e com o menor custo. Relação entre as asserções. A segunda asserção não é uma justificativa da primeira. Pode-se entender a segunda asserção como uma complementação da primeira. 3. Indicações bibliográficas ● JUSTA, M. Gestão da mudança & lean manufacturing. São Paulo: APPRIS, 2016. ● NETTO, R. 5 princípios do Lean Manufacturing para uma indústria (na prática). Disponível em: https://www.nomus.com.br/blog- industrial/principios-do-lean-manufacturing/. Acesso em: 24 jan. 2022. ● PEREIRA, C. A. S. Lean manufacturing: aplicação do conceito a células de trabalho. Disponível em: https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/1921/1/LEAN%20 MANUFACTURING.pdf. Acesso em: 24 jan. 2022. ● TOTVS. Lean manufacturing: por que implementar na sua indústria? Disponível em: https://www.totvs.com/blog/gestao-industrial/lean- manufacturing/. Acesso em: 24 jan. 2022. ● TUBINO, D. F. Manufatura enxuta como estratégia de produção: a chave para a produtividade industrial. São Paulo: Atlas, 2015. VOLTAR PARA A APRESENTAÇÃO 24 Questão 17 Decisões estratégicas de investimento a partir da análise de custos (log T7.Q2) Um comprador que trabalha em uma fábrica de componentes de computador necessita atender a um pedido de 10.000 espaçadores — peças utilizadas em embalagens —, que poderão ser produzidos internamente ou comprados de um fornecedor que apresente a melhor proposta. Na tabela a seguir, mostram-se as condições que estão sob análise desse comprador. Opção Custo fixo (R$/pedido) Custo variável (R$/unidade) Fabricar 2.000,00 0,89 Comprar de A 1.500,00 1,05 Comprar de B 1.750,00 1,00 Nessa situação, o comprador deve optar por: a) Avaliar o custo total e comprar do fornecedor A. b) Avaliar o custo total e comprar do fornecedor B. c) Avaliar o custo total e comprar no menor custo fixo. d) Avaliar o custo total e comprar no custo variável intermediário. e) Avaliar o custo total da operação de suprimentos e fabricar internamente. RESPOSTA: E 1. Análise da questão Determinação de custos O primeiro passoá a análise dos custos para cada opção estratégica, por meio do cálculo do custo total, que é o resultado da soma entre o custo variável e o custo fixo. A decisão nesse caso está estruturada somente na opção de menor custo total. 25 2. Resolução da questão O problema informa que o número de espaçadores (ne) é 10.000. Informa, também o custo variável (u) e o custo fixo (f) em cada opção. O custo total de cada opção (C) é igual à soma entre o custo fixo e o resultado do produto entre o custo variável e o número de espaçadores. A tabela 1 mostra o custo total em cada opção. Tabela 1. Custo total em cada opção. Na tabela 1, observa-se que a opção “Fabricar” é a que apresenta o menor custo, seguida da opção “Comprar de B”. A opção ”Comprar de A” é a que apresenta o maior custo. Isso significa que, após a avaliação dos custos, a melhor opção é “Fabricar”. 3. Indicações bibliográficas ● ANGELO, C. F. de. Custos dos produtos e formação de preços. São Paulo: Saint Paul, 2011. ● FERREIRA, D. Tipos de custos. Disponível em: http://contabeissemsegredos.com/tipos-de-custos/. Acesso em: 30 mar. 2021. ● SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Gestão de custos: como ter um bom controle financeiro. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/gestao-de-custos- como-ter-um-bom-controle- financeiro,890c9733dedbc410VgnVCM1000003b74010aRCRD?gclid=Cj0 KC QjwsYb0BRCOARIsAHbLPhF6pg4BHOiEguGMFjEvTG3hOJtihkgyWeHE Q5S4yIiQgKN70ApmxmwaAhhmEALw_wcB. Acesso em: 30 mar. 2021. ● YANASE, J. Custos e formação de preços. São Paulo: Trevisan, 2018. 26 Questão 18 Qualidade em processos – análise de processos e redesenho (pger T6. Q6) Conhecida por ter os melhores mecânicos de veículos da cidade, uma empresa de serviços automotivos estabelecida no mercado há mais de quinze anos, conta com uma equipe de quinze pessoas: o proprietário, uma secretária e treze mecânicos. Desejando melhorar o processo de atendimento ao cliente, a empresa contratou consultoria especializada para identificar possíveis erros em seus processos, pois o movimento diminuiu nos últimos anos, sendo a maioria das reclamações recebidas referente aos constantes atrasos nos serviços. Após acompanhar as rotinas da empresa, a consultoria chegou à conclusão de que havia falhas no processo, conforme segue. O fluxograma de atendimento não era seguido na prática; os clientes eram atendidos de acordo com o tipo de serviço e o nível de amizade do cliente com o proprietário, ignorando a ordem de chegada, o que causou desconforto em vários clientes; O orçamento era, usualmente, entregue quando o trabalho já havia sido executado, sem prazo preestabelecido. Considerando a situação hipotética descrita, conclui-se que o redesenho do processo organizacional deve: A. Priorizar as melhorias marginais, por meio da redução de custos e de níveis hierárquicos. B. Substituir o antigo processo por algo novo, já que a empresa busca saltos significativos de desempenho. C. Criar vantagens competitivas utilizando inovações nos processos-chave do negócio que mais afetam os clientes. D. Focar na realização de cursos de capacitação pelo proprietário da empresa, já que ele não possui as qualidades necessárias para gerir o próprio negócio. E. Determinar o que precisa ser feito e como fazê-lo em relação ao funcionamento da empresa, ignorando-se o que existe e se concentrando no que deveria existir. RESPOSTA: C 1. Análise da questão A questão tem como tema a gestão por processos. Para que se possa respondê-la, é preciso saber que a abordagem por processos permite a melhor especificação do trabalho realizado, o desenvolvimento de sistemas, a gestão do conhecimento, o redesenho e a melhoria obtida pela análise do trabalho realizado, com identificação de oportunidades de aperfeiçoamento. 27 2. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Priorizar melhorias marginais não irá alterar a forma de atendimento aos clientes. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Substituir o processo existente por algo novo não significa melhora de atendimento ao cliente. Para que o cliente seja satisfeito, é necessário que existam processos que garantam na oficina, entre outros itens, a conclusão e a apresentação do orçamento para o cliente antes do início do serviço no veículo. C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Atender ao cliente é ter profissionalismo e empenhar esforços para entender o que ele precisa. Para que se tenha um cliente satisfeito, é necessário existir segurança, clareza, objetividade e transparência. No momento do atendimento, é fundamental expor as informações de forma clara e direta. Isso, com certeza, é um diferencial competitivo. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Capacitar o dono da empresa não irá alterar a forma de atendimento ao cliente. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não adianta determinar o que precisa ser feito se não existir a consulta ao cliente sobre suas necessidades. 3. Indicações bibliográficas BRASIL. PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA. SECRETARIA JURÍDICA E DE DOCUMENTAÇÃO. Manual de gestão por processos. Brasília: MPF/PGR, 2013. DUARTE, T. Atendimento ao cliente: Como torná-lo um diferencial competitivo. Disponível em: https://satisfacaodeclientes.com/atendimento- ao-cliente-como diferencial-competitivo/. Acesso em: 21 jun. 2017. LOGULLO, F. Os 6 princípios do bom atendimento ao cliente. Disponível em: http://controlefinanceiro.granatum.com.br/dicas/os-6- principios-do-bom-atendimento ao-cliente. Acesso em: 21 jun. 2017. PAIM, R. et al. Gestão de processos: pensar, agir e aprender. Porto Alegre: Bookman, 2009. 28 VOLTAR PARA A APRESENTAÇÃO - FECHAMENTO
Compartilhar