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Crise Asmatica

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Crise Asmática 
→ Caracterizada pela bronquite associada a 
bronquiolite, sendo que na asma envolve fatores 
alérgicos, há a limitação variável do fluxo aéreo e 
tem uma variabilidade sintomática. 
→ Fisiopatologia: ocorre uma hipersensibilidade do 
tipo I, com ativação dos linfócitos Th 1 e 2, 
interleucinas 4 e 5, leucotrienos, IgE, eosinófilos, etc. 
→ Nessa situação ocorre uma piora progressiva 
dos sintomas além das variações usuais. 
→ A espirometria não é solicitada na urgência, 
podendo ser solicitado o pico de fluxo expiratório 
que, quando maior do que 50% indica crise leve e 
menor do que 50% indica crise grave. 
→ Na exacerbação da asma, o principal tratamento 
é o corticoide sistêmico devido a fisiopatologia 
envolver piora na cadeia inflamatória. 
→ A asma é desencadeada por gatilhos: ambientais 
(poeira, mofo, ácaros, insetos como baratas, pelo de 
animais, cosméticos, produtos de higiene doméstica, 
fumaça, pólen, etc.), alimentares (leite, frutos do 
mar, etc.), alguns sintomas de vias aéreas superiores 
podem desencadear asma (sinusite), esforço físico, 
riso e a principal causa de exacerbações é a 
infeção viral pelo Rinovírus. 
Diagnostico 
→ A anamnese, exame físico e exames 
complementares devem ser solicitados quando 
necessários. 
→ Para o diagnóstico devemos definir os sintomas: 
 ↪ Pode apresentar um quadro típico: tosse 
seca ou com expectoração esbranquiçada, chiado 
(sibilo), dispneia, opressão/desconforto torácico. 
↪ O aparecimento desses sintomas com 
os gatilhos ou aparecimento de manhã ou noite 
(devido ao ciclo circadiano do cortisol, ao anoitecer 
ele atinge valores mínimos, quando há baixo cortisol 
sérico, aparecem os sintomas), essa variação de 
manhã e noite não é crise, é característico da asma. 
↪ No exame físico pode se apresentar 
normal ou sibilos e sinais de hiperinsuflação. 
 ↪ Tosse variante 
 ↪ Asma induzida pelo esforço físico: 
ocorre apenas durante atividades físicas. 
 ↪ Asma cardíaca: ocorre devido a 
congestão pulmonar (ICC imita a asma), causa 
aparecimento de sibilo devido ao acumulo de liquido 
da mucosa brônquica além do espaço intersticial. 
Piora quando usa broncodilatador devido ao 
aumento da FC. Deve-se solicitar ECG para 
descarte. 
→ A limitação variável do fluxo aéreo deve ser 
analisada pela espirometria com prova 
broncodilatadora. NÃO SE FAZ ESPIRO DURANTE 
A EXACERBAÇÃO DO DPOC OU CRISE 
ASMÁTICA. 
 ↪ Nesse exame iremos ver uma 
positividade quando houver VEF1/CVF < 0,7 e 
aumento no VEF1 maior ou igual a 12% mais 200ml. 
→ O pico de fluxo expiratório (PFE) pode ser 
usado na crise asmática (não na exacerbação do 
DPOC), devemos ver uma variabilidade de mais de 
20%. 
→ A gasometria pode ser solicitada quando houver 
desconforto respiratório ou PFE menor do que 
50%, quando apresentar pCO2 maior do que 45, 
paciente deve ser encaminhado para UTI. 
→ Teste de broncoprovocação, busca por uma 
broncoconstrição patológica. Se houver, positivo 
para asma. 
→ A crise asmática é uma piora persistente dos 
sintomas para além da variabilidade diária da asma. 
 ↪ As causas podem ser idiopáticas e 
infecções virais, pós exposição, IVAS, bacterianas 
(exceção quando é necessário uso de ATB na 
crise asmática). 
→ O tratamento dos períodos de piora no dia 
(manha e noite) é feito com a medicação de alivio 
(formoterol e corticoide inalatório). 
Classificação 
→ Leve a moderada: quando estiver falando frases 
longas, não está agitado e tem pouco esforço 
respiratório, PFE maior do que 50%. 
→ Grave: presença de fala entrecortada, apresenta 
agitação (indica hipoxemia), FR maior do que 30 
irpm (taquipneia), esforço respiratório e saturação 
menor do que 90% e PFE menor do que 50%. 
→ Lembrar de que quando há uma dessaturação 
em asmático, devemos procurar outras causas. 
→ Crise asmática ameaçadora a vida é aquele em 
que pacientes precisam de VNI ou com retenção 
de CO2 com carbonarcose. 
→ Crise asmática quase fatal é aquele que precisou 
de IOT. 
→ Crise asmática fatal. 
Tratamento 
→ Devemos seguir o plano de ação da asma que 
o paciente já está em uso (formoterol e corticoide 
inalatório). 
 ↪ Pacientes leves a moderados: 
→ Ataque de broncodilatação 3x de 20 em 
20 minutos. 
→ Uso de B2 agonista (SABA) em pacientes 
leves e moderados; 
→ Corticoterapia sistêmica com prednisona 40 a 60 
mg (0,5mg/kg/dia) VO por 7 dias, sendo que VO e 
VE (hidrocortisona, dexametasona, 
metilprednisolona) possuem mesma eficácia. 
↪ Pacientes graves e posteriores: 
→ Ataque de broncodilatação 3x de 20 em 
20 minutos. 
→ Beta 2 agonista de curta duração (SABA) 
e anticolinérgico de curta duração (SAMA); 
→ Corticoterapia sistêmica com prednisona 
40 a 60 mg (0,5mg/kg/dia) VO por 7 dias, sendo 
que VO e VE (hidrocortisona, dexametasona, 
metilprednisolona) possuem mesma eficácia. 
→ Sulfato de magnésio 2g em 20 minutos 
em infusão única, demonstrou diminuição 
necessidade para evitar interação em pacientes de 
grave acima. Badicardizante e broncodilatador. 
→ O2 suplementar com objetivo de saturação de 
93 a 95% 
→ Uso da VNI é questionável na asma, não possui 
estudos que indicam benefícios, evidencia uma piora 
no broncoespasmo. 
→ A UTI fica indicada em casos de piora com 
evolução para sonolência ou confusão mental, VEF1 
menor do que 30%, pCO2 maior do que 45 ou 
pO2 menor do que 60. 
→ Ventilação mecânica quando necessária. 
Critérios para 
alta após a crise 
→ Paciente deve se sentir melhor, não deve estar 
precisando de beta agonista de curta duração: 
↪ Quando internação: 2 dias sem SABA 
adicional; 
↪ Quando PS: 4 a 6 horas sem SABA 
adicional. 
→ PFE em melhora e ou menor do que 60 a 
80%, saturação normal. 
→ Terapia basal instituída, devendo ocorrer a 
confirmação de que o paciente está realizando de 
maneira correta os medicamentos inalatórios. 
→ Deve-se complementar a corticoterapia oral por 
7 dias.

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