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Para responder ao caso de uma mulher de 43 anos atropelada por um automóvel que 
desenvolveu insuficiência respiratória no quarto dia de hospitalização, vamos abordar 
o diagnóstico mais provável, as prioridades no manejo e o diagnóstico diferencial.
▏Qual é o diagnóstico mais provável e os fatores de 
risco para este quadro clínico?
O diagnóstico mais provável para esta mulher com insuficiência respiratória, alta 
frequência respiratória e alta frequência cardíaca, mas radiografia torácica normal, é 
embolia pulmonar (EP). A embolia pulmonar pode ocorrer em pacientes com 
traumas múltiplos devido a um maior risco de trombose venosa profunda (TVP), que 
é a principal fonte de êmbolos pulmonares. Fatores de risco para embolia pulmonar 
neste caso incluem:
Imobilidade Prolongada:
Após fraturas e traumas, os pacientes tendem a ficar imobilizados, 
aumentando o risco de formação de trombos venosos.
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Trauma Recente e Cirurgia:
Traumas significativos e procedimentos cirúrgicos podem predispor à 
coagulação sanguínea anormal, contribuindo para o risco de TVP e EP.
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Fraturas de Ossos Longos:
Fraturas de ossos longos, como a fratura do platô tibial, podem liberar 
substâncias pró-coagulantes no sistema circulatório, aumentando o risco de 
trombose.
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Uso de Dispositivos de Fixação ou Cirurgias Ortopédicas:
Cirurgias ortopédicas para fraturas também podem aumentar o risco de 
formação de coágulos.
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▏Quais são as prioridades no manejo desta paciente?
As prioridades no manejo desta paciente incluem:
Avaliação e Estabilização Respiratória:
Administração de oxigenoterapia para manter uma saturação de oxigênio 
adequada.
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Avaliação da função respiratória e necessidade de suporte ventilatório 
adicional.
•
Diagnóstico de Embolia Pulmonar:
Realizar exames de imagem para confirmar ou descartar embolia pulmonar, 
como angiotomografia pulmonar (angio-TC) ou cintilografia pulmonar.
•
Avaliação de biomarcadores relacionados a EP, como D-dímero, para 
auxiliar no diagnóstico.
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•
Início do Tratamento Anticoagulante:
Se a embolia pulmonar for confirmada ou fortemente suspeita, iniciar 
anticoagulação com heparina ou outro anticoagulante para prevenir o 
aumento do coágulo e a formação de novos êmbolos.
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Monitoramento Hemodinâmico e Respiratório:
Monitorar a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, e 
saturação de oxigênio.
•
Estar preparado para intervenções de suporte intensivo, caso haja piora 
respiratória ou hemodinâmica.
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Identificação e Tratamento de Outras Complicações Relacionadas ao 
Trauma:
Avaliar outras causas potenciais de insuficiência respiratória ou 
complicações derivadas dos traumas, como hemorragia interna ou 
pneumotórax oculto.
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Suporte Multidisciplinar e Comunicação com a Família:
Incluir equipe de cirurgia, ortopedia, terapia intensiva e radiologia para um 
cuidado abrangente.
•
Comunicar-se com a família para mantê-los informados sobre o estado da 
paciente e o plano de tratamento.
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▏Qual é o diagnóstico diferencial deste quadro 
respiratório?
O diagnóstico diferencial para este quadro respiratório inclui:
Embolia Pulmonar (EP):
Um dos principais diagnósticos diferenciais devido ao risco de trombose 
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Um dos principais diagnósticos diferenciais devido ao risco de trombose 
após trauma.
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Pneumonia:
Infecção pulmonar pode causar insuficiência respiratória, especialmente em 
pacientes com trauma torácico.
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Pneumotórax ou Hemotórax Oculto:
Traumas costais podem levar a vazamentos de ar ou sangue nos pulmões, 
resultando em insuficiência respiratória.
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Contusão Pulmonar:
O trauma torácico direto pode causar contusão pulmonar, levando a edema 
e dificuldades respiratórias.
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Insuficiência Cardíaca Aguda:
A ICC pode se agravar com trauma, resultando em insuficiência respiratória 
devido ao edema pulmonar.
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Acidose Metabólica ou Hiperventilação:
Fatores metabólicos ou hiperventilação podem alterar a função respiratória.•
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Estes diagnósticos diferenciais devem ser considerados ao avaliar a causa da 
insuficiência respiratória para fornecer o tratamento adequado e prevenir 
complicações adicionais.
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