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Manejo da Asma Grave

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Para responder ao caso dessa mulher de 35 anos com asma grave persistente, 
vamos considerar a conduta mais importante no manejo dela, as outras medidas que 
devem ser tomadas em paralelo e os preditores que apontam para um alto risco de 
intubação.
▏Qual é a conduta mais importante no manejo desta 
paciente?
Dado o quadro de exacerbação grave da asma com sofrimento respiratório 
significativo, a conduta mais importante no manejo desta paciente é iniciar 
imediatamente o tratamento com broncodilatadores e corticosteroides 
sistêmicos. Isso pode incluir:
Administração de Broncodilatadores de Ação Rápida:
Iniciar com salbutamol ou terbutalina por via inalatória ou nebulização para 
aliviar a broncoconstrição e melhorar a ventilação.
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Administração de Corticosteroides Sistêmicos:
Administrar doses elevadas de corticosteroides por via intravenosa, como 
metilprednisolona ou hidrocortisona, para reduzir a inflamação das vias 
aéreas.
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Oxigenoterapia:
Administrar oxigênio suplementar para manter a saturação de oxigênio acima 
de 90%.
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Avaliação da Necessidade de Ventilação Mecânica:
Avaliar a necessidade de ventilação mecânica invasiva com intubação 
traqueal se a paciente não responder adequadamente ao tratamento inicial 
ou se houver sinais de falência respiratória iminente.
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▏Quais são as outras condutas que devem ser tomadas 
em paralelo?
Além do tratamento imediato com broncodilatadores e corticosteroides sistêmicos, 
outras condutas que devem ser tomadas em paralelo incluem:
Monitoramento Contínuo dos Sinais Vitais e da Função Respiratória:
Monitorar de perto a frequência respiratória, saturação de oxigênio, 
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Monitorar de perto a frequência respiratória, saturação de oxigênio, 
frequência cardíaca e pressão arterial para detectar sinais de deterioração 
respiratória ou hemodinâmica.
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Avaliação da Resposta ao Tratamento:
Reavaliar a resposta da paciente ao tratamento após 15-30 minutos e ajustar 
a terapia conforme necessário com base na melhora dos sintomas e dos 
parâmetros respiratórios.
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Avaliação do Volume Expiratório Forçado (FEV1):
Realizar espirometria para avaliar a gravidade da obstrução das vias aéreas 
e monitorar a resposta ao tratamento.
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Considerar Terapia Adicional:
Se a resposta ao tratamento inicial for inadequada, considerar a 
administração de outros medicamentos como ipratrópio, teofilina intravenosa 
ou magnésio intravenoso.
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▏Quais são os preditores que apontam para um alto risco 
de intubação?
Existem vários preditores que podem indicar um alto risco de intubação em pacientes 
com exacerbação grave da asma. Alguns desses preditores incluem:
Frequência Respiratória Elevada:
Uma frequência respiratória persistente acima de 30-35 ipm, especialmente 
se associada a diminuição do nível de consciência, pode indicar fadiga dos 
músculos respiratórios e iminência de falência respiratória.
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Baixo Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (FEV1):
Um FEV1 inferior a 25-30% do previsto pode indicar uma obstrução grave 
das vias aéreas e uma resposta inadequada ao tratamento broncodilatador.
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Acidose Respiratória:
Uma PaCO2 persistentemente elevada, especialmente acima de 50 mmHg, 
indica falência respiratória e acidose respiratória, sugerindo a necessidade 
de suporte ventilatório invasivo.
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Pulsos Paradoxais Acentuados:
Um pulso paradoxal (diferença na pressão arterial sistólica durante a 
inspiração e expiração) acima de 10 mmHg pode indicar uma obstrução 
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inspiração e expiração) acima de 10 mmHg pode indicar uma obstrução 
severa das vias aéreas e comprometimento hemodinâmico, aumentando o 
risco de intubação.
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Esses preditores ajudam a identificar pacientes com asma grave que podem 
necessitar de suporte ventilatório invasivo para prevenir complicações e melhorar os 
desfechos clínicos.
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