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NEUROGÊNESE E NEUROPLASTICIDADE

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NEUROGÊNESE E NEUROPLASTICIDADE
· Neurogênese é a formação de novos neurônios. Antigamente, até meados do século XX, pensava-se que os neurônios só eram formados enquanto o cérebro se desenvolvia e que quando este desenvolvimento cessava a formação dos neurônios também acabaria. No entanto, estudos recentes mostraram que a formação dos neurônios, a neurogênese, continua em partes especificas do cérebro, que em humano adulto acontece, principalmente, no hipocampo e logo após migram para o bulbo olfatório. 
· O hipocampo é a estrutura do cérebro que é responsável por armazenar temporariamente a memória, principalmente a de longo prazo. E a formação de novos neurônios nesta estrutura faz com que aumente a capacidade de relacionar memórias passadas com os acontecimentos do presente. Sendo assim, a neurogênese, compensa a morte de alguns neurônios. Este processo é importante na manutenção da vida, na capacidade do cérebro de se adaptar a novas experiências.
· Alguns fatores podem diminuir o surgimento de novos neurônios, como o estresse, sedentarismo e noites mal dormidas. Enquanto as exposições a um ambiente que desenvolva o lado cognitivo e a prática regular de exercícios podem desencadear o aparecimento de novos neurônios.
· A neurogênese se inicia com o aumento das células progenitoras, que logo depois sofre a diferenciação, determinação do tipo neural e conexão a redes já existentes, por sinapses neurais.
· A neuroplasticidade ou plasticidade neural é definida como a capacidade que o sistema nervoso tem de modificar sua estrutura e função em decorrência dos padrões de experiência (é a capacidade de mudança e reorganização dos neurônios de acordo com mudanças ambientais, experimentais, sociais, físicas e lesões mais graves), e a mesma, pode ser concebida e avaliada a partir de uma perspectiva estrutural (configuração sináptica) ou funcional (modificação do comportamento).
· Todo o processo de reabilitação neuropsicológica, assim como as psicoterapias de um modo geral, se baseia na convicção de que o cérebro humano é um órgão dinâmico e adaptativo, capaz de se reestruturar em função de novas exigências ambientais ou das limitações funcionais impostas por lesões cerebrais.
· Há algum tempo, acreditava-se que nosso cérebro não se alterava depois do indivíduo se tornar adulto, que era uma fórmula imutável, e que lesões neurais seriam permanentes. Porém, estudos recentes provam o contrário: por mais grave que seja a lesão cerebral, o sistema nervoso mostra como nosso cérebro pode ser adaptável às mudanças.
· Nosso cérebro pode ser entendido como uma série de caminhos e passagens que nossas sinapses fazem ao longo do neurônio, e ele está acostumado a fazer certo caminho todo tempo. Entretanto, o ser humano é propenso a mudanças ao longo da vida, a partir do meio em que está inserido. Para entender melhor, podemos comparar o cérebro com outras partes do corpo. Exercitamos nosso corpo para poder ter um bom condicionamento físico. Com o cérebro, acontece a mesma coisa: podemos treinar nosso cérebro para pensar, agir e refletir sobre o que bem entendemos. 
· O processo contínuo de mudança cerebral, de “reorganização” dos circuitos neurais, e da recepção de novas atitudes ou pensamentos, é o que se chama neuroplasticidade.
· A neuroplasticidade não ocorre somente em pessoas com graves lesões neurológicas, esse processo ocorre a todo tempo, em todas as pessoas de todo o mundo. É um processo involuntário do nosso corpo e muito benéfico para nosso dia a dia.
VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO: POLÍGONO DE WILLIS.
· O sistema nervoso tem um alto metabolismo constante, necessitando de um suprimento elevado de oxigênio e glicose. Logo, requer um fluxo sanguíneo intenso, sendo superado apenas pelo fluxo sanguíneo dos rins e do coração.
· Como o encéfalo não pode ser sustentado por metabolismo anaeróbico (processos biológicos que produzem energia para um organismo sem usar oxigênio), quedas na concentração de oxigênio e glicose podem ser toleradas somente por um período curto, da mesma forma que a suspensão do afluxo sanguíneo.
· “A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda de consciência. Após cerca de cinco minutos começam a aparecer lesões que são irreversíveis” (MACHADO 2006).
· Qual a importância do estudo da vascularização encefálica?
· O fluxo sanguíneo de determinada área do cérebro varia com seu estado funcional. Logo, dependendo da área submetida a uma maior solicitação funcional, aumenta-se o fluxo sanguíneo.
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO:
· A irrigação encefálica é basicamente constituída por dois sistemas: vertebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas).
· Na base do crânio as artérias vertebrais e corticais formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
· As artérias cerebrais têm paredes finas, fator que tornas as artérias cerebrais especialmente propensas às hemorragias.
ARTÉRIA CAROTIDA INTERNA:
· Origina-se da bifurcação da artéria carótida comum. Após um trajeto no pescoço, a artéria carótida interna penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal, perfura as meninges e divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais media e interior.
· Outros ramos:
. Artéria oftálmica: irriga o bulbo ocular e formações anexas;
. Artéria comunicante posterior: anastomosa-se com a artéria cerebral posterior, ramo da basilar, contribuindo para a formação do polígono de Willis.
. Artéria coroidal anterior: dirige-se para trás, irrigando os plexos corióides e parte da cápsula interna.
SÍNDROME DA ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR:
· A maior parte da parede medial do hemisfério cerebral (do lobo frontal ao sulco parieto-occipital) é vascularizada pela artéria cerebral anterior.
· A oclusão proximal a esse ponto permite uma lesão com déficits mínimos.
· Características mais comuns: hemiparesia e perda sensorial contralateral com maior comprometimento de membro inferior, decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva que correspondem a perna.
 
SÍNDROME DA ARTERIA CEREBRAL MEDIAL:
· A maior parte da superfície lateral do cérebro é vascularizada pela artéria cerebral média. Este território compreende áreas corticais importantes, como a área motora, a área somestésica, o centro da fala e outras.
· A oclusão proximal desta artéria causa dano neurológico extenso, com edema cerebral importante, podendo ser fatal.
· Características mais comuns: paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (no rosto MS e MI, mais em rosto em MS). Afasia, déficit de percepção e desorganização espacial.
· Cor vermelha no desenho.
ARTÉRIAS VERTEBRAL E BASILAR:
· As artérias vertebrais D e destacam-se das artérias subclávicas D e, respectivamente, sobem no pescoço e perfuram a membrana atlanto-occipital e as meninges, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a face central do bulbo e no sulco bulbopontino estas s fundem, formando um tronco único: a artéria basilar, que percorre a fissura/sulco basilar da ponte.
· ARTÉRIA BASILAR:
. A artéria basilar percorre a fissura/sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda.
. As artérias cerebrais posteriores emitem ramos, as artérias comunicantes posteriores, que se conectam com as carótidas internas.
· Outros ramos:
. Artéria cerebelar superior: distribui-se ao mesencéfalo e parte superior do cerebelo;
. Artéria cerebelar inferior anterior: distribui-se a parte anterior da face interior do cerebelo;
. Artéria do labirinto: vascularização de estruturas do ouvido interno;
SÍNDROME DA ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR
· A artéria cerebral posterior nutre a área visual situada no lobo occipital.
· A oclusão proximal dessa artéria causa déficits mínimos.
· Características mais comuns: agnosia visual, prosopagnosia (incapacidade de reconhecer rostos) e amnésia.
· Cor azul na imagem.
POLÍGONODE WILLIS.
· Polígono anastomótico de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
· É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores.
· A artéria comunicante anterior é pequena e anastomosa as duas artérias cerebrais anteriores.
· As artérias comunicantes posteriores unem de cada lado as carótidas internas com as cerebrais posteriores correspondentes. Deste modo, eles anastomosam o sistema carotídeo interno ao sistema vertebral.
TELENCÉFALO:
ESTRUTURA DO CEREBRO:
· Maior e mais evidente porção do encéfalo.
· Ocupa cerca de 80% da massa encefálica.
· Responsável pelas funções mentais superiores.
LOBO FRONTAL:
· Separado do lobo parietal pelo sulco central.
· Separado do lobo temporal pelo sulco lateral.
· Giro pré-central: função motora;
· Funções do lobo frontal: iniciação de impulsos motores voluntários, memória, personalidade, emoções, raciocínio, julgamento, planejamento e comunicação verbal.
REGIÃO PRÉ-FRONTAL:
· Região do córtex que representa a nossa sofisticada evolução.
· Região responsável pelo nosso comportamento e personalidade.
LOBO PARIETAL:
· Encontra-se posteriormente ao suco central;
· Giro pós-central: área somestésica, que responde a todos os estímulos de sensibilidade do corpo.
· Tem função nas áreas de compreensão da fala e na articulação de pensamentos e emoções.
· Interpreta as texturas e formas dos objetos quando são manipulados.
HOMÚNCULO DE PENFIELD:
· O “homúnculo de Penfield” é uma representação artística de como diferentes pontos da superfície do corpo estão “mapeados” nos dois hemisférios do cérebro, algumas vezes, por meio de traços deformados para indicar que tais partes do corpo têm localização específica em alguma das regiões.
 
LOBO TEMPORAL:
· Localizado abaixo do parietal e da porção posterior do lobo frontal, separado de ambos pelo sulco lateral.
· Contém centros de audição.
· Interpretação de experiência sensoriais e armazenamento de memórias de experiências auditivas e visuais.
LOBO OCCIPITAL:
· Forma a porção posterior do cérebro.
· Não tem uma divisão marcada dos outros lobos.
· Encontra-se superiormente ao cerebelo, separado deste pela tenda do cerebelo.
· Integra os movimentos oculares e é responsável pela associação visual com experiências previas e outros estímulos sensoriais.
LOBO INSULAR:
· Lobo cerebral que se encontra profundamente ao sulco lateral e está coberto por porções dos lobos frontal, parietal e temporal.
· Função pouco conhecida, exceto que integra outras atividades cerebrais. Acredita-se que tenha função na memória.
SUBSTÂNCIA BRANCA DO CÉREBRO:
· Situada profundamente ao córtex cerebral.
· Constituída de dendritos, axônios e neuroglias.
· As fibras transmitem pelo interior do cérebro os impulsos elétricos para os lugares apropriados.
· Existem três tipos de tratos de fibras, que são denominadas de acordo com sua localização e a direção do impulso que elas conduzem.
· Fibras de associação: conduzem impulsos entre os neurônios no interior de um mesmo hemisfério cerebral.
· Fibras comissurais: conectam os neurônios entre um hemisfério e outros.
· Fibras de projeção: formam os tratos ascendentes e descendentes que transmitem impulsos do cérebro para outras partes do encéfalo e para a medula espinhal e vice-versa
NÚCLOS DA BASE:
· Massas pares especializadas, localizadas profundamente no interior da substancia branca do cérebro.
· O mais proeminente é o corpo estriado, formado pelos núcleos caudado e lentiforme.
· O mais superior é o núcleo caudado.
· Núcleo lentiforme: formado pelo plutâmen e pelo globo pálido.
· Claustrum: é uma camada estreita de substancia cinzenta que se encontra profundamente, próximo ao córtex cerebral do lobo insular.
· O núcleo caudado e o putame controlam as contrações involuntárias de certos músculos esqueléticos, como aqueles dos membros superiores envolvidos em movimentos involuntários do braço durante o caminhar.
· O globo pálido regula o tônus muscular.
· Alterações os núcleos da base geralmente causam uma variedade de disfunções motoras, inclusive rigidez, tremor e movimentos rápidos e incertos.
LINGUAGEM:
· Área motora da fala (área de Broca): localizada no giro inferior esquerdo do lobo frontal.
· Área de compreensão da linguagem falada e escrita (área de Wernicke): localizada no giro temporal superior e conectada diretamente com a área motora da fala por um trato de fibras chamado fascículo arqueado.
OS DOIS HEMISFÉRIOS TÊM FUNÇÕES IGUAIS OU DIFERENTES?
· Os dois hemisférios cerebrais realizam funções diferentes. Na maioria das pessoas, o hemisfério esquerdo controla habilidades analíticas e verbais, como ler e escrever e calculo matemático.
· O hemisfério direito é a sede de tipos espaciais e artísticos de inteligência.
· O corpo caloso unifica a atenção e consciência entre os dois hemisférios e permite um compartilhamento de aprendizagem e memória.
TRONCO ENCEFÁLICO:
· Estruturas de extrema importância.
· Lesões em determinadas porções do tronco encefálico são incompatíveis com a vida.
LOCALIZAÇÃO:
· Situa-se entre o diencéfalo e a medula espinhal;
· Localizado ventralmente ao cerebelo.
· Divide-se em bulbo (caudalmente), ponte (entre os dois) e mensencéfalo (cranialmente).
· Dos 12 pares de nervos cranianos existentes, 10 se conectam com o tronco encefálico.
BULBO:
· Bulbo raquidiano ou medula ablonga.
· Limite inferior: forame magno.
· Limite superior: sulco bulbopontino.
· Existem sulcos longitudinais ao longo do bulbo, que continuam com os sulcos da medula.
· De cada lado da fissura mediana anterior existem as pirâmides, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes (trato corticoespinhal) que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula.
· Na parte mais caudal do bulbo essas fibras cruzam obliquamente à fissura mediana, constituindo a decussação das pirâmides;
· A decussação das pirâmides é a responsável pela influência de um hemisfério cerebral no lado contralateral do corpo.
· Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior existe a oliva (função relacionada com a aprendizagem motora), formada por uma massa de substancia cinzenta, o núcleo olivar inferior.
· Emergem do bulbo os seguintes pares dos nervos cranianos:
. Nervo glossofaríngeo.
. Nervo vago.
. Nervo hipoglosso.
. Nervo acessório.
· O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, seus lábios se separam, contribuindo para a formação dos limites laterais do IV ventrículo (porção fechada e porção aberta do bulbo).
· Entre o sulco mediano posterior e o sulco intermédio posterior está o fascículo grácil e entre o sulco intermédio posterior e o sulco lateral posterior está o fascículo cuneiforme.
· Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas eminencias: o tubérculo do núcleo grácil e o tubérculo do núcleo cuneiforme.
· Fascículos: transmitem impulsos sensitivos de propriocepção tato epicrítico*, sensibilidade vibratória, estereognosia e etc.
· Fascículo grácil: estímulos com origem em MMII e porção inferior do tronco.
· Fascículo cuneiforme: estímulos com origem em MMSS e porção superior do tronco.
*Tato discriminativo, permite localizar e descrever as características de um objeto.
FUNÇÕES DO BULBO:
· Também conhecido como “centro vital”, o bulbo é responsável pelo controle da respiração. Ou seja, é o centro respiratório que tem por função regular o ritmo respiratório. Baseia-se na concentração de gás carbônico no sangue.
· É responsável também pelo centro cardiovascular. Regula o ritmo e a força dos batimentos cardíacos e o diâmetro dos vasos sanguíneos.
· Centro do vômito – inicia o vomito por meio de agentes químicos.
PONTE:
· Situada entre o bulbo e o mesencéfalo.
· Situada ventralmente ao cerebelo, apresenta estrias transversais em virtude de numerosos feixes de fibras transversais que convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar médio, que penetra no hemisfériocerebelar correspondente.
· Sulco basilar: percorre longitudinalmente a superfície ventral da ponte. Passa a artéria basilar.
· Dorsalmente a ponte e o bulbo se juntam e formam o assoalho do 4º ventrículo.
FUNÇÕES DA PONTE:
· Auxilia o bulbo interferindo no controle da respiração: área pneumotorácica (diminui a duração da inspiração antes que os pulmões se encham muito de ar) e área apnêustica (estimula o bulbo que ativa a inspiração).
· Centro de transmissão de impulsos para o cerebelo.
· Passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro a medula.
MESENCÉFALO:
· Situa-se entre o diencéfalo e a ponte.
· Atravessado pelo aqueduto cerebral (transporte de líquor).
· Atrás do aqueduto: tecto do mesencéfalo.
· Na frente: pedúnculos cerebrais do mesencéfalo.
· Emergem dois nervos do mesencéfalo:
. III – nervo oculomotor.
. IV – Nervo troclear.
MESENCÉFALO: CORTE TRANSVESSAL 
· Os pedúnculos se dividem em dois: tegmento e base;
· Entre os dois existe a substancia negra: neurônios dopaminérgicos que são responsáveis pela regulação do movimento.
· Tegmento: presença do núcleo rubro – neurônios que formam o trato rubro espinhal (motora).
MESENCÉFALO: REGIÃO POSTERIOR:
· Tecto do mensencéfalo: corpo quadrigêmeos.
. 2 colículos inferiores: via da audição. Centros reflexos para movimentos da cabeça e tronco em resposta a estímulos auditivos.
. 2 colículos superiores: centros reflexos que comandam os movimentos dos olhos e da cabeça em resposta a estímulos visuais.
SISTEMA VENTRICULAR DO ENCÉFALO:
· Cavidades encefálicas que se comunicam entre si;
· Local de armazenamento intraencefálico do LCR.
· Composto por um par de câmaras telencefálicas (ventrículos laterais – D e), uma câmara situada no diencéfalo (III ventrículo) e uma câmara situada entre o tronco encefálico e o cerebelo (IV ventrículo).
· Todos os ventrículos possuem plexo corióide.
PLEXOS CORIÓIDES:
· Presentes nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e no teto do III e IV ventrículos.
· Responsáveis pela formação de líquor.
CANAIS DE PASSAGEM:
· Os ventrículos se comunicam entre si por canais que permitem a passagem de LCR (liquido cefalorraquidiano).
VENTRÍCULOS LATERAIS:
· Cavidades dos hemisférios cerebrais.
· Comunicam-se com o III ventrículo pelos forames interventriculares ou forame de Monro.
· A capacidade dos ventrículos varia de indivíduo para indivíduo.
· Apresenta um corpo central e três cornos (anterior, posterior e inferior), que correspondem aos lobos frontal, occipital e temporal, respectivamente.
· Exceto o corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral têm o corpo caloso como teto.
FORAMES INTERVENTRICULARES:
· Comunicação dos ventrículos laterais com o III ventrículo.
· Também conhecido como Forame de Monro.
VENTRÍCULOS LATERAIS:
· Corno anterior, a parte medial é constituída pelo septo pelúcido, que separa o corno anterior dos dois ventrículos laterais.
 
III VENTRÍCULO:
· Cavidade do diencéfalo.
· Comunica-se com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral ou Forame de Sylvius.
· Paredes laterais constituídas pelo tálamo.
 
 
AQUEDUTO CEREBRAL:
· Comunicação do III ventrículo com o IV ventrículo.
· Também conhecido como forame de Sylvius.
 
IV VENTRÍCULO:
· Cavidade situada entre o tronco encefálico e o cerebelo.
· Assoalho: ponte + bulbo.
· Teto: cerebelo.
 
COMUNICAÇÕES DO IV VENTRÍCULO:
· Passagem do líquor do IV ventrículo para o espaço subaracnóide da medula e do encéfalo.
· As aberturas laterais (Forames de Luschka) fazem comunicação com o espaço subaracnóide do encéfalo.
· A abertura mediana (Forame de Magendie) faz a comunicação com o espaço subaracnóide da medula.
NERVOS CRANIANOS
· São 12 pares de nervos cranianos.
· Os dois primeiros pares não fazem relação com o tronco encefálico e os outros 10 pares fazem relação com o tronco encefálico.
· São periféricos porque não se encontram só no encéfalo, estão fazendo relação com o encéfalo, ou chegando ou saindo, ou os dois (existem nervos mistos).
· São chamados de nervos cranianos porque fazem alguma relação com esse crânio, mas não tem função nele.
· Fazem relação com o crânio, não necessariamente agindo na região do crânio.
· Pares porque são um de cada lado.
· Fibras aferentes (azul) > são responsáveis por levar as informações que o corpo obtém do meio externo e de seu interior até o sistema nervoso central.
· Fibras eferentes (vermelho) > são responsáveis por garantir que os impulsos do sistema nervoso central cheguem até os órgãos efetores.
· Temos três possibilidades de nervos cranianos:
. Nervos puramente sensitivos, ou seja, sua única função é ser sensitivo > fibras aferentes.
. Nervos puramente motores, ou seja, só a capacidade de motricidade > fibras eferentes.
. Nervos cranianos mistos, ou seja, realizam as duas funções. Mas não é o mesmo axônio que realiza essas funções, eles têm que ter dois pedaços: um pedaço sensitivo e um pedaço motor. Não tem como uma única fibra nervosa ser aferente e eferente.
· 1º par: olfativo > localizado no telencéfalo (faz relação) > é totalmente sensitivo (só tem fibras motoras) > tem a função de traduzir a informação do cheiro e levar ao córtex > sentir o olfato.
· 2º par: óptico > localizado no diencéfalo (faz relação) > é totalmente sensitivo > capacidade de enxergar, visão > ele capta a informação do ambiente e leva para o sistema nervoso central e para o lobo occipital, que é onde iremos ter a interpretação do que está sendo enxergado > carrega informações relacionadas a visão.
. O meu hemicampo visual direito vai ser processo no hemisfério cerebral esquerdo e o meu campo de visão esquerdo vai ser processado no hemisfério cerebral direito.
. Quiasma óptico: é uma estrutura em formato de X formada pelo encontro de dois nervos ópticos. Localiza-se na parte anterior do assoalho do III ventrículo. Recebe as fibras dos nervos ópticos, que se cruzam.
· 3º par: oculomotor > é o primeiro que faz relação com o tronco encefálico > faz relação com o mesencéfalo > tem a função de movimentar os músculos dos olhos, portanto, ele é um nervo craniano puramente motor > está saindo do sistema nervoso central em direção ao sistema nervoso periférico, mais especificamente em direção aos olhos (músculos – exceto o reto lateral e o oblíquo superior do olho) > resumindo: faz a enervação dos músculos dos olhos.
· 4º par: Toclear > é o único que sai atrás do mesencéfalo > ele é puramente motor e é o segundo par de nervos cranianos que faz relação com mesencéfalo > tem a função de fazer a enervação do musculo obliquo superior do olho.
· 5º par: Trigêmeo > é o primeiro par de nervos cranianos que é misto > o mesmo tronco tem fibras eferentes e aferentes > a maior parte dele é sensitiva > o trigêmeo tem a função de fazer toda a sensibilidade da face > divido em três partes: oftálmica, maxilar e mandibular > tudo que tem a ver com sensibilidade no nosso rosto tem a ver com o nervo craniano trigêmeo.
. Parte motora > tem a função de enervação da musculatura da mastigação > o músculo que travamos para mastigar é enervado pelo trigêmeo.
. A dor do nervo trigêmeo é conhecida como a pior dor do mundo, porque a neuralgia do trigêmeo provoca dor em toda a parte que este nervo está acometido.
. O trigêmeo não tem a capacidade de movimentação do rosto e sim de sensibilidade.
. Faz relação (localizado) com a ponte.
· 6º par: Abducente > tem a função de fazer a enervação do musculo reto lateral do olho > ele é puramente moto > ele sai da ponte (localizado/faz relação com ela) em direção aos olhos.
· 7º par: Facial > nervo craniano misto > sua parte motora tem a função de enervar todos os músculos da face > temos 22 pares de músculos no rosto e todos são enervados pelo nervo facial.
. Parte sensitiva: ele enerva a parte sensitiva de 2/3 da língua (não de movimentação) > faz relação (localizado) com a ponte.
· 8º par: Vestibulococlear> parte vestibular (vestíbulo) está no ouvido e leva do ouvido informações para o sistema nervoso central sobre o nosso equilíbrio e a parte coclear leva informações do ouvido para o sistema nervoso central do que ouvimos > está localizado dentro do ouvido > é totalmente sensitivo > as duas partes dele são sensitivas > faz relação (localizado) com a ponte.
· 9º par: Glossofaríngeo > faz relação (localizado) com o bulbo > nervo craniano misto > glosso – língua > parte sensitiva: enerva a parte do paladar que ficou faltando (1/3 posterior) da língua.
. Parte motora: vai movimentar essa musculatura da deglutição (capacidade de engolir as coisas).
· 10º par: Vago > nervo craniano misto > faz a enervação tanto da parte sensitiva quanto motora das nossas vísceras abdominais.
· 11º par: Acessório > fica mais caudal (na parte de baixo) porque ele usa algumas fibras de um nervo espinhal, que é o 1º nervo espinhal > totalmente motor > função de enervação do músculo ECOM (esternocleidomastóideo) e do músculo trapézio.
· 12º par: Hipoglosso > glosso – língua > puramente motor > tem a capacidade de fazer a movimentação da língua.
· PURAMENTE SENITIVOS: I, II, VIII.
· PURAMENTE MOTORES: III, IV, VI, XI, XII.
· MISTOS: V, VII, IX, X.
· I – RELAÇÃO COM O TELENCÉFALO.
· II – RELAÇÃO COM O DIENCÉFALO.
· III E IV – RELAÇÃO COM O MESENCÉFALO.
· V, VI, VII E VIII – RELAÇÃO COM A PONTE.
· IX, X, XI E XII – RELAÇÃO COM O BULBO.
NERVOS ESPINHAIS
· Os nervos espinhais se originam da medula espinhal, que é protegida pela coluna vertebral. A coluna é formada pelas vértebras cervicais (7), as torácicas (12), as lombares (5), o sacro e o cóccix. A maioria dos nervos espinhais saem da medula pelos forames intervebrais.
· Fazem relação com a medula espinhal, chegando ou saindo.
· Temos 32 pares de nervos espinhais.
· São os prolongamentos a partir da medula espinhal.
· Os nervos espinhais fazem parte do sistema nervoso periférico, existindo 31 pares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
· Eles realizam a comunicação do SNC aos receptores sensitivos, aos músculos e glândulas em todas as partes do corpo.
· Os nervos espinhais têm um pedaço que é sensitivo e um pedaço que é motor, então no mesmo nervo tem uma fibra indo e uma fibra voltando > as sensitivas estão partindo das extremidades para dentro (central) e as motoras estão saindo do central e indo em direção as extremidades.
· Eles são formados por dois feixes de axônios, chamados de raízes. A raiz posterior é responsável pela condução de estímulos aferentes, ou seja, elas reconhecem os estímulos de dor, calor, frio, tato, pressão e vibração da pele, dos músculos e dos órgãos internos, e os transmitem para o sistema nervoso central; ela é considerada uma raiz sensitiva.
· Já a raiz anterior ela conduz estímulos motores eferentes, ou seja, leva os estímulos do SNC para o periférico, ativando a placa motora muscular fazendo gerar movimentos musculares voluntários. Devido a essas duas raízes, o nervo espinhal é considerado misto.
· A contagem dos nervos espinhais vai ser de acordo com as vertebras > não vai ter nomes específicos para eles e sim nomes para nervos locais > exemplo: nervo ciático > é um nervo local que tem a função de já chegar em alguma região e ele enerva a região do meio do glúteo > duas raízes nervosas saem da lombar e se juntam, formando o nervo local (ciático).
· Nervo local: quando raízes nervosas se juntam.
· Os espaços entre as vertebras servem para sair as raízes nervosas > forame intervertebral (forames entre as vertebras por onde saem as raízes nervosas).
· A raiz nervosa leva o nome correspondente a vertebra.
*As vertebras sacrais se unem e formam um saco e o cóccix também é uma peça fundida de 4 vertebras pequenininhas.
· 12 vertebras torácicas > 12 nervos espinhais torácicos/ 5 vértebras lombares > 5 nervos espinhais lombares/ 5 vertebras sacrais > 5 nervos espinhais sacrais/ 1 cóccix > 1 nervo coccígeo.
· A cervical tem uma especificidade > a cervical é o primeiro conjunto de vertebras (7) logo abaixo do nosso crânio tem o C1 – atlas/ C2 – axis/ C7 – proeminente > 3 vertebras que tem nome > o atlas recebe esse nome por estar “carregando” o crânio nas cotas > entre o crânio e o atlas sai uma raiz nervosa, então por isso na cervical é considerado que tem 8 e não 7 nervos espinhais cervicais.
· Tem uma raiz nervosa espinhal a mais na cervical saindo entre o crânio e o atlas.
· Cauda equina: um ramo de nervos que se estende para baixo, a partir da parte inferior da medula espinhal, até os ossos das vertebras e pelo osso na base da espinha (sacro).
· É necessário que haja a partir desses 31 pares de nervos espinhais a junção e separação de nervos para que tenhamos a necessidade de enervar todo o organismo.
· Plexo braquial: O plexo braquial é um grupo de nervos localizados na região do pescoço (Figura 1). Esses nervos funcionam como cabos que ligam a medula espinhal e o cérebro aos membros superiores. Eles controlam os músculos do ombro, cotovelo, punho e mão, além de proporcionar sensibilidade nas extremidades. 
· Quando está próxima a medula, a parte sensitiva e a parte motora ficam separadas, porque a porção sensitiva é posterior e a motora é anterior.
· O que compõe o nervo? Os nervos são estruturas finas e esbranquiçadas constituídas por conjuntos de fibras nervosas (axônio, bainha de mielina e célula de schwann) e tecido conjuntivo, responsáveis pela transmissão de impulsos nervosos. Essas estruturas saem do encéfalo e da medula espinhal, formam diversas ramificações, alcançando todas as partes do corpo.
· As fibras se juntam e formam fascículos nervosos e os fascículos de juntam e formam o nervo.
· Epineuro: é a camada mais externa do tecido conjuntivo que rodeia um nervo periférico. É formado por tecido conjuntivo denso e irregular e normalmente contém múltiplos fascículos nervosos assim como vasos sanguíneos que irrigam o nervo. Pequenos ramos destes vasos penetram no perineuro.
· Perineuro: estrutura que permite a capacidade do fascículo de juntar todas a fibras nervosas em um lugar só.
· Endoneuro: película/camada que envolve e junta os fascículos.
· REVISANDO: o endoneuro recobre a fibra nervosa, que é composta pelo axônio, pela bainha de mielina e pela célula de schwann, vários endoneuros juntam no fascículo que é protegido pelo perineuro, e vários perineuros juntam num nervo que é protegido pelo epineuro.

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