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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Fisiopatologia em Pneumologia Professor: Filipe Pinheiro E-mail: pinheirofilipe@live.com | Instagram: @pinheirofilipe Doença pulmonar obstrutiva crônica • Resulta de enfisema, bronquite crônica ou da combinação dessas doenças; • Em geral, coexistem mais de uma dessas situações subjacentes. Epidemiologia • A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a doença pulmonar mais comum, com incidência crescente; • Essa doença nem sempre produz sintomas e pode causar apenas incapacidades mínimas; • Entretanto, a DPOC se agrava com o tempo. Causas • As causas comuns de DPOC podem incluir: • Tabagismo; • Infecções reincidentes ou crônicas do trato respiratório; • Poluição do ar; • Alergias; • Fatores familiar e hereditário, como deficiência de alfa1-antitripsina. Fisiopatologia • Fumo altera a ação ciliar e a função dos macrófagos • Causa inflamação das vias aéreas • Aumento da produção de muco • Destruição do septo alveolar e fibrose peribronquiolar • As rolhas de muco e o estreitamento das vias aéreas causam aprisionamento de ar Fisiopatologia • Na inspiração, as vias aéreas se alargam, permitindo a passagem de ar para além da obstrução • Na expiração, as vias aéreas tornam-se estreitas e o fluxo de gases é impedido • Aprisionamento do ar (ball valving) Fisiopatologia Bronquite crônica • Obstrução das vias aéreas causada por inflamação crônica das mucosas, hipertrofia das glândulas mucosas e hipersecreção de muco, associados com broncoespasmo • Tosse matinal diária e produção excessiva de muco por 3 meses em 2 anos consecutivos • Declínio do controle respiratório e retenção de CO2 • Pulso amplo e arrítmico, vasodilatação, confusão mental, cefaleia, tremor das mãos e dedos e papiledema Enfisema • O enfisema é causado por destruição progressiva dos septos alveolares e capilares, levando ao desenvolvimento de vias aéreas e espaços aéreos dilatados, à diminuição da retração elástica dos pulmões e ao aumento da colapsibilidade das vias aéreas • A hiperinsuflação resultante intensifica o fluxo de ar expiratório, mas os músculos inspiratórios trabalham em desvantagem mecânica • Deficiência de alfa1-antitripsina • Falta de ar e taquipneia em repouso, com sinais de hiperinsuflação e desnutrição, tórax em barril e magreza, uso dos músculos respiratórios acessórios e respiração frenolabial Bronquite crônica e enfisema Soprador rosado (pink puffer) e Tossidor azul (blue bloater) Sinais e sintomas • Os sinais e sintomas de DPOC podem incluir: • Redução da capacidade de realizar exercícios ou trabalhos extenuantes, em virtude da redução da reserva pulmonar; • Tosse produtiva, em razão do estímulo do reflexo pelo muco; • Dispneia aos mínimos esforços, por estreitamento das vias aéreas e aprisionamento do ar; • Infecções frequentes do trato respiratório, causadas por alteração da função ciliar e da função dos macrófagos; • Hipoxemia contínua ou intermitente, provocada por alteração do fluxo de gases; • Resultados muito alterados nos testes de função pulmonar, em decorrência dos efeitos do aprisionamento do ar, inflamação, destruição do septo alveolar e fibrose peribrônquica; • Deformidades torácicas resultantes do aprisionamento crônico de ar e do aumento do trabalho respiratório. Complicações • As complicações possíveis de DPOC incluem: • Incapacidades opressivas; • Cor pulmonale; • Insuficiência respiratória grave; • Morte. Diagnóstico • Estes exames auxiliar a diagnosticar DPOC: • Análise da gasometria arterial determina a necessidade de oxigênio por meio da indicação do grau da hipóxia, e auxiliar a prevenir narcose por dióxido de carbono; • Radiografia de tórax dá suporte ao diagnóstico subjacente; • Testes de função pulmonar auxiliam o diagnóstico da condição subjacente; • Eletrocardiograma pode mostrar arritmias compatíveis com hipoxemia. Tratamento • O tratamento da DPOC tipicamente envolve: • Broncodilatadores, a fim de aliviar o broncoespasmo e aumentar a limpeza das secreções mucociliares; • Tosse eficiente para remoção das secreções; • Drenagem postural, a fim de auxiliar a mobilização das secreções; • Baixas concentrações de oxigênio são necessárias; • Antibióticos permitem o tratamento de infecções do trato respiratório; • Cessação do tabagismo; • Aumento da ingestão de líquidos para tornar o muco delgado; • Utilização de umidificador, a fim de fluidificar as secreções.
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