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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA Instituto de Ciências da Saúde – ICS Departamento de Biomorfologia ANATOMIA HUMANA APLICADA À FONOAUDIOLOGIA (ICSA95) Diencéfalo e Nervos Cranianos Samuel Barbosa Camargo Fisioterapeuta – Universidade Católica do Salvador - UCSal Mestre em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas - UFBA Doutor em Ciências e Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – FIOCRUZ Diencéfalo O diencéfalo está situado entre o telencéfalo e o mesencéfalo. Consiste em estruturas situadas em ambos os lados do terceiro ventrículo. Dividido em: Tálamo Hipotálamo Epitálamo Subtálamo. Tálamo O tálamo é a maior massa de substância cinzenta do diencéfalo e encontra-se lateralmente ao terceiro ventrículo. Ele possui um pólo anterior e um pólo posterior, bem como superfícies superior, inferior, medial e lateral. Tálamo: Funções Sensitivas (Exceção: Olfatória) Hipotálamo: Funções Endócrinas e Autônomas Epitálamo: Ritmo Circadiano Subtálamo: Transição para o mesencéfalo, controle motor. Diencéfalo Glândula Hipófise Diencéfalo Hipotálamo O diencéfalo age como um centro primário para o processamento de informações sensoriais. A abundância de caminhos entre essas estruturas e outras partes do corpo torna o diencéfalo uma área funcionalmente diversa. Funcionalmente o hipotálamo está envolvido no controle de vários comportamentos cognitivos, principalmente devido às suas conexões com áreas anatômicas. As principais funções atribuídas ao hipotálamo incluem a regulação da alimentação e ingestão líquida, regulação da atividade sexual e reprodução entre outras. Tálamo: Funções Sensitivas (Exceção: Olfatória) Hipotálamo: Funções Endócrinas e Autônomas Epitálamo: Ritmo Circadiano Subtálamo: Transição para o mesencéfalo, controle motor. Diencéfalo Diencéfalo Controle da parte autônoma do sistema nervoso, como sede, fome, saciedade, temperatura, sono, vigília, diurese, prazer e raiva. Algumas de suas funções são a secreção de melatonina pela glândula pineal, envolvida no ritmo circadiano e a regulação emocional. Diencéfalo •Comissura Intertalâmica • Sulco Hipotalâmico •Hipotálamo •Quiasma Óptico •Glândula Hipófise •Glândula Pineal • Lâmina Terminal •Corpos Mamilares •Comissura Anterior •Comissura Posterior Vista Sagital Diencéfalo Responsável pelo ciclo circadiano - O termo circadiano do Latim "circa diem", significa "cerca de um dia“. Sabe-se que o ciclo circadiano é controlado em sua maioria nos núcleos do epitálamo e tendo também forte influência do hipotálamo, por sua vez, estão sob controle temporal por agentes sincronizadores, como a luz. O ritmo circadiano representa o período de um dia ou 24 hrs no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos. Sistema Nervoso Os nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo e exercem funções sensitivas e motoras. A função é determinada conforme as estruturas inervadas por cada par. Os 12 pares de nervos cranianos são descritos em algarismos romanos, sequência crânio-caudal e fazem conexão com o encéfalo. Sua maioria liga-se ao tronco encefálico, exceto os nervos olfatório e o óptico, que se ligam respectivamente ao telencéfalo e ao diencéfalo. Sistema Nervoso Os doze pares dos nervos cranianos surgem da parte inferior do cérebro, passam pelas aberturas do crânio e chegam às partes da cabeça, do pescoço e do tronco. Os nervos são nomeados e numerados, baseados em sua localização, desde a parte dianteira do cérebro até as costas. Nervo olfatório é o 1º nervo craniano e o nervo hipoglosso é o 12º nervo craniano. I - Nervo Olfatório O nervo olfatório é exclusivamente sensitivo e está relacionado com a condução dos impulsos olfatórios. Torna possível nossa capacidade de perceber os cheiros e aromas. As terminações desse nervo situam-se na mucosa nasal. I - Nervo Olfatório O nervo olfatório constitui com o homólogo contralateral, o primeiro (I) par de nervos cranianos. É representado por numerosos pequenos feixes nervosos que originam-se na região olfatória de cada fossa nasal, atravessam o osso etmoide e chegam no bulbo olfatório. II - Nervo Óptico Esse nervo é também sensitivo e se relaciona com os impulsos visuais e nossa capacidade de visão. O nervo óptico é o segundo dos pares cranianos, presentes no cérebro humano. Este nervo capta as informações através de cones e bastonetes presentes na retina que são estimulados pela luz sobre objetos. No quiasma óptico, cada nervo se divide e metade das fibras se cruza. II - Nervo Óptico Nervo óptico (NC II) Origina-se nas células ganglionares da retina. Os axônios dessas células atravessam o canal óptico. II - Nervo Óptico A lesão à um nervo óptico resulta em perda de visão. Diferente das outras causas de atrofia do nervo óptico, o glaucoma não apresenta sintomas perceptíveis. Para auxiliar na recuperação do nervo óptico atrofiado é recomendado fazer alguns exercícios: expor os olhos a diferentes tipos de luminosidade, incentivar a visão de longe e perto, por exemplo. III - Nervo Oculomotor Há três pares de nervos oculares, sendo os outros o nervo troclear e o nervo abducente. O nervo oculomotor, constitui com seu homólogo contralateral, o terceiro (III) par de nervos cranianos. IV - Nervo Troclear O nervo troclear constitui com o homólogo contralateral, o quarto (IV) par de nervos cranianos e um dos três pares de nervos oculomotores. V- Nervo Trigêmio É predominantemente um nervo sensitivo, porém possui também função motora. O nervo trigêmeo está relacionado com a sensibilidade da pele da face e do couro cabeludo e também é responsável por inervar os músculos que garantem a movimentação da mandíbula. V- Nervo Trigêmio O nervo trigêmeo constitui, com o homólogo contralateral, o quinto (V) par de nervos cranianos. É assim chamado por possuir três ramos: Ramo Oftálmico Ramo Maxilar Ramo Mandibular É um nervo com função mista (motora e sensitiva), porém há o predomínio de função sensitiva. V- Nervo Trigêmio O trigêmeo é o quinto nervo e está essencialmente ligado à sensibilidade da face. O ramo mandibular possui uma porção motora responsável pela inervação do músculo masseter que recebe suprimento nervoso motor do nervo trigêmeo V- Nervo Trigêmio O diagnóstico é feito com avaliações clínicas detalhadas. Dor na região do nervo lesionado. Função debilitada pela dor e pela fraqueza muscular. Maior sensibilidade da pele. Dor em pontada intermitente ou sensação de queimação. Desconforto que piora com toque, pressão ou movimento. VI Nervo Abducente Os nervos oculomotor, troclear e abducente são responsáveis pela movimentação dos olhos. O nervo abducente tem sua raiz nervosa na região da Ponte e inserção nos músculos retos laterais na região dos olhos. VII - Nervo Facial É um nervo essencialmente motor, mas também apresenta função sensitiva. Esse nervo possui fibras encontradas nos músculos da face, ajudando na formação das nossas expressões faciais. VII - Nervo Facial VIII - Nervo Vestibulococlear É um nervo sensitivo relacionado com a audição e também com o equilíbrio. IX – Nervo Glossofaríngeo Esse nervo atua na percepção do paladar e gosto no terço posterior da língua, inerva músculos que auxiliam o movimento da faringe e inerva a glândula parótida. É um nervo extremamente complexo e que se caracteriza por inervar as vísceras torácicas e grande parte das abdominais. É, sem dúvidas, um dos nervos cranianos mais importantes. X - Nervo Vago X - Nervo Vago O nervo vago é o maior nervo craniano e tem origem na parte de trás do Bulbo e sai do crânio por uma abertura chamada de forame jugular, descendo pelo pescoço e tórax até terminar no estômago. XI - Nervo Acessório É um nervo motor que inerva músculos esqueléticos, tais como os músculos trapézio e esternoclidomastóideo. XI Nervo Acessório Raiz Cranial Raiz EspinalO nervo acessório é tradicionalmente descrito como tendo raízes tanto espinhal como craniana. A raiz espinhal proveniente do segmento cervical superior da medula espinhal e a raiz craniana originária da superfície dorsolateral do bulbo. XII - Nervo Hipoglosso O nervo hipoglosso constitui o décimo-segundo (XII) par de nervos cranianos. Inerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso, considerado como o nervo motor da língua. É dividido em três porções principais: cisternal, intracanalicular e extracranial. Sistema Nervoso Sistema Nervoso PC VI. Nervo Abducente PC IV. Nervo Troclear PC III. Nervo Oculomotor http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjGmNHim7rSAhXFHZAKHf2OBCIQjRwIBw&url=http://guiadeoculos.com.br/2015/09/09/como-os-olhos-se-movem/&bvm=bv.148747831,d.Y2I&psig=AFQjCNETUAijj7JWErrvUfSES1AV9vxU_Q&ust=1488626356645808 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjGmNHim7rSAhXFHZAKHf2OBCIQjRwIBw&url=http://guiadeoculos.com.br/2015/09/09/como-os-olhos-se-movem/&bvm=bv.148747831,d.Y2I&psig=AFQjCNETUAijj7JWErrvUfSES1AV9vxU_Q&ust=1488626356645808 E a COVID-19? Uma das manifestações clínicas características da COVID-19 é a perda de olfato, a anosmia. Estima-se que cerca de 80% das pessoas infectadas apresentem alteração do olfato, que pode ser acompanhada por alteração do paladar ou disgeusia ou perda total do paladar, a ageusia E a COVID-19? E a COVID-19? O vírus SARS-CoV-2 chega aos neurônios olfativos, que são sensíveis aos odores e transmitem esses sinais ao cérebro, sendo que o dano se dá no epitélio nasal e nas células olfatórias, responsáveis por registrar os odores. E a COVID-19? samuel.camargo@ufba.br camargo.fisio2016@gmail.com @dr.samuelcamargo Obrigado
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