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IVAS, AMIGDALITE (VIRAL E BACTERIANA), FARINGITE, LARINGITE, SINUSITE

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1) Descrever: 
a. Amigdalite viral e bacteriana 
 
-BACTERIANA: uma das infecções mais comuns na atenção primária. Streptococcus 
do grupo A beta hemolítico (SGABH) é o agente etiológico mais comum, cerca de 15 a 
30%. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO: autolimitados, em infecções por 
SGABH o tratamento com antimicrobianos é mais eficiente. Há possibilidade de 
complicações supurativas e não supurativas, como febre reumática e glomerulonefrite 
aguda. Dor súbita na garganta, disfagia e febre. Pode ocorrer principalmente em crianças, 
cefaleia, náusea, vomito e dor abdominal. Exame físico, mucosa amigdalo-faríngea 
eritematosa com ou sem exsudato e linfadenite, linfonodos cervicais anteriores sensíveis 
e hipertrofiados. 
A principal dúvida para o diagnóstico é saber se trata-se de uma infecção viral ou 
bacteriana, e por isso, receita-se antibiótico para 60% das amigdalites. Úvula eritematosa, 
petéquias no palato duro, erupção cutânea escarlitiniforme também podem ser 
encontrados. O diagnóstico clínico é difícil, mas quando há presença de adenomegalia 
não-dolorosa conjuntivite, tosse, coriza, estomatite, conjuntivite, diarreia, rouquidão e 
lesões ulcerativas orofaríngeas há fortes indícios de se tratar de amigdalite viral. A 
amigdalite estreptocócica apresenta como sinais e sintomas geralmente, odinofagia súbita 
e febre maior de 38ºC, pode ocorrer ainda dor abdominal, cefaleias, náuseas e vômitos. 
Inflamação de orofaringe, exsudatos amigdalinos e petéquias no palato e faringe 
posterior. Exantema escarlitiniforme é forte indicio de infecção bacteriana por 
streptoccocus. 
LABORATORIAL: neutrofilia, linfopenia, leucocitose, PCR elevada, cultura de 
orofaringe (padrão ouro) necessários para diagnóstico de infecção bacteriana. A cultura 
de orofaringe demanda tempo, sendo seu principal empecilho, visto riscos de 
agravamento da patologia. Há possiblidade de teste rápido (TRDA), porém, apesar de alta 
especificidade, possuem baixa sensibilidade. Imunoabsorção enzimática ou imunoensaios 
ópticos, ou ensaio de quimioluminescência de DNA são mais recentes e apresentam 
melhor sensibilidade do que ensaios por aglutinação de látex. Em crianças se TRDA der 
negativo deve-se repetir exame em 48h. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: mononucleose infecciosa, pelo vírus Epstein-Barr, 
pacientes entre 10 e 30 anos que relatam dor na garganta e fadiga, única placa purulente 
e branca na amigdala (véu de noiva), surge após dias de febre elevada. Podem ocorrer 
ainda adenopatia cervical posterior e linfocitose atípica. 
Complicações: supurativas como abscessos, pouco comum. Não supurativa, febre 
reumática quando há SGABH (fisiopatologia, resposta autoimune à infecção de 
Streptococcus do grupo A beta hemolítico (streptococcus pyogenes). Graus de inflamação 
nas articulações e do coração, poliartrite e regurgitação valvar. 
TRATAMENTO: Penincilinas, amoxicilina ou cefalosporinas 1ª geração (cefadroxil ou 
cefalexina) para não alérgicos, por no mínimo 10 dias. 
*Penincilina: 250mg 4x/dia ou 500mg 2x/dia. 
*Amoxicilina: 50mg/kg/dia, máximo 1.000mg. 
Para pacientes com amigdalite recidiva ou com pouca probabilidade de cumprir um ciclo 
completo de 10 dias, utiliza-se Dose única de Penincilina Benzatina G IM. 
*Penincilina Benzatina G IM: Doses: < 27Kg: 600.000 U, IM, dose única 
 > 27Kg: 1.200.000 U, IM, dose única. 
Alergias a penincilina: 
*em pacientes sem histórico de anafilaxia, ou sensibilidade cruzada, indica-se 
Cefalosporina 1ª geração, como a Cefalexina 50mg/kg/dia ou Cefadroxil 30mg/kg/dia. 
*Em caso de histórico de anafilaxia ou sensibilidade cruzada, utiliza-se Azitromicina 10 
a 20 mg/kg/dia por 5 dias ou Claritromicina 15mg/kg/dia. 
 
 
-VIRAL: inflamação aguda das amigdalas faríngeas, comum na área pediátrica, 
representando 5% das ocorrências na área da saúde. Atingem 75% das faringoamigdalites 
agudas. São frequentes na adolescência. Vírus são os agentes etiológicos mais presentes, 
como adenovírus, enterovírus, influenza, EBV, CMV e HSV. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: conjuntivite, coriza, tosse, rouquidão, estomatite anterior, 
ulceras, exantema, diarreia, sendo geralmente benigna e autolimitada. Sensação de 
dificuldade respiratória, adinamia (grande fraqueza muscular), inapetência (ausência de 
apetite), sialorreia, febre, manifestações nasais e otalgia. Ao exame clínico observa-se 
hiperemia difusa da mucosa da orofaringe, edema, granulações linfóides e adenopatia 
inflamatória cervical. Em raros casos, pode ocorrer diarreia, desidratação e exantema. 
TRATAMENTO: anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos, para alívio de dor, febre 
e outras manifestações. 
 
 
Indicação cirúrgica: 
-Amigdalites de repetição: não há consenso sobre a indicação de amigdalectomia. Sçao 
critérios: 
 
 
 
Cada episódio deve apresentar: temperatura oral igual ou maior que 38,3ºC, 
linfadenomegalia cervical maior que 2cm, exsudato, cultura de secreção faríngea positiva 
para streptococcus beta-hemolítico do grupo A, uso de antibiótico com cobertura para 
este patógeno. 
Avaliar a gravidade, presença de odinofagia, estado geral, duração, prejuízos como faltas 
escolares e no trabalho. 
Se há abscesso periamigdaliano, indicação formal de amigdalectomia, porém, em 
pacientes em primeira ocorrência sem histórico de amigdalites de repetição, indicação 
conduta expectante. 
Febre reumática, profilaxia, alguns médicos indicam amigdalectomia como profilaxia. 
Em suspeita de malignidade, aumento do volume unilateral. 
Amigdalite crônica, halitose, considerar severidade, alteração na qualidade de vida. 
Portadores crônicos de Streptococcus pyogenes, quando na família houver casos de febre 
reumática, infecções de repetição, histórico de glomerulonefrite. Antibiótico devem ser 
utilizados como primeira opção do tratamento. 
 
b. Sinusite 
Rinossinusite. 
Inflamação dos seios paranasais, cavidades aéreas formadas na embriogênese por 
saliências e depressões na capsula cartilaginosa que circunda a cavidade nasal. No 
decorrer do desenvolvimento embrionário, essas depressões são revestidas pro epitélio 
respiratório ciliado e invadem ossos 
faciais circundantes a fim de construir os 
seios nasais principais. Por meio de óstios 
há comunicação com a cavidade nasal. Se 
localizam nos ossos frontal, etmoidal, 
maxilar e esfenoidal. Os seios frontais 
drenam para o meato médio da cavidade 
nasal. Os etmoidais são 3 a 15 células 
aéreas em casa lado do etmoide com 
trajeto individual até a cavidade nasal. 
Os seios etmoidal anterior, frontal e maxilar 
drenam na cavidade nasal por uma passagem 
estreita conhecida como complexo 
ostiomeatal. Falhas do seio etmoidal anterior 
podem obstruir o complexo ostiomeatal e 
causar doença secundária dos seios frontais ou 
maxilares. Os seios maxilares estão abaixo da 
órbita óssea e acima do palato duro, enquanto 
seus orifícios estão acima e em posição medial 
ao seio, uma localização que impede a 
drenagem. Os seios esfenoidais estão um 
pouco à frente da fossa hipofisária, atrás dos 
seios etmoidais posteriores, com seus orifícios 
drenando para o recesso esfenoetmoidal no 
alto da cavidade nasal. 
 
Cada seio é revestido por mucosa das vias 
nasais. Mecanismo mucociliar ajuda na 
limpeza das regiões, mantendo 
esterilidade junto a mecanismos imunes 
inatos e adaptativos. Por ser uma região 
com baixa concentração de oxigênio, há 
maior probabilidade de proliferação de 
microrganismos, além de alterar as defesas 
locais e alterar a funcionalidade das 
células imunes. 
 
 
 
Etiologia e patogênese 
Causas comuns, distúrbios que obstruem os óstios que drenam para os seios paranasais. 
Ocorre quando há infecção viral das vias aéreas superiores ou rinite alérgica, que gera 
inflamação da mucosa, essa obstrução interfere na drenagem mucociliar dos seios. 
Pólipos nasais podem auxiliar no processo obstrutivoe infeccioso. Barotrauma, diminui 
a ventilação dos seios e a eliminação das secreções, esse processo ocorre também com 
uso abusivo de descongestionantes e após mergulho/natação. 
-Aguda: viral, bacteriana ou mista, dura até 4 semanas. Bacteriana ocasionada geralmente 
por Haemophilus influenzae ou Streptococcus pneumoniae. 
-Crônica: maior que 12 semanas, associada a infecção bacteriana anaeróbica ou fúngica. 
No caso crônico, em decorrência de rinossinusite e otite média com derrame tem acúmulo 
de Pseudomonas aeruginosa, gerando um biofilme (Os biofilmes microbianos se 
desenvolvem quando os microrganismos aderem irreversivelmente a uma superfície 
submersa e produzem polímeros extracelulares, que facilitam a adesão e promovem a 
estrutura da matriz) que reforça a hipótese de que sinais e sintomas neste caso são 
ocasionados pela inflamação crônica. 
 
 
 
 
Manifestações clínicas 
Difícil diferenciar rinossinusite viral aguda de resfriado comum e renite alérgica. Há dor 
facial, cefaleia, secreção nasal purulenta, redução de olfato e febre. Resfriado precedente, 
dor ao abaixar a cabeça, dor maxilar unilateral, dor nos dentes quando há infecção de 
seios maxilares. A infecção viral aguda apresenta esses sinais e sintomas por 5 a 7 dias. 
A bacteriana, há piora de sinais e sintomas após 5 a 7 dias, ou permanecem por mais de 
10 dias. 
Geralmente há infecção abrange mais de um seio porque inicialmente a patologia abrange 
o complexo ostiomeatal (90%) 
Quando há quadro crônico, sensação de pressão nos seios paranasais, junto a congestão 
nasal pode permanecer por anos, cefaleia constante e difusa, episódios agudos de 
rinossinusite, anormalidades da mucosa irreversíveis. 
Ordem de importância de (1) dor: nasal, facial, cefaleia, com pior pela manhã. 
Quando há acometimento do seio etmoidal apresenta-se dor na região medial do nariz e 
retroorbitária. Na esfenoidal, dor no vértex, bitemporal, retrorbitária podendo irradiar 
para pescoço e ombros. Seio maxilar, odontalgia. 
(2) Febre: 50% dos casos agudos. 
(3) Obstrução nasal e rinorreia: secreção verde-amarelada, unilateral ou bilateral (não 
indica necessariamente infecção bacteriana). 
(4) Outros: halitose, anosmia e rinorreia com tosse. 
Se há histórico de IVAS, geralmente ocorre rinossinusite bilateral, com febre, astenia e 
letargia. 
Exame físico: secreção purulenta em meato médio (secundária a rinossinusite maxilar, 
etmoidal ou frontal). Pus em meato superior, indica rinossinusite etmoidal posterior ou 
esfenoidal. Dor a palpação: seios paranasais sensíveis e palpação. 
No curso de uma infecção viral de vias aéreas superiores, devemos suspeitar de uma 
infecção bacteriana sinusal quando a sintomatologia de um resfriado comum persistir por 
mais de sete a dez dias sem evidência de melhora, ou quando houver piora dos sintomas 
após o quinto dia, caracterizada por rinorréia purulenta abundante e obstrução nasal de 
início súbito, podendo haver associação com edema periorbitário ou dor facial. 
 
Diagnóstico e tratamento 
Sinais e sintomas, exame físico, por inspeção de nariz e garganta. Diferenciar a cefaeia 
de casos comuns, tossir, baixar cabeça ou espirrar geralmente piora a cefaleia de sinusite. 
Imagens de RX ou TC podem auxiliar, TC principalmente em casos crônicos e 
complicações. 
Tratamento, uso de antibióticos, mucolíticos e medidas para diminuir sintomas e sinais. 
66% infectados por bactérias apresentam remissão das doenças sob uso de antibióticos, 
administrados em ciclos, podendo durar até 4 semanas. 
 
Irrigação nasal mecânica e glicocorticoides intranasais também podem ser administrados. 
-Descongestionadores por 3 a 5 dias (evitar vasodilatação) para descongestionar os seios 
nasais. 
* Cloridrato de oximetazolina: solução a 0,05% - 2 ou 3 atomizações em cada narina, 
de 12 em 12 horas. Com a cabeça elevada, coloque a ponta do frasco em cada narina sem 
fechá-la completamente. 
-ATURGYL solução a 0,05% - 2 ou 3 atomizações em cada narina, de 12 
em 12 horas. Com a cabeça elevada, coloque a ponta do frasco em cada narina 
sem fechá-la completamente. 
-AFRIN: Para adultos e crianças com idade acima de 6 anos: solução a 
0,05% – 2 ou 3 atomizações em cada narina, de 12 em 12 horas. Com a cabeça 
elevada, coloque a ponta do frasco em cada narina sem fechá-la completamente. 
*Nitrato de Nafazolina Aplicar 1-2 mL de cada vez, várias vezes por dia. Como 
complemento à anestesia local, em anestesia superficial da mucosa. Misturar 2-4 gotas da 
solução com 1 mL de anestésico local. 
-SORINE: Gotejar 2 a 4 gotas em cada narina, 4 a 6 vezes ao dia. Uso 
adulto destina-se ao uso tópico nasal, sendo contraindicado seu uso em 
inaloterapia. O intervalo de tempo entre as administrações não deve ser menor do 
que 3 horas. 
 Descongestionantes orais (ex.: cloridrato de fenilefrina) também podem 
ser utilizados, sendo geralmente disponíveis em apresentações que associam anti-
histamínicos orais, pois estes ajudam a diminuir a tosse associada ao quadro 
gripal. 
-Anti-histamínicos não é recomendado pelo processo de ressecamento. 
Quando há infecção viral há melhora após 7 dias. 
-Mucolíticos: 
*Guaifenesiana para lubrificar as secreções. Corticoides para reduzir 
inflamação alérgica. 
 * > maiores de 12 anos: 15mL (200mg) a cada 4 horas. 
Crianças de 6 a 12 anos: 7,5mL (100mg) a cada 4 horas. 
Crianças de 2 a 6 anos: 5mL (66,7mg) a cada 4 horas. 
 
Medidas não farmacológicas: 
-Spray nasal se SF, irrigação nasal e umidificação a vapor. 
 Spray nasal Mometasona (NANOSNEX): 2 acionamentos (50 
mcg/acionamento) em cada narina duas vezes por dia (dose total de 400 mcg). Se 
os sintomas não forem adequadamente controlados, a dose poderá ser aumentada 
para 4 acionamentos (50 mcg/acionamento) em cada fossa nasal duas vezes por 
dia (dose total de 800 mcg). 
 Solução Salina: Para fazer uma lavagem efetiva, colocar a solução na mão e 
aspirar pela narina até a solução atingir a cavidade oral, uma narina de cada vez. 
Repetir o procedimento várias vezes ao dia. 
-Fitoterápicos: 
 * Pelargonium sidoides Extrato EPs 7630., Kaloba: Adultos e crianças maiores 
de 12 anos: 30 gotas, três vezes ao dia. Crianças com idade entre 6 e 12 anos: 20 gotas, 
três vezes ao dia. 
 
A intervenção cirúrgica com o objetivo de corrigir obstruções dos orifícios ostiomeatais 
pode estar indicada para pacientes com rinossinusite crônica resistente aos outros tipos 
de tratamento. As indicações para intervenção cirúrgica são pólipos e deformidades nasais 
que causem obstrução. 
 
Desobstruir o seio e restabelecer a drenagem é tão importante quanto erradicar o agente 
etiológico, além da irrigação nasal, fazer uso de solução salina, por aspiração até atingir 
a cavidade oral. 
 
-ANTIBIOTICOTERAPIA: a escolha do antibiótico deve refletir a prevalência de 
organismos produtores de B-lactamase. Amoxicilina é adequada onde a presença destes 
microrganismos é baixa, que é o caso do Brasil. Se não houver melhora do quadro clínico 
em 4 a 5 dias, recomenda-se o uso de outros antibióticos de segunda opção, como 
amoxicilina com clavulanato de potássio, cefuroxima axetil ou cefprozil. 
 
 *AMOXICILINA: 250 mg 3X/dia, podendo ser aumentada para 500 mg 
três vezes ao dia nas infecções mais graves. 
 *AMOXICILINA COM CLAVULANATO: 1 comprimido revestido de 
500 mg, 3 x/dia por 5 a 10 dias de tratamento. 
 *CEFUROXIMA AXETIL: adultos: 250mg (5ml), 1 sachê de 250mg 
2x/dia (12/12h). 
Crianças: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complicações 
Intracranianas referidas na parede orbitária, pela 
proximidade dos seios paranasais. As complicações 
intracranianas são mais comuns com as infecções dos 
seios frontais e etmoidais, em vista de sua proximidade da 
dura-máter e da drenagem das veias do seio frontal para o 
seio dural. As orbitárias podem ocorrer edemas de 
pálpebras e celulite orbitária com abscesso subperiosteal.Edema facial, movimentos 
extraoculares anormais, protrusão do bulbo ocular, e alterações no estado mental podem 
ocorrer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. Otite 
Otite externa 
Inflamação, com níveis variáveis de gravidade. Pode ocorrer por infecção, irritação ou 
reações alérgicas. Prevalente em condições úmidas e secas, incidência máxima em 
crianças de 7 a 12 anos. 
 
-FISIOPATOLOGIA: Infecção bacteriana é a principal etiologia da otite externa. São 
fatores predisponentes, natação, traumatismo do meato acústico (na limpeza ou coceira), 
acúmulo de cerume, uso de prótese auditiva e alergias. Bacilos Gram-Negativos, 
Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp.), são agentes mais comuns assim com fungos 
Aspergillus, que necessitam de ambiente úmido. 
 
-MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: geralmente ocorre no verão, há prurido, vermelhidão, 
sensibilidade, secreção, deficiência auditiva e estreitamento do meato acústico pelo 
edema. A secreção pode ter aspecto aquoso ou purulenta. Pelo processo inflamatório, há 
dor na movimentação. Pode haver perda auditiva intermitente. 
 
-TRATAMENTO: uso e gotas otológicas com agente antimicrobiano ou antifúngico 
adequado. Em infecções bacterianas, uso de solução corticosteroide junto ao agente 
antimicrobiano. Vinagre branco pode ser utilizado se não há ruptura de membrana. 
Orientar quanto ao uso de tampões auriculares para diminuir umidificação, evitar coçar 
com objetos com ponta. Cuidados com recorrência, principalmente em praticantes de 
natação. 
 
Otite média 
Relacionado com inflamação, provocada por bactérias 
(habitualmente) e vírus. Ocorre de início abrupto com sinais e 
sintomas vinculados ao processo inflamatório. Otite media com 
derrame, há líquido na orelha média, sem sinais e sintomas de 
processo infeccioso, pode se desenvolver por causa de alterações 
no funcionamento da tuba auditiva, ou por IVAS. 
 
-FISIOPATOLOGIA: refluxo de líquido e junto bactérias da 
nasofaringe pela tuba auditiva para a orelha media. Crianças que 
passam muito tempo em decúbito dorsal, possuem mais 
probabilidade de desenvolver pela questão do refluxo pela tuba 
auditiva. A orelha média é revestida em continuidade com a tuba auditiva e a nasofaringe, 
por isso, a tuba é porta de entrada para patógenos. Vírus sincicial e influenza, são os 
principais responsáveis pela incidência de OM no fim de inverno e começo de primavera. 
Eles infectam a mucosa individualmente ou em conjunto com bactérias, sendo que as 
bactérias se proliferam no líquido da orelha média. Geralmente se desenvolvem após 
IVAS, como ocorre nas amigdalites bacterianas, em que há proliferação através da tuba 
de Eustáquio. Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella 
catarrhalis e Streptococcus pyogenes (estreptococos do grupo A) são as bactérias mais 
comumente responsáveis pelo desenvolvimento de otite média aguda. 
 
-FATORES DE RISCO: 
principalmente em crianças, de 3 
meses a 3 anos. Tabagismo em 
domicílio é fator de risco, como 
prematuridade, rotina em creches, 
alimentação com fórmula infantil por 
mamadeira, amamentação em 
decúbito dorsal, sobrepeso, histórico 
família de OM, sexo masculino, 
portadores de anomalias ou 
síndromes craniofaciais. Alterações estruturais 
que contribuem para a patologia, tuba auditiva mais curta, horizontal, e mais larga, em 
crianças pequenas. 
-MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: otalgia, IVAS, hipoacúsia, Febre maior que 39C, 
Irritação, otorreia. Crianças com mais de 3 anos de idade podem apresentar rinorreia ou 
coriza, vômitos e diarreia. Em contraste, crianças com menos de 3 anos muitas vezes 
apresentam sinais e sintomas inespecíficos que se manifestam como um puxão na orelha, 
irritabilidade, despertar noturno e problemas para se alimentar. A dor na orelha aumenta 
à medida que o derrame se acumula atrás da membrana timpânica. A perfuração da 
membrana timpânica pode ocorrer de maneira aguda, tornando possível ao material 
purulento na tuba auditiva ser drenado para o meato acústico externo. Isso possivelmente 
impede a disseminação da infecção no osso temporal ou na cavidade intracraniana. 
Fibrose da membrana timpânica, em geral, acompanha a resolução da infecção da orelha 
média. 
No caso da OM por Derrame, (OMD), que ocorre de 3 semanas a 3 meses, paciente 
pode estar afebril e assintomático, porém, pode ocorrer, queixa de otalgia intermitente, 
sensação de orelha entupida, perda auditiva, tonteira, diminuição da membrana timpânica, 
nível hidroaéreo com ou sem bolhas. 
-DIAGNÓSTICO: história clínica, otoscopia com hiperemia, edema, membrana 
timpânica abaulada para o canal auditivo externo, por causa do acúmulo de líquido no 
ouvido médio, além de amarelada e espessa. Tímpano encontra-se imóvel. 
OMA sem otorreia e OMD apresenta sina otoscópico com 
derrame na orelha média com duas ou três alterações: 
•Membrana timpânica esbranquiçada ou amarelada (tanto na 
OMA ou na OMD) 
•Membrana timpânica castanho-amarelada (geralmente na 
OMD) 
•Opacificação da membrana timpânica por outro processo que 
não seja fibrose (OMA ou OMD) 
•Diminuição ou ausência de motilidade da membrana timpânica 
(OMA ou OMD). 
No caso da OMA, deve haver sinais e sintomas agudos, inflamação 
com eritema de membrana e dor. Além de OMD confirmada, por 
protrusão, alteração na motilidade, e nível hidroaéreo posterior a 
membrana. Eritema unicamente, não é diagnostico de OMA. 
Na OMD, membrana está turva e com motilidade alterada, com presença ou não de bolha. 
Otoscopia pneumática deve ser realizada, que viabiliza a introdução de ar no meato 
acústico, com a finalidade de determinar a mobilidade da membrana timpânica. 
Timpanometria também pode ser utilizado pra fazer diagnóstico, verificando pressão 
negativa na membrana. 
Otalgia piora com deglutição e ao assoar nariz. Sensação de plenitude auricular e ruídos 
subjetivos. Pulsações auriculares vinculadas ao batimento cardíaco (Sinal de Scheibe), 
parecido com epiema. Pode haver microperfuração pulsátil com diminuição de dor com 
a redução da pressão. 
 
-TRATAMENTO: no caso de OM por derrame, não há indicação de antimicrobianos. No 
caso do OMD há resolução espontânea, porém, quando há recorrência, há presença de 
líquido na orelha média, diminuindo a motilidade da membrana timpânica, se tornando 
barreira pra condução sonora. 
Pode ser realizada uma timpanocentese (perfuração da membrana timpânica com uma 
agulha) para aliviar a dor causada pelo derrame ou para obter uma amostra de líquido da 
orelha média para realização de cultura e teste de sensibilidade. É realizado com a 
inserção de uma agulha através da parte inferior da membrana timpânica. O procedimento 
raramente é tentado e só é útil em paciente imunocomprometido ou toxêmico ou na 
vigência de infecção resistente. Se houver indicação para timpanocentese, deve ser feito 
encaminhamento para otorrinolaringologista. Se a pessoa foi submetida a cirurgia para 
colocação de tubos de timpanostomia, também denominados tubos de equalização de 
pressão (TEP), o material drenado pelo meato acústico externo deve ser coletado e 
cultivado para determinar o agente causal da infecção. 
Otorrinolaringologista pode realizar miringotomia para alívio da pressão timpânica 
quando sente dor intensa. Analgésicos como paracetamol, ibuprofeno podem ser 
utilizados. 
Há duas abordagens para uso de antimicrobianos, observar evolução por 48 a 72h sem 
uso de medicação nos casos de OMA sem complicação. Pode haver resistência bacteriana 
ao uso excessivo de antimicrobianos. Essa escolha pode ser empregada em crianças 
saudáveis de 6 meses a 2 anos, em relação a gravidade e certeza do diagnóstico. Outra 
conduta for somente observação deve-se proporcionar ao paciente fácil meio de 
comunicação e acompanhamento médico se necessário. Se não houver melhor em até 72, 
deve-se ocorrer nova consulta. 
Se houve indicação de uso de antimicrobiano, sem melhora, deve-se trocaro 
medicamento. 
No caso do OMD, verificar possíveis danos já que não há indicação de 
descongestionantes, antibióticos e esteroides nasais. Encaminhar para 
otorrinolaringologista após 4 meses ou mais de OMD. 
Crianças com otite recorrente, descartar variantes autonômicas, como hipertrofia de adenoides, 
alergias e problemas imunológicos. Pode haver indicação de cirurgia, como timpanostomia 
(inserção de tubos, 1ª escolha) e adenoidectomia, caso derram persista por mais de 4 meses e ter 
perda auditiva. 
Antibioticoterapia: 
 *Amoxicilina, VO, por 10 dias. Crianças: 125mg, 3x/dia (8/8h), 
aumentando para 250mg se infecção for grave. Adultos: 250mg, 3x/dia (8/8h) podendo 
aumentar em até 500mg a dose. Deve haver remissão de febre em até 72h. Caso não haja: 
 *Amoxicilina +Clavulanato: Crianças: 30mg/kg de 8/8h, diminuindo a 
6/6h em casos graves. Adultos: 1,2g de 8/8h, diminuindo a 6/6h em gravidade. 
 -CASOS GRAVES (otalgia severa e febre ≥ 39°C): 
* Cloranfenicol: Crianças: 25 a 50mg/kg/dia, NUNCA em casos leves. 
Adultos: 50mg/kg/dia, Máx.: 4g/dia. 
A antibioticoterapia intravenosa deve ser introduzida nos casos de complicações de OMA 
e em crianças com diarreia e vômitos, sendo a ceftriaxona uma opção. No recém-nascido 
deve ser introduzida amoxicilina associada a um aminoglicosídeo (gentamicina), devido 
à possibilidade de infecção no canal do parto. 
 * Ceftriaxona: acima de 12 anos, 1 a 2g/dia, Dose única. Crianças 
menores de 12 anos: (15 dias até 12 anos): Dose única diária de 20-80 mg/kg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-MEDIDAS PROTETIVAS: vacinação contra pneumococos (PCV13), eliminar 
tabagismo, aleitamento até 6 meses, evitar alimentação em decúbito dorsal, utilizar Xilitol 
(O xilitol administrado como goma de mascar, pastilhas, ou xarope, pode reduzir a 
ocorrência de OMA de 30% para 22% em crianças saudáveis sem infecções respiratórias 
agudas). 
Complicações da otite média. As complicações de uma OM incluem perda de audição, 
OM adesiva, colesteatoma, mastoidite e complicações intracranianas, como meningite 
otológica. 
 
d. Mononucleose 
 
Linfocitose absoluta causada por uma população heterogênea de células linfoides 
pequenas e maiores, inclusive linfócitos atípicos, é característica do distúrbio provocado 
pelo vírus Epstein-Barr. Doença lipoproliferativa autoimune, 85% causada pelo vírus 
Epstein-Barr (EBV) (família da herpes vírus), restante causada por citomegalovírus 
(CMV). De 35% a 50% das infecções por EBV desenvolvem mononucleose, 
principalmente adolescentes e adultos. 
-MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: insidiosa. 
Incubação pode pendurar por até 8 semanas, 
quando inicia período prodrômico, com: mal-estar, 
anorexia, cansaço e calafrios, que procede o início 
de febre (39,5 fim de tarde e noite), faringite e 
linfadenopatia (generalizada em região cervical, 
axilar e inguinal). As vezes causa febre alta. 
Faringite grave pelo 5 a 7º dia, é sintoma que leva 
a procura de atendimento médico. Petéquias no 
palato, podem ser encontradas. Erupção 
maculopapular generalizada em até 15% dos 
indivíduos, geralmente após tratamento com 
antibióticos betalactâmicos. 
-COMPLICAÇÕES: esplenomegalia, com ruptura esplênica em menos de 0,5% dos 
casos. Pode evoluir a hepatite com náuseas, anorexia e icterícia. Porém, a mononucleose 
evolui a cura sem provocar lesão hepática permanente. Miocardite, obstrução de vias 
aéreas superiores e anemia hemolítica podem ocorrer. 
-LABORATORIAIS: de sangue, monoteste e sorologia. Monoteste, pesquisa-se 
anticorpos heterofils (patognomônicos de EBV), esses anticorpos demoram um certo 
tempo provocando falso-negativo de início. Há elevação de IgM e IgG. 
-TRATAMENTO: repouso, analgésicos, somático e de suporte. AINES e Acetaminofeno 
podem ser indicados para diminuir dor e febre. Corticosteroides para complicações. 
 *Paracetamol (acetaminofeno): Crianças 10 aa 15mg/kg dose, de 4 a 6h, 
máx. 5 doses por dia. Adultos: 5 cp 750 mg/dia, não excedendo 1g por dose, a cada 4 ou 
6h, não exceder 4g dia. 
e. Escarlatina 
Infecção causada pelo Streptococcus beta-hemolítico grupo A (pyogenes), produtor de 
exotoxinas eritrogênicas. Transmissão por contato de secreções respiratórias, sendo que 
paciente se torna não contagioso após 24h da implantação de antibioticoterapia. 
-MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: quadro de pele, febre alta, vômitos, cefaleia e faringite. 
Após incubação de dois dias, há exantema eritematoso (lixa), inicia-se no tronco, 
expandindo-se rapidamente. Sinal de Filatov (região perioral pálida). Língua, primeiros 
dois dias, camada branca e papilas avermelhadas e edemaciadas, após três dias, 
descamação da camada branca já avermelhada (língua em framboesa). Exantema em 
dobras com hiperpigmentação, Sinal de Pastia. 
Exantema (constituído por pequenas manchas do tamanho de uma cabeça de alfinete, cor 
vermelho vivo e que são mais intensas na face, axilas e virilhas), Faringotonsilite e febre 
apresentam remissão após uma semana, iniciando então descamação fina primeiramente 
pela face e pescoço, estendendo-se por até três semanas. 
-COMPLICAÇÕES: agudas, otite, sinusite, laringite e meningite. Tardia: 
glomerulonefrite e febre reumática. 
-DIAGNÓSTICO: associação de febre, inflamação da garganta e erupção puntiforme de 
cor vermelho vivo e de distribuição típica. Se faz necessário o afastamento da criança da 
escola. Além de ser necessário a criança estar em casa por uma questão de comodidade, 
devido a febre, dor de garganta e prostração, a doença tem um contágio fácil, o que obriga 
o afastamento escolar para proteção das outras crianças. Diversas entidades médicas 
recomendam atualmente que o diagnóstico de faringotonsilite em pacientes com suspeita 
clinicoepidemiológica de infecção pelo EBHA seja confirmado por meio de técnicas 
microbiológicas. Recentemente, a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas lançou 
uma atualização da sua orientação de conduta para diagnóstico e tratamento de faringite 
estreptocócica do grupo A, em que se reforça o uso do teste rápido e/ou da cultura de 
secreção de orofaringe para o correto diagnóstico etiológico da faringotonsilite 
estreptocócica. 
-TRATAMENTO: semelhante ao da faringotonsilite estreptocócica. Indica-se Penicilina 
(elimina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, previne a febre reumática 
e diminui a possibilidade de aparecimento de glomerulonefrite). Utiliza-se Eritromicina 
em alérgicos a Penicilina. 
 *Penicilina: crianças até 27 kg, dose única de 300.000 a 600.000 
UI; crianças acima de 27 kg, dose única 900.000 UI e para adultos dose única de 
1.200.000UI; 
 *Eritromicina: Crianças: 0 a 50 mg/kg/dia, em doses divididas, 
por um período de 10 a 14 dias. Adultos: 250mg, 4x/dia por 7 dias. 
 
 
 
f. Laringite 
A laringite viral ocorre em 85% dos casos de laringite. É a inflamação da porção 
subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. Atinge 
geralmente as crianças de 6 meses a 6 anos de idade, com pico aos 2 anos. 
Inflamação laríngea que implica uma resposta local a dano tecidual, caracterizado por 
dilatação capilar e infiltração leucocitária. Doenças agudas da laringe são, com 
frequência, precedidas por infecção no trato respiratório superior. Nas crianças, devido 
ao tamanho reduzido da via aérea e da cartilagem aritenóide, grau de edema de mucosa e 
exsudato formado, a evolução da doença costuma ser bem mais rápida. Doenças agudas 
da laringe são, com frequência, precedidas por infecção no trato respiratório superior. Na 
avaliação de pacientes com afecção laríngea, é obrigatório um exame detalhado das 
estruturas da cabeça e pescoço, incluindo visualização da laringe e ausculta pulmonar. 
Sob forma aguda pode ocorrer Epiglotite pediátrica, Laringotraqueíte Aguda (Crupe), 
Traqueíte Bacteriana, Difteria e Coqueluche. Formas crônicas: tuberculose, sífilis e 
hanseníase.Fúngicas: Histoplasmose, Paracoccidioidomicose (Blastomicose Sul-
Americana), Candidíase. Protozoários: Leishmaniose. 
 
-MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: inicialmente coriza, congestão nasal, espirros com ou 
sem febre. Depois evolui para tosse, estridor, rouquidão e, em casos graves, aumento da 
frequência cardíaca, insuficiência respiratória, com taquipneia, retrações claviculares, 
esternais e do diafragma, batimento das asas do nariz. A forma aguda, até 7 dias, com 
febre, alteração de vias aéreas superiores, comum na infância. 
 
-FISIOPATOLOGIA: os vírus mais frequentes são o parainfluenza I e II e o VRS. 
Outros: vírus influenza A, adenovírus e vírus do sarampo. A infecção bacteriana ocorre 
por invasão direta ou por contiguidade de infecção de faringe. Há tropismo do epitélio 
laríngeo, a resposta inflamatória local causa edema, congestão vascular, obstruindo vias 
aéreas. Há espasmos muscular por hipersensibilidade ao vírus pela liberação de 
mediadores. 
 
-MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: disfonia, odinofagia, odinofonia, tosse, estridor, 
afonia e dispnéia. 
-DIAGNÓSTICO: Na avaliação de pacientes com afecção laríngea, é obrigatório um 
exame detalhado das estruturas da cabeça e pescoço, incluindo visualização da laringe e 
ausculta pulmonar. Deve-se procurar por sinais de inflamação auricular, otite média 
serosa (em busca de policondrite ou patologia concomitante de nasofaringe), limitações 
na mobilidade da articulação temporomandibular e linfonodos cervicais. Laringoscopia 
indireta e se possível fibroscopia devem ser realizadas para melhor avaliação da patência 
da via aérea, mobilidade das cordas vocais, presença de edema e eritema laríngeos, 
granulomas e estenose laríngea. 
-TRATAMENTO: Ambulatorial: umidificação do ar maior oferta hídrica alimentação 
fracionada anti-térmicos. Corticoides: 
*Dexametasona: 0,3 a 0,6mg/Kg/dose, EV, IM ou VO. 
Manutenção ( uso domiciliar): 0,15mg/Kg/dia, dividido de 06/06horas. 
 *Budesonida: 2mg (uso inalatório) de 12/12horas. 
 
 
 
2) Conceituar tratamentos com antibiótico profilático, empírico e direcionado; 
 
Terapia empírica – uso inicial de antimicrobianos baseado nos agentes mais prováveis 
da infecção. 
Terapia empírica adequada – uso de, pelo menos, um antimicrobiano que é ativo in 
vitro contra o agente da infecção. 
Terapia guiada – uso de antimicrobianos escolhidos, segundo o diagnóstico 
microbiológico. 
Terapia Profilática: uso profilático de antibióticos em pacientes que não apresentam 
sinais ou sintomas de infecções, com o objetivo de prevenir o seu surgimento em situações 
de alto risco. Indicado à pacientes portadores de determinadas doenças e/ou que são 
submetidos a procedimentos que favorecem o surgimento de infecções. Baseia-se na ideia 
de que se os antibióticos conseguem matar ou impedir o crescimento de bactérias em 
infecções estabelecidas, podem também fazê-lo no sangue ou em sítios específicos 
evitando que se instale um processo infeccioso. 
Terapia Empírica: uso de antibióticos de acordo com agentes patológicos mais 
prováveis da infecção. Alguns pacientes apresentam sintomas sugestivos (tosse, 
expectoração, disúria, dor lombar, dor abdominal, diarréia) e um foco 
evidente (pneumonia, celulite, outras infecções cutâneas, infecção pós-cirúrgica), 
extremamente útil para a orientação da terapia antimicrobiana. O início do uso do 
antimicrobiano no paciente com infecção grave é realizado na fase de suspeita de 
infecção, e os possíveis agentes infecciosos, relacionados ao foco mais provável, devem 
ser cobertos (terapia empírica). Somente em unidades onde se realiza vigilância 
epidemiológica das infecções, é possível fazer uso de antimicrobianos de forma segura, 
baseado nas infecções, agentes e sensibilidade mais prevalentes. 
Pacientes suscetíveis a determinadas co-morbidades de acordo com manifestação clínica. 
 pacientes com asplenia, funcional ou cirúrgica, são mais suscetíveis a germes 
encapsulados como Streptococcus pneumoniae, Haemophillus 
influenzae, Neisseria meningitidis e Salmonella spp.; 
 pacientes neutropênicos, com lesão de mucosa oral (mucosite) secundária à 
quimioterapia têm maior risco de infecção por Streptococcus viridans ou 
bacteremia por bacilos Gram-negativos; 
 pacientes portadores de diabetes têm maior predisposição a desenvolver 
bacteremia por S. aureus, devido à elevada freqüência de colonização de pele e 
mucosa destes indivíduos, especialmente nos insulino-dependentes. Todavia, as 
infecções cutâneas crônicas são polimicrobianas (bacilos Gram-negativos, 
anaeróbios) e requerem, portanto, cobertura antimicrobiana mais ampla; 
 pacientes cirróticos: Microrganismos de origem entérica são responsáveis pela 
maioria dos quadros de peritonite em cirróticos, sendo E. coli e K. pneumoniae os 
mais recuperados em culturas, bem como pneumococos.

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