Curso_ 222RGR1913A - LOGÍSTICA NACIONAL E INTERNACIONAL

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LOGÍSTICA NACIONAL E
INTERNACIONAL
CAPÍTULO 1 - É POSSÍVEL
DISPONIBILIZAR UM PRODUTO OU
SERVIÇO DE FORMA RÁPIDA,
CONFIÁVEL E AO MENOR CUSTO?
Clayton Silveira Brichi
INICIAR 
Introdução
Vamos começar este primeiro capítulo conhecendo os conceitos fundamentais
da logística e os tipos de modais de transporte e seus custos. Posteriormente,
compreenderemos como é realizado o planejamento de uma operação de
transporte e por fim aprenderemos sobre os cuidados com as mercadorias por
meio do uso de embalagens para o transporte. Para alcançarmos este
conhecimento precisamos refletir sobre alguns pontos como: Qual a importância
da logística em nosso dia a dia? Qual o impacto dos meios de transporte na
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movimentação de cargas? Qual o custo para realizar a entrega de um produto?
Como planejo a entrega de um produto? Qual embalagem é a mais adequada
para minha carga?
Por meio dos questionamentos acima poderemos introduzir os conceitos básicos
de logística, explorando as informações de eficiência e competitividade na área.
Também expandiremos nossos conhecimentos sobre os tipos de transportes e
cargas, além de entendermos o funcionamento dos custos envolvidos nos
processos de transporte para o desenvolvimento de um plano de transporte.
Por fim, aprenderemos sobre o condicionamento das cargas, avaliando os tipos
de embalagens, suas características e funções. Também abordaremos os
processos de unitização e conteinerização, muito utilizado para as atividades de
comércio internacional.
Vamos estudar esse conteúdo a partir de agora, acompanhe!
1.1 Conceitos fundamentais em
logística
Você já se perguntou como diariamente seu café da manhã está disponível na
padaria? Faça sol, faça chuva, você irá encontrar uma xícara de café e um pão
quentinho na padaria. Como isso é possível, visto que temos sazonalidade nas
produções? Para entendermos como nosso café da manhã se torna possível,
precisamos entender que para estes produtos serem disponibilizados para nosso
consumo, eles passam por uma série de etapas. Foram colhidos em fazendas
produtoras, armazenados, embalados, transportados, comercializados com
beneficiadores, que posteriormente venderam esses insumos para a padaria, que
então pôde propiciar a sua alimentação. Veja que este simples café da manhã
contou com vários processos e operações, que estão contempladas nesta
disciplina de logística, na qual iremos nos aprofundar nos próximos tópicos. 
1.1.1 Pilares e princípios da logística
Para começarmos nosso estudo, o primeiro passo é entendermos alguns
conceitos. Logística   consiste em tratar todas as atividades de movimentação e
armazenagem, facilitando o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
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matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como todos os fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, providenciando níveis de
serviços adequados aos clientes a um custo razoável, evidenciando o intuito de
generalizar o conjunto de atividades que fazem parte do conceito, indo ao
caminho da concepção da logística integrada (BALLOU, 2015). Resumindo, a
logística tem como objetivo disponibilizar um produto ao consumidor final de
uma forma rápida, no local certo e no preço justo.
Para promovermos as atividades logísticas de forma efetiva, as operações
logísticas estão apoiadas em cinco pilares básicos, conforme a figura abaixo.
Figura 1 - As atividades de gestão de estoque, transporte, gestão de centros de distribuição (CD), redes
logísticas e os sistemas de informação são considerados os pilares básicos da logística. Fonte:
GONÇALVES, 2013, p. 12.
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#PraCegoVer: Apresenta os pilares da logística iniciando no sentido horário o
primeiro pilar Redes logísticas, seguido do Sistemas de informação, Gestão de
centros de distribuição, transporte e por fim a gestão de estoque. 
Clique na interação a seguir e veja os cinco pilares básicos da logística de forma
detalhada.
Redes
logística
s 
Incluem as facilidades como manufatura, armazenagem,
intermediários e varejistas. Quanto maior sua amplitude, mais
complexa se torna. Frequentemente avaliamos a rede com o
objetivo de reavaliar a localização geográfica, assim como a
alocação de recursos para manutenção da competitividade.  
Gestão
de
Estoque 
Um sistema de gestão de estoque permite oferecer um bom
nível de serviço ao consumidor com um baixo investimento em
estoque. 
Sistema
s de
Informa
ção 
Sistemas utilizados para realização das previsões, gestão dos
pedidos, entre outras facilidades. Na operação de grandes
empresas utilizam-se so�wares integradores que possibilitam
convergir as informações dos processos suportando a gestão
da empresa. Através destas ferramentas, a informação é
disponibilizada em tempo real e acessível de qualquer
localidade. 
Transpo
rte 
Fator crítico para a operação logística, apresentando uma
grande importância no planejamento pois sua escolha pode
impactar os estoques e seus custos, assim como o nível de
serviço. 
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Além dos cinco pilares, as atividades logísticas são divididas em dois grandes
grupos (BALLOU, 2015). Vamos ver a seguir.
Atividades primárias: são aquelas atividades de grande importância para o
atingimento dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço, contribuindo
com a maior parcela do custo, sendo essenciais para a coordenação e o
cumprimento da tarefa logística. Estão inclusos neste grupo as atividades de
transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos.
Atividades secundárias: são aquelas atividades que complementam as
atividades primárias. Estão inclusos neste grupo as atividades de armazenagem,
manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção, programação de
produtos e manutenção de informação.
A seguir, vamos estudar como as atividades se integram, permitindo
conhecermos um pouco mais sobre a logística integrada.
1.1.2 Logística integrada
A integração entre as atividades primárias e secundárias permitem por meio de
uma visão integrada majorar os benefícios das operações, reduzindo os custos.
Teremos nesse contexto as atividades envolvidas na administração de materiais
(relações entre os fornecedores de matérias-primas e fábricas) e as atividades
envolvidas na distribuição física dos produtos (relações entre fábricas e seus
clientes), conforme figura abaixo. 
Gestão
de
centros
de
distribui
ção 
Contempla as atividades como recebimento de produtos,
armazenamento e fornecimento. Dependem de fatores como
movimentação de carga e embalagem do produto. 
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#PraCegoVer: A figura demonstra as atividades da logística onde temos a
logística empresarial dividida em duas atividades o suprimento físico ou seja a
administração de materiais e distribuição física, sendo que a o suprimento físico
se divide em fornecedores e fabricas e a distribuição física se divide em clientes e
fabricas tendo conversão as fabricas com o suprimento físico, onde possuímos as
seguintes atividades para suprimento físico e distribuição física: transporte,
manutenção de estoque, processamento de pedidos, obtenção, embalagem
protetora, armazenagem, manuseio de materiais, manutenção de informações. 
Figura 2 - As atividades envolvidas no suprimento de materiais e na distribuição física estão agregadas
no escopo da logística empresarial. Fonte: BALLOU, 2015, p. 35.
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Conforme Ballou (2015), em ambas relações as atividades se repetem, desta
forma detalharemos um pouco mais essas atividades a seguir. Clique para ler
sobre cada uma delas.
Atividade na qual ocorre a movimentação de produtos acabados e
matérias-primas.
Etapa que trabalha com o uso de estoques para atendimento as
demandas dos clientes, assim como da produção.
Operação em que se utiliza o tempo necessário para disponibilizar ao
cliente bens e serviços. É a atividade que inicia a movimentação de
produtos.
É a tarefa na qual se disponibiliza o produto para o sistema logístico.
Atividades envolvidas: seleção de fornecedores, indicação das
quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da
forma pela qual o produto é comprado.
Transporte 
Manutenção de estoque 
Processamento de pedidos
Obtenção 
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Nesta etapa, se garante a integridade dos produtos e matérias-
primas (reduzir avarias/perdas), por meio de embalagens.
É a atividade na qual se administra o espaço necessário para manter
estoques, abrange problemas como dimensionamento de área,
localização, arranjo físico, recuperação do estoque,
dimensionamento da estrutura de carregamento (docas ou baias) e
configuração do armazém ( layout ).
Ação na qual se movimenta os produtos no local de estocagem. Ex.:
transferências internas de mercadorias (recebimento / depósito /
expedição). Um problema típico é a escolha do equipamento para a
movimentação das mercadorias.
Utilização de banco de dados com informações necessárias nas
tomadas de decisão como volume de vendas, níveis de estoques,
tipos de entregas.
Embalagem protetora 
Armazenagem 
Manuseio de materiais 
Manutenção de informações 
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Por meio dos conceitos ensinados, podemos entender que a integração das
atividades proporciona um melhor nível de serviço ao usuário, disponibilizando o
produto desejado ao cliente no momento exato da compra, refletindo em um
valor justo. No próximo item conversaremos sobre a eficiência nas operações
logísticas.
1.1.3 Eficiência em logística
As empresas buscam maximizar o uso de seus ativos logísticos, maximizando sua
utilidade operacional. De acordo com Gonçalves (2013), há três critérios que
estão direcionados dentro de uma perspectiva de foco em estratégia logística,
conforme figura abaixo. 
#PraCegoVer: Temos a representação dos três pontos básicos das estratégias de
logística; que são serviço, flexibilidade e eficiência, onde o serviço se relaciona
com a eficiência e flexibilidade e a eficiência se relaciona com flexibilidade. 
Figura 3 - A eficiência na operação, sua flexibilidade e o nível de serviço oferecido são considerados os
focos estratégicos da logística. Fonte: GONÇALVES, 2013, p. 27.
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As estratégias voltam-se para os três pontos básicos: busca pela eficiência, que é
a busca por um bom desempenho com os menores custos possíveis; a
flexibilidade: habilidade em responder rapidamente as demandas do mercado
ou mesmo capacidade de se ajustar a mudanças de cenários, como alterações
bruscas nas quantidades comercializadas; e por fim o nível de serviço, que
consiste em “encantar” o cliente, isto é, disponibilizar o produto no menor tempo
possível, pelo menor custo, respondendo rapidamente a demanda e reclamações
do cliente. 
Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, considerado o maior empresário brasileiro, foi um
visionário na área dos transportes, investindo na indústria naval com a construção do estaleiro
Companhia Ponta de Areia, além de construir a primeira rodovia pavimentada e a primeira ferrovia
brasileira em 1854. Sua biografia está descrita no livro Mauá – Empresário do Império. Fonte: Caldeira
(1995).
O desenvolvimento dos sistemas de informação, assim como as novas
tecnologias tornaram as operações logísticas mais eficientes, integrando dados e
permitindo uma melhor tomada de decisão, visando a redução de custos.
1.1.4 Competitividade em logística 
Acostumados com a totalidade do transporte de passageiros na cidade de São
Paulo, os taxistas paulistanos foram surpreendidos em 2014 por uma empresa
novata no transporte de pessoas chamada UBER. A empresa chegou com uma
proposta de tecnologia, serviço de qualidade e preços inferiores aos
concorrentes taxistas. O resultado obtido? Um rápido crescimento e forte
expansão nacional. A concorrência com a UBER obrigou os taxistas a reverem seu
nível de serviço, visto a forte redução no uso do táxi em detrimento ao transporte
por aplicativo.
Conforme vimos no exemplo anterior, a logística passou a ter um papel
importante na competitividade das empresas, propiciando redução de custos,
geração de valor e melhoria no desempenho.
VOCÊ O CONHECE?
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Conforme Coimbra Filho e Dantas (1998), a logística deixou de ser apenas um
sistema de suporte para a estratégia global, passando a ser também uma
ferramenta, onde para ser competitivo é preciso compreender as regras de
concorrência que determinam a atratividade e a rentabilidade a longo prazo. A
globalização do mercado tornou os clientes mais críticos quanto ao nível de
serviço, aumentando a necessidade de controlar toda a cadeia logística
(suprimentos, produção e distribuição física).
De acordo com Coimbra Filho e Dantas (1998), a competitividade pode ser
alcançada por meio dos fatores relacionados nos quadros a seguir. Clique para
vê-los.
entrega do produto ao cliente). 
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Correa, Odebrecht e Uniduto. 
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Podemos perceber que a competitividade na logística direciona a busca por
melhorias nos processos, perseguindo a disponibilização de um produto de
qualidade com preço baixo.  
Os Correios, estatal brasileira no segmento de entregas de correspondências, está há cinco anos sem
registrar lucro, de 2013 a 2017. Entre os motivos apontados estão o nível de serviço prestado
(percepção pelo usuário de demora para recebimento da entrega) e dificuldade da empresa em
competir com empresas privadas que atuam nas entregas das lojas virtuais (DESIDERIO, 2018).
A seguir estudaremos alguns conceitos básicos relacionados à logística. 
1.1.5 Conceitos básicos relacionados à logística 
No decorrer dos tópicos anteriores, passamos por várias definições e conceitos
relacionados à logística. Iremos conhecer a partir deste momento um pouco mais
sobre o conceito de cadeia de suprimentos. Para Chopra e Meindl (2011), a
Cadeia de Suprimentos ou Abastecimento é a integração de todas as atividades
associadas com o fluxo e a transformação de bens, contemplando desde a
matéria-prima até o produto acabado, na busca de atender ao pedido do cliente.
VOCÊ QUER LER?
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Na cadeia de suprimentos as organizações estão ligadas entre si (fornecedores,
fábricas, distribuidores e clientes). Na figura abaixo temos as atividades
envolvidas na cadeia de suprimentos.
#PraCegoVer: Temos uma representação da evolução da logística demonstrando
a fragmentação de suas atividades até 1960, onde hoje todas estas atividades
estão diretamente sobre a gestão de Gestão de cadeia de Suprimentos (SCM). Até
1960 as atividades de previsão de demanda, compras, planejamento de
necessidades, planejamento de produção e estoque de fabricação era
responsabilidade do Compras/Gerenciamento de materiais. Já as atividades de
Armazenagem, Manuseio de matérias, Embalagem eEstoque de produtos
acabado era responsabilidade de logística. E por fim as atividades de
Planejamento de distribuição, Processamento de pedidos, Transporte, Serviço ao
consumidor, Planejamento estratégico Serviços de Informação,
Marketing/Vendas e Financeiro era de responsabilidade da Distribuição Física. 
Figura 4 - A gestão da cadeia de suprimentos (SCM) é um processo evolutivo que integra as todas as
atividades logísticas envolvidas na transferência de mercadorias. Fonte: Ballou, 2006, p. 30.
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A visão sistêmica é muito importante para o entendimento da cadeia de
suprimento, contudo é necessário o estudo individual de cada um dos elementos
que compõem a Cadeia de Suprimentos,  como descrito na interação a seguir.
Clique para ver.
Logística 
Planejamento estratégico 
Serviços de informação 
Se caracteriza como a integração das atividades
envolvidas na Distribuição Física e nas atividades
de compras/gerenciamento de materiais, que já
foram detalhadas no tópico 1.1.2 – Logística
integrada.
Desdobramento de como será alcançado os
resultados da empresa, normalmente de longo
prazo. Contempla decisões como: definição da
localização das instalações da empresa,
quantidade de armazéns, tamanho do depósito,
tipo de modal utilizado no transporte, entre outras
atividades. Há ainda o planejamento tático (prazo
intermediário) e o planejamento operacional
(curto prazo).  (Ballou, 2006). 
Também chamados de sistemas de informação,
são os responsáveis por “integrar” as atividades
logísticas, atuando como elos em um processo
integrado. Através o uso de combinado de
hardware e so�ware permitem a realização de
medições, controle e gerenciamento das
operações logísticas. (Nazário, 1999).
Contempla as atividades pesquisa de mercado,
elaboração de mix de produtos, promoção e
gestão do pessoal de vendas. (Ballou, 2006). 
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A Petrobras, maior petrolífera brasileira, possui atividades desde a exploração do petróleo, passando
pelas atividades de transporte do óleo até as suas refinarias, e posterior logística de distribuição e
comercialização dos derivados de petróleo, atuando nas atividades do poço ao posto. Para ver mais,
acesse o link:<https://www.youtube.com/watch?v=MDTPbCPKpxI (https://www.youtube.com/watch?
v=MDTPbCPKpxI)>
Entendemos neste tópico o conceito de cadeia de suprimentos e as atividades
envolvidas, assim como suas definições. A seguir conheceremos com mais
detalhes uma das principais atividades da Distribuição Física, o transporte.
Marketing/Vendas 
Financeiro 
g p ( , )
Contempla as atividades de gestão do fluxo de
caixa (dinheiro gerado pelo uso de uma estratégia
escolhida), economia (mudanças nos custos
relevantes vinculados a implementação da
estratégia) e retorno do investimento (razão entre
a economia gerada pela estratégia utilizada e o
investimento feito para sua implementação).
(Ballou, 2006) 
VOCÊ QUER VER?
1.2 Transporte – Parte 1
Quando falamos de transporte, rapidamente já pensamos em mobilidade, isto é,
nos meios utilizados para nos deslocarmos até a padaria, até ao trabalho e à
nossa casa. Usamos diversos tipos de transporte como os automóveis, ônibus,
https://www.youtube.com/watch?v=MDTPbCPKpxI
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moto, trem, bicicleta e barcos. A escolha normalmente se dá pela nossa
necessidade de chegada ao local desejado e nossos recursos disponíveis. Por
exemplo, se você está atrasado para o trabalho, pegaria um ônibus ou pagaria um
táxi ou Uber? Provavelmente, aceitaria pagar um táxi ou Uber, visto que chegaria
mais rápido ao serviço do que se tivesse que aguardar e pegar um ônibus. O
mesmo raciocínio pode ser utilizado no transporte de cargas. Neste tópico
falaremos sobre a importância do transporte na logística, detalhando os tipos e
suas características. Também conheceremos os tipos de cargas mais adequadas
para cada modal de transporte e suas particularidades.
1.2.1 Sistemas de transporte
O transporte é considerado o elemento mais importante do custo logístico na
maioria das empresas. O frete pode representar até dois terços do custo logístico,
influenciando significativamente no preço final do produto. Devido a sua
importância, profissionais da área de logística atuam com o intuito de maximizar
a eficiência nos sistemas de transporte, resultando em produtos com preços mais
convidativos ao cliente final.
Um bom sistema de transportes com baixos valores de frete permite aumentar a
competição nos mercados, garantir a economia de escala na produção e reduzir
os preços das mercadorias.
A escolha do transporte a ser utilizado para o escoamento da produção ou
recebimento dos insumos é de extrema importância e pode ser realizada de
diversas formas. Iremos conhecer um pouco mais dos modais utilizados na
movimentação de mercadorias.
Rodoviário: neste tipo de transporte utilizamos as rodovias para trafegar
com os caminhões e vans, equipamentos que possuem menor capacidade
de carga quando comparado aos vagões das ferrovias e navios. É indicado
para curtas distâncias, permitindo um serviço porta a porta, onde o
produto poderá ser disponibilizado na porta do cliente, além disso possui
flexibilidade e boa velocidade de entrega. Pesa contra este modal sua baixa
produtividade, pequena eficiência energética, altos custos, níveis elevados
de emissão de poluentes atmosféricos e menores índices de segurança
(número elevado de acidentes e roubo de cargas). No Brasil é o principal
meio de transporte de cargas e pessoas. 
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VOCÊ SABIA?
O frete de retorno tem um papel importante na operação logística, pois permite um melhor uso
do ativo e redução nos custos do transporte. No transporte de etanol por exemplo, para evitar
que o caminhão retorne vazio para a usina ou como dizem no setor, “batendo lata”, é carregado
com óleo diesel que será utilizado em sua operação. 
Ferroviário: neste tipo de transporte utilizamos as ferrovias para trafegar
com os vagões dos trens. Estes equipamentos possuem grande capacidade
de carga e melhor eficiência energética quando comparado aos caminhões.
É indicado para o deslocamento de matérias-primas ou manufaturados de
baixo valor agregado em longas distâncias. Pesa contra este modal os altos
valores para sua manutenção e investimento na implantação de sua
infraestrutura, além de sua baixa flexibilidade e velocidade. 
Hidroviário ou Aquaviário: neste tipo de transporte utilizamos as
hidrovias, podendo o transporte ocorrer em rios, lagoas ou mares, por
meio de barcos, barcaças e navios. Estes equipamentos possuem grande
capacidade de carga e melhor eficiência energética quando comparado aos
caminhões e trens. É indicado para o deslocamento de matérias-primas ou
manufaturados de baixo valor agregado em longas distâncias, contudo
também se utiliza para bens de valor agregado usualmente transportados
em contêineres, desde que os bens sejam assegurados. Pesa contra este
modal sua baixa velocidade (mais lento que o ferroviário) os altos valores
para sua manutenção e investimento na implantação de sua infraestrutura,
além de sua baixa flexibilidade. 
Aéreo: neste tipo de transporte utilizamos aeronaves para o transporte da
carga. Estes equipamentos são os que possuem maior velocidade quando
comparado aos caminhões, navios e trens. É indicado para o deslocamento
de bens de alto valor agregado. Pesa contra este modal seu alto valor de
frete, altos valores para sua manutenção e investimento na implantação de
sua infraestrutura, além de sua baixa flexibilidade. 
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Dutoviário: neste tipo de transporteutilizamos as tubovias ou dutos para o
transporte da carga. Estes equipamentos são os que possuem maior
confiabilidade e maior restrição quanto ao tipo de produto a ser
movimentado, sendo muito utilizado para petróleo e seus derivados.
Possui baixa velocidade quando comparado aos caminhões, navios e trens.
É indicado para o deslocamento de matérias-primas ou manufaturados de
baixo valor agregado. Pesa contra este modal, seu alto valor de
manutenção e investimento na implantação de sua infraestrutura, além de
sua baixa flexibilidade.
VOCÊ SABIA?
No Brasil, apenas dois aeroportos são supridos com QAV (combustível de aviação) pelo modal
dutoviário (Guarulhos-SP e o Galeão-RJ). Esta facilidade permitiu a continuidade das operações
de abastecimento durante a greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018. Os demais aeroportos
brasileiros, supridos por caminhões-tanques, sofreram com a falta de produto, cancelando
diversos voos durante o período. 
Assista ao vídeo e conheça mais sobre o impacto da logística em nossas vidas,
bem como sobre os riscos de não diversificar os modais de transporte. 
Na figura abaixo temos a matriz de transporte do Brasil com a representação dos
sistemas de transportes, onde podemos ver a predominância do transporte
rodoviário em detrimento do ferroviário e hidroviário.
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#PraCegoVer: Demonstra o percentual de utilização dos modais de transportes
utilizados no Brasil, sendo que temos em primeiro lugar com 62,70% o transporte
rodoviário, seguido de 21,70% o transporte ferroviário, 11,70% o transporte
aquaviário, 3,80% o transporte dutoviário e 0,10% o transporte aéreo. 
Neste tópico, conhecemos um pouco mais sobre os modais utilizados no
transporte de cargas. A seguir, vamos aprender os tipos de cargas transportadas,
o que permitirá um melhor compreendimento de suas características.
1.2.2 Tipos de carga
As cargas são preparadas através do uso de embalagens de proteção que
permitirão que as mercadorias possam ser transportadas pelo modal mais
apropriado da forma mais eficiente possível. Clique na tabela a seguir para
conhecer os principais tipos de cargas.
Figura 5 - O transporte rodoviário é considerado o principal modal brasileiro, seguido pelo ferroviário e
aquaviário. Fonte: HIJJAR, 2011.
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Carga
geral 
É a carga embarcada e transportada acondicionada, podendo
ser unitizada ou solta. Na carga solta os volumes estão
acondicionados em recipientes de dimensões e formas diversas
(sacarias, caixas de papelão, engradados, entre outros),
resultando em um maior custo na operação devido ao maior
tempo de manuseio nas operações de carga e descarga. Já na
carga unitizada, a carga é considerada um único item sendo
constituída de materiais (embalados, ou não) no qual se pode
utilizar o uso de equipamentos mecânicos para o manuseio das
cargas (PEREIRA, 2003). 
Carga
perigos
a 
Tipo que pode provocar acidentes, podendo colocar em risco
os bens materiais, meio ambiente e pessoas que o manipulam.
A Organização das Nações Unidas classifica os produtos
perigosos em explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos
inflamáveis, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos,
substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e
variedades de substâncias perigosas diversas. Neste tipo de
transporte de carga, usualmente se utilizam equipamentos
especiais para o transporte, além de treinamentos específicos.
Podemos citar por exemplo o transporte de líquidos
inflamáveis, em que o motorista para exercer a atividade
necessita estar apto no curso MOPP (Movimentação
Operacional de Produtos Perigosos) (BIASO, 2006). 
Carga a
granel 
Normalmente embarcada em trens ou navios, podendo ser
carga seca ou líquida. Não possui marca de identificação e nem
contagem das unidades. Podemos citar como exemplos de
transporte a granel as commodities (petróleo, café, minérios,
soja, milho, entre outros). (PEREIRA, 2003) 
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Para saber mais sobre cargas perigosas, veja o material apresentado a seguir.
A ANTT (2011), Agência Nacional de Transporte Terrestre, disponibiliza em seu site eletrônico uma
cartilha com diversas informações sobre o transporte de produtos perigosos, no qual contempla
informações como os rótulos de risco que devem acompanhar o transporte das cargas perigosas e
documentação necessária para essas operações. Você poderá ler a cartilha no
link    <http://www.antt.gov.br/backend/galeria/arquivos/transporte_terrestre_de_produtos_perigoso
s_-_ultima_versao.pdf
(http://www.antt.gov.br/backend/galeria/arquivos/transporte_terrestre_de_produtos_perigosos_-
_ultima_versao.pdf)>
 
Ao realizar o transporte de uma carga, além de conhecermos os seus tipos e
características, devemos nos atentar aos requisitos de segurança da operação
logística. Tomando todos os cuidados para preservar as características da carga,
evitando que o produto seja danificado ou na pior das hipóteses, descartado. A
Carga
frigorifi
cada 
Necessita ser refrigerada ou congelada para conservar suas
qualidades físico-químicas durante o transporte. Podemos citar
como exemplo as carnes, peixes e frutas frescas. (Biaso, 2006) 
Carga
neogran
el 
Formada por conglomerados homogêneos de mercadorias, de
carga geral, sem acondicionamento específico, cujo volume ou
quantidade possibilita o transporte em lotes, em um único
embarque. Podemos citar como exemplo os fardos de celulose,
veículos, bobinas de papel e placas de aço. (Pereira, 2003). 
Carga
viva 
Formada por animais e plantas. (Biaso, 2006). 
VOCÊ QUER LER?
http://www.antt.gov.br/backend/galeria/arquivos/transporte_terrestre_de_produtos_perigosos_-_ultima_versao.pdf
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avaliação das propriedades do produto, permite mitigar possíveis ocorrências no
transporte, que pode refletir em prejuízos financeiros, para o meio ambiente a
até de segurança para as pessoas envolvidas na operação logística. No caso a
seguir temos um exemplo de como a incompatibilidade de um produto com um
agente externo pode impactar na operação de transporte da carga.
CASO
No transporte de produtos perigosos aquecidos, como os asfaltos e óleos combustíveis, não é
tolerado a presença de água no compartimento de carregamento. A água em contato com o
produto aquecido se expande bruscamente expelindo-o para fora do tanque ou até mesmo
levando ao rompimento do compartimento, este processo é conhecido como boil over. 
O produto expelido a altas temperaturas pode provocar prejuízos materiais, ambientais, além
de queimaduras ao operador que realiza a manobra de abastecimento.
No transporte de cargas um ponto de atenção a ser observado é a compatibilidade das cargas
que serão transportadas. Neste exemplo temos que o profissional de logística deve estar atento
ao tipo de carga que será transportado, assim como suas características, levando essas
informações em consideração para a elaboração de seu planejamento logístico.
Neste tópico, descrevemos os tipos de transporte mais utilizados nas operações
logísticas e suas características, além de conhecermos o conceito de cargas e
seus tipos. No próximo tópico iremos aprender sobre o conceito de frete,
avaliando a eficiência do transporte e as premissas necessárias para o
desenvolvimento de um plano de transporte.
1.3 Transporte – Parte 2
Ao pedirmos uma pizza, ao término da ligação, a atendente nos passa o valor
total do pedido, destacando o valor da taxa de entrega. Quando precisamos
despachar um produto ou correspondência e temos urgência na sua entrega,
buscamos um melhor nível de serviço para a realização do despacho, nos
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dispondo a pagar mais pela maior agilidade no transporte. Na programação de
uma viagem de férias, você considera em seu planejamento se o deslocamento
será feito de carro, ônibus ou avião, considerando o seu tempo para o
deslocamento, assim como os seus recursos financeiros disponíveis. Essas
avaliações feitas em nosso cotidiano passam pela avaliação do custo do frete,
assim como sua eficiência. Nos próximos tópicos aprenderemos um pouco mais
sobre esses conceitos.
1.3.1 Custo de frete
No ano de 2018, o frete foi um tema constante nos jornais e noticiários, pois uma
das principais solicitações dos caminhoneiros durante a greve ocorrida em maio
de 2018 foi em relação a criação de uma tabela com valores de fretes mínimos.
O frete envolve principalmente os custos de transporte, onde o principal objetivo
é movimentar o produto de um local de origem até um determinado destino
minimizando os custos financeiros, ambientais e temporais.
Na elaboração do valor do frete, o operador logístico deverá considerar
principalmente o impacto do tipo de modal escolhido, ou seja, se a mercadoria
será enviada por navio ou avião por exemplo. Também deve considerar a
distância percorrida, especificidade da carga, estimativa de combustível, custos
com retorno do equipamento de transporte para a origem, custos com taxas e
impostos, custos de depreciação do equipamento, custos com seguros da carga,
custos de manutenção, retorno do investimento, entre outros. Os valores dos
fretes internacionais são negociados em dólares por tonelada ou dólares por
metro cúbico (US$/t ou US$/m³), ou seja, o valor monetário pago por quantidade
de carga transportada, enquanto que no Brasil temos os fretes em reais por
tonelada ou reais por metro cúbico (R$/t ou R$/m³).
A negociação de fretes é uma atividade rotineira para quem trabalha na sua
contratação pois podem ocorrer mudanças de cenários que resultam em
variações nos valores cobrados. Um exemplo recente ocorreu durante a greve dos
motoristas em maio de 2018, em que os motoristas de aplicativos que possuíam
carros movidos a gasolina e etanol foram obrigados a descontinuar suas viagens,
restando apenas os veículos que consumem gás natural. Esses veículos não
foram impactados pois o gás natural segue por tubulações do fornecedor de gás
até os postos de combustíveis, onde ocorre o abastecimento do carro. Desta
forma, vislumbrou-se um aumento significativo pela demanda de transporte em
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detrimento de uma forte redução na oferta de carros, resultando em um
aumento nos valores cobrados pelos motoristas nas corridas, ou seja, o frete
aumentou pela falta de concorrência e demanda aquecida.
De acordo com Ballou (2015), existem pelo menos quatro ocasiões típicas onde
podemos pleitear fretes menores com os transportadores. Acompanhe na
listagem apresentada na interação a seguir:
Competição 
Produtos semelhantes 
Maior volume de carga 
Nesta negociação o usuário ameaça trocar de
prestador de serviço, devido a uma proposta mais
vantajosa de um transportador concorrente.
Dependendo da relação entre as partes, o
transportador pode aceitar o pleito de redução na
margem para manutenção do serviço. 
O usuário utiliza como referência um produto
similar que tenha as mesmas dimensões, peso e
utilize a mesma rota e transporte para pleitear
equiparação nos valores praticados. 
Ao solicitar um frete menor, o usuário poderá
oferecer um produto mais competitivo, ganhando
mercado de seus concorrentes, aumentando assim
sua produção/vendas, e consequentemente as
quantidades de viagens com o transportador,
propiciando maior retorno para ambos envolvidos. 
Para se conseguir um melhor valor no frete se
oferece uma quantidade grande de carga. Apesar
da redução no valor do frete, se teria um maior
fluxo de caixa, resultando em uma maior receita
para o transportador. 
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No começo deste tópico, falamos sobre a greve dos caminhoneiros e o pleito da implantação de uma
tabela com valores de frete mínimo. Em um artigo publicado por Navarro (2018), este relata o
resultado de um estudo realizado pela ESALQ (2018), no qual foi estimado um incremento de R$ 25
bilhões nos valores pagos aos transportadores de soja pela adoção   da tabela com o frete mínimo.
Confira o mapa e uma reportagem sobre o aumento dos custos do transporte rodoviário da soja em 
<https://www.valor.com.br/agro/5739523/alta-de-custo-com-frete-para-exportador-pode-chegar-r-
25-bilhoes (https://www.valor.com.br/agro/5739523/alta-de-custo-com-frete-para-exportador-pode-
chegar-r-25-bilhoes)>. 
Podemos concluir que o frete necessita ser estimado de uma forma ampla,
contemplando as diversas variáveis em sua composição, como por exemplo a
eficiência do modal escolhido para o transporte da carga, assunto que será
discutido no próximo tópico. Além disso, devemos ficar atentos as mudanças de
cenários para aproveitarmos vantagens nos valores praticados por meio da
negociação.
1.3.2 Eficiência em transportes
Na escolha de um serviço de transporte devemos considerar suas características
operacionais. De acordo com Fleury e colaboradores (2000), há cinco pontos
importantes para se classificar o melhor transporte. Clique nos itens a seguir para
ver quais são eles:
capacidade;
velocidade;
confiabilidade; 
disponibilidade;
frequência.
Grandes volumes 
p p
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Na figura abaixo temos as características de cada modal, onde a menor
pontuação significa excelência naquele item.
#PraCegoVer: Nesta figura temos as características de cada modal, que são
velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência, onde
foram atribuídas notas para cada característica sendo que a menor nota significa
a excelência naquele item. Temos Ferroviário com as seguintes notas nas
características: Velocidade nota 3, Disponibilidade nota 2, Confiabilidade nota 3,
Capacidade nota 2, Frequência nota 4. Rodoviário com as seguintes notas nas
características: Velocidade nota 2, Disponibilidade nota 1, Confiabilidade nota 2,
Capacidade nota 3, Frequência nota 2, Aquaviário com as seguintes notas nas
características: Velocidade nota 4, Disponibilidade nota 4, Confiabilidade nota 4,
Capacidade nota 1, Frequência nota 5. Dutoviário com as seguintes notas nas
características: Velocidade nota 5, Disponibilidade nota 5, Confiabilidade nota 1,
Capacidade nota 5, Frequência nota 1, aéreo com as seguintes notas nas
características: Velocidade nota 1, Disponibilidade nota 3, Confiabilidade nota 5,
Capacidade nota 4, Frequência nota 3. 
Podemos visualizar que o modal aéreo é o mais rápido, o dutoviário o mais
confiável e o rodoviário o mais disponível. Essas informações servirão de insumo
para a avaliação do usuário quanto ao desempenho ou eficiência do modal em
consonância com os fatores apresentados na interação a seguir. 
Figura 6 - No momento da escolha do modal de transporte, o planejador deverá considerar as suas
características para a execução da operação logística. Fonte: FLEURY et al., 2000. p. 130.
Disponibilidade e qualidade da infraestrutura 
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Disponibilidade de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos
em estado adequado de conservação. 
Probabilidade de acidentes, danos e roubos de cargas. 
Combustível gasto para o transporte da carga.
Quantidade emitida de gases poluentes para o transporte da carga. 
Concentração em um modal em detrimento de outro, no caso do Brasil
concentração na modalidade rodoviária. 
Baixa regulação no transporte rodoviário, facilitando o seu usoe
ampliação. 
Insegurança 
Consumo de energia 
Emissão de poluentes 
Desbalanceamento da matriz de transporte 
Legislação 
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Conforme estudo publicado pelo Instituto de Pós Graduação e Pesquisa em
Administração (COPPEAD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Brasil
possui um sistema de transporte ineficiente, quando comparado aos países
desenvolvidos como os EUA. A nossa produtividade em quantidade de toneladas
quilômetro útil produzida por mão-de-obra empregada no setor é de apenas 22%
da americana. Enquanto que, no setor de transporte, para cada dólar gerado em
nosso Produto Interno Bruto (PIB) gastamos cerca de 84.000 BTUs nos EUA é
gasto 65.000 BTUs. O BTU é a sigla para British Thermal Unit, que é uma unidade
de energia utilizada para elevação de temperatura. Desta forma, a informação
acima salienta que gastamos muito mais energia para produzir um bem material
do que os EUA, mostrando que temos muito o que melhorar em nossa eficiência.
Conhecendo os fatores que influenciam na eficiência do transporte, caberá ao
usuário definir qual modal escolher para o atendimento de sua demanda, o que
demandará uma análise mais profunda dos custos, além do desenvolvimento do
plano de transporte.
1.3.3 Análise de custos e desenvolvimento de plano de transportes
A palavra custo nos remete a dispêndio de capital. Neste tópico iremos analisar
os custos envolvidos no plano de transporte. De acordo com Ballou (2006), custos
são os gastos que a organização realizou no processo de distribuição física,
Ineficiência nas rotas para aproveitamento de benefícios fiscais (ICMS). 
Excessivo tempo e recursos gastos com o cumprimento de normas de
controle impostas pelo governo como nas áreas fiscais, ambientais e
trabalhistas.
Incentivos fiscais 
Burocracia 
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podendo ser classificados em custos fixos e variáveis. Os fixos são aqueles que
não variam conforme o nível de venda ou produção, podemos citar os de
aquisição e manutenção de direito de tráfego, instalações de terminais,
equipamento de transporte e administrativos. Enquanto que os custos variáveis
oscilam conforme sua produção ou venda, como por exemplo gastos com
energia elétrica, salários, combustíveis, equipamentos de manutenção, entre
outros. Dentre os custos citados, temos os de transporte, produção,
armazenagem e estoques que somados formam o custo total logístico.
Nesta avaliação pode haver uma compensação entre os custos de armazenagem
e manuseio com os de transporte e de produção, visto que uma empresa pode
reduzir seus gastos de produção utilizando o estoque para absorver as variações
de demanda. Além disso, pode reduzir as suas despesas de transporte, formando
lotes econômicos. Caberá ao gestor a definição do ponto de equilíbrio desses
custos para uma melhor operação.
Os dispêndios aqui descritos serão utilizados como insumos para o
desenvolvimento do plano de transportes, tanto nacional, quanto internacional.
No planejamento é necessário analisar e definir o tipo de modal de transporte, a
demanda de carga e sua sazonalidade, a infraestrutura utilizada, qual a rota a ser
percorrida, tipos de movimento (centro produtor para consumidor, por exemplo),
tipo de frota, equipamentos de movimentação de cargas, documentação e taxas
a serem pagas. Por meio de um plano detalhado será possível estimar o frete da
operação, visto a identificação e quantificação de todos os custos envolvidos na
operação.
1.4 Embalagem
Em nosso cotidiano estamos acostumados a consumir diversos produtos como
alimentos (leite, biscoito, queijos, vinhos, cervejas, ovos, carnes, chocolates),
materiais de limpeza, roupas, enfim, uma gama infinita de produtos que para
chegarem em nossas casas necessitam ser produzidos, escolhidos, embalados e
transportados.
As embalagens têm um papel fundamental na logística pois protegem o produto,
permitindo o seu manuseio e preservação de suas características, além de
divulgar a marca do fornecedor e as características de seu produto. Desta forma,
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a escolha correta da embalagem ganha um importante papel no planejamento
logístico. 
Você sabe quais são os tipos de embalagens que podemos utilizar? Quais suas
funções? Como avaliar sua eficiência? Ao estudar os conteúdos apresentados a
seguir você poderá responder a essas e outras perguntas sobre embalagens.
1.4.1 Funções e classificação das embalagens
As embalagens têm como principal função a de acondicionar o produto,
preservando suas características físicas e químicas, protegendo-o contra agentes
externos (temperatura, umidade e animais), além de promover a sua marca,
facilitando seu manuseio e utilização.
Outro papel desempenhado pela embalagem é a de alterar a densidade do
produto, isto é, permite que produtos com pouca densidade possam ser
transportados com um menor custo. Por exemplo, o algodão. Imagine
transportar uma tonelada de algodão in natura? Seriam necessários muitos
caminhões para esse transporte, o que demandaria muitos recursos. Contudo,
por meio da compactação do algodão por prensas é possível formar fardos que
após o ensacamento são transportados facilmente.
Assim sendo, as embalagens são classificadas em dois grandes grupos, que são
apresentados a seguir. Clique para vê-los. 
Embalagem primária 
É a embalagem que está em contato direto com o produto, por exemplo:
garrafa de vidro com suco, caixa de leite, embrulho da bala e pacote do
biscoito. 
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A seguir, vamos conhecer os tipos de embalagens o que permitirá um melhor
compreendimento de suas características.
1.4.2 Tipos de embalagens
Em nosso cotidiano, diversos tipos de matérias-primas são utilizadas na
produção de embalagens, podemos citar por exemplo: vidro, plásticos (diversos
tipos como o polipropileno - PP e Polietileno - PET), isopor, bioplásticos, madeira,
papel, papelão, alumínio, folha de flandres e aço inox. A escolha do material
utilizado é relevante para o processo logístico, visto que influenciará o usuário
em sua tomada de decisão, no qual irá considerar seus custos e suas
características. De acordo com Reis (2015), temos cinco principais tipos de
embalagens.
Embalagem de contenção: é aquela que fica em contato direto com o
produto, sendo compatível e não podendo alterar as características físicas
e químicas do produto. Por exemplo: garrafa de vidro com suco. 
Embalagem de apresentação: é aquela que envolve a embalagem de
contenção e apresenta o produto ao cliente no ponto comercial. Por
exemplo: caixa de cereais. 
Embalagem de comercialização: é aquela que contém um múltiplo de
embalagens de contenção e/ou apresentação. Por exemplo: caixa de
papelão com diversos pacotes de achocolatado em pó.
Embalagem secundária 
É a embalagem que protege a embalagem primária, por exemplo: caixa de
papelão com garrafas de suco e caixa de madeira com vários maços
individuais de hortaliças. 
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Embalagem de movimentação: é aquela que contém um múltiplo de
embalagens de comercialização, buscando melhor eficiência na
movimentação da carga por meio de equipamentos mecânicos como
empilhadeiras. Por exemplo: paletes.
Embalagem de transporte: é aquela que contém embalagens de
comercialização de produtos diferentes ou embalagens de movimentação,
com o objetivo de compor e entregar um produto ao cliente. Por exemplo:
no transporte marítimo utiliza-se o contêiner, no qual internamente haverá
paletes com os produtos que serão comercializados. Na figura abaixo
temos exemplos de embalagens.
#PraCegoVer: Possuímos alguns tipos de embalagem,onde podemos definir
diferenciar a embalagem primaria e secundaria: Sendo que representando a
embalagem primaria temos uma embalagem de um chocolate. Já nas
embalagens secundarias temos a embalagem de apresentação para
comercialização de varejo de uma caixa de papelão, bem como na embalagem de
transporte para comercialização atacado, e para movimentação temo um pallet e
representando uma embalagem de transporte temo um container. 
A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre a consolidação de embalagens
para um transporte mais eficiente.
1.4.3 Eficiência em embalagens: unitização e conteinerização
Figura 7 - Há uma gama diversa de tipos de embalagens, que desempenham diversas funções,
inclusive uma das mais importantes que é a conservação do produto. Fonte: REIS, 2015, p. 172.
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Cada vez mais buscamos eficiência em nossos processos, e com o transporte não
foi diferente. Para transportar mais produtos de uma forma eficiente, isto é, com
o menor prazo e custo possível, desenvolveram-se processos de consolidação de
cargas, onde se aglutina em uma única unidade de carga vários itens que serão
transportados como se fossem apenas um. Durante o percurso transportado, a
unidade tem que se manter inviolável, mantendo as características internas dos
produtos transportados. Esse processo de consolidação de cargas é denominado
unitização.
Com a unitização temos redução nos custos com transporte, mão-de-obra e com
a movimentação de materiais, visto que mais embalagens são transportadas de
uma única vez.
Listaremos a seguir as principais formas de unitizar as cargas.
Paletes: os produtos são armazenados em um estrado padronizado de
madeira ou plástico, que posteriormente é envolvido com um filme
plástico;
Big bag: os produtos são armazenados em grandes sacolas com
capacidade de até dois mil quilos, utilizados principalmente para produtos
secos e granulados;
Barril: os produtos são armazenados em uma estrutura cilíndrica
normalmente feita de madeira, utilizado para armazenar bebidas
alcoólicas como whisky, vinhos e cachaças;
Contêineres: os produtos são armazenados em grandes caixas que podem
ser transportadas em vagões ferroviários abertos, em caminhões, navios e
em aeronaves. É o principal tipo de unitização utilizado para o comércio
internacional.
Os contêineres possuem a vida útil dimensionada entre 10 a 15 anos, após o término de seu prazo de
validade devem ser substituídos. Como forma de destinação, há uso destes equipamentos na
construção civil, utilizando na habitação de pessoas. Para mais informações acesse o link:
<https://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/5595317920d4c.pdf
(https://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/5595317920d4c.pdf)> 
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https://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/5595317920d4c.pdf
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A conteinerização é a forma mais apurada da unitização conseguida em sistemas
modernos de distribuição. Os contêineres são feitos de material resistente que
impedem a avaria do produto por intempéries, possuem dimensões que
permitem aceitar a carga já em paletes, sendo utilizados em praticamente todos
os modais de transporte, principalmente no transporte marítimo de cargas. Além
disso, podem ser trancados para maior segurança e são movimentados com o
uso de guinchos especializados.
Biaso (2006) informa que na elaboração do contrato de transporte marítimo em
que se utilizará o contêiner, temos como integrantes do processo: o exportador, o
importador e a empresa de transporte marítimo, devendo ser acordado onde
será a operação de unitização e desunitização do contêiner, assim como quem
será o responsável pelo serviço e pelo custo. Os referidos processos podem
ocorrer em quatro combinações de localidades. Veja quais são elas clicando na
interação a seguir:
Píer/Píer: a carga é unitizada no porto de origem e
desunitizada no porto de destino. Esta forma é muito
utilizada pelas empresas que consolidam as cargas de
vários clientes. 
Píer/House: a carga é unitizada no porto de origem e
desunitizada nas instalações do consignatário. 

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Além da definição do local da operação conforme visto, anteriormente
necessitamos definir qual o tipo de carga, definindo o contêiner ideal para o
transporte. Na figura abaixo, temos os tipos de contêineres e suas características.
House/Píer: a carga é unitizada nas instalações do
exportador e desunitizada no porto de destino. 
House/House: a carga é unitizada nas instalações do
exportador e  desunitizada nas instalações do
importador.
 
Figura 8 - Os tipos de contêineres devem ser considerados no planejamento logístico, considerando
suas características e indicação de carga a ser transportada. Fonte: KEEDI; MENDONÇA, 2003.
 
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#PraCegoVer: Temos uma planilha onde na primeira coluna temos o tipo de
container e na segunda coluna temos a descrição do container. 
Neste tópico, conhecemos a função e os tipos das embalagens, assim como
aprendemos sobre os processos de unitização e conteinerização, onde fomos
apresentados aos tipos de contêineres e suas características.
Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento sobre os
conceitos básicos de logística, explorando as informações de eficiência e
competitividade na área. Também expandimos nossos conhecimentos sobre os
tipos de transportes e cargas, além de entendermos o funcionamento dos custos
envolvidos nos processos de transporte para o desenvolvimento de um plano de
transporte. Por fim, aprendemos sobre o condicionamento das cargas, avaliando
os tipos de embalagens, suas características e funções, passando pelos processos
de unitização e conteinerização, muito utilizado para as atividades de comércio
internacional.
Agora você já conhece quais são os pilares da logística e o seu significado em
nosso cotidiano e sabe quais são os tipos de cargas, embalagens e transportes
utilizados, assim como suas características, bem como entende como é calculado
o frete e avalia a eficiência das operações logísticas.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
conhecer os pilares e princípios da logística, entendendo os conceitos
básicos de logística integrada e cadeia de suprimento, além de
compreender os conceitos de eficiência e competitividade logística; 
identificar os tipos e características das cargas e dos modais de transporte;
entender o conceito de frete e seu impacto nas operações logísticas;
compreender os tipos de embalagens e suas características. 
aprender sobre processo de unitização e conteinerização de cargas e seu
uso no comércio externo.
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