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AULA 03 – Análise de Modelos e da Discrepância de Modelos · A análise de modelos é realizada na fase de dentição mista, uma análise preditiva, por meios dos incisivos inferiores permanentes e 1° molar permanente, precisam estar erupcionados. Modelos de Gesso · Reproduzidos dentro do padrão técnico adequado; · Reprodução dos detalhes anatômicos como dentes, rebordos alveolares e inserções musculares; · Em oclusão-reprodução a “relação cêntrica” do paciente, permitir a análise da relação molar, incisivos e caninos, além das assimetrias e das discrepâncias presentes; · Padrão de acabamento com lisura e durabilidade. Análise de Modelos · Forma e simetria dos arcos; · Alinhamento dental; · Giroversões; · Anomalias de forma; · Tamanho dental; · Diastemas; · Forma de palato. Modelos de Oclusão · Relação dos molares; · Sobremordida; · Sobresaliência; · Mordida cruzada; · Mordida aberta; · Inclinações axiais; · Curva de Spee. Visão Posterior · Sobremordida; · Oclusão das cúspides limguais; · Relacionamento dos planos inclinados linguais. Discrepância de Modelo (DM) · Prever, por meio de tabelas ou radiografias, o tamanho dos dentes permanentes não erupcionados e se estes terão espaço na base óssea; · Determina a relação entre a quantidade de espaço no arco dentário e a quantidade de espaço que se precisa para que todos os dentes fiquem alinhados; · É obrigatório a presença dos incisivos permanentes superiores e inferiores e os quatro 1° molares permanentes; · Perímetro do arco. Diagnóstico · Exame clínico; · Exames radiográficos; · Análise de modelos – discrepância de modelos entre o espaço presente e o espaço requerido Material Necessário · Modelo de gesso; · Ficha- cartão; · Lápis; · Borracha; · Régua milimetrada (ou paquímero). Discrepância de Modelo ´ DM = EP -ER Espaço Requerido (ER) · Somatório do maior diâmetro mesiodistal dos dentes permanentes erupcionados ou intra-ósseos, localizados de mesial de 1° molar permanente até mesial do lado oposto. Espaço Presente (EP) · Perímetro do osso basal (em milímetros) compreendido entre a mesial do 1° molar permanente até a mesial do 1° molar permanente do lado oposto. EP = ER DM NULO Sobra de espaço ósseo para a erupção dos dentes permanentes. Pode haver diastemas na dentição permanente. EP > ER DM POSITIVO Tamanho ósseo é justo para abrigar os dentes permanentes. Tamanho ósseo semelhante ao necessário para acomodar os dentes permanentes. Devemos ficar atentos, pois o perímetro do arco diminui quando da troca dos decíduos pelos permanentes. EP < ER DM NEGATIVO Falta de espaço para a erupção dos dentes permanentes não erupcionados. Arcada mais atrésica, podendo haver apinhamento. Fio de Latão · O espaço presente pode ser medido através do uso de fio de latão, da seguinte forma: · Fio de latão que deve ser contornado passando pelo centro das coroas dos dentes, contornando a forma do arco dentário; · Vai da mesial do 1° molar permanente de um lado até a mesial do 1° molar permanente do lado oposto; · Deve-se esticar o fio de latão sobre uma régua e medir o valor final em milímetros. Compasso de Ponta Seca · Utilizando-se o compasso de pontas secas a medição pode ser feita dividindo o arco dentário em 4 seções: · Da mesial do primeiro molar permanente a distal do incisivo lateral; · Da distal do incisivo lateral a mesial do incisivo central; · Da mesial do incisivo central a distal do incisivo lateral; · Da distal do incisivo lateral a mesial do primeiro molar permanente. Espaço Requerido (ER) · Dente a dente, sempre com o compasso de ponta seca; · Na dentição mista há dois métodos: · Método Estatístico · Análise de Moyers; · Análise de Tanaka – Johnston; · Método Radiográfico · Análise de Nance. Método de Moyers Dividiu o arco em 2 segmentos: Posterior Caninos, 1° e 2° molares decíduos Anterior Incisivos permanentes · Erro sistemático mínimo; · Pode ser realizada por principiante ou especialista; · Não exige muito tempo de trabalho; · Pode ser usada em ambos os arcos; · O tamanho dos caninos e pré-molares são deduzidos do conhecimento do tamanho dos incisivos inferiores permanentes já irrompidos na boca. Espaço Presente Anterior (EPa) = 1. Incisivos inferiores escolhidos como medida; 2. Mede-se com paquímetro ou compasso de ponta seca o maior da mesial de canino a mesial de central, referente ao perímetro da base óssea. Soma-se as duas medidas. 3. Usando -se o compasso de ponta seca, coloca-se uma das pontas do mesmo na linha mediana e faz-se a abertura até a mesial do canino decíduo. Essa abertura é demarca na ficha cartão. Repete-se o mesmo procedi mento para o lado o posto. E soma as medidas. Espaço Requerido Anterior (ERa) 1. Mede-se dente a dente a distância mesiodistal dos 4 incisivos inferiores; 2. Esta soma (S.I. inf) é fundamental para a análise de Moyers (análise preditiva). EPa Mesial do canino decíduo até a linha média, direita e esquerda; ERa Maior distância mesiodistal de cada incisivo permanente (ficha cartão). Discrepância do Modelo Anterior (DMa) = EPa -ERa Espaço Presente Posterior (EPp) = · Coloca-se a ponta do compasso na mesial do primeiro molar permanente abre-se até a mesial do canino decíduo levando essa medida á ficha cartão. Espaço Requerido Posterior (ERp) · · Determina o somatório dos diâmetros M-D dos incisivos inferiores; · A partir dessa soma, utiliza a tabela para predizer o valor de caninos e pré-molares; · Usar probabilidade de 75%; · O valor encontrado na tabela corresponde a somatória dos diâmetros mésio-distais de caninos e pré-molares de uma hemiarcada; · Para determinar o ER, deve-se multiplicar o valor encontrado na tabela por 2 e somar aos incisivos inferiores. E usamos a fórmula: ER = soma M-D inc.inf. + (valor da tabela x2). OBS: Para o arco superior, seguimos a mesma sequência de etapas porém, devemos fazer a predição dos caninos e pré-molares a partir da soma dos Incisivos inferiores (ver na tabela para dentes superiores em 75%), e no momento do cálculo final, devemos medir os diâmetros dos incisivos superiores!!! EPp Mesial do 1° molar permanente a mesial do canino decíduo (direito e esquerdo); ERp Tabela preconizada de Moyers. Discrepância do Modelo Posterior (DMp) = EPp -ERp DMt = EPt -ERt DMt = (EPa + EPp) – (ERa + ERp) DMt = (EPa + EPp) – (ERa + {ERp [tabela x2]}) Para o resultado dos superiores usa-se a tabela A e para os inferiores a B. Ex.: Diâmetro mesiodistal dos incisivos inferiores = 28,5mm Procuro na tabela, previsibilidade de 75%, qual o valor referente ao 28,5 mm, que será o valor de referência do espaço requerido para caninos e pré-molares de um lado. Espaço Requerido de caninos e pré-molares= 25,4 mm ( de um lado) Espaço Requerido = 25,4 x 2 (lado esquerdo + lado direito) = 50,8 mm Espaço Requerido Total = 50,8 (caninos e pré-molares ) + 28,5 (incisivos inferiores) = 79,3 mm EX.: Espaço presente = 72mm mesial do 1° molar permanente até a mesial do 1° molar permanente do lado oposto. Soma dos incisivos = 23 mm mesial de canino até a linha media do lado direito + mesil de canino até a linha média lado esquerdo Valor na tabela de Moyers = 22, 2 valor de referência de caninos e pré-molares de um lado Espaço Requerido = 23 + 2 (22,2) = 67,4 mm Soma dos incisivos + 2x valor da tabela DM = EP – ER = 72 – 67,4 = 4,6 mm (DM > 0 – POSITIVA)
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