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CONCEITUAÇÕES DO DIREITO Conceituações de Filósofos • Ulpiano » o direito é a arte do bom e do justo; • Kant » o direito é o conjunto das condições que regulam o arbítrio; • Hugo Grócio » direito é o conjunto de normas ditadas pela razão e sugeridas pela Appetitus societatis (vontade social); • Von Ihering » direito é o conjunto de regras e condições asseguradas pela coação (forma de punição, sansão, castigo); • Miguel Reale » direito é uma integração normativa de fatos segundo valores, ou seja, FATO, VALOR E NORMA. o Fato: matar; o Valor: à vida; o Norma: código penal. • DIREITO OBJETIVA A PACIFICAÇÃO SOCIAL. Conceituações em áreas distintas • Direito como CIÊNCIA » conjunto de regras utilizadas pela ciência jurídica se preocupando com a ordem e segurança social; • Direito como NORMA JURÍDICA » Sua presença em normas como a Constituição, leis, decretos; • Direito como PODER OU PRERROGATIVA » Quando se afirma que alguém tem a faculdade, o poder de exercer algo, sendo isso um DIREITO da pessoa; • Direito como FATO SOCIAL » Existência de regras presentes no meio social; • Direito como JUSTIÇA » surge quando se percebe que certa situação é do direito porque é justa. • Introdução ao estudo do direito o Matéria de iniciação, fornece noções fundamentais; o Matéria propedêutica » preliminar, inicial; Epistemologia Jurídica • Epistemologia » teoria das ciências; ciência/estudo do conhecimento; o Tem por objetivo estudar as origens, estrutura, o método e a validade do conhecimento. • Epistemologia Jurídica » estudo dos fatos que dão origem ao direito, as diversas formas de analisa-lo, além da reflexão e estudo crítico dessa ciência. o É necessária no direito para se aprofundar nas diferentes áreas do Direito; o Característica » desvenda visões e teorias de diferentes áreas jurídicas. • IMPORTÂNCIA DA EPISTEMOLOGIA NO DIREITO o Se justifica da necessidade de discutir a problemática do conhecimento, ou seja, a relação entre o sujeito conhecedor e o objeto que se objetiva conhecer, além de, é claro, a relevância dessa relação para a ciência; o As várias concepções que temos do mundo, valores, e outros fatores “interferem” o entendimento do direito. • A Ciência é caracterizada por: o Construída por meio de um discurso lógico; o Busca compreender verdades ou leis naturais para explicar o funcionamento de algo. • Dogmática Jurídica » ciência a qual tem suas decisões acerca do que ela própria considera como certo e indiscutível, não deixa margens para determinações dentro de outros preceitos jurídicos que relacionem parâmetros diferentes dos seus, mesmo porque a dogmática do direito tem parâmetros próprios, impedindo outras intervenções. o Dentre suas funções, a principal se pauta em manter a estabilidade social, eliminando os conflitos e tendo uma concepção particular de valor. CONCEITUAÇÕES APLICADAS AO DIREITO Epistemologia aplicada ao Direito • Direito Natural (Jusnaturalismo) » aquele inerente ao homem, estando antes do Estado, não necessitando estar de fato escrito; o Originam os PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO; o Está presente desde nosso nascimento com vida; o Imutável, universal; • Direito Positivo (Juspositivismo) » é o conjunto de princípios e regras que regem a vida social de determinado povo em determinada época. o Surge do Estado; o Constituição, códigos jurídicos; o Mutável e particular à sociedade que o cria; o Deve: ▪ Ser emanada de autoridade competente ou autorizada; ▪ Estar em vigor; ▪ Ser compatível com a outra. • Direito Objetivo » o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, de modo obrigatório e tendo sansão em caso de violações. o Norma agendi » norma de agir; o Escrito, regula as relações humanas e o cumprimento do Direito. • Direito Subjetivo » quando uma norma jurídica é violada, ela entra no campo subjetivo/individual, tendo como base as prerrogativas do direito. Ou seja, em sua violação, há a faculdade de agir, a qual é assegurada por norma jurídica. o Facultas agendi » faculdade de agir; o Integridade física: se alguém violar, poderá ser sancionado com indenização. • A compreensão do Direito, bem como seu entendimento baseado na neutralidade, é dificultada por situações de interferência de várias áreas: o Religião; o Política; o Econômica; o Dogmática; o Direito Positivo/Natural (unicamente); o Preceitos morais individuais. FONTES DO DIREITO • Origem, o início do Direito. Lei • Visa disciplinar condutas objetivando o interesse da coletividade, de forma a proporcionar uma coexistência pacífica entre os membros da sociedade. Analogia • Utilização em hipóteses não previstas em lei, aplicando-se aos casos semelhantes; • LINDB, Art. 4º » “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com analogia, os costumes e os princípios gerais do direito”. “de onde?” Da sociedade Como? Prioridade Costumes • Criação espontânea da sociedade; • Baseiam-se em valores morais da sociedade, relativos ao bom senso e ao ideal de justiça; • É composto por 2 elementos: CONSCIÊNCIA DA OBRIGATORIEDADE (direito subjetivo) + PRÁTICA REITERADA (direito objetivo); • Ex.: cheque pré-datado. • Praeter legem » na falta da lei; • Secundum legem » segundo a lei; • Contra legem » contra a lei. • NÃO podem ser usados no código penal; o Segundo o art. 1º do CP, apenas a lei pode criar um tipo penal. Princípios Gerais do Direito • Constituem a essencialidade do Direito; • Deles são tirados e fixados padrões que orientarão os preceitos que serão traduzidos pela legislação (criação de leis); • Art.1º CF » Princípios Fundamentais; • Princípio da dignidade da pessoa humana; • Princípio da boa-fé » Direito Civil; • Princípio in dubio pro reo » Direito Penal; • Princípio in dubio pro natura » Direito Ambiental. Jurisprudência • Todas as decisões tomadas por juízes e/ou tribunais a respeito de algo. Doutrina • Estudo e repasse de conhecimento de autores que se aprofundaram na ciência jurídica, sem comprometimentos com preconceitos e pressupostos, mas sim por índole livre; • Pode conter alguns equívocos, por isso não pode ganhar caráter absoluto; • Livros, artigos, referências, obras. Tratados • Convenção ou acordo entre dois ou mais estados soberanos, tendo sua motivação bem variada. Atos Jurídicos • Autonomia que as partes possuem para regular determinado ato jurídico. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO Direito Público Direito Privado » Prevalece o interesse da coletividade; » Relação de subordinação, o Estado no topo; » Direito Penal » Prevalece a autonomia da vontade do indivíduo; » Relação de coordenação; » Direito Civil • Direito objetivo divide-se entre público e privado • Público » D. Constitucional, Administrativo, Financeiro, Internacional Público, Penal, Ambiental, Tributário; • Privado » D. Civil, Comercial ou Empresarial, Internacional Privado. • Misto » D. do Trabalho, do Consumidor. ESTADO SUJEITO PARTICULAR PARTICULAR ÉTICA, MORAL E DIREITO • Ética » significa “caráter”, modo de ser ou qualidade do ser; o Significa basicamente uma qualidade de ideia de distinguir o que é certo e errado, o que é justo e o que não é, de fazer o bem. o ÉTICA É O CONHECIMENTO QUE OFERTA AO HOMEM CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DA MELHOR CONDUTA. • Para Sócrates » “conhecimento capaz de conduzir o homem à felicidade”; • Para Platão » “o saber que dirige a conduta humana à justiça”; • A ética estuda a moral; • Moral » costume ou hábito de um povo, sendo ele, de certa forma, a prática da ética. o Moral social » conjunto de atitudes ou maneiras de agir entre membros de uma sociedade como um todo; o Moral individual » forma de agirde um indivíduo. Nessa individualidade, a pessoa pode ir contra os valores pregados socialmente, onde a moral social poderá contestar tal atitude. ÉTICA MORAL Teórica, universal, especulativa Prática, particular, pragmática Fornece critérios para eleição da melhor conduta Depende do espaço e tempo (relativa), além de ter caráter histórico e social • Direito regula condutas externas, a moral regula as condutas internas; • Direito impõe deveres e garante direitos, a moral impõe deveres; • Direito é heterônomo e imposto independente da situação, a moral é autônoma e só vale se você aceita uma cultura. Teoria dos círculos • Teoria dos Círculos Concêntricos (Jeremy Bentham) o Afirma que tudo que é direito está inserido na moral. • Teoria dos Círculos Secantes (Du Pasquier) o Nem tudo que é moral é direito, bem como nem tudo que é direito é moral; o São áreas independentes, entretanto, possuem pontos em comum; o Questão do aborto. • Teoria dos Círculos Independentes (Kelsen) o Entende que são áreas totalmente diferentes e independentes. MORAL DIREITO MORAL DIREITO MORAL DIREITO • Teoria do Mínimo-Ético (Jellinek) o o Direito deve representar o mínimo de preceitos morais necessários ao bem-estar da sociedade. MORAL DIREITO
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