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DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ O diagnóstico de gravidez vem se tornando cada vez mais precoce e seguro. Na última década, o desenvolvimento de técnicas imunológicas e o emprego da ultrassonografia transvaginal possibilitam o diagnóstico correto de gestação, já na falha menstrual. O diagnóstico de gravidez pode ser dividido em diagnóstico clínico, laboratorial e ultrassonográfico. Diagnóstico Clínico - É feito por meio de dados obtidos pela anamnese, inspeção, palpação, toque, ausculta e pela medida da temperatura basal. Esses sinais são considerados de probabilidade, quando relacionados ao organismo materno. Anamnese - durante a anamnese, nos dados colhidos das pacientes podem-se salientar os seguintes: ● Atraso menstrual: A principal causa de atraso da menstruação em mulheres em idade reprodutiva é a gravidez. O atraso menstrual é o sinal mais precoce da gravidez. Portanto, deve- se sempre pensar nesse diagnóstico em mulheres sexualmente ativas que apresentarem atraso menstrual, devendo-se procurar orientação médica para avaliação da melhor conduta a seguir. ● Náuseas e vômitos: sem causa justificável, são frequentes até a 10ª semana da gestação. ● Polaciúria: relacionada com a compressão da bexiga pelo corpo uterino. ● Cólicas leves no hipogástrio: semelhantes a cólicas menstruais. ● Sialorréia: aparece no primeiro trimestre. ● Mastalgia bilateral: sensação de aumento no volume das mamas. ● Movimentação fetal: é relativamente tardia, ocorre nas multíparas em torno da 16ª-18ª semanas, e nas nulíparas entre a 18ª-20ª semanas. Inspeção – após a 8ª semana, observa-se coloração arroxeada do vestíbulo e da parede vaginal anterior em decorrência da congestão venosa local. Palpação – a partir da 10ª-12ª semanas o corpo uterino pode ser palpado na área hipogástrica. E na expressão das mamas pode-se perceber o escoamento do colostro, após a 10ª semana. Toque vaginal - O toque no início da gestação auxilia no diagnóstico obstétrico (amolecimento do colo ou sinal de Hegar), útero aumentado de volume e globoso (sinal de Nobel-udin), corpo uterino amolecido etc. No trabalho de parto apreciam-se as condições da vagina, se é permeável e se há presença de septos, as características do colo (dilatação, espessura, esvaecimento e centralização) e por meio dele, a bolsa das águas, se íntegra ou rota, e neste caso, a cor do líquido amniótico. Pelo toque confirmam-se a apresentação, a posição e a sua variedade. Por último, verificam-se as condições da bacia, particularmente o conjugado diagonal (e, por conseguinte, o conjugado verdadeiro), o arco anterior, as espinhas ciáticas e o cóccix. É de boa técnica fazer o toque vaginal com as mãos rigorosamente lavadas e revestidas de luvas esterilizadas, entreabrindo-se a vulva com os dedos de uma das mãos, e obedecidos os preceitos de assepsia e antissepsia. Ausculta - A ausculta dos BCFs é diagnóstico de certeza de gravidez e pode ser feita pelo sonar doppler a partir da 10ª semana e pelo uteroscópio Pinard com 18- 20 semanas (a ausculta é obrigatória após 16 semanas). Temperatura Basal - A elevação da temperatura basal por mais de 16 dias sugere fecundação.
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