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Portifólio 2 Aula 2 – Transporte de portadores Deriva: Movimento dos portadores devido a presença de um campo elétrico. �⃗� 𝑒 = − 𝜇𝑛 �⃗� 𝑂𝑛𝑑𝑒 𝝁 é 𝑜 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 �⃗� 𝑝 = 𝜇𝑝 �⃗� Corrente de deriva: Calculada a partir da quantidade de portadores que atravessam a seção reta de uma barra condutora por unidade de tempo. 𝑖𝑛/𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎 = −𝑞. 𝑛. 𝑉. 𝐴 (𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎) 𝑗𝑁/𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎 = 𝑞.𝑁. 𝜇𝑛. ‖�⃗� ‖ (𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠) 𝑗𝑃/𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎 = 𝑞. 𝑃. 𝜇𝑝. ‖�⃗� ‖ (𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑙𝑎𝑐𝑢𝑛𝑎𝑠) 𝑗𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎 = 𝑞. (𝑁. 𝜇𝑛 + 𝑃. 𝜇𝑝) . ‖�⃗� ‖ (𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) Resistividade de um semicondutor • Semicondutor intrínseco: 𝜌 𝑖 = 1 𝑞𝑛𝑖 (𝜇𝑛 + 𝜇𝑝) • Semicondutor tipo P: 𝜌 𝑃 = 1 𝑞.𝑁𝐴 . 𝜇𝑃 { 𝑁𝐴 ≫ 𝑛𝑖 𝑃 ≈ 𝑁𝐴 𝑛 = 𝑛𝑖 2 𝑁𝐴 ≪ 𝑃 • Semicondutor tipo N: 𝜌 𝑁 = 1 𝑞.𝑁𝐷 . 𝜇𝑁 { 𝑁𝐷 ≫ 𝑛𝑖 𝑛 ≈ 𝑁𝐷 𝑝 = 𝑛𝑖 2 𝑁𝐷 ≪ 𝑁 Transporte por difusão: Redistribuição de portadores de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração. • Quantificado pela Lei de Fick³ 𝐹 = −𝐷𝛻𝑛 𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝐹 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 D = Coeficiente de difusão 𝛻𝑛 = 𝑑𝑛 𝑑𝑥 = 𝐺𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 { 𝐽𝑛/𝑑𝑖𝑓 = 𝑞𝐷𝑛𝛻𝑛 𝐽𝑃/𝑑𝑖𝑓 = −𝑞𝐷𝑛𝛻𝑃 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐽𝑛/𝑑𝑖𝑓 + 𝐽𝑃/𝑑𝑖𝑓 = 𝑞(𝐷𝑛 𝑑𝑛 𝑑𝑥 − 𝐷𝑃 𝑑𝑝 𝑑𝑥 ) Aula 3 – Junção PN/Circuito Aberto/ Polarização Direta e Reversa Junção PN: Junção de semicondutores do tipo P (excesso de lacunas) e do tipo N (excesso de elétrons), forma um diodo semicondutor que tem como função a retificação de tensão. • Da junção PN surge um gradiente de concentração, acarretando em uma corrente de difusão. • Os portadores se recombinam e criam uma região de depleção, onde restam somente as cargas fixas (negativas no lado P e positivas no lado N) Interrupção da corrente de difusão: Pode haver uma interrupção na corrente de difusão por conta dos seguintes fatores: • Equalização da concentração de portadores na fronteira da junção. • Por conta do campo elétrico formado na região de depleção. Potencial interno da junção: Tensão necessária para o diodo conduzir. 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 𝑘𝑇 𝑞 ln ( 𝑛𝐴𝑛𝐷 𝑛𝑖 2 ) 𝑘𝑇 𝑞 = 𝑣𝑇 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 = 26 𝑚𝑣 𝑎 300𝐾 Polarização Reversa: • + da bateria ligado no anodo • - da bateria ligado no catodo • Há um aumento do tamanho da região de depleção, o diodo então funciona como um capacitor e sua capacitância varia em função do potencial reverso aplicado Polarização direta: • + Da bateria ligado no catodo • - Da bateria ligado no anodo • Favorece o movimento dos portadores majoritários, causando um aumento dos portadores minoritários e assim aumentando a corrente de difusão e o tamanho da região de deflexão. Aula 4 – Modelos de Diodos - Exponencial, Ideal e Tensão constante Modelo Exponencial: 𝐼𝐷 ≈ 𝐼𝑆 𝑒 𝑉𝐷 𝑉𝑇 → 𝑉𝐷 = 𝑉𝑇 𝑙𝑛( 𝐼𝐷 𝐼𝑆 ) • Para uma grande variação 𝐼𝐷 de tem-se uma pequena variação de 𝑉𝐷 . • Permite utilizar os diodos como simples reguladores de tensão. Modelo Ideal: • Simplifica os cálculos afim de manter a linearidade • Polarizado inversamente -> circuito aberto • Polarizado diretamente -> Circuito fechado Modelo Bateria: • Vx < Vd,on -> Circuito aberto • Vx => Vd,on -> curto com a bateria. Exercício 19 Uma junção PN tem ND = 5 × 1017 𝒄𝒎−𝟑 e NA = 4 × 1016 𝒄𝒎−𝟑. Determine: a) As concentrações de portadores majoritários e minoritários nos dois lados da junção Solução: Para o lado N da junção, temos: • Portadores majoritários 𝑛𝑛 = 𝑁𝐷 = 5.10 17𝑐𝑚−3 • Portadores minoritários 𝑝𝑛 = 𝑛𝑖 2 𝑁𝐷 = (1,08.1010)² 5.1017 = 223,28 𝑐𝑚−3 Para o lado P da junção, temos: • Portadores majoritários 𝑃𝑝 = 𝑁𝐴 = 4.10 16𝑐𝑚−3 • Portadores minoritários 𝑛𝑝 = 𝑛𝑖 2 𝑁𝐴 = (1,08.1010)² 4.1016 = 2,916 . 103 𝑐𝑚−3 b) O potencial interno em T = 250 K, T = 300 K e T = 350 K. Explique a tendência observada nos valores calculados. Solução: O potencial interno é dado por : 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 𝑘𝑇 𝑞 ln ( 𝑛𝐴𝑛𝐷 𝑛𝑖 2 ) 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑛𝑖 = 5,2. 10 15 . 𝑇 3 2. 𝑒𝑥𝑝(− 𝐸𝑔 2𝑘𝑇 ) Para T= 250K : 𝑛𝑖 2 = (5,2. 1015 . 250 3 2. 𝑒𝑥𝑝(− 1,792. 10−19 2 . 1,38 . 10−23 . 250 ))2 = 1,169 . 1016 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 1,38 . 10−23 . 250 1,602 . 10−19 . ln ( 4. 1016. 5. 1017 1,169 . 10 )16 = 904,33 𝑚𝑉 Para T= 300K : 𝑛𝑖 2 = (5,2. 1015 . 300 3 2. 𝑒𝑥𝑝(− 1,792. 10−19 2 . 1,38 . 10−23 . 300 ))2 = 1,161 . 1020 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 1,38 . 10−23 . 300 1,602 . 10−19 . ln ( 4. 1016. 5. 1017 1,162 . 10 )20 = 852,26 𝑚𝑉 Para T= 350K : 𝑛𝑖 2 = (5,2. 1015 . 350 3 2. 𝑒𝑥𝑝(− 1,792. 10−19 2 . 1,38 . 10−23 . 350 ))2 = 8,940 . 1022 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 1,38 . 10−23 . 300 1,602 . 10−19 . ln ( 4. 1016. 5. 1017 8,940 . 10 )22 = 787,93 𝑚𝑉 Nota-se que com um aumento da temperatura o potencial interno da junção diminui. c) Obtenha a expressão da derivada 𝒅𝑽𝑫,𝒐𝒏 𝒅𝑻 e o gráfico de VD,on em função de T 𝑑 𝑑𝑇 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 𝑑 𝑑𝑇 ( 1,38 . 10−23. 𝑇 1,602 . 10−19 ln( 4. 1016. 5. 1017 (5,2. 1015 . 𝑇 3 2. 𝑒𝑥𝑝(− 1,792. 10−19 2 .1,38 . 10−23. 𝑇 ))² )) = 0,0000861423 . lnቌ exp (− 12985,5 𝑇 ) 𝑇³ ቍ + 1,1186 𝑇 + 0,000310644 Variando T de 0 a 400, temos o seguinte gráfico: Exercício 20 As concentrações de dopantes em uma junção PN são iguais a: 𝑁𝐷 = 1,8. 10 16𝑐𝑚−3 𝑒 𝑁𝐴 = 2. 10 16𝑐𝑚−3 Determine a capacitância por unidade de área do dispositivo para: a) 𝑽𝑹 = 𝟎 𝑽 A Capacitância de junção por unidade de área é dada por: 𝐶𝑗 = √ 𝜀𝑠𝑖. 𝑞 2 . 𝑁𝐴 𝑁𝐷 𝑁𝐴 + 𝑁𝐷 . 1 𝑉𝐷,𝑜𝑛 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 0𝑣 𝐶𝑗 = 𝐶𝑗0 Nas condições dadas o potencial interno é: 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 26. 10 −3. ln ( 2.1016 . 1,8.1016 (5,2.1015 .300 3 2.𝑒𝑥𝑝(− 1,792.10−19 2 .1,38 .10−23 . 300 ))2 ) = 0,747 𝑚𝑉 Portanto 𝐶𝑗 = √ 1,04 . 10−12 . 1,6 . 10−19 2 . 3,6 . 1032 3,8 . 1016 . 1 0,747 = 3,248 . 10−8 𝐹/𝑐𝑚² b) ԡ𝑽𝑹ԡ = 𝟏 𝑽 𝐶𝑗 = 𝐶𝑗0 √1 + ԡ𝑽𝑹ԡ 𝑉𝐷,𝑜𝑛 = 3,248 . 10−8 √1 + 𝟏 0,747 = 2,124 . 10−8 𝐹/𝑐𝑚² Exercício 23 Considere uma junção PN fabricada em silício, com os seguintes parâmetros 𝑁𝐷 = 4. 10 16𝑐𝑚−3 , 𝑁𝐴 = 2. 10 16𝑐𝑚−3 , 𝐿𝑛 = 20𝜇𝑚 𝑒 𝐿𝑝 = 30𝜇𝑚 Determine a área da junção necessária para uma corrente de saturação 𝑖𝑠 = 10 −15𝐴. Solução: A partir da equação da corrente de saturação temos que a área pode ser obtida por: 𝑨 = 𝑖𝑠 𝑞𝑛𝑖 2 ( 𝐷𝑛 𝑁𝐴𝐿𝑛 + 𝐷𝑝 𝑁𝐷𝐿𝑝 ) Substituindo os parâmetros dados, temos: 𝑨 = 10−15 1,6 . 10−19. (1,078 . 1010)2. ( 34 2 . 1016 . 20 . 10−4 + 12 4 . 1016 . 30 . 10−4 ) = 5,661 . 104 𝜇𝑚²
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