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SLIDES DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA (3)


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NOME DO TUTOR  |  TURMA
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA
Apresentação
EMENTA
    Inserção introdutória do aluno no contexto de espaços educativos. Introdução à 
compreensão da escola nas suas dimensões histórica, social, política e cultural. Introdução à 
delimitação epistemológica da área de Educação Musical. Funções sociais da música. Função 
político pedagógica do educador musical. Inserção do aluno no contexto de espaços 
educativos. Compreensão crítica da escola na sua dimensão histórica, social, política e cultural.
    A escola como (re) produtora e como produtora de cultura. As funções da música nos 
diversos contextos sócio-culturais. As manifestações musicais de origem afro-brasileira, 
indígena e europeia, rural e urbana no repertório e na Educação Musical. Concepções de 
Educação Musical: Dalcroze, Orff, Kodaly, Martenau, George Snider, Murray Schaffer e outros. 
    A música como área do conhecimento na escola. Funções sociais da escola e funções sociais 
da música.  Compromissos éticos, políticos e pedagógicos do educador musical.
Objetivos da disciplina
 Delimitar a área da Educação musical, mostrando suas interlocuções com a Educação Básica.
Destacar a importância da formação inicial e profissionalização do educador musical, para que a música seja tratada como área do conhecimento na escola.
Dialogar sobre a função político pedagógica do Educador Musical, a quem cabe dimensionar a importância e abrangência da música na escola.
Conhecer os principais educadores musicais do século XX e da atualidade.
Acessar suas metodologias e repertórios, passíveis de utilização em diferentes espaços escolares e não-escolares.
Conceber a música como uma área do conhecimento.
Acessar as tendências históricas do ensino de música no Brasil.
Discutir sobre os processos avaliativos em música.
Biblioteca virtual
Básica:
MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz. Pedagogias Em Educação Musical (online Plataforma Pearson):Curitiba: Intersaberes, 2012.
MATEIRO, Teresa (ORG). Pedagogias Brasileiras Em Educação Musical (online Plataforma Pearson):Curitiba: InterSaberes, 2015.
FUCCI-AMATO, Rita. Escola E Educação Musical: (Des)caminhos históricos e horizontes (online Plataforma Pearson). São Paulo: Papirus, 2015.
Complementar:
SARAIVA, Juracy Assmann [.] et al . Palavras, Brinquedos E Brincadeiras: cultura oral na escola. (online Minha Biblioteca). Porto Alegre: Artmed, 2011.
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Duskin, R.. O Mundo Da Criança: da Infância à Adolescência (online Minha Biblioteca). 11.ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.
TAVARES, Isis Moura; CIT, Simone. Linguagem Da Música (online Plataforma Pearson):Curitiba: Intersaberes, 2013.
ZAGONEL, Bernadete. Brincando Com Música Na Sala De Aula: jogos de criação musical usando a voz o corpo e o movimento (online Plataforma Pearson). Curitiba: Intersaberes, 2012.
MOURA, Ieda C. de; BOSCARDIN, Maria Teresa Trevisan; ZAGONEL, Bernadete. Musicalizando Crianças: teoria e prática da educação musical (online Plataforma Pearson). Curitiba: Intersaberes, 2012.
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA
UNIDADE 1 - 
    
Unidade 1
O objeto do estudo da educação musical é a produção do fenômeno sonoro: a música, em suas diversas relações com o ser humano, na maneira pela qual a música é percebida e manipulada por cada pessoa. Para se comunicar, expressar-se, compreender as mensagens que nos são transmitidas, é necessário que se conheçam os elementos dessa área do conhecimento. 
  
Assim, compreendemos a música como processo de comunicação sensorial, simbólica, afetiva e, portanto, social. As implicações afetivas, sociais e psicomotoras abordadas não devem nos afastar do foco principal da educação musical: a música como área de conhecimento específica. É preciso priorizar a vivência musical apontando os elementos que compõem a música, sendo ela o objeto de estudo em sala de aula, tendo em mente que só é possível compreender música fazendo música, ouvindo música e experimentando música de forma prática e consciente. 
TÓPICO 1
O QUE É EDUCAÇÃO  MUSICAL?
    
Unidade 1
Quanto ao papel do professor/educador musical são aspectos importantes: 
Buscar formação técnica e pedagógica contínua, de modo que sua prática educacional seja constantemente avaliada e melhorada.
Vivenciar o maior número possível de experiências artísticas, e o fazer musical, de modo que cada sensibilização que vivenciou se torne repertório e experiência que facilita o processo didático.
Assumir o papel de mediador  do conhecimento musical, fomentando o encantamento e o estranhamento com as diversas possibilidades musicais.
Analisar se, por meio de sua ação como mediador cultural na escola e seu entorno, suas experiências sensibilizadoras com a Arte e a música foram capazes de interferir na formação pessoal dos alunos. 
TÓPICO 1
O QUE É EDUCAÇÃO  MUSICAL?
    
Unidade 1
    Buscando compreender a função político-pedagógica que a música desempenha, o professor precisa perceber que ela está ligada à vida cotidiana, carregando os significados adquiridos e experimentados nas práticas musicais formais ou informais, o que significa que a aula de música não pode estar fora do contexto musical dos alunos.
    Por outro lado, o ensino de música não pode ficar apenas com aquilo que os alunos já conhecem e gostam. As aulas de música devem ampliar repertórios, conhecimentos, formas de ouvir e, também, de escrever e executar música. De modo que se tenha um tipo de educação que, ampliando os horizontes, amplie possibilidades de atuação no mundo. 
             TÓPICO 2
FORMAÇÃO POLÍTICO-PEDAGÓGICA
DO EDUCADOR MUSICAL
    
Unidade 1
    No campo prático é importante que se busque propiciar uma
educação sobre música, com a presença da música, e com conteúdo trabalhado por meio da música. Uma forma de pôr em prática esta proposta é por meio de quatro formas de inserções diferentes. Utilizando a Execução, da Apreciação, a Descrição e a Criação.
Resumindo a concepção de educação musical apresentada no tópico podemos dizer que: a escuta exige uma audição atenta e concentrada; a valorização do processo e não apenas do resultado nas atividades musicais desenvolvidas, percepção da audição como um processo de escuta ativa, a manutenção de uma relação de diálogo da cognição com a sensibilidade e, organização de aulas com foco na criação e fruição, a busca por uma educação que contemple sensibilidade e técnica de modo a desenvolver o sujeito de forma integral.
             TÓPICO 2
FORMAÇÃO POLÍTICO-PEDAGÓGICA
DO EDUCADOR MUSICAL
    
Unidade 1
    Alan Merriam (1923-1980), em sua obra A Antropologia da Música (1964), categorizou as funções da música na sociedade, procurando compreender o papel da música na cultura humana, e a maioria dos pesquisadores até hoje recorre à sua classificação, procurando fazer novas relações, ou mesmo atualizando-as.
Função de expressão emocional – a música como mais um dos canais de expressividade que o ser humano dispõe.
Função do prazer estético - a capacidade de expressar e deleitar-se com a beleza musical. 
Função de divertimento e entretenimento – a música em sua dimensão de alegria ou lazer presente em quase todas as culturas.
             TÓPICO 3
AS FUNÇÕES DA MÚSICA NOS DIVERSOS CONTEXTOS
SOCIOCULTURAIS E EDUCACIONAIS
    
Unidade 1
    Função de comunicação – a música em sua dimensão de linguagem ultrapassa fronteiras e comunica de forma subjetiva. Também pode ser específica quando expressa e ouvida por pessoas treinadas a decodificar sua linguagem técnica.
Função de impor conformidade às normas sociais - Essas músicas transmitem comportamentos e condutas sociais, como decoro, conveniência ou inconveniência, podendo ser usadas como advertência ou como elogio aos diferentes comportamentos.
Função de representação simbólica
Pode cumprir essa função por suas letras, por emoções que sugere ou pela fusão dos vários elementos que a compõem.
Função de reação física
A música pode ser usada para provocar respostasfísicas nas
pessoas, o que pode ser moldado por convenções culturais.
             TÓPICO 3
AS FUNÇÕES DA MÚSICA NOS DIVERSOS CONTEXTOS
SOCIOCULTURAIS E EDUCACIONAIS
    
Unidade 1
Função de validação das instituições sociais e dos rituais
Religiosos - Os sistemas religiosos são validados, como no folclore, pela citação de mitos e lendas em canções, e também por músicas que exprimem preceitos religiosos.
Função de contribuição para a continuidade e estabilidade da
Cultura – ao transmitir educação, ela controla os membros errantes da sociedade, dizendo o que é certo, contribuindo para a estabilidade da cultura.
Função de contribuição para a integração da sociedade
Ao promover um ponto de solidariedade, ao redor do qual os
membros da sociedade se congregam, a música funciona como
integradora dessa sociedade, exigindo dessa a cooperação e
coordenação do grupo.
             TÓPICO 3
AS FUNÇÕES DA MÚSICA NOS DIVERSOS CONTEXTOS
SOCIOCULTURAIS E EDUCACIONAIS
FIM DA UNIDADE 1
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA
UNIDADE 2 -
AS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO MUSICAL E MANIFESTAÇÕES
MUSICAIS DE DIFERENTES ORIGENS
    
Unidade 2
Durante o século XX a educação musical, por inflûencia das mudanças também em outras áreas do conhecimento como a psicologia e antropologia, passou a adotar perspectivas diversas da educação metódica dos conservatórios europeus.
Essas novas concepções se caracterizavam por:
Importância do desenvolvimento da escuta consciente.
O ritmo passou a ser visto como elemento primordial na musicalização.
Adotou-se uma concepção de formação integral de ser humano, não apenas a transferência do conhecimento técnico e mecânico.
             TÓPICO 1
IMPORTÂNCIA DOS EDUCADORES MUSICAIS DO
SÉCULO XX
    
Unidade 2
Vejamos, de maneira bastante resumida, as  principais ideias da concepção de educação musical da alguns teóricos do século XX.
ÉMILE JAQUES-DALCROZE (1865-1950)
Desenvolveu o sistema que ficou conhecido como Euritmia Dalcroze (DalcrozeEurhythmics) de treinamento musical.
Este método tinha como objetivo criar, através do ritmo, uma corrente de comunicação rápida, regular e constante entre o cérebro e o corpo para que o sentido rítmico possa se tornar uma experiência corporal. 
Todos os elementos da música podem ser vivenciados através do movimento.
Todo som musical começa com um movimento. Portanto, o corpo, que faz os sons, é o primeiro instrumento musical a ser treinado.
Há um gesto para cada som, e um som para cada gesto. Cada um dos elementos musicais: acentuação, fraseado, dinâmica, pulso, andamento, métrica – pode ser estudado através do movimento.
             TÓPICO 1
IMPORTÂNCIA DOS EDUCADORES MUSICAIS DO
SÉCULO XX
    
Unidade 2
LUCAS CIAVATTA 
Educador brasileiro criador do método "O passo", claramente influenciado pelos trabalhos rítmico/corporais de Dalcroze. Sua proposta é uma possibilidade de trabalho coerente com a realidade brasileira das escolas de educação básica.
De modo resumido método:
 Entende o fazer musical como um fenômeno indissociável do corpo, da imaginação, do grupo e da cultura.
 Carrega influência do fazer musical brasileiro.
 Equilibra dois importantes recursos didáticos: imitação e escrita – sendo esta utilizada articulando três tipos de notação: a oral, a corporal e a gráfica.
             TÓPICO 1
IMPORTÂNCIA DOS EDUCADORES MUSICAIS DO
SÉCULO XX
    
Unidade 2
CARL ORFF
Compositor e educador musical alemão da primeria metade do século XX. Em linhas gerais:
Seu trabalho com as crianças baseava-se em atividades lúdicas
como cantar, dizer rimas, bater palmas, dançar, percutir objetos,entre outros.
Também investiu no movimento corporal, pois, segundo ele, o
ritmo é a base sobre a qual se assenta a melodia.
A improvisação é introduzida logo no início do processo de
educação musical de forma orientada e controlada.
Criou o Instrumental Orff, uma seleção de instrumentos utilizados por quem trabalha com esse método. 
             TÓPICO 1
IMPORTÂNCIA DOS EDUCADORES MUSICAIS DO
SÉCULO XX
    
Unidade 2
ZOLTÁN KODÁLY (1882-1967), nascido em Kecskemét (Hungria).
Kodály enfatizava a utilização de repertório adequado a cada país, música nacional tradicional ou composta a partir dela, no ensino pré-escolar e início do ensino básico. 
Para ele, cada país deveria compilar e trabalhar o repertório próprio, assim como a música erudita tem que estar presente como fonte para uma sólida educação musical.
Acreditava que o canto coletivo – e não as habilidades instrumentais – seriam a base de uma educação musical em
culturas de massa.
             TÓPICO 1
IMPORTÂNCIA DOS EDUCADORES MUSICAIS DO
SÉCULO XX
    
Unidade 2
Neste tópico são apresentadas algumas das principais vertentes da educação musical, de modo que possamos aumentar nosso repertório de possibilidades pedagógicas. 
RAYMOND MURRAY SCHAFER ( CANADÁ - 1933-)
Seu trabalho é baseado na importância da educação auditiva de qualidade para o ensino básico.
Schafer  foi quem cunhou os termos “paisagem sonora” 
(soundscape) e clariaudiência (audição clara), para 
compreender o problema da poluição sonora em nossa
paisagem mundial. Sua obra caracteriza-se por não ser linear e por ter uma grande preocupação com a criatividade e qualidade de vida no planeta, propondo uma ecologia acústica.
             TÓPICO 2
ACESSO À VARIEDADE DE VERTENTES
E METODOLOGIAS DOS EDUCADORES MUSICAIS
Unidade 2
 TÓPICO 2
ACESSO À VARIEDADE DE VERTENTES
E METODOLOGIAS DOS EDUCADORES MUSICAIS
    
HANS-JOACHIM KOELLREUTTER (1915-2005)
Seu trabalho enfatiza aspectos sociais para descrever hábitos de audição e produção musical, se preocupa diretamente com o desenvolvimento
de um tipo de audição de músicas baseadas no contexto social em que o aluno
está envolvido.
  
             Por ser um compositor contemporâneo, sua proposta de educação
musical valoriza outros sistemas musicais, outros instrumentos não tradicionais e
notações diferentes da tradição europeia dos últimos séculos.
Unidade 2
 TÓPICO 3
MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO MUSICAL
    
No terceiro tópico o autor discute a importância do convívio entre as diversas culturas, podendo cada uma delas trazer contribuições para a criação artística. 
Mostra como com o aumento da consciência crítica nas Ciências Humanas, em especial na Antropologia Cultural, a orientação evolucionista e etnocêntrica foi sendo abandonada em favor de uma orientação que valoriza as culturas como elas são de fato, relativizando-as e não comparando-as na tentativa de escolher qual a melhor. 
No caso da cultura, e principalmente na música, brasileira temos alguma influências importantes:
AFRICANA
As principais características da música africana encon-
tradas na música brasileira são o ritmo – bastante
marcado por acentos no contratempo, e uso de
tercinas; o canto em forma de responsório – em que se 
alterna o canto individual e o canto coletivo; a dança e sua relação com a música – para os africanos, dança e música estão totalmente ligadas.
Unidade 2
 TÓPICO 3
MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO MUSICAL
    
INDÍGENA 
As principais características da música indígena são o timbre anasalado,
característica que é encontrada também na música brasileira, influenciando nosso
jeito de cantar em um timbre nasal; o uso de instrumentos de percussão variados,
como chocalhos, maracás, tambores, paus-de-chuva, além de instrumentos de
sopro, como flautas e zunidores; a música indígena deu origem a danças, como a
catira, dança comum em regiões centrais do país, na qual os batimentos de pés e
mãos são fortes traços da cultura indígena.
Unidade 2
 TÓPICO 3
MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO MUSICAL
    
PORTUGUESA 
Uma das culturas que mais influenciou a brasileira foi obviamente a de nosso colonizador português. Na música não foi diferente, de instrumentos a estilos musicais, também o apego aos temas de sofrimento amoroso da nossa música popular são herança portuguesa. 
Entre os instrumentos musicaisque são herança portuguesa temos especialmente os instrumentos de corda, como o violão, a viola, o cavaquinho, a guitarra portuguesa e a rabeca (tipo de violino rústico), e os instrumentos de percussão, como caixas, bumbos e pandeiro-adufe (um pandeiro quadrado, originário dos árabes). A música portuguesa originou alguns gêneros musicais brasileiros como as modinhas e modas-de-viola, além dos acalantos e rodas infantis.
FIM DA UNIDADE 2
DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DA MÚSICA
UNIDADE 3 -
A MÚSICA COMO ÁREA DO CONHECIMENTO NA ESCOLA
Unidade 3
 TÓPICO 1
A MÚSICA E O SEU ENSINO NO BRASIL
    
            A primeira manifestação de ensino da música no Brasil  é a dos jesuítas. Eles fundaram escolas de música com fins de catequização. Ensinavam música instrumental e vocal sendo os instrumentos ensinados a flauta, violino, órgão e cravo, uma vez que esses eram os instrumentos mais adequados para acompanhamentos nas celebrações religiosas. 
        A vinda da família real portuguesa representou outro momento importante para a vida cultural da colônia. Dom João VI sempre foi um amante da música e providenciou logo os meios de desenvolver a música e a cultura aqui no Brasil. 
Com o desenvolvimento cultural e educacional temos em 1854 o DECRETO nº 1.331  que diz em seu artigo 47 que o ensino primário nas escolas públicas compreende, dentre outros elementos, noções de música e exercícios de canto. É a primeira vez que se fala em música como ensino obrigatório nas escolas públicas brasileiras.
Unidade 3
 TÓPICO 1
A MÚSICA E O SEU ENSINO NO BRASIL
    
            O Conservatório Dramático Musical de São Paulo, fundado em 1906,
tem grande importância na história da música brasileira, pois é o responsável
pela formação dos primeiros músicos no nosso país, e além disso, guarda consigo
um acervo histórico na área da música e artes cênicas das primeiras décadas da
colonização do Brasil.
       Em meados do século XX, influenciado pelo nacionalismo temos na educação musical a figura do maestro Heitor Villa-Lobos que desempenhou um papel decisivo na vida musical do país em virtude de sua associação com o governo, conseguindo introduzir o ensino do canto orfeônico em todas as escolas de nível médio.
Em 1932, Getúlio Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o Curso de Pedagogia de Música e Canto.
Unidade 3
 TÓPICO 1
A MÚSICA E O SEU ENSINO NO BRASIL
    
   Depois do movimento do canto orfeônico os próximos momentos importantes na arte educação e  educação musical foram:
Escolinha de Arte, fruto da influência do movimento da Escola Nova foi fundada em 1948, no Rio de Janeiro, por iniciativa do artista plástico pernambucano Augusto Rodrigues. Podemos dizer, hoje, que a Escolinha de Arte do Brasil é vista como referência para as escolas de arte para crianças.
Música Viva, fundado no Rio de Janeiro. Movimento musical e cultural criado por Koellreutter que se manifestou de 1938 a 1952, composto por um grupo de compositores, uma escola de formação e um conjunto amplo e diverso de atividades.  Ressaltam-se aqui os pontos essenciais: (a) o privilégio da criação musical; (b) a importância da função social do criador contemporâneo; (c) a questão do coletivo; (d) a contemporaneidade e renovação.
A Lei n° 5.692, de 11 de agosto de 1971, que fixou as diretrizes e bases para
o ensino de 1º e 2º graus, tornou a educação artística obrigatória mas dividida entre as artes plásticas, cênicas, desenho e a música, na mesma disciplina praticamente acabando com o ensino de música nas escolas.
A ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical), criada em 1991,
é uma entidade nacional sem fins lucrativos que promove encontros anuais,
debates, palestras e conta com publicações de uma revista própria.
Unidade 3
 TÓPICO 1
A MÚSICA E O SEU ENSINO NO BRASIL
    
Lei nº 11.769/08: as escolas públicas e privadas de todo o Brasil têm até 2011
para incluir o ensino de Música em sua matriz curricular. A exigência surgiu com
a Lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deverá ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica. 
A LEI Nº 13.278, de 2 de maio de 2016, estabelece prazo de 5 anos para a adequação das redes de ensino para o oferecimento de artes visuais, dança, música e o teatro como componentes do ensino da arte.
BNCC – Em dezembro de 2017 foi homologada a Base Nacional Comum Curricular, nela a arte passa a fazer parte da área das linguagens. No documento a música é contemplada e são indicadas habilidades que fazem parte da base curricular da educação básica brasileira.
Unidade 3
 TÓPICO 2
PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS E PRÁTICOS PARA O ENSINO DE MÚSICA
    
Na terceira unidade o autor aponta também alguns pressupostos que considera necessários para o desenvolvimento de uma educação musical de qualidade: 
 A importância do futuro professor de música se preocupar com o seu treinamento auditivo a partir de diferentes fontes sonoras, realizando uma escuta crítica.
 A emergência e explicação das estruturas musicais – que é o processo de crescimento – acontece através da diferenciação e integração.
É crucial que os educadores musicais percebam que o processo de
crescimento dependerá de dois pontos chaves: o estudo e a convivência com a
Música. Convivência entendida como a possibilidade de experimentar a teoria,
realizando atividades musicais.
A prática da Educação Musical deve ser pensada para que, gradativa e
progressivamente, a estrutura musical fique clara para o aluno, e dessa forma, ele possa usá-la.
Unidade 3
 TÓPICO 2
PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS E PRÁTICOS PARA O ENSINO DE MÚSICA
    
Já quando se trata da educação musical na Educação Básica o autor aponta como importante os seguintes pressupostos:
É importante que o futuro professor de música passe a acessar diferentes
metodologias e materiais, para que o seu trabalho tenha êxito.
Outra questão que deve ser pensada, é que em todo e qualquer contexto
de ensino-aprendizagem de música, a integração dos elementos musicais
Ainda merece cuidado e atenção do professor, a manutenção de um
clima agradável e produtivo durante as aulas de música, oportunizando a
atividade e participação espontânea dos alunos, o que não significa indisciplina.
Quanto ao repertório, não podemos esquecer que o cancioneiro folclórico
infantil do Brasil é de uma grande riqueza rítmica e melódica, por esse motivo,
merece ser bem explorado.
Unidade 3
 TÓPICO 3
AVALIAÇÃO EM MÚSICA
    
Em termos gerais da educação, o ato de avaliar a aprendizagem implica  acompanhamento e reorientação permanente da aprendizagem. Ela se realiza através de um ato rigoroso de diagnóstico e reorientação da aprendizagem, tendo em vista a
obtenção dos melhores resultados possíveis frente aos objetivos que se tenha em
mente. Em música, não é diferente.
Enquanto o planejamento é compreendido como o ato que seleciona o que se vai trabalhar, a avaliação é o ato crítico que verifica como se está trabalhando, perpassando o ato de planejar e executar.
Avaliar em música, pode ter várias funções: avaliar o progresso do aluno; guiar a carreira do intérprete; motivá-lo; ajudar a melhorar o ensino do professor; manter o padrão da escola ou de determinada região, ou, ainda coletar dados para o uso em pesquisas. 
Unidade 3
 TÓPICO 3
AVALIAÇÃO EM MÚSICA
    
Quando pensamos na avaliação em Arte, e em nosso caso específico na
avaliação em Música, partimos de duas funções avaliativas: a diagnóstica
e a diretiva.
 A função diagnóstica se caracteriza por ser processual, contínua,
permanente e cumulativa, tendo como ponto de partida os conhecimentos
artísticos construídos no decorrer da vida do ser humano e expressos na escola
como conteúdo artístico.
A função diretiva, baseia-se na reflexão e no questionamento da prática artística que foi desenvolvida no processo metodológico encaminhado pelo professor.
Também são aspectos a ser levados em conta na avaliação:
Avaliação descritiva
AvaliaçãoContínua
Autoavaliação 
Avaliação Processual
FIM DA UNIDADE 3
Obrigado por sua atenção e bons estudos!

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