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[Digite texto] DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO MÓDULO 1 TÓPICO 2 PROFESSOR ESPECIALISTA LUIS ALBERTO DA SILVA [Digite texto] INTRODUÇÃO Prezado acadêmico (a), Neste momento, você perceberá que a reflexão filosófica é uma atividade inerente ao ser humano e, que, pode ser potencializada com o exercício do olhar. Afinal, olhar o mundo com o olhar provocador, estranhador, inquiridor da Filosofia o levará a descobrir o próprio homem protagonista nesta ação. O interessante é que ao descobrir o papel do homem e percebê-lo nas suas ações, intenções e ideias, você estará fazendo um exercício de autoconhecimento que poderá levá-lo a visão amadurecida, equilibrada de si mesmo e da existência, descobrindo seu papel de agente construtor da sua própria vida e do mundo. O tópico 2 apresenta uma possível definição de Filosofia. São várias as tentativas de se estabelecer uma circunscrição do conceito, porém tarefa por demais difícil porque a Filosofia abarca todo saber do mundo, em todos os lugares e em todas as épocas. Busca, também, o saber mais profundo e enigmático que é respondido pela pergunta o que é o homem? Por isso, a definição etimológica da palavra, amor, amizade ao saber, seja a mais coerente aproximação do seja a Filosofia. Não deixe de registrar os pontos mais significativos durante seus estudos. Bom trabalho! [Digite texto] MÓDULO 1 – A FILOSOFIA: DO SENSO COMUM À CONSCIÊNCIA CRÍTICA Tópico 2 : FILOSOFIA? UMA BUSCA DE DEFINIÇÃO. “Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer” (Aristóteles, Metafísica) Mas, então o que é Filosofia? É possível defini-la? Todo aquele que inicia um estudo tem uma curiosidade natural de entender “a priori” o significado, o objetivo e a utilidade daquilo que se propõe a estudar. Assim também o é com a Filosofia. Apesar de não ser o caminho mais indicado, conhecer o significado antes de um primeiro contato, vamos fazer esse trabalho para depois, você com o aprofundamento próprio do espírito que busca sempre a verdade, possa por si mesmo, experiênciá-la com a descoberta do seu sentido mais abrangente e rico. Definir não é uma tarefa fácil. Aristóteles afirma que definir é “estabelecer o gênero próximo e a diferença específica”, ou seja, definir é limitar a ideia, a coisa. É circunscrevê-la dentro dos seus limites significativos. É dizer o que uma coisa é. Encontramos uma primeira dificuldade, pois a filosofia abarca um conjunto de reflexões sobre mundo, o cosmo, o homem, a cultura, a história, Deus, a religião, a linguagem, etc. Como vemos, delimita-la é uma tarefa árdua e complexa. No entanto podemos buscar auxílio em alguns filósofos. Aristóteles afirmava que a filosofia estuda “as causas últimas de todas as coisas”. Cícero a define como “o estudo das causas humanas e divinas das coisas”; Descartes propõe que a filosofia “ensina a raciocinar bem”; Hegel entende-a como o “saber absoluto”. Um outro modo para se aproximar da filosofia é buscar na sua fonte o seu significado. Na sua origem (etimologia) a palavra é grega e vem de “Philos” que deriva de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais e “Sophia” ) que significa sabedoria, saber, e dela vem a palavra “sophos”, sábio. ARISTÓTELES Fonte: https://edukavita.blogspot.com.br/2015/06/biografia- de-aristoteles-quem-e.html [Digite texto] Acredita-se que o termo teria sido criado por Pitágoras que certa vez, ouvindo alguém chama-lo de sábio e considerando este nome muito elevado para si mesmo, pediu que o chamassem simplesmente filósofo, isto é, amigo da sabedoria. Se Filosofia é um esforço para se aproximar da verdade (do saber), de modo desinteressado, nada melhor do que fazermos uma experiência íntima com o saber, pois como afirmava o filósofo Kant “Não se aprende nenhuma filosofia (...) Pode-se aprender a filosofar”. Talvez assim, tenhamos em nossa mente uma noção de filosofia mais completa e plena de significado. Assista o vídeo abaixo para finalizarmos nossa discussão sobre a definição de Filosofia. Vídeo : Afinal, O Que É Filosofia? https://www.youtube.com/watch?v=Vr97ea-TRgA SENSO COMUM E BOM SENSO Há várias formas de conhecimento do mundo e que estas dependem da atitude do homem frente ao objeto de conhecimento. O senso comum, por exemplo, é uma forma espontânea de se atingir o conhecimento Algumas afirmações formuladas pelo senso comum fazem parte de nossas vidas e são transmitidas por várias gerações, algumas delas chegam até mesmo a ser transformadas em verdades absolutas ou em doutrinas religiosas sagradas e intocáveis. Em Convite à Filosofia, Marilena Chaui menciona algumas delas: “O sol é menor que a Terra.” “O sol se move em torno da Terra.” “As cores existem em si mesmas.” “A família é uma realidade natural criada pela Natureza para garantir a sobrevivência humana e para atender à afetividade natural dos humanos, que sentem a necessidade de viver juntos.” “A raça é uma realidade natural ou biológica produzida pela diferença dos climas, da alimentação, da geografia e da reprodução sexual.” (Cf. CHAUI, 1997, p. 247). Todas estas afirmações, em princípio, podem nos parecer verdadeiras ou apresentar aspectos concretos da realidade. Afinal, muitas delas nos foram transmitidas como verdades absolutas. Também existem aquelas que, por meio de uma observação superficial, pode se [Digite texto] apresentar como aparentemente verdadeiras, mas se levadas à reflexão mais aprimorada, sujeitadas a experimentos e estudos científicos mais apurados deixam de apresentar esse caráter absoluto. É um exemplo o de Galileu quando rompe com o senso comum de sua época, afirmando que a terra não era o centro do universo e que o sol não se movimentava em torno dela, mas ocorria era justamente o contrário. Por essa afirmativa o cientista foi considerado um herege e teve de prestar contas à Inquisição da Igreja Católica, sendo obrigado a declarar que sua tese estava errada, com pena de ser excomungado, preso e queimado pelo tribunal inquisitorial. Com o passar do tempo e com o desenvolvimento técnico e científico, a tese do astrônomo foi confirmada definitivamente e, só depois de vários séculos, a Igreja reviu sua posição em relação à questão. Desse modo, muitas das afirmações que nos parecem verdadeiras e que são corriqueiramente expressas pelo senso comum são vistas com desconfiança pelo pensamento crítico filosófico, que prefere investigar a fundo, por meio de uma análise sistemática e racional, as verdades cristalizadas pelo pensamento vulgar. Em Temas da Filosofia, Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins conceituam senso comum de maneira bem didática e simples, pontuando-o como uma espécie de “conhecimento espontâneo” ou “vulgar” relativo à “primeira compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas.” (ARANHA; MARTINS, 1992, p. 56). Segundo as autoras, é por meio do senso comum que “fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir”. (ARANHA; MARTINS, 1992, 56). Considerando as características do senso comum e sua conceituação, fica fácil perceber que ele não é refletido, condicionando “a aceitação mecânica e passiva de valores não questionados”, tornando-se, com frequência, “fonte de preconceitos” quando não leva em conta valores e opiniões diferentes ou mesmo opostas. (ARANHA; MARTINS, 1992, p. 56). Por isso, antes de adotarmos uma “atitude científica e/ou filosófica”, é necessário passarmos do senso comum ao bom senso. Assistindo aos vídeos abaixo você irá compreender o conceito de Senso Comum. Vídeo1: Senso Comum https://www.youtube.com/watch?v=X5baW8e0xuQVídeo2: Senso Comum https://www.youtube.com/watch?v=HUOAREPiqys [Digite texto] Mas o que é o bom senso? O bom senso pode ser entendido como elaboração coerente do saber e como explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres. Nessa perspectiva, o homem de bom senso é ativo, capaz de reflexão e dono de si mesmo. Recebida a herança cultural pelo senso comum, reelabora sua concepção considerando a realidade concreta que precisa interpretar e transformar. (ARANHA; MARTINS, 1992, p. 56-57, grifos nossos). O bom senso sugere, então, o descortinamento das ideologias, das ideias pré- formadas, das prenoções sem fundamentação. O vídeo abaixo diferencia Senso Comum de Consciência Filosófica . Vídeo1 : Conhecimento cientifico senso comum e senso critico Metodologia da Pesquisa Cientifica https://www.youtube.com/watch?v=wovkFrY5jCQ ATITUDE FILOSÓFICA PENSAR: UMA ATITUDE FILOSÓFICA “Nada caracteriza melhor o homem do que o fato de pensar” (Aristóteles) O filosofar surge quando o homem na busca da verdade maravilhar-se diante da realidade. Platão afirma que assim teria surgido a Filosofia: “ ‘É verdade, pelos deuses, oh! Sócrates meu, não canso de admirar-me sobre a significação dessas coisas, e algumas vezes até fico tonto ao olhar para elas’, exclama o jovem matemático Teeteto, depois que Sócrates o deixou zonzo de admiração e o fez confessar sua ignorância. E, no diálogo Teeteto, assim continua Sócrates: ‘É precisamente essa atitude que caracteriza o filósofo; este, e não outro, é o começo da filosofia’ ” (J. Pieper. Que é filosofia? p.34-35) Goethe afirma: “existo para admirar” e em outra situação diz que “o grau supremo a que o homem pode chegar é a admiração” Os primeiros filósofos se descobriram encantados, admirados pelo mundo e pelo homem, então buscavam respostas para questões fundamentais. Questões que desafiam até hoje nossa capacidade de compreensão: [Digite texto] Por que existem coisas e não o nada? (O que é o nada?) De onde viemos (Como tudo começou?). Onde estamos? Qual o sentido do mundo? Qual o sentido da vida? Para onde vamos? (Qual o fim de tudo?) Quem é o homem? Qual o fundamento de nossa civilização? Que é a felicidade? Que é a política? Que é o sentido? Quem sou eu? O que é o conhecer? O que é o pensar? O homem conhece e pensa? Os animais (dito irracionais) conhecem e pensam? Ou apenas conhecem? É justamente a capacidade de pensar (tomar consciência de si, do mundo e dos outros) que nos distingue dos animais. Isso fica bem evidente no texto abaixo: CONHECER E PENSAR O ser humano é dotado da capacidade de conhecer e de pensar. Conhecer e pensar constitui não somente uma capacidade, como também uma necessidade para o homem; necessidade para sua sobrevivência. O conhecimento é necessário para o progresso do homem; conhecer é poder. (Bacon e Gênesis: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a Terra e subjugai-a, dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre todos os animais da Terra”). A linguagem do mito encerra profundo conteúdo na medida exata em que traduz os anseios da natureza humana. De fato os animais também são dotados de certa capacidade de conhecer; por isso, procuram alimentos que lhes convêm e evitam tudo que não lhes convêm (distinguem seus filhos, voltam para o ninho sem engano). Os animais conhecem a natureza para subjugar-se a ela cegamente; o homem conhece a natureza para subjugá-la. Sabemos que existimos porque pensamos. Saberão os animais que eles existem? Saberá o universo que ele existe? Escreve Jaspers: “Nós sabemos que o universo existe. E podemos estudá-lo. Nossa consciência do nada que o ser humano transforma-se no seu contrário. Se nada soubéssemos a respeito do universo, não seria como se ele não existisse? Isso parece absurdo, mas indagamos: Que seria o ser que se ignorasse a si mesmo e de ninguém fosse conhecido? Confundir-se-ia com a mera possibilidade de ser conhecido? Algo que esperaria, por assim dizer, a oportunidade de manifestar-se a um ser de percebe-lo? Nós, esse nada no universo, não seremos o ser verdadeiro, o olho que vê o mundo?”. Conhecer e pensar colocam o universo ao nosso alcance e lhe dão o sentido, finalidade e razão de ser. O Homem é o ser verdadeiro, o olho que vê o mundo. Vê e conhece, conhece o que vê e pensa no que viu e no que não viu. Conhece e pensa, pensa e interpreta. Os animais conhecem as coisas; o homem, além disso, investigam-lhes as causas. Os animais só conhecem por via sensorial; o Homem conhece e pensa, elabora o material dos seus conhecimentos. [Digite texto] A história humana é a história das lutas pelo conhecimento da natureza, para dominá- la, para interpretá-la; e cada geração foi recebendo um mundo interpretado pelas gerações passadas. As gerações dos místicos entenderam a interpretação mística do universo a partir de intuições, de iluminações proféticas. As gerações dos filósofos procuraram ultrapassar a experiência vulgar para encontrar o transcendente, o absoluto, o ontológico, a partir de elucubrações metafísicas, nas quais eram de capital importância o rigor lógico-dedutivo de um lado e, de outro, a coerência do ser e de suas categorias consigo mesmas. Finalmente, as gerações dos cientistas desdobraram o universo em milhares de segmentos, não para dizer o que é o ser, mas para saber como cada coisa é. Conhece verdadeiramente quem atinge as razões, as causas das coisas e não as coisas simplesmente. Conhece sem pensar, a modo das crianças, dos débeis e dos irracionais, quem se contenta em ver e aceitar tudo se questionar, sem refletir, sem alcançar os fundamentos, sem buscar razões, sem justificar sua posição. No momento em que o homem procura ultrapassar o simples conhecer pelo empenho em pensar, não nasce a ciência, é verdade; mas já vai despontando o elemento básico da atitude científica que é, antes de mais nada, critica e objetiva. E não há razão para de temer o espírito crítico e objetivo, como não há razão para se temer a verdade. Entretanto, não fácil manter o equilíbrio do justo meio, especialmente quando se é jovem, isto é, quando o cultivo e a maturidade da mente ainda estão muito distanciados dos arroubos da inexperiência e dos reclamos de desejos vãos. (João Álvaro RUIZ. Metodologia Científica; guia para eficiência nos estudos, p. 85-86). Inspirados no texto coloquemo-nos algumas questões: Todos os seres vivos pensam? O animal é capaz de pensar? Ele tem consciência da própria existência? Todos os homens pensam? Todos os homens tem consciência da existência? Como afirma o texto, o homem é dotado de razão e, por isso, tem uma preciosa especialidade na natureza. É um ser singular, pois é o único capaz de pensar reflexivamente. “Os animais vivem em harmonia com sua própria natureza. Isso significa que todo animal age de acordo com as características de sua espécie (...). Os instintos animais são regidos por leis biológicas (...) Diante de situações problemáticas, os animais superiores são capazes de encontrar soluções criativas porque fazem uso da inteligência (...). No entanto, a inteligência animal é concreta, porque, de certa maneira, acha-se presa à experiência vivida (...) Mas as habilidades dos animais superiores não os levam a ultrapassar o mundo natural, caminho esse [Digite texto] exclusivo da aventura humana” (M. L. A. ARANHA e M. H. P. MARTINS. Temas de filosofia, p.28-29). Essa atividade intelectual exclusiva do ser humano não é automática. Não basta ser homem para que como num passe de mágica o indivíduo passe a refletir e a pensar. O pensar é exigente e se move por estímulos. Aqui aprender a fazer perguntas é fundamental, pois a problematização nos leva a respostas mais profundas e complexas. Fernando pessoa diz que “pensamento é doença dos olhos”. Nós só pensamosquando as coisas não vão bem, quando alguma coisa incomoda. Todo pensamento começa com um problema. Para se filosofar, então, é preciso aprender fazer perguntas. Em outras palavras, é preciso ter uma atitude filosófica. Marilena Chauí afirma que quando alguém toma a decisão de se distanciar da vida cotidiana e de si mesmo, passando a indagar o que são as crenças e os sentimentos que as alimentam, interrogando a si mesmo, desejando conhecer por que crê no que crê, por que sentir o que sente e o que são as crenças e os sentimentos está adotando a chamada atitude filosófica. “Imaginemos alguém que tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de ‘que horas são?’ ou ‘que dia é hoje?’, perguntasse: o que é o tempo? Em vez de dizer ‘está sonhando’ ou ‘ficou maluca’, quisesse saber: O que é o sonho? A loucura? A razão?” (Marilena CHAUÍ. Convite à Filosofia, p. 11) A atitude filosófica possui três características: pergunta o que uma coisa é, como a coisa é e por que a coisa é como é. O termo coisa aqui é usado na sua acepção filosófica, ou seja, serve para designar ideias, valores, crenças, realidades, situações, estruturas, etc. A atitude filosófica se dirige primeiramente às coisas, passando num segundo momento, a questionar o próprio fundamento do pensar: o pensamento. É o pensamento pensando o pensamento. [Digite texto] Exercícios Resolvidos Exercício 1 : "A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA. a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas. b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam. c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos. d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo". e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer. COMENTÁRIO: Na opção E, há uma referência da Filosofia como uma atividade voltada ao mundo objetivo, conhecimento das coisas. Porém, nega que a Filosofia e o filosofar estão intimamente ligados ao autoconhecimento, a capacidade de análise, de reflexão que é um retorno ao próprio pensamento (subjetivo). Exercício 2 : "A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA. a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema. b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens. c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo. d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?". e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica. COMENTÁRIO: A opção é letra B, porque põe a exclusividade da reflexão filosófica no mundo objetivo. A reflexão filosófica é um retorno ao próprio pensamento como origem do conhecimento que pretenda ser verdadeiro. Exercício 1: Segundo Marilena Chauí, “a filosofia surge quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas”. (Convite a Filosofia. 4. ed., Atica, 1995, p. 23). É legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu: a) A aspiração ao conhecimento verdadeiro, `a felicidade e `a justiça, indicando que a humanidade não age caoticamente. b) A preocupação com a continuidade entre a vida e a morte, através da pratica de embalsamamento e outros cuidados funerários. c) A criação da dialética, fundamentada na luta de classes, como forma de explicação sociológica da realidade humana. d) O nascimento das ciências humanas, implicando em conhecimentos autônomos e compartimentados. e) A produção de uma concepção de historia linear, que tratava dos fins últimos do homem e da realização de um projeto divino. [Digite texto] Exercício 2: (UEM ) O homem tem necessidade de conhecer e de explorar o meio em que vive. O senso comum, o bom senso, a arte, a religião, a filosofia e a ciência são formas de saber que auxiliam o homem a entender o mundo e a orientar suas ações. Assinale o que for correto. 01) O senso comum é o conhecimento adquirido por exigências da vida cotidiana; fornece condições para o agir, todavia é um conjunto de concepções fragmentadas, recebidas sem crítica e, muitas vezes, incoerentes, tornando-se, assim, fonte de preconceitos. 02) O bom senso, ao contrário do senso comum, apresenta-se como uma elaboração refletida e coerente do saber; em vez da aceitação cega de determinações alheias, pelo bom senso o sujeito livre e crítico questiona os valores estabelecidos, e decide pelo que se revela mais sensato ou plausível. 03) A ciência caracteriza-se como um sistema de conhecimentos, expressos em proposições gerais e objetivas sobre a realidade empírica; é um conhecimento construído por um processo de raciocínio rigoroso e metodicamente conduzido, baseado na experiência, permitindo explicar, prever e atuar sobre os fenômenos. 04) Religião e filosofia são duas formas antagônicas de interpretação da realidade; a filosofia, unicamente com o raciocínio lógico- formal, busca entender apenas o mundo natural e o humano; a religião ocupa-se apenas da razão. 05) O conhecimento filosófico caracteriza-se como um saber elucidativo, crítico e especulativo; como elucidativo, visa a esclarecer e a delimitar conceitos e problemas; como crítico, nada aceita sem exame prévio e reflexão; como especulativo, assume a atitude teórica e globalizadora, que envolve os problemas em uma visão total. GABARITO 1 - A 2 - Corretos 1/ 2 / 3/ 5 [Digite texto] Proposta de Investigação Aproveite seu momento de lazer e assista ao filme “ Sociedade dos poetas Mortos”. Trata-se de um clássico que auxiliará a sua compreensão sobre a filosofia. Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex- aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos". Título original : Dead Poets Society
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