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227PROMILITARES.COM.BR GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS CONCEITOS INICIAIS NOÇÕES AXIOMÁTICAS Alguns elementos geométricos são tão primitivos que dispensam qualquer de� nição, dentre eles estão o ponto O ponto O ponto é representado por uma letra maiúscula do nosso alfabeto. A reta A reta é a reunião de in� nitos pontos alinhados, é um elemento que não possui largura apenas comprimento. A reta é representada por uma letra minúscula do nosso alfabeto ou ainda com símbolos que veremos a frente. O plano É compreendido como uma superfície plana que não faz curva. Planos são � guras geométricas bidimensionais formadas pela reunião de in� nitas retas, perpendiculares a uma reta dada, dispostas lado a lado POSTULADOS PRINCIPAIS • Dois pontos distintos determinam uma única reta que passa por eles. • Pontos colineares são pontos que pertencem a uma mesma reta. • Três pontos não colineares determinam um único plano que passa por eles. • Por um ponto não pertencente a uma reta, passa uma, e apenas uma, reta paralela à primeira (Euclides). DETERMINAÇÃO DO PLANO Pontos coplanares são pontos que pertencem a um mesmo plano. Um único plano � ca determinado por: a) Três pontos não colineares b) Uma reta e um ponto exterior c) Duas retas concorrentes d) Duas retas paralelas distintas POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE PONTOS a) Coincidentes b) Distintos 228 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR ENTRE RETAS a) Concorrentes: um ponto de interseção b) Paralelas Coincidentes: in� nitos pontos de interseção ≡r s c) Paralelas Paralelas: não há pontos de interseção Retas paralelas são retas coincidentes ou são retas coplanares que não possuem ponto em comum. • Se duas retas são paralelas a uma terceira, então elas são paralelas entre si. DEFINIÇÕES E REPRESENTAÇÕES I. Reta A reta é um elemento in� nito e dessa forma sua representação é mais complexa a partir somente de um desenho então pelo próprio postulado de determinação da reta, tendo conhecido 2 pontos A e B que pertencem a uma reta podemos representar uma reta por AB. II. Semirreta Podemos entender como um elemento que possui início mas não possui � m, pode-se entender também como a reta com um de seus lados tendo sido “cortado”, assim podemos ter a semirreta de início em A e na direção de B ( )AB ou a semirreta de início em B e na direção de A ( )AB . III. Segmento de Reta O segmento de reta possui início e � m e dessa forma é o único mensurável, que se pode medir. É simbolizado pelos pontos dos seus extremos ( )AB . CLASSIFICAÇÕES DOS SEGMENTOS I. Consecutivos São os segmentos que onde termina o primeiro o seguinte imediatamente continua. II. Colineares São segmentos que estão alinhados, ou seja, sobre a mesma reta. AB e CD são colineares e ambos estão sobre a reta r III. Consecutivos São os segmentos ao mesmo tempo consecutivos e colineares PERPENDICULARIDADE Retas perpendiculares ( )⊥ são retas concorrentes que formam ângulos adjacentes suplementares congruentes. • Num plano, por um ponto dado de uma reta, passa uma única reta perpendicular à reta dada. • A projeção ortogonal de um ponto sobre uma reta é o ponto de interseção da reta com a perpendicular a ela passando pelo ponto dado. Na � gura acima, o ponto P’ é a projeção ortogonal do ponto P sobre a reta r. • A projeção ortogonal de um segmento de reta não perpendicular a uma reta sobre ela, é o segmento determinado sobre a reta pelas projeções dos extremos do segmento original. 229 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Na � gura acima, o segmento A'B' é a projeção ortogonal do segmento de reta AB sobre a reta r. DISTÂNCIAS • A distância entre dois pontos A e B é a medida do segmento de reta AB. • A distância entre um ponto e uma reta é distância do ponto ao pé da perpendicular à reta conduzida pelo ponto. • A distância entre duas retas paralelas é distância entre um ponto qualquer de uma das retas e a outra reta. ÂNGULOS Ângulo é a reunião de duas semirretas de mesma origem. Notações: ˆAOB; OA OB; Ô; α. O ponto O é o vértice do ângulo e as semirretas OA e OB são os lados do ângulo. Um ângulo determina dois setores angulares, um convexo e outro côncavo, exceto no caso de semirretas opostas. BISSETRIZ DE UM ÂNGULO A bissetriz de um ângulo é uma semirreta que o divide em dois ângulos congruentes. ProBizu A bissetriz de um ângulo é o lugar geométrico dos pontos que equidistam dos lados de um ângulo. ÂNGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE = ˆ ˆAOC BOD Dois ângulos são opostos pelo vértice (o.p.v.) se, e somente se, os lados de um deles são as respectivas semirretas opostas aos lados do outro. Dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes. • Duas retas concorrentes determinam dois pares de ângulos opostos pelo vértice. • As bissetrizes de dois ângulos opostos pelo vértice são semirretas opostas. ÂNGULOS CONSECUTIVOS Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, possuem um lado em comum. ˆAOB e ˆAOC são ângulos consecutivos OA é o lado comum ˆAOB e ˆBOC são ângulos consecutivos OB é o lado comum ÂNGULOS ADJACENTES Dois ângulos são adjacentes se, e somente se, são consecutivos e não possuem pontos internos comuns. 230 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Os ângulos ˆAOB e ˆBOC, que possuem lado comum OB, são ângulos adjacentes. ÂNGULO RASO Ângulo raso é o ângulo determinado por duas semirretas opostas. Um ângulo raso mede 180º. ÂNGULO SUPLEMENTAR ADJACENTE Dado o ângulo ˆAOB, o ângulo suplementar adjacente de ˆAOB é o ângulo determinado pelas semirretas OB e OC, semirreta oposta à semirreta OA, ou seja, determinado por um dos lados do ângulo e pela semirreta oposta ao outro lado. A medida do ângulo suplementar adjacente de θ é 180º – θ. ÂNGULO RETO Ângulo reto é aquele que é igual a seu suplementar adjacente. A medida de um ângulo reto é 90º. De fato, se θ é um ângulo reto, temos: θ = 180º – θ ⇔ θ = 90º. ÂNGULO AGUDO E ÂNGULO OBTUSO Ângulo agudo é aquele que é menor que um ângulo reto e ângulo obtuso é aquele que é maior que um ângulo reto. ˆAOB é um ângulo agudo α < 90º ˆCOD é um ângulo obtuso β > 90º UNIDADES DE MEDIDAS ANGULARES A. SISTEMA SEXAGESIMAL − GRAU (°) Um sistema sexagesimal é um sistema de numeração de base 60, ou seja, cada submúltiplo é 60 vezes menor que o anterior. Para medidas angulares, é comum adotar um sistema sexagesimal com unidade de medida 1 grau (1º) que é 1 90 de um ângulo reto. Um grau pode ser dividido em 60 minutos e cada minuto dividido em 60 segundos. ( )= ⋅ ⇔ = = = 1 1º ângulo reto 1 ângulo reto 90º 90 1 ângulo raso 180º 1 ângulo de uma volta 360º Submúltiplos do grau: Minuto: = ⋅ ⇔ = 1 1' 1º 1º 60' 60 Segundo: = ⋅ ⇔ = ⇔ = 1 1'' 1' 1' 60'' 1º 3600'' 60 B. SISTEMA DECIMAL − GRADO (gr) Um sistema decimal é um sistema numeração de base 10, ou seja, cada submúltiplo é 10 vezes menor que o anterior. Para medidas angulares, utiliza-se um sistema decimal com unidade de medida 1 grado (1 gr), que equivale a 1 100 de um ângulo reto. ( )= ⋅ ⇔ = = = 1 1 gr ângulo reto 1 ângulo reto 100 gr 100 1 ângulo raso 200 gr 1 ângulo de uma volta 400 gr 231 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR C. SISTEMA CIRCULAR OU RADIOMÉTRICO − RADIANOS (rad) O ângulo de 1 radiano (1 rad) é o ângulo central em uma circunferência de raio R que determina um arco de comprimento R sobre essa circunferência. O sistema circular ou radiométrico adota como unidade de medida 1 radiano (1 rad). Como o comprimento de uma circunferência de raio R é 2πR, então um ângulo de uma volta mede 2πrad. ( )= ⋅ π = π = π π = 1 1 rad ângulo de uma volta 2 1 ângulo de uma volta 2 rad 1 ângulo raso rad 1 ângulo reto rad 2 D. RELAÇÕES ENTRE AS UNIDADES 180º = 200 gr = π rad E. NÚMERO COMPLEXO Número complexo é um número que apresenta mais de uma unidade de um mesmo sistema para exprimir uma grandeza. Exemplos: 2h 30min10seg e 15°20’32”. Número incomplexo é um número que apresenta uma única unidade de um sistema para exprimir uma grandeza. Exemplos: 135,2 min e 65,32°. ÂNGULOS COMPLEMENTARES Ângulos complementares são ângulos cujas medidas somam um ângulo reto (90º). ⇓ α + β = 90º α e β são complementares O complemento de um ângulo é o ângulo que, junto ao primeiro, forma um par de ângulos complementares. Portanto, o complemento de x é 90º – x. Complemento de x = 90º − x ÂNGULOS SUPLEMENTARES Ângulos suplementares são ângulos cujas medidas somam um ângulo raso (180º). ⇓ α + β = 180º α e β são suplementares O suplemento de um ângulo é o ângulo que, junto ao primeiro, forma um par de ângulos suplementares. Portanto, o suplemento de x é 180º – x. Suplemento de x = 180º − x As bissetrizes de dois ângulos adjacentes suplementares são perpendiculares. ÂNGULOS REPLEMENTARES Ângulos replementares são ângulos cujas medidas somam um ângulo de uma volta (360°). ⇓ α + β = 360º α e β são replementares O replemento de um ângulo é o ângulo que, junto ao primeiro, forma um par de ângulos replementares. Portanto, o replemento de x é 360º – x. ProBizu Complemento de x = 90º − x Suplemento de x = 180º − x Replemento de x = 360º − x 232 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR ÂNGULOS NOS PONTEIROS DO RELÓGIO Vamos analisar o problema de identi� car o ângulo θ entre os ponteiros das horas e dos minutos de um relógio às H horas e M minutos. Figura 1 Figura 2 O ângulo entre as marcações de horas é = 360º 30º 12 e o ângulo entre as marcações de minutos é = 360º 6º 60 . A velocidade angular do ponteiro das horas é = 30º 0,5º min 60 min e a velocidade angular do ponteiro dos minutos é = 360º 6º min 60 min . Às H horas em ponto, o ângulo entre os ponteiros do relógio é = ⋅ˆAOB 30º H. Entre H horas em ponto e H horas e M minutos, passaram-se M minutos. Nesse período, o ponteiro das horas deslocou-se = ⋅ = ⋅ˆBOD 0,5º min M min 0,5º M e o ponteiro dos minutos deslocou-se = ⋅ = ⋅ˆAOC 6º min M min 6º M. Assim, há duas possibilidades para o ângulo entre os ponteiros das horas e dos minutos: 1°. Se o ponteiro dos minutos não ultrapassou o ponteiro das horas (Figura 1), temos: θ = = + − = ⋅ + ⋅ − ⋅ = ⋅ − ⋅ˆ ˆ ˆ ˆCOD AOB BOD AOC 30º H 0,5 M 6º M 30º H 5,5º M. 2°. Se o ponteiro dos minutos ultrapassou o ponteiro das horas (Figura 2), temos: θ = = − − = ⋅ − ⋅ − ⋅ = ⋅ − ⋅ˆ ˆ ˆ ˆCOD AOC AOB BOD 6º M 30º H 0,5 M 5,5º M 30º H. A expressão para o ângulo entre os ponteiros das horas e dos minutos de um relógio às H horas e M minutos pode ser representada de maneira única como ⋅ − ⋅ θ = 60º H 11º M 2 . Os segmentos de reta são os lados do triângulo e as extremidades dos segmentos de reta, os vértices do triângulo. Lados: AB, AC, BC Vértices: A, B, C Os ângulos internos do triângulo são os ângulos formados pelos lados do triângulo. Ângulos internos: BAC Aˆ ˆ= , ABC Bˆ ˆ= , BCA C = Os ângulos externos são formados por um lado do triângulo e o prolongamento do lado adjacente, e são o suplementar adjacente do ângulo interno de mesmo vértice. Ângulos externos: A AB’ , ABC B = , C CA’ DEFINIÇÕES E RELAÇÕES ANGULARES DEFINIÇÃO E ELEMENTOS Um triângulo é a � gura geométrica formada por três segmentos de reta consecutivos dois a dois unidos por suas extremidades. 233 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS LADOS Se um triângulo possui três lados de medidas iguais, ele é dito equilátero. Triângulo Equilátero Os triângulos equiláteros possuem três lados de medidas iguais e três ângulos internos iguais de medida 60°. Se um triângulo possui dois lados de medidas iguais, ele é dito isósceles. Triângulo Isósceles O lado desigual de um triângulo isósceles, quando houver, é chamado de base e o ângulo interno oposto a ele, ângulo do vértice. Os ângulos adjacentes à base de um triângulo isósceles são iguais. Se um triângulo possui lados de medidas distintas duas a duas, ele é dito escaleno. Triângulo Escaleno ProBizu Todo triângulo equilátero é também isósceles, mas a recíproca não é verdadeira. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS QUANTO AOS ÂNGULOS Se um triângulo possui os três ângulos agudos, ele é dito acutângulo. α, β, γ < 90° Triângulo Acutângulo Se um triângulo possui um ângulo reto, ele é dito retângulo. Triângulo Retângulo Em um triângulo retângulo, o lado oposto ao ângulo reto é chamado hipotenusa, e os lados adjacentes ao ângulo reto são chamados catetos. Se um triângulo possui um ângulo obtuso, ele é dito obtusângulo. θ > 90° Triângulo Obtusângulo RETAS PARALELAS CORTADAS POR UMA TRANSVERSAL r s � � � � � � � � � � �� 1 3 5 7 2 4 6 8 Sejam r e s duas retas paralelas cortadas por uma transversal t determinando oito ângulos, conforme a � gura acima, então ˆ ˆ ˆ ˆ1 3 5 7= = = , ˆ ˆ ˆ ˆ2 4 6 8= = = e os ângulos do segundo grupo são o suplemento dos ângulos do primeiro grupo. 234 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Os pares de ângulos 3 5 = e ˆ ˆ4 6= são denominados alternos internos. Os pares de ângulos 1 7 2 8 � � � são denominados alternos externos. Os pares de ângulos 4 5 180 � � � e ˆ ˆ3 6 180� � são denominados colaterais internos. Os pares de ângulos 1 8 180 � � � e 2 7 180 � � � são denominados colaterais externos. Os pares de ângulos 1 5 + , ˆ ˆ2 6= , ˆ ˆ3 7= e 4 8 + são denominados correspondentes. Se dois pares de ângulos alternos são iguais ou dois pares de ângulos correspondentes são iguais ou dois pares de ângulo colaterais são suplementares, então as retas r e s são paralelas. ProBizu Se r||s, então ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ1 3 5 2 4� � � � , ou seja, a soma dos ângulos voltados para um lado é igual à soma dos ângulos voltados para o outro lado r s i 2 3 4 5 SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS DE UM TRIÂNGULO A soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°. A B C� � �� � � �180 Demonstração: Se DE || BC, então DAB ABCˆ ˆ= e EAC ACBˆ ˆ= . Logo, DAB BAC CAE DAE ABC BAC ACB A B C ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ . � � � � � � � � � � �180 180 ÂNGULO EXTERNO DE UM TRIÂNGULO Cada ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos ângulos internos não adjacentes. A B Ce� � �� � B C Âe A D Demonstração: ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆA C A C A B C A B Ce e e� � � � � � � � � �180 Corolário: A soma das medidas dos três ângulos externos de um triângulo é igual a 360°. DESIGUALDADES NO TRIÂNGULO RELAÇÃO ENTRE LADOS E ÂNGULOS Teorema: Num triângulo qualquer, ao maior (menor) lado, opõe- se o maior (menor) ângulo. Mais precisamente, em um ∆ABC, tem-se ˆ ˆA B> se, e somente se, BC > AC. Demonstração: (Volta) Seja BC > AC, então marquemos no segmento BC, um ponto D tal que CD = AC. O triângulo ADC é isósceles, portanto ˆ ˆ ˆ ˆA DAC ADC B� � � . (Ida) Seja ˆ ˆA B> . Não podemos ter BC = AC, pois se teria ˆ ˆA B= . Também não podemos ter BC < AC, pois a demonstração anterior implicaria ˆ ˆA B< . Portanto, a única possibilidade é BC > AC. DESIGUALDADE TRIANGULAR Teorema: Cada lado de um triângulo é menor que a soma dos outros dois. Logo, em um triângulo ABC, de lados a, b e c, temos: a b c b a c c a b � � � � � � � � � � � . 235 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Demonstração: Tomemos um ponto D na reta AB de forma que B está entre A e D e que BD = BC. Como o ∆DBC é isósceles, temos ADC BDC BCD ACDˆ ˆ ˆ ˆ� � � . Aplicando a desigualdade (1.1) ao ∆ADC, tem-se AC < AD = AB + BD = AB + BC, como queríamos demonstrar. Corolário: A menor distância entre dois pontos é o segmento de reta que os une. Exemplo: Sejam os pontos A e B do mesmo lado de uma reta r. Identi� que o ponto C ∈ r tal que AC + CB assume o valor mínimo. Seja B’ a re� exão do ponto B em relação à reta r, então BC = B’C. O menor caminho de A a B’ é o segmento de reta que une esses dois pontos. Como AC + CB = AC + CB’, então o ponto C que faz AC + CB assumir o valormínimo é a interseção do segmento AB’ com a reta r. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS Dois triângulos são ditos congruentes (símbolo ≡) se, e somente se, é possível estabelecer uma correspondência entre seus vértices de modo que: seus lados são ordenadamente congruentes e seus ângulos são ordenadamente congruentes. � � � � � � � � � � � �ABC A B C AB A B AC A C BC B C A A B B C C ’ ’ ’ ’ ’; ’ ’; ’ ’ ’; ’; ’� � � � � � �� �� CRITÉRIOS DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS CRITÉRIO LADO – ÂNGULO – LADO (L.A.L.) Se dois lados de um triângulo e o ângulo por eles formado forem congruentes a dois lados de outro triângulo e ao ângulo por eles formados, respectivamente, então esses dois triângulos são congruentes (postulado). AB A B A A AC A C ABC A B C B B BC L A L � � � � � �� � � � � � � � � � � � � ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ . . .� � � � BB C C C ’ ’ ’� �� � � �� � � � CRITÉRIO ÂNGULO – LADO – ÂNGULO (A.L.A.) Se um dos lados de um triângulo e os ângulos adjacentes a esse lado forem congruentes a um dos lados de outro triângulo e aos ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente, então esses dois triângulos são congruentes (teorema). ˆ ˆ ’ ’ ’ ˆ ˆ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ˆ . . . B B BC B C C C ABC A B C AB A B A A L A � � � � � �� � � � � � � � � � � � � ˆ̂ ’ ’ ’ A AC A C� � � �� � � � Demonstração: Se AC = A’C’, então temos: AC A C C C BC B C ABC A B C L A L � � � � � �� � � � � � � � � � ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ . . . . Se AC ≠ A’C’, então podemos supor, sem perda de generalidade, que AC > A’C’. Marca-se sobre AC um ponto D tal que DC = A’C’. Por L.A.L., temos ∆DBC ≡ ∆A’B’C’ e, portanto, CBD C B A CBAˆ ’ ˆ ’ ’ ˆ= = , donde D ≡ A e AC = DC = A’C’, o que contradiz a hipótese inicial. Logo, sempre que ˆ ˆ ’B B= , BC = B’C’ e ˆ ˆ ’C C= , temos AC = A’C’ e, consequentemente, ∆ABC = ∆A’B’C’, como queríamos demonstrar. 236 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Teorema do triângulo isósceles: Em um triângulo ABC qualquer, AB = AC se, e somente se, ˆ ˆB C= . Demonstração: (Ida) Supondo AB = AC e associando o ∆ABC a ele mesmo somente com a mudança da ordem dos vértices, temos: AB AC BAC CAB AC AB ABC ACB B C L A L � � � � � �� � � � � � � � � � � � ˆ ˆ ˆ ˆ . . . (Volta) Supondo ˆ ˆB C= e associando o ∆ABC a ele mesmo somente com a mudança da ordem dos vértices, temos: CBA BCA BC CB BCA CBA ABC ACB AB AC A L A ˆ ˆ ˆ ˆ . . . � � � � � �� � � � � � � � � � � � Corolário: Um triângulo é equilátero (isto é, com todos os lados congruentes) se, e somente se, é equiângulo (isto é, seus ângulos são todos congruentes). Portanto, um triângulo equilátero possui três ângulos iguais a 60°. CRITÉRIO LADO – LADO – LADO (L.L.L.) Se os três lados de um triângulo são respectivamente congruentes aos três lados de outro triângulo, então esses dois triângulos são congruentes (teorema). AB A B BC B C AC A C ABC A B C A A B L L L � � � � � �� � � � � � � � � � � � ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ . . . � � � �� � � � �� � � � B C C � � � ’ ’ Demonstração: Como BC = B’C’, vamos fazer coincidir B ≡ B’ e C ≡ C’ com A e A’ em lados opostos de BC = B’C’. Há três casos possíveis, como mostrado nas � guras a seguir. Vamos analisar o caso representado na primeira � gura. Os outros dois casos podem ser abordados de forma análoga. O ∆ABA’ é isósceles, então BAA BA Aˆ ’ ˆ ’= , e o ∆ACA’ também é isósceles, então CAA CA Aˆ ’ ˆ ’= . Portanto, BAC BAA CAA BA A CA A BA C B A Cˆ ˆ ’ ˆ ’ ˆ ’ ˆ ’ ˆ ’ ’ ˆ ’ ’� � � � � � . Logo, temos AB = A’B’, ˆ ˆ ’A A= e AC = A’C’, o que, pelo critério L.A.L., implica ∆ABC = ∆A’B’C’. Teorema: Qualquer ângulo externo é maior que os ângulos externos não adjacentes. Demonstração: Vamos provar que o ângulo externo BADˆ é maior que B̂. A demonstração de que BADˆ é maior que Ĉ é completamente análoga. Seja M ponto médio de AB. Prolonga-se CM até C’ tal que CM = MC’. 237 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Como CM = C’M, BMC AMCˆ ˆ ’= e BM = AM, então, pelo critério L.A.L., ∆BMC ≡ ∆AMC’, o que implica MAC MBCˆ ’ ˆ= . Mas C’ é um ponto interior ao ângulo BADˆ , então BAD BAC C AD BAC Bˆ ˆ ’ ’ ˆ ˆ ’ ˆ� � � � , como queríamos demonstrar. CRITÉRIO LADO – ÂNGULO – ÂNGULO OPOSTO (L.A.AO.) Se um lado, um ângulo adjacente e o ângulo oposto a esse lado, de dois triângulos são ordenadamente congruentes, então esses dois triângulos são congruentes. BC B C C C A A ABC A B C B B AB L A Ao � � � � � �� � � � � � � � � � � � � ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ . . . � � � � � � AA B AC A C ’ ’ ’ ’� � � �� � � � Demonstração: Supondo por absurdo que BC = B’C’, ˆ ˆ ’C C= e ˆ ˆ ’A A= , e que ∆ABC e ∆A’B’C’ não são congruentes, o que implica AC ≠ A’C’ (pois, se fossem iguais os triângulos seriam congruentes pelo critério L.A.L.). Supondo ainda, sem perda de generalidade, que AC > A’C’. Vamos coincidir B B≡ ’ e C C≡ ’ . Como ˆ ˆ ’C C= , então o ponto A’ está sobre o lado AC. Mas, BA Cˆ ’ é um ângulo externo do ∆ABA’, não adjacente ao ângulo BAAˆ ’ , então BA C A A BAAˆ ’ ˆ ’ ˆ ˆ ’� � � , o que contradiz a nossa hipótese. Portanto, ∆ABC = ∆A’B’C’, como queríamos demonstrar. CRITÉRIO ESPECIAL DE CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS RETÂNGULOS Se dois triângulos retângulos têm um cateto e a hipotenusa, respectivamente, congruentes, então esses dois triângulos são congruentes. ˆ ˆ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ˆ ˆ ’ A A AB A B BC B C ABC A B C AC A C B B � � � � � � �� � � � � � � � � � � 90 ˆ̂ ˆ ’C C� � � �� � � � Demonstração: Como AB = A’B’, vamos fazer coincidir A ≡ A’ e B ≡ B’ com C e C’ em lados opostos de AB. Como BC = B’C’, então o ∆CBC’ é isósceles e ˆ ˆ ’C C= . BC B C C C A A ABC A B C LAAo � � � � � � �� � � � � � � � � � ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’� � � � �90 PONTOS NOTÁVEIS NO TRIÂNGULO LUGAR GEOMÉTRICO Um lugar geométrico (LG) é o conjunto de todos os pontos que possuem uma determinada propriedade. Assim, se o conjunto L é o lugar geométrico dos pontos que possuem uma propriedade p, então: 1°) Se o ponto A ∈ L, então A possui a propriedade p; e 2°) Se o ponto A possui a propriedade p, então A ∈ L. Exemplo: Uma circunferência de centro em um ponto O e raio r é o lugar geométrico dos pontos do plano que estão a uma distância constante e igual a r do ponto O. MEDIATRIZES A mediatriz de um segmento é a reta perpendicular ao segmento pelo seu ponto médio. A mediatriz de um segmento é o lugar geométrico dos pontos equidistantes das extremidades do segmento. Demonstração: Seja um ponto P ∈ m, onde m é a mediatriz do segmento AB, então ∆PMA ≡ ∆PMB (caso especial de congruência para triângulos retângulos), então PA = PB, ou seja, P equidista das extremidades do segmento. 238 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Seja P um ponto equidistante das extremidades de um segmento AB. Se M é o ponto médio de AB, então PA = PB. Assim, considerando os triângulos PAM e PBM, temos PA = AB, AM = BM e MP é comum, portanto, pelo critério de congruência L.L.L., ∆PAM ≡ ∆PBM, o que implica PMA PMBˆ ˆ= = 90 , ou seja, P pertence à mediatriz de AB. As mediatrizes dos lados de um triângulo interceptam-se em um único ponto denominado circuncentro e que equidista dos vértices do triângulo. Demonstração: Sejam m1, m2 e m3 as mediatrizes dos lados AB, AC e BC do triângulo ABC, respectivamente. Se {O} = m1 ∩ m2, então, temos: O m OA OB O m OA OC OB OC O m � � � � � � � � � �� � � � �1 2 3 . Portanto, {O} = m1 ∩ m2 ∩ m3 e OA ≡ OB ≡ OC, como queríamos demonstrar. O circuncentro de um triângulo é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo. POSIÇÕES DO CIRCUNCENTRO EM RELAÇÃO AO TRIÂNGULO O circuncentro é interior ao triângulo, se o triângulo é acutângulo. O circuncentro está sobre o ponto médio da hipotenusa, se o triângulo é retângulo. O circuncentro é exterior ao triângulo, se o triângulo é obtusângulo. 239 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BRBISSETRIZES A bissetriz de um ângulo é uma semirreta que o divide em dois ângulos congruentes. A bissetriz de um ângulo é o lugar geométrico dos pontos que equidistam dos lados de um ângulo. Demonstração: Seja um ponto P ∈ β bissetriz de AOBˆ . Traçam-se as perpendicu- lares por P aos lados do ângulo. Nos triângulos POC e POD, temos PO lado comum, POC PODˆ ˆ= e PCO PDOˆ ˆ= = 90, então, pelo critério de congruência LAAO, ∆POC = ∆POD, o que implica PC = PD, ou seja, P equidista dos lados do ângulo. Seja P um ponto que equidista dos lados do ângulo AOBˆ . Nos triângulos POC e POD, temos PO lado comum e PC = PD, então, pelo critério de congruência especial para triângulos retângulos, ∆POC ≡ ∆POD, o que implica POC PODˆ ˆ= , ou seja, P pertence à bissetriz do ângulo AOBˆ . Observação • As bissetrizes de dois ângulos opostos pelo vértice são semir- retas opostas. • As bissetrizes de dois ângulos replementares são semirretas opostas. • As bissetrizes de dois ângulos suplementares são perpendiculares. BISSETRIZES INTERNAS DE UM TRIÂNGULO Uma bissetriz interna de um triângulo é um segmento com extremidade em um vértice e no lado oposto e que divide o ângulo desse vértice em dois ângulos adjacentes congruentes. BAA A AC AAˆ ’ ’ ˆ ’� � é bissetriz relativa ao vértice A do ∆ABC Observação Um segmento que tem uma extremidade em um vértice de um triângulo e a outro no lado oposto a esse vértice é denominado ceviana. As três bissetrizes internas de um triângulo interceptam-se em um único ponto denominado incentro e que equidista dos lados do triângulo. Demonstração: Sejam AA’ , BB’ e CC’ as bissetrizes relativas aos vértices A, B e C do triângulo ABC, respectivamente. Se I AA BB�� � �’ ’, então, temos: I AA IE IF I BB ID IF ID IE I CC � � � � � � � � � �� � � � � ’ ’ ’ Portanto, I AA BB CC�� � � �’ ’ ’ e ID IE IF≡ ≡ , como queríamos demonstrar. O incentro de um triângulo é o centro da circunferência inscrita no triângulo. 240 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR BISSETRIZES EXTERNAS DE UM TRIÂNGULO Uma bissetriz externa de um triângulo é uma reta que divide um ângulo externo do triângulo em dois ângulos adjacentes congruentes. Assim como as três bissetrizes internas, as três bissetrizes externas também equidistam dos lados do triângulo. Cada bissetriz externa é perpendicular à bissetriz interna do mesmo vértice. As três bissetrizes externas intersectam-se duas a duas determinando três pontos denominados ex-incentros. Os ex-incentros são equidistantes dos três lados do triângulo e são centros dos três círculos ex-inscritos. A bissetriz interna oposta a um lado passa pelo ex-incentro determinado pelas bissetrizes externas dos ângulos adjacentes a esse lado. Note que as demonstrações das propriedades das bissetrizes externas e dos ex-incentros são análogas às das bissetrizes internas e do incentro, pois correspondem aos mesmos lugares geométricos. ALTURAS Uma altura de um triângulo é um segmento de reta perpendicular à reta suporte de um lado do triângulo e com extremidades nesta reta e no vértice oposto ao lado considerado. 241 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR ORTOCENTRO As três alturas de um triângulo (ou seus prolongamentos) concorrem em um único ponto denominado ortocentro. Demonstração: Sejam BE e CF duas alturas do ∆ABC que se cortam no ponto H, e seja AD a ceviana passando por H. #AFHE é inscritível � � �FAH FEHˆ ˆ � BFC BEC BFECˆ ˆ #� � � �90 é inscritível � � �FEH FCBˆ ˆ � CHD AHFˆ ˆ� � � �90 � � � � � � � � � � �� � � � �CDH CHD DCHˆ ˆ ˆ180 180 90 90� � Logo, AD BC⊥ , ou seja, AD também é uma altura do ∆ABC, o que implica que as três alturas do triângulo encontram-se em um único ponto. Outra forma de provar a concorrência das três alturas é traçar pelos vértices A, B e C retas paralelas aos lados opostos. Assim, #ABCJ e #ACBK são paralelogramos, o que implica BC || AJ || AK e BC = AJ = AK, logo A é ponto médio de KJ e, como AH BC1 ⊥ , então AH KJ1 ⊥ . Assim, conclui-se que AH1 é a mediatriz do lado KJ do ∆IJK. Analogamente BH2 e CH3 também são mediatrizes de KI e IJ, respectivamente. O ponto de encontro das três mediatrizes de um triângulo é o circuncentro do triângulo. É fácil garantir a sua existência e unicidade, pois ele é o ponto que equidista dos três vértices. Como AH1, BH2 e CH3 são as três mediatrizes do ∆IJK, eles se encontram no ponto H circuncentro do ∆IJK e, consequentemente, ortocentro do ∆ABC. • Se o triângulo é acutângulo, o ortocentro está no interior do triângulo. • Se o triângulo é retângulo, o ortocentro coincide com o vértice do ângulo reto. • Se o triângulo é obtusângulo, o ortocentro está no exterior do triângulo. Nas � guras seguintes, H é o ortocentro dos triângulos. ProBizu O simétrico do ortocentro de um triângulo em relação a um de seus lados está sobre o círculo circunscrito ao triângulo. 242 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Demonstração: CAH CBH H Cˆ ’ ˆ ’ ’ = = 2 CBH BHD AHE CAH CBH CBH DH DH ˆ ˆ ˆ ˆ ’ ˆ ˆ ’ ’ � � � � � � � � � � � 90 90 Logo, a interseção H’ do prolongamento de AD com o círculo circunscrito é o simétrico de H em relação ao lado BC, o que demonstra a proposição inicial. TRIÂNGULO ÓRTICO O triângulo órtico é o triângulo formado pelos pés das alturas de um triângulo. Triângulo acutângulo Triângulo obtusângulo No triângulo retângulo o triângulo órtico não está de� nido. ProBizu Em qualquer triângulo acutângulo, o ortocentro é o incentro do triângulo órtico, e seus vértices são ex-incentros do triângulo órtico. Em qualquer triângulo obtusângulo, o ortocentro é um dos ex- incentros do triângulo órtico, o vértice do ângulo obtuso é o incentro do triângulo órtico, e os outros dois vértices são os outros dois ex-incentros do triângulo órtico. Demonstração: BFH BDH BDHFˆ ˆ #� � � �90 é inscritível � �FBH FDHˆ ˆ CEH CDH CDHEˆ ˆ #� � � �90 é inscritível � �ECH EDHˆ ˆ FBH ECH A FDH EDHˆ ˆ ˆ ˆ ˆ� � � � � �90 Logo, DH é bissetriz do ângulo FDEˆ . Analogamente, EH e FH são bissetrizes dos ângulos DEFˆ e DFEˆ , respectivamente, o que implica que H é o incentro do ∆DEF. Observando ainda que os lados AB, BC e AC são perpendiculares às bissetrizes internas do ∆DEF, então eles são bissetrizes externas do ∆DEF e, consequentemente, os vértices A, B e C são ex-incentros do ∆DEF. A demonstração para o triângulo obtusângulo é análoga. Basta considerar o triângulo DEF como triângulo órtico do triângulo obtusângulo BCH. MEDIANAS, BASES MÉDIAS E BARICENTRO BASE MÉDIA DE UM TRIÂNGULO Se um segmento tem extremidades nos pontos médios de dois lados de um triângulo, então ele é paralelo ao terceiro lado e é igual à metade do terceiro lado. Esse segmento é denominado base média do triângulo, relativa ao terceiro lado. Demonstração: Seja a reta r || AB por C, e D a interseção de r e MN. MAN DCN AN CN MNA DNC AMN CDN CD AM MN DN ˆ ˆ ˆ ˆ � � � � � �� � � � � � � � � � � � Como CD ≡ AM ≡ MB e CD || MB, então o quadrilátero BMDC é um paralelogramo, o que implica MD || BC e MD ≡ DC. Portanto, MN || BC e MN BC = 2 . Se um segmento paralelo a um lado de um triângulo tem uma extremidade no ponto médio de um lado e a outra extremidade no terceiro lado, então esta extremidade é o ponto médio do terceiro lado. MEDIANAS E BARICENTRO Uma mediana de um triângulo é um segmento com extremidades em um dos vértices e no ponto médio do lado oposto. BM ≡ MC ⇒ AM é a mediana relativa ao vértice A do ∆ABC. 243 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR ProBizu As três medianas de um triângulo interceptam-se em um único ponto denominado baricentro. O baricentro divide as medianas na razão 2:1, onde a parte maior é a que contém o vértice. Demonstração: Seja {X} = BN ∩ CP, D e E pontos médios de BX e CX, respectivamente. No ∆ABC, N e P são pontos médios de AC e AB, respectivamente, então NP || BC e NP BC = 2 . No ∆XBC, D e E pontos médios de BX e CX,respectivamente, então DE || BC e DE BC = 2 . ⇒ NP || DE ∧ NP ≡ DE ⇒ #NPDE é um paralelogramo. Como as diagonais de um paralelogramo cortam-se ao meio, então NX ≡ XD ≡ DB e PX ≡ XE ≡ EC. Logo, a mediana BN intercepta a mediana CP em um ponto X que divide as medianas na razão 2:1. Seja {Y} = AM ∩ CP, então analogamente Y divide as medianas AM e CP na razão 2:1, portanto, X ≡ Y. Chamando esse ponto de X ≡ Y ≡ G, então {G} = AM ∩ BN ∩ CP e AG GM BG GN CG GP = = = 2 1 . Observação O baricentro é o centro de gravidade do triângulo. DIVISÃO DE SEGMENTOS DIVISÃO INTERNA Um ponto M divide um segmento AB internamente na razão k > 0, quando M pertence ao segmento AB e AM MB k= . Os segmentos AM e MB são ditos segmentos aditivos, pois sua soma é igual a AB. Seja AB = d, então: AM MB k AM k MB AM MB k d k AM dk k MB d k � � � � � � � � � � � � � � � 1 1 1 1 1 Se 0 < k < 1 ⇒ dk < d ⇒ AM < MB, então M está mais próximo de A. Se k = 1 ⇒ AM = MB, então M é ponto médio de AB. Se k > 1 ⇒ dk > d ⇒ AM > MB, então M está mais próximo de B. Exercício Resolvido 01. Um ponto M divide o segmento AB, de 18 cm, internamente na razão 2 7 . Calcule MA e MB. Resolução: MA MB MA MB k MA k MB k � � � � � � � � � � 2 7 2 7 2 7 Segmentos aditivos: AB = MA + MB = 18 ⇒ 2k + 7k = 18 ⇔ k = 2 ⇒ MA = 2k = 2 · 2 = 4 e MB = 7k = 7 · 2 = 14 Nesse exemplo, as contas foram feitas usando uma constante de proporcionalidade. DIVISÃO EXTERNA Um ponto N divide um segmento AB externamente na razão 0 < k ≠ 1, quando N pertence à reta suporte do segmento AB, mas não ao próprio segmento, e NA NB k= . Os segmentos NA e NB são ditos segmentos subtrativos, pois o módulo da sua diferença é igual a AB. Seja AB = d, então: NA NB k NA k NB NA NB k d k NA dk k NB d k � � � � � � � � � � � � � � � 1 1 1 1 1 Se 0 < k < 1 ⇒ dk < d ⇒ NA < NB, então N está à esquerda de A. Se k > 1 ⇒ dk > d ⇒ NA > NB, então N está à direita de B. Exercício Resolvido 02. Um ponto N divide o segmento AB, de 18 cm, externamente na razão 4 7 . Calcule NA e NB. Resolução: Observe, inicialmente, que, como a razão de divisão externa é 4 7 1< , então NA < NB e o ponto N deve estar à esquerda do segmento AB. 244 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR NA NB NA NB NB NA AB � � � � � � � � � 4 7 4 7 7 4 3 18 3 6 (segmentos subtrativos) ⇒ NA = 4 · 6 = 24 e NB = 7 · 6 = 42 Nesse exemplo, as contas foram feitas usando as propriedades das razões e proporções. DIVISÃO HARMÔNICA Os pontos M e N dividem um segmento AB harmonicamente na razão 0 < k ≠ 1, quando os pontos M e N dividem o segmento AB, respectivamente, internamente e externamente na mesma razão k, ou seja, AM MB NA NB k= = . Os pontos M e N são chamados conjugados harmônicos de AB na razão k. Seja AB = d, então: AM dk k MB d k � � � � �1 1 e NA dk k NB d k � � � � �1 1 . 0 1 1 1 2 1 2 � � � � � � � � � � � k MN NA AM dk k dk k dk k k MN MB NB d k d k dk k � � � � � � � � � � 1 1 1 2 12 Assim, para qualquer 0 < k ≠ 1, temos: MN dk k � � 2 12 Teorema: Se M e N dividem o segmento AB harmonicamente na razão 0 < k ≠ 1, então A e B dividem o segmento MN harmonicamente na razão k k k ’ � � � 1 1 . Exercício Resolvido 03. Os pontos M e N dividem o segmento AB, de 10 cm, harmonicamente na razão 2 3 . Calcule MN. Resolução: Observe, inicialmente, que, como a razão de divisão é 2 3 1< , então o ponto N deve estar à esquerda do segmento AB. Vamos calcular primeiro a medida dos segmentos aditivos (divisão interna): AM MB AM MB AM MB AB AM MB � � � � � � � � � � � � � � � � � � 2 3 2 3 2 3 5 10 5 2 2 2 4 3 2 6 Agora, vamos calcular a medida dos segmentos subtrativos (divisão externa): NA NB NA NB NB NA AB NA NB � � � � � � � � � � � � � � � � � 2 3 2 3 3 2 1 10 2 10 20 3 10 30 A distância entre os conjugados harmônicos é MN = NA + AM = 20 + 4 = 24 Alternativamente, poderíamos utilizar a fórmula desenvolvida anteriormente, como segue: MN dk k � � � � � � � � � � � � � � � � 2 1 2 10 2 3 2 3 1 40 3 5 9 40 3 9 5 24 2 2 DIVISÃO DE UM SEGMENTO EM MÉDIA E EXTREMA RAZÃO (DIVISÃO ÁUREA) Um ponto P divide internamente um segmento de reta AB segundo uma razão áurea (ϕ) quando a primeira parte está para a segunda parte assim como o segmento todo está para a primeira parte, ou seja, PA PB AB PA � � � O ponto P assim obtido é denominado ponto áureo de AB e o segmento PA, segmento áureo de AB. Note que o segmento áureo (PA) é a média geométrica entre o segmento dado (AB) e o outro segmento aditivo (PB). Sejam AP = a, PB = b, AB = a + b, onde o ponto P divide AB auricamente, temos: PA PB AB PA a b a b a a b b a � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 1 1 1 1 0 1 5 2 2 �� � �0 1 5 2 � � � � � 1 5 2 1 618, O retângulo áureo é um retângulo no qual a razão entre o maior lado e o menor lado é igual à razão áurea. Seja um retângulo áureo cujo maior lado possui medida a e o menor lado possui medida b tais que a b � �. Se colocarmos esse retângulo adjacente a um quadrado cujo lado mede a, obtemos um retângulo áureo semelhante com lado maior de medida a + b e lado menor de medida a. 245 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Construção do retângulo áureo. 1°) Construa um quadrado APQD; 2°) Marque o ponto médio M do lado AP do quadrado; 3°) Trace o arco de circunferência com centro M passando pelos vértices opostos do quadrado Q e D; 4°) A interseção do prolongamento do lado AP com o arco de circunferência é um vértice do retângulo áureo (B); e 5°) A interseção da perpendicular a AB passando por B com o prolongamento de DQ é o outro vértice do retângulo áureo (C). TEOREMA DE TALES Um feixe de retas paralelas determina sobre duas secantes quaisquer segmentos correspondentes proporcionais. Sejam as retas r1 || r2 || r3 || ... || rn-1 || rn , então A A B B A A B B A A B B n n n n 1 2 1 2 2 3 2 3 1 1 � � � � � . Demonstração: Vamos efetuar a demonstração para dois pares de segmentos. A generalização segue facilmente por indução � nita. Sejam r1 || r2 || r3, s’ || s passando por B1, e C e D os pés das alturas traçadas por A2 e B2 no ∆B1B2A’2. S B A B D B B A C A C B D B A B BB B A1 2 2 1 2 2 1 2 2 2 2 1 2 1 22 2 ’ ’ ’ ’ ’ � � � � � � . O #A1A2A’2B1 é um paralelogramo, então B1A’2 = A1A2 e, portanto, A C B D A A B B 2 2 1 2 1 2 ’ = . Os ∆A’2B2A’3 e ∆B2A’2B3 possuem a mesma base e a mesma altura, logo possuem a mesma área. Assim, temos: S S A A B D B B A C A C B D A A BA B A B A B2 2 3 2 2 3 2 3 2 2 3 2 2 2 2 3 22 2 ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ ’ � � � � � � � BB3 O #A2A3A’3A’2 é um paralelogramo, então A’2A’3 = A2A3 e, portanto, A C B D A A B B 2 2 2 3 2 3 ’ = . Logo, A C B D A A B B A A B B CQD2 2 1 2 1 2 2 3 2 3 ’ . . .� � � � . Exercício Resolvido 04. Determine o valor de x, sendo r, s e tretas paralelas. Resolução: Como as retas r, s e t são paralelas, os segmentos de reta determinados sobre as duas transversais são proporcionais. Assim, temos: x x 4 6 8 4 6 8 3� � � � � . 246 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Exercício Resolvido 05. Determine os valores de x e y, sendo r, s e t retas paralelas. Resolução: Como as retas r, s e t são paralelas, os segmentos de reta determinados sobre as duas transversais são proporcionais. Atente, entretanto, para a correspondência entre os segmentos em cada uma das transversais. Em uma das transversais, são determinados segmentos de medida 3, 2 e y e, na outra transversal, segmentos de medida 5, x e 6, respectivamente. Assim, temos: 3 5 2 6 2 5 3 10 3 3 6 5 18 5 � � � � � � � � � � x y x y Uma outra maneira de identi� car os segmentos proporcionais e traçar uma paralela a uma das transversais, de forma que o ponto de interseção dessas retas seja exterior às retas r e t. r s 35 x 2 y 2 63 ty TEOREMA DAS BISSETRIZES TEOREMA DA BISSETRIZ INTERNA A bissetriz interna de um dos ângulos de um triângulo divide o lado oposto internamente em segmentos proporcionais aos lados adjacentes. Seja AD a bissetriz interna do ângulo  de um triângulo ABC, então BD AB DC AC = . Demonstração: Seja CE || AD e BAD DACˆ ˆ� � �, então AEC ACEˆ ˆ� � �. Portanto, o ∆ACE é isósceles e AE = AC. Pelo teorema de Tales, temos BD AB DC AE BD AB DC AC CQD� � � � �. . . . Exercício Resolvido 06. Em um triângulo ABC de lados AB = 12, AC = 8 e BC = 10, determine o maior segmento que a bissetriz interna do ângulo  determina sobre o lado BC. Resolução: D 10 B A 12 C 8 x 10 – x O maior segmento determinado pelo pé da bissetriz, D, sobre BC é o correspondente ao maior dos lados adjacentes ao vértice A, ou seja, BD. Sendo BD = x, pelo teorema das bissetrizes internas, temos: 12 8 10 120 12 8 20 120 6 x x x x x x� � � � � � � � � . TEOREMA DA BISSETRIZ EXTERNA A bissetriz externa de um dos ângulos de um triângulo divide o lado oposto externamente em segmentos proporcionais aos lados adjacentes. Seja AE a bissetriz interna do ângulo  de um triângulo ABC, então BE AB CE AC = . 247 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Demonstração: Seja CF || AE e CAE EADˆ ˆ� � �, então AFC ACFˆ ˆ� � �. Portanto, o ∆ACF é isósceles e AF = AC. Pelo teorema de Tales, temos BE AB CE AF BE AB CE AC CQD� � � � �. . . . Exercício Resolvido 07. Em um triângulo ABC de lados AB = 12, AC = 8 e BC = 10, determine a distância entre o pé da bissetriz externa do ângulo  e o vértice mais próximo do lado BC. Resolução: 12 10 8 CB E A � � x O pé da bissetriz externa está do junto ao menor lado. Assim, devemos calcular a medida de CE = x. Pelo teorema das bissetrizes externas, temos: 12 10 8 12 80 8 4 80 20 � � � � � � � � � x x x x x x . DIVISÃO HARMÔNICA PELOS PÉS DAS BISSETRIZES As bissetrizes interna e externa que partem de um mesmo vértice de um triângulo dividem o lado oposto harmonicamente na razão dos lados adjacentes ao vértice. Sendo AD e AE as bissetrizes interna e externa, respectivamente, partindo do vértice A do ∆ABC, então BD DC BE CE AB AC = = . CIRCUNFERÊNCIA DE APOLÔNIUS Sejam dados dois pontos � xos A e B, e uma razão 0 < k ≠ 1. A circunferência de Apolônius (CA) dos pontos A e B na razão k é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja razão das distâncias aos pontos A e B é igual a k, ou seja, P C PA PB kA� � � . Se AB = d, então o raio do círculo de Apolônius é r dk k A � �2 1 . Demonstração: Os pontos M,N ∈ L.G. são os pontos que dividem o segmento AB harmonicamente na razão k, ou seja, MA MB AN BN k= = . Seja P ∈ L.G., então PA PB k= . Logo, PA PB MA MB = , o que implica que PM é bissetriz interna do ângulo P̂ do ∆APB. Além disso, PA PB AN BN = , o que implica que PN é bissetriz externa do ângulo P̂ do ∆APB. Portanto, PM PN⊥ e M e N são ponto � xos, então o lugar geométrico procurado é um círculo de diâmetro MN, onde M e N são os conjugados harmônicos do segmento AB na razão k. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS Se dois triângulos possuem lados respectivamente proporcionais, então são semelhantes. � � � � �ABC A B C a a b b c c ’ ’ ’ ’ ’ ’ 248 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, seus ângulos são respectivamente congruentes. Dois triângulos de lados respectivamente paralelos são semelhantes. Se dois triângulos são semelhantes, então a razão entre duas linhas homólogas é igual à razão de semelhança. CASOS DE SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS 1° caso: (A.A.) Se dois triângulos possuem dois ângulos respectivamente congruentes, então são semelhantes. ˆ ˆ ’ ˆ ˆ ’ ’ ’ ’ B B C C ABC A B C � � � � � �� � � � 2° caso: (LPALP) Se dois triângulos possuem dois lados proporcionais adjacentes a ângulos congruentes, então são semelhantes. b b c c A A ABC A B C’ ’ ’ ’ ’ ’ � � � � � � � � � � � � ∼ 3° caso: (LPLPLP) Se dois triângulos possuem os três lados respectivamente proporcionais, então são semelhantes. a a b b c c ABC A B C ’ ’ ’ ’ ’ ’� � � � � Exercício Resolvido 08. Considere os quadrados da � gura de lados a e b (a > b). Então x é igual a a) b a b 2 − b) a a b 2 − c) ab a b+ d) ab a b− Resolução: A 11 22 a b bb a a – – bb bb x Os triângulos retângulos “1” e “2” possuem lados paralelos, logo são semelhantes. Assim, temos: a b b b x x b a b � � � � � 2 . Exercício Resolvido 09. (AFA 2005) Considere o triângulo ABC, de lados AB = 15, AC = 10, BC = 12 e seu baricentro G. Traçam-se GE e GF paralelos a AB e AC, respectivamente, conforme a � gura abaixo. O perímetro do triângulo GEF é um número que, escrito na forma de fração irredutível, tem a soma do numerador com o denominador igual a B E M F C G A a) 43 b) 40 c) 38 d) 35 249 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Resolução: B Como G é o baricentro do triângulo ABC, então GM AM = 1 3 . Como GE || AB e GF || AC, então ∆GEF ~ ∆ABC (A.A.) e a razão de semelhança é GM AM = 1 3 , obtida a partir das medianas homólogas. Como a razão entre os perímetros dos triângulos também é igual à razão de semelhança, temos: 2 2 2 15 10 12 1 3 2 37 3 p p p pGEF ABC GEF GEF� � � � � � . Como a fração obtida acima já se encontra em sua forma irredutível, então a soma de seu numerador e seu denominador é igual à 37 + 3 = 40. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO Seja o triângulo ABC retângulo em A, conforme a � gura a seguir: � �ABC ABH A A A BC AB AC AH AB BH a c b h c n a h b c c a n ~ . . .� � � � � � � � � � � � � � � � � 2 �� �� � �ABC ACH A A A BC AC AC CH AB AH a b b m c h b a m ~ . . .� � � � � � � � � � � �2 � �ABH ACH A A A AB AC AH CH BH AH c b h m n h h m n ~ . . .� � � � � � � � � � � �2 � � � � � � � � �� � � � � � � � � b c a m a n a m n a a a a b c 2 2 2 2 2 2 (Teorema de Pitágoras) � � � � � � � � � � � � � � � 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 h m n b a c a a b c b c b c b c h b c a · h = b · c b² = a · m c² = a · n h² = m · n 1 1 1 2 2 2h b c � � a² = b² + c² As relações b2 = a · m e c2 = a · n mostram que cada cateto é a média geométrica da hipotenusa e da sua projeção sobre a hipotenusa. A relação h2 = m · n mostra que a altura é a média geométrica das projeções dos catetos sobre a hipotenusa. Considerando a lei dos cossenos, conclui-se que o recíproco do teorema de Pitágoras também é verdadeiro, assim um triângulo de lados a, b e c, onde a é o maior lado, é retângulo se, e somente se, a2 = b2 + c2. Exercício Resolvido 10. (ITA 2014) Considere o triângulo ABC retângulo em A. Sejam AE e AD a altura e a mediana relativa à hipotenusa BC, respectivamente. Se a medida de BE é 2 1�� � cm e a medida de AD é 1 cm, então AC mede, em cm, a) 4 2 5− . b) 3 2− . c) 6 2 2− . d) 3 2 1�� � . e) 3 4 2 5− . Resolução: C Observemos inicialmente que, em um triângulo retângulo, a mediana relativa à hipotenusa é igual à metade da hipotenusa. Portanto, AD = BD = DC = 1. EC BC BE� � � � �� � � �2 2 1 3 2 Sabemos também que, em um triângulo retângulo, o quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela sua projeção. Assim, no triângulo retângulo ABC, temos: AC BC EC AC uc 2 2 3 2 6 2 2 6 2 2� � � � �� � � � � � � . . TEOREMA DE MENELAUS Se uma reta determina sobre os lados de um triângulo ABC os pontos L, M e N, conforme a � gura, então LA LB MB MC NC NA � � � 1 250 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR Demonstração: Seja AD a paralela a LN passando por A. Pelo teorema de Tales, temos: LN AD LB MB LA MD LA LB MB MD � � � � � 1 LN AD MD NA MC NC NC NA MD MC � � � � � 1 Multiplicando as duas expressões, temos: LA LB MB MD NC NA MD MC LA LB MB MC NC NA � � � � � � � �1 1. Exercício Resolvido 11. Na � gura a seguir, calcule a razão OBOE . B A CE D O 2x 3x 3y y Resolução: Aplicando o teorema de Menelaus no triângulo BCE com secante AOD, temos: AE AC OB OE DC DB x x OB OE y y OB OE � � � � � � � � �1 2 5 3 1 5 6 TEOREMA RECÍPROCO DE MENELAUS Se L, M e N são pontos sobre as retas suportes dos lados AB, BC e AC, respectivamente, e LA LB MB MC NC NA � � � 1, então L, M e N estão alinhados. Demonstração: Suponha que a reta NM corta o lado AB no ponto L’. Pelo teorema de Menelaus, L A L B MB MC NC NA ’ ’ � � � 1. Como é dado que LA LB MB MC NC NA � � � 1, então LA LB L A L B = ’ ’ , ou seja, os pontos L e L dividem o segmento AB na mesma razão e, portanto, são coincidentes. Logo, L, M e N estão alinhados. TEOREMA DE CEVA Seja um triângulo ABC e três cevianas AD, BE e CF concorrentes, então A F P E CDB DB EC FA 1 EC DB FA EA DC FB DC EA FB ⋅ ⋅ = ⇔ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ Demonstração: Aplicando o teorema de Menelaus no ∆ABD com a secante CPF, temos: FA FB PD PA CB CD � � � 1 Aplicando o teorema de Menelaus no ∆ACD com a secante BPE, temos: BD BC PA PD EC EA � � � 1 Multiplicando as duas expressões, temos: FA FB PD PA CB CD BD BC PA PD EC EA DB DC EC EA FA FB � � � � � � � � � �1 1 Exercício Resolvido 12. Calcule x na � gura a seguir. A 9 F 6 B 12 D 8 C 3 E P x Resolução: Aplicando o teorema de Ceva, temos: DB DC EC EA FA FB x x� � � � � � � � � �1 12 8 3 9 6 1 27 4 6 75, . 251 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR TEOREMA RECÍPROCO DE CEVA Seja um triângulo ABC e três cevianas AD, BE e CF tais que DB DC EC EA FA FB � � � 1, então as três cevianas concorrem em um único ponto. Demonstração: Seja P a interseção de AD e BE, seja F’ a interseção de CP com o lado AB e suponha que DB DC EC EA FA FB � � � 1. Pelo teorema de Ceva, temos: DB DC EC EA F A F B � � � ’ ’ 1. Comparando as duas igualdades, conclui-se que FA FB F A F B = ’ ’ . Logo, os pontos F e F’ dividem o lado AB internamente na mesma razão, o que implica F ≡ F’ e, consequentemente, a ceviana CF passa pelo ponto P. LEI DOS COSSENOS Seja um triângulo ABC de lados BC = a, AC = b e AB = c, então B A b c a C A B C a b c bc A2 2 2 2� � � �cos b a c ac B2 2 2 2� � � �cos c a b ab C2 2 2 2� � � �cos Demonstração: Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ABD, temos: m2 + h2 = c2. Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo BCD, temos: (b – m)2 + h2 – a2. b m h a b bm m h a b bm c a c �� � � � � � � � � � � � � � 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ��� �� No triângulo retângulo ABD, temos: cos cosA m c m c A� � � � . � � � � � � � � � �b bm c a a b c bc A C Q D 2 2 2 2 2 22 2 cos . . . Exercício Resolvido 13. (EEAR 2001) Dois lados consecutivos de um paralelogramo medem 8 m e 12 m e formam entre si um ângulo de 60°. As medidas das diagonais desse paralelogramo são tais que o número que expressa a) o seu produto é racional. b) a sua razão é maior que 2. c) a sua soma é maior que 32. d) a sua diferença é irracional. Resolução: D Lei dos cossenos no triângulo ABD: d d2 2 28 12 2 8 12 60 112 112 4 7� � � � � � � � �cos Lei dos cossenos no triângulo ABC: D D2 2 28 12 2 8 12 120 304 304 4 19� � � � � � � � �cos D d� � � �4 19 4 7 SÍNTESE DE CLAIRAUT Seja um triângulo ABC, onde a, b e c representam as medidas dos lados e a é o maior lado, então 252 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR ∆ABC é acutângulo ⇔ a² < b² + c² ∆ABC é retângulo ⇔ a² = b² + c² ∆ABC é obtusângulo ⇔ a² > b² + c² Demonstração: Se a é o maior lado do triângulo, então o ângulo  é o maior ângulo. Pela lei dos cossenos, temos: a² = b² + c² – 2bc · cos  ⇔ 2bc · cos  = (b² + c²) = a². a² > b² + c² ⇔ cos  < 0 ⇔  é obtuso e o ∆ABC é obtusângulo. a² = b² + c² ⇔ cos  = 0 ⇔  = 90° e o ∆ABC é retângulo. a² < b² + c² ⇔ cos  > 0 ⇔  é agudo e o ∆ABC é acutângulo. Exercício Resolvido 14. Classi� que os triângulos a seguir quanto aos ângulos. a) triângulo de lados 8, 15 e 18. b) triângulo de lados 8, 15 e 17. c) triângulo de lados 8, 15 e 16. Resolução: a) 18² = 324 > 289 = 15² + 8², então o triângulo é obtusângulo. b) 17² = 289 = 15² + 8², então o triângulo é retângulo. c) 16² = 256 < 289 = 15² + 8², então o triângulo é acutângulo. LEI DOS SENOS Seja um triângulo ABC de lados BC = a, AC = b e AB = c e raio do círculo circunscrito R, então a A b B c C R sen sen sen� � � = = = 2 Demonstração: �A BC A a R a A R’ sen sen � � � � 2 2 Adotando procedimento análogo para os outros vértices, temos a A b B c C R C Q Dsen sen sen . . .� � � � � � � �2 . Exercício Resolvido 15. (EEAR 2008) Num triângulo ABC, são dados  = 45°, ˆ , ˆA B= =45 30 e AC = 6 cm. Então BC = _____ cm. a) 4 3 b) 6 2 c) 3 2/ d) 2 2/ Resolução: B Lei dos senos: BC A AC B BC BC cm sen sen sen sen� � � � � � � � � � � � 45 6 30 2 2 6 1 2 6 2 RELAÇÃO DE STEWART Seja um triângulo ABC de lados BC = a, AC = b e AB = c, e a ceviana AP = x que divide o lado BC em dois segmentos BP = n e CP = m, então 253 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 2 2 2b x c 1 am mn an �� �� �� Demonstração: Seja APBˆ � �, então APCˆ � �180 �. Aplicando a lei dos cossenos aos triângulos APB e APC, temos: c n x nx x n c nx 2 2 2 2 2 2 2 2 � � � � � � � cos cos� � b m x mx m x mx b m x mx 2 2 2 2 2 2 2 2 2 180 2 2 � � � �� � � � � � � � � � cos cos cos � � � x n c nx b m x mx mx mn mc nb nm nx nb x m 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 � � � � � � � � � � � � � � � �nn mc mn m n nb ax mc amn b am x mn c an � � � � �� � � � � � � � � � � 2 2 2 2 2 2 2 1 Exercício Resolvido 16. Calcule x na � gura abaixo. Resolução: Pela relação de Stewart, temos: 4 2 8 2 6 6 6 8 1 1 12 3 4 1 12 3 4 9 3 2 2 2 2 2 2 � � � � � � � � � � � � � � � � � x x x x x EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (MACKENZIE) O triângulo PMN acima é isósceles de base MN. Se p, m e n são os ângulos internos do triângulo, como representados na � gura, então podemos a� rmar que suas medidas valem, respectivamente, a) 50º, 65º, 65º b) 65º, 65º, 50º c) 65º, 50º, 65º d) 50º, 50º, 80º e) 80º, 80º, 40º 02. (EEAR) Se ABC é um triângulo, o valor de α é: a) 10º b) 15º c) 20º d) 25º 03. (EEAR) No quadrilátero ABCD, o valor de y – x é igual a: a) 2x b) 2y c) x 2 d) y 2 04. (EEAR) Seja um triângulo ABC, conforme a � gura. Se D e E são pontos, respectivamente, de AB e AC, de forma que =AD 4, =DB 8, =DE x, =BC y, e se DE || BC, então: a) y = x + 8 b) y = x + 4 c) y = 3x d) y = 2x 254 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 05. (EEAR) Os ângulos  e B̂ são congruentes. Sendo  = 2x + 15º e = − °B̂ 5x 9 . Assinale a alternativa que representa, corretamente, o valor de x. a) 2º b) 8º c) 12º d) 24º 06. (MACKENZIE) Na � gura abaixo, a e b são retas paralelas. A a� rmação correta a respeito do número que expressa, em graus, a medida do ângulo α é: a) um número primo maior que 23. b) um número ímpar. c) um múltiplo de 4. d) um divisor de 60. e) um múltiplo comum entre 5 e 7. 07. (EEAR) Sabe-se que a hipotenusa de um triângulo retângulo tem 5 5 cm de comprimento e a soma dos catetos é igual a 15 cm. As medidas, em cm, dos catetos são: a) 6 e 9 b) 2 e 13 c) 3 e 12 d) 5 e 10 08. A � gura abaixo tem as seguintes características: - o ângulo Ê é reto; - o segmento de reta AE é paralelo ao segmento BD; - os segmentos AE, BD e DE, medem, respectivamente, 5, 4 e 3. O segmento AC, em unidades de comprimento, mede: a) 8 b) 12 c) 13 d) 61 e) 5 10 09. No triângulo ABC, AB = 8, BC = 7, AC = 6 e o lado BC foi prolongado, como mostra a � gura, até o ponto P, formando-se o triângulo PAB, semelhante ao triângulo PCA. O comprimento do segmento PC é: a) 7 b) 8 c) 9 d) 10 e) 11 10. (EEAR) Se ABC é um triângulo retângulo em A, o valor de n é: a) 22 3 b) 16 3 c) 22 d) 16 EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. Na � gura, AN e BM são medianasdo triângulo ABC, e ABM é um triângulo equilátero cuja medida do lado é 1. A medida do segmento GN é igual a: a) (2 2) 3 b) ( 6) 3 c) ( 5) 3 d) ( 7) 6 e) ( 6) 6 02. Os pontos A, B, C, D, E e F estão em AF e dividem esse segmento em 5 partes congruentes. O ponto G está fora de AF, e os pontos H e J estão em GDe GF, respectivamente. Se GA, HC e JE, são paralelos, então a razão HC JE é: a) 5 3 b) 3 2 c) 4 3 d) 5 4 e) 6 5 255 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 03. (FUVEST) Na � gura, ABC e CDE são triângulos retângulos, = =AB 1, BC 3 e BE = 2DE. Logo, a medida de AE é: a) 3 2 b) 5 2 c) 7 2 d) 11 2 e) 13 2 04. (FUVEST) Na � gura adiante, as distâncias dos pontos A e B à reta r valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD, para que CÊA = DÊB? a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) 7 05. (FUVEST) Na � gura, o triângulo ABC é retângulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso, o ponto D pertence ao cateto AB, o ponto E pertence ao cateto BC e o ponto F pertence à hipotenusa AC, de tal forma que DECF seja um paralelogramo. Se = 3 DE , 2 então a área do paralelogramo DECF vale: a) 63 25 b) 12 5 c) 58 25 d) 56 25 e) 11 5 06. (EFOMM) Num triângulo ABC, as bissetrizes dos ângulos externos do vértice B e C formam um ângulo de medida 50º. Calcule o ângulo interno do vértice A. a) 110º b) 90º c) 80º d) 50º e) 20º 07. (AFA) Seja ABCD um quadrado, ABE um triângulo equilátero e E um ponto interior ao quadrado. O ângulo AÊD mede, em graus, a) 55 b) 60 c) 75 d) 90 08. (AFA) Seja o triângulo equilátero DEF, inscrito no triângulo isósceles ABC, com =AB AC e DE paralelo a BC. Tomando-se A ∧ DE = α, CÊF = β e D ∧ FB = γ, pode-se a� rmar que: a) α + β = 2γ b) γ + β = 2α c) 2α + γ = 3β d) β + 2γ = 3α 09. (AFA) Sejam r e s retas paralelas. A medida do ângulo α, na � gura abaixo, é: a) 115º b) 125º c) 135º d) 145º 10. (EPCAR) Considere as retas r e s (r || s) e os ângulos ê, î e â da � gura abaixo: Pode-se a� rmar que: a) ê + î + â = 270º b) ê + î + â = 180º c) ê + î = â d) ê + î + â = 90º 11. (FUVEST) O triângulo ABC tem altura h e base b (ver � gura). Nele, está inscrito o retângulo DEFG, cuja base é o dobro da altura. Nessas condições, a altura do retângulo, em função de h e b, é dada pela fórmula: a) ( ) ( )+ bh h b b) ( ) ( )+ 2bh h b c) ( ) ( )+ bh h 2b d) ( ) ( )+ bh 2h b e) ( ) ( )+ bh 2 h b 12. (EFOMM) Foram construídos círculos concêntricos de raios 5 cm e 13 cm. Em seguida, foi construído um segmento de reta com maior comprimento possível, contido internamente na região interna ao círculo maior e externa ao menor. O valor do segmento é: a) 8,5 cm b) 11,75 cm c) 19,25 cm d) 24 cm e) 27 cm 256 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 13. (ESPCEX) Os centros de dois círculos distam 25 cm. Se os raios desses círculos medem 20 cm e 15 cm, a medida da corda comum a esses dois círculos é: a) 12 cm b) 24 cm c) 30 cm d) 32 cm e) 26 cm 14. O quadrado PQRS está inscrito em um círculo de centro C. A corda intersecta a diagonal do quadrado em A, sendo que =QA 6 cm e =AB 4 cm. Nas condições descritas, a medida do lado do quadrado PQRS, em cm, é igual a: a) 2 10. b) 5 2. c) 2 15. d) 6 2. e) 7 2. 15. (FUVEST) Os pontos A, B e C são colineares, =AB 5, =BC 2 e B está entre A e C. Os pontos C e D pertencem a uma circunferência com centro em A. Traça-se uma reta r perpendicular ao segmento BD passando pelo seu ponto médio. Chama-se de P a interseção de r com AD. Então, +AP BP vale? a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8 16. No triângulo retângulo abaixo, os catetos AB e AC medem, respectivamente, 2 e 3. A área do quadrado ARST é que porcentagem da área do triângulo ABC? a) 42% b) 44% c) 46% d) 48% e) 50% 17. Um triângulo tem lados medindo 1 cm, 2 cm e 2,5 cm. Seja h a medida da altura relativa ao maior lado. O valor de h2 expresso em cm2 é, aproximadamente, igual a: a) 0,54 b) 0,56 c) 0,58 d) 0,60 e) 0,62 18. Seja o triângulo isósceles ABC de vértice A. Sabendo que os segmentos BC, CD, DE , EF e FA são congruentes, o ângulo do vértice do triângulo é igual a: a) 10º b) 15º c) 18º d) 20º e) 22,5º 19. (CMRJ) Em uma exposição artística um escultor apresentou sua obra prima, intitulada “as torres vizinhas”. Repare que a mesma consta de duas hastes paralelas de ferro fundidas perpendicularmente em uma mesma base e escoradas por dois cabos de aço retilíneos, como mostra a � gura abaixo. As alturas das hastes medem, respectivamente, 6 metros e 2 metros. Desprezando-se a espessura dos cabos, determine a distância do ponto de interseção dos cabos à base da escultura. a) 2,25 m b) 2,00 m c) 1,75 m d) 1,50 m e) 1,25 m 20. (ITA) Considere o triângulo ABC, onde AD é a mediana relativa ao lado BC. Por um ponto arbitrário M do segmento BD, tracemos o segmento MP paralelo a AD, onde P é o ponto de intersecção desta paralela com o prolongamento do lado AC (� g. 1). Se N é o ponto de intersecção de AB com MP, podemos a� rmar que: a) MN + MP = 2BM b) MN + MP = 2CM c) MN + MP = 2AB d) MN + MP = 2AD e) MN + MP = 2AC 257 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 21. (CN) As medianas traçadas dos ângulos agudos de um triângulo retângulo medem 17 cm e 23 cm. A medida da mediana traçada do ângulo reto é: a) 5 2 cm b) 4 2 cm c) 3 2 cm d) 2 2 cm e) 2 cm 22. (AFA) Na � gura abaixo o perímetro do triângulo equilátero ABC é 72 cm, M é o ponto médio de AB e =CE 16 cm. Então, a medida do segmento CN, em cm, é um sétimo de: a) 51 b) 50 c) 49 d) 48 23. (EFOMM) Considere um triângulo retângulo de catetos 9 cm e 12 cm. A bissetriz interna relativa à hipotenusa desse triângulo mede, em cm, a) 36 2 7 b) 25 2 7 c) 4 2 15 d) 7 2 5 e) 3 2 5 24. (ESPCEX) Na � gura, o raio da circunferência de centro O é 25 cm 2e a corda MP mede 10 cm. A medida, em centímetros, do segmento PQ é: a) 25 2 b) 10 c) 5 21 d) 21 e) 2 21 25. As cordas AB e CD de um círculo são perpendiculares no ponto P, sendo que AP = 6, PB = 4 e CP = 2. O raio desse círculo mede: a) 5 b) 6 c) 3 3 d) 4 2 e) 5 2 26. Em 2013, uma empresa exportou 600 mil dólares e, em 2014, exportou 650 mil dólares de um certo produto. Suponha que o grá� co das exportações y (em milhares de dólares) em função do ano x seja formado por pontos colineares. Desta forma, a exportação triplicará em relação à de 2013 no ano de: a) 2036 b) 2038 c) 2035 d) 2037 e) 2034 27. Nesta � gura, ABCD é um retângulo e DH é um arco de circunferência cujo centro é o ponto M. O segmento EH, em unidades de comprimento, mede: a) − +1 5 2 b) +2 5 2 c) 1 3 d) 1 2 e) 5 2 28. (ESPCEX) Na � gura abaixo, a circunferência de raio 3 cm tangencia três lados do retângulo ABCD. Sabendo que a área deste retângulo é igual a 72 cm², a medida do segmento EF, em cm, é igual a: a) 3 5 b) 6 5 5 c) 6 5 d) 12 5 5 e) 12 5 258 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR 29. (ESPCEX) Em um triângulo ABC, =BC 12 cm e a mediana relativa a esse lado mede 6 cm. Sabendo-se que a mediana relativa ao lado AB mede 9 cm, qual a área desse triângulo? a) 235 cm b) 22 35 cm c) 26 35 cm d) 2 35 cm 2 e) 23 35 cm 30. Na � gura abaixo, temos um retângulo ABCD com medidas =AB 10 m e =BC 5 m. Suponha que = =AE AF 2 m, que os segmentos EC e FG sejam paralelos e que a circunferência tangencie os segmentos EC e FG. O diâmetro da circunferência, em metros, mede: a) 2 b) 5 2 c) 26 109 109 d) 13 109 50 e) 27 109 110 31. (EN) Um triângulo inscrito em um círculo possui um lado de medida 42 3 oposto ao ângulo de 15º. O produto do apótema do hexágono regular pelo apótema do triângulo equilátero inscritos nesse círculo é iguala: a) +3( 3 2) b) +4(2 3 3) c) +8 3 12 d) +2(2 3 3) e) +6( 2 1) 32. Na � gura, ABCD é um quadrado de lado 4 cm, e M é ponto médio de CD . Sabe-se ainda que BD é arco de circunferência de centro A e raio 4 cm, e CD é arco de circunferência de centro M e raio 2 cm, sendo P e D pontos de intersecção desses arcos. A distância de P até CB, em centímetros, é igual a: a) 4 5 b) 19 25 c) 3 4 d) 7 10 e) 17 25 33. (AFA) Na � gura abaixo existem n triângulos retângulos onde ABC é o primeiro, ACD o segundo e APN é o n-ésimo triângulo. A medida do segmento HN é: a) a n n b) + + a n 1 n 1 c) − − a n 1 n 1 d) +a n 1 n 34. (EPCAR) Uma empresa imobiliária colocou num outdoor de uma cidade do interior de Minas Gerais o anúncio como reproduzido abaixo. Considerando que o terreno loteado é em forma de triângulo, como no desenho acima, onde as ruas Tales e Euler se cruzam sob ângulo obtuso, é correto a� rmar que os números MÍNIMO e MÁXIMO de lotes no Loteamento do Matemático são, respectivamente, iguais a a) 56 e 63. b) 57 e 64. c) 57 e 63. d) 48 e 64. e) 49 e 65. 35. (EPCAR) Samuel possui 12 palitos iguais e resolveu formar um único triângulo por vez, usando os 12 palitos sem parti-los. Ele veri� cou que é possível formar x triângulos retângulos, y triângulos isósceles, z triângulos equiláteros e w triângulos escalenos. A soma x + y + z + w é igual a a) 7 b) 6 c) 5 d) 4 EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. (CN 1999) Na � gura, DE é paralela a BC e AM é bissetriz interna do triângulo ABC. Sabendo que AD = 6, AE = x, DB = 2, EC = 5, BM = 6 e MC = y. Então x + y é igual a: 259 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR a) 15 b) 20 c) 25 d) 30 e) 35 02. (CN 2002) Considere um quadrado ABCD e dois triângulos equiláteros ABP e BCQ, respectivamente, interno e externo ao quadrado. A soma das medidas dos ângulos ADPˆ , BQPˆ e DPQˆ é igual a: a) 270º b) 300º c) 330º d) 360º e) 390º 03. (CN 2001) Seja ABCD um quadrilátero qualquer onde os lados opostos NÃO são paralelos. Se as medidas dos lados opostos AB e DC são, respectivamente, iguais a 12 e 16, um valor possível para o segmento de extremos M (ponto médio do lado AD) e N (ponto médio do lado BC) é: a) 12,5 b) 14 c) 14,5 d) 16 e) 17 04. (CN 1996) Considere as a� rmativas sobre o triângulo ABC: I. Os vértices B e C são equidistantes da mediana AM. M é o ponto médio do segmento BC; II. A distância do baricentro G ao vértice B é o dobro da distância de G ao ponto N, médio do segmento AC; III. O incentro I é equidistante dos lados do triângulo ABC; IV. O circuncentro S é equidistante dos vértices A, B e C. O número de a� rmativas verdadeiras é: a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4 05. Na � gura CÂB = 90°, BC = 2 · BM = 10 cm e ED = 2 · EN. Se DP = 15 cm e AN = 7,5 cm, calcule MP. a) 4 cm b) 4,5 cm c) 5 cm d) 5,5 cm e) 6 cm 06. (CN 2008) Teoricamente, num corpo humano de proporções perfeitas, o umbigo deve estar localizado num ponto que divide a altura da pessoa na média e extrema razão (razão áurea), com a distância aos pés maior que a distância à cabeça. A que distância, em metros, dos pés, aproximadamente, deverá estar localizado o umbigo de uma pessoa com 1,70 m de altura, para que seu corpo seja considerado em proporções perfeitas? Dados: Usar 2,24 para raiz quadrada de 5. a) 1,09 b) 1,07 c) 1,05 d) 1,03 e) 1,01 07. (CN 1988) Considere o quadrilátero ABCD onde med AB cm� � � 5 , med BC cm� � � 7 5, , med CD cm� � � 9 , med AD cm� � � 4 e med BD cm� � � 6 . O ângulo ABCˆ deste quadrilátero é igual a: a) BCD ADCˆ ˆ + 2 b) BAD ADC BCDˆ ˆ ˆ� � c) BAD BCDˆ ˆ+ d) 2 � �BCD ADCˆ ˆ e) ADC BAC BCDˆ ˆ ˆ� � �2 08. (CN 2006) Num determinado triângulo escaleno ABC, o ângulo BÂC é igual a 90°. Sabe-se que AB = c, AC = b e BC = a. Internamente ao segmento BC, determina-se o ponto P de modo que � � � �c b c b BP a � � � . O perímetro do triângulo APC é dado pela expressão: a) ( )2b a b a + b) ( )2c a b a + c) ( )2b b c a + d) ( )2c b c a + e) ( )2b a c a + 09. (EPCAR 3º ANO) Em um casarão abandonado, um portão medindo 3 m de altura por 2 m de largura se abre bruscamente girando 30°, conforme � gura abaixo. A B R' 30°30°30° Esse fato faz com que uma aranha, seguindo sua teia, se desloque da posição A para a posição B’, sendo A’ e B’, respectivamente, as extremidades superior e inferior do portão após o processo. É correto a� rmar que a distância que separa A e B’, em metros, é igual a: a) 17 4 3− b) 11 3− c) 11 3+ d) 17 4 3+ 10. (ESPCEX) Um tenente do Exército está fazendo um levantamento topográ� co da região onde será realizado um exercício de campo. Ele quer determinar a largura do rio que corta a região e por isso adotou os seguintes procedimentos: marcou dois pontos, A (uma árvore que ele observou na outra margem) e B (uma estaca que ele � ncou no chão na margem onde ele se encontra); marcou um ponto C distante 9 metros de B, � xou um aparelho de medir ângulo (teodolito) de tal modo que o ângulo no ponto B seja reto e obteve uma medida de 3 π rad para o ângulo ACB. Qual foi a largura do rio que ele encontrou? a) 9√3 metros b) 3√3 metros c) 9 3 2 metros d) √3 metros e) 4,5 metros DESAFIO PRODESAFIO PRO 1 (ITA) Seja ABC um triângulo cujos lados AB, AC e BC medem 6 cm, 8 cm e 10 cm, respectivamente. Considere os pontos M e N sobre o lado BC tais que AM é a altura relativa a BC e N é o ponto médio de BC. A área do triângulo AMN, em cm², é: a) 3,36 b) 3,60 c) 4,20 d) 4,48 e) 6,72 2 (ITA) Os triângulos equiláteros ABC e ABD têm lado comumAB. Seja M o ponto médio de AB e N o ponto médio de CD. Se MN = CN = 2 cm, então a altura relativa ao lado CD. do triângulo ACD mede, em cm, 260 GEOMETRIA PLANA: TRIÂNGULOS PROMILITARES.COM.BR a) 60 3 b) 50 3 c) 40 3 d) 30 3 e) 2 6 3 3 (IME) Em um triângulo ABC, o ponto D é o pé da bissetriz relativa ao ângulo Â. Sabe-se que AB AC AD, r AC = = e que C = α. Portanto o valor de sen²α é: a) 3r 1 4 − b) 3r 1 4r − c) r 3 4 + d) 3r 1 4r + e) 3r 1 4 + 4 (ITA) Considere o triângulo ABC, em que os segmentos AC, CB e AB medem, respectivamente, 10 cm, 15 cm e 20 cm. Seja D um ponto do segmento AB de tal modo que CD é bissetriz do ângulo ACB e seja E um ponto do prolongamento de CD, na direção de D, tal que DBE DCB.= A medida, em cm, de CE é: a) 11 6 3 b) 13 6 3 c) 17 6 3 d) 20 6 3 e) 25 6 3 5 (IME) Em um triângulo ABC, a medida da bissetriz interna AD é a média geométrica entre as medidas dos segmentos BD e DC, e a medida da mediana AM é a média geométrica entre os lados AB e AC. Os pontos D e M estão sobre o lado BC de medida a. Pede-se determinar os lados AB e AC do triângulo ABC em função de a. GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. A 02. B 03. C 04. C 05. B 06. D 07. D 08. E 09. C 10. B EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. D 02. A 03. C 04. A 05. A 06. C 07. C 08. A 09. C 10. A 11. D 12. D 13. B 14. C 15. D 16. D 17. C 18. B 19. D 20. D 21. D 22. D 23. A 24. E 25. E 26. D 27. A 28. D 29. C 30. C 31. A 32. A 33. B 34. C 35. D EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. D 02. B 03. A 04. D 05. C 06. C 07. C 08. A 09. A 10. A DESAFIO PRO 01. A 02. A 03. D 04. E 05. ( ) ( ) ( ) = += = → + = + − + = → + = + = → + = ⋅ ⋅ + + − + = → − = ⋅ ⋅ + = = → − = = 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ab m n m a b c acc b b c n b c mnb c b c 1 2 am mn an am an b c 2 b c a 2 ab ac a a b c b c bcb c a 2 1 b c a a 2a aa2 22 3a 2b c a 2 b 4 a 2 a 2b c c2 4 ANOTAÇÕES