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RESUMO TEORIA GERAL DO CRIME

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UNIP – CURSO DE DIREITO – RESUMO PARA PROVA NP1 – 2º SEMESTRE - 2015
TEORIA GERAL DO CRIME – PROF. WAGNER
	1
TEORIA GERAL DO CRIME – DIREITO PENAL 
CONTEÚDO PARA ESTUDAR NP1
QUESTÕES:
1- Discorra sobre o Direito Penal.
Sobre o nosso direito penal podemos afirmar que ele :
· é muito punitivo;
· também chamado de direito criminal e cuida das condutas dos criminosos;
· tenta reprimir ou atenuar a violência . Violência entendida como força empregada de forma contrária a seus fins. Pode ser de todas as formas possíveis;
· tem como finalidade o controle social e a punição é a consequência do ato;
· é um objeto abstrato;
· é produzido pela cultura;
· plano de ser das causalidades - para toda causa tem uma consequência, um efeito;
· plano do dever-ser - é o plano da imputação (Hans Kelsen);
· é valorativo - possui valores;
· é finalista - tem como fim a paz pública ( dentro daquela máxima "o meu direito acaba quando começa o do outro");
· é uma ciência, conhecimento exato, rigoroso, submetido a leis orgânicas (organismos) , caráter dogmático;
· a ciência do direito é uma ciência normativa, pois está submetida às normas;
· é sancionador, uma vez que se manifesta por meio de sanções, efeitos e consequências;
· Direito penal objetivo: algo que se exterioriza, se evidencia, são leis penais;
· Direito penal subjetivo: algo que salta para dentro, é o direito de punir (Estado);
· Direito penal comum: é o direito que está no código penal (361 artigos) e todas as leis de cunho penal, por exemplo a lei de armas, lei de trânsito, de tortura,etc;
· Direito penal especial: só existe um: o direito penal militar;
· Direito penal substantivo: é o direito penal material ou direito penal codificado ou direito penal objetivo;
· Direito penal adjetivo, formal ou instrumental: é o código de processo penal;
· para Welzel - o direito penal tem uma função ético (bem ou mal) e social, é o responsável pelos valores da sociedade, já para outros autores o direito penal tem uma função preventiva;
· direito penal deve ser o último instrumento a ser usado pela sociedade, a última razão (ratio regium)
· nosso código penal que regulamenta as leis penais é um" frankstein";
· bem jurídico, bens da vida, tudo que é protegido pelo direito é um bem jurídico.
2- Escreva sobre a história do Direito Penal brasileiro.
Antes de 1889, não haviam princípios que limitavam o poder punitivo do Estado. Era a vontade do rei e de seus juízes. Hoje não é mais assim. O Estado só pode punir por meio das leis.
Princípio da legalidade: não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia combinação legal, ou seja, a pena tem que estar prevista antes do crime acontecer.(artigo 1º do CPB desde 1830).
Lei vem de legis, legere, ler ( o que se pode ler).
AS INSTITUIÇÕES INDÍGENAS
	No início da colonização do Brasil, ideia que se possa ter de Direito Penal entre os indígenas, está intimamente ligada ao direito costumeiro, razão pela qual era comum a prática das chamadas justiças por meio da vingança privada, vingança coletiva e o talião.
	Existem relatos de que até o descobrimento, a guerra nunca era movida por motivos econômicos, sendo assim, os motivos das hostilidades se resumia em capturar prisioneiros para os ritos antropofágicos, a tomada de troféus ou para vingar os parentes mortos.
	A punição nada mais significava senão a vingança, revide à agressão sofrida, geralmente desproporcional à ofensa e aplicada injustamente.
	A pena, em sua origem, nada mais foi que vindita, pois é mais que compreensível que naquela criatura, dominada pelos instintos, o revide à agressão sofrida devia ser fatal, não havendo preocupações com a proporção, nem mesmo com sua justiça. Em regra, os historiadores consideram várias fases da pena: a vingança privada, a vingança divina, e vingança pública e o período humanitário. 
ORDENAÇÕES DO REINO
	O Direito Penal que vigorou no Brasil, desde o seu descobrimento até a independência, tinha por fonte o Livro V das Ordenações do Reino.
	Quando do descobrimento do Brasil, vigoravam em Portugal as Ordenações Afonsinas, que eram tidas como o primeiro código europeu completo. Em 1521, foram substituídas pelas Ordenações Manuelinas, que vigoraram até o aparecimento da Compilação de Duarte Nunes de Leão. Ressalte-se que os ordenamentos citados não chegaram a ser eficazes, em face da situação peculiar reinante na colônia. 
	As primeiras manifestações jurídicas, desde 1500 e por cerca de 30 anos, foram as bulas pontifícias, alvarás e cartas-régias, que, embora, não tivessem por destino precípuo reger a vida destas terras, a estas se referem, constituindo, assim os atos iniciais de uma legislação que necessitava de organização e desenvolvimento. As Ordenações Manuelinas chegaram a ter alguma aplicação no período das capitanias hereditárias, principalmente nas de São Vicente e Pernambuco que haviam prosperado mais, e bem mais ao tempo dos chamados governadores gerais. A lei penal aplicada ao Brasil-colônia era a contida nos 143 títulos do Livro V das Ordenações Filipinas e orientavam-se no sentido de uma ampla e generalizada criminalização, com severas punições. Entre as penas aplicadas, predominava a pena de morte, sendo que também existiam as penas vis (açoite, corte de membros, galés), degredo; multa e a pena-crime arbitrária (que ficava ao arbítrio do julgador, já que inexistia o princípio da legalidade). Essa legislação, extremamente rigorosa, acabou por reger a vida brasileira por mais de dois séculos. De todas as Ordenações existentes, é correto afirmar que as Ordenações Filipinas foram as que mais tiveram aplicação.
PERÍODO IMPERIAL
	O livro que tratava da Constituição do Império, mais precisamente em seu artigo 179, § 18, impunha a urgente organização de “um Código Criminal, fundado nas sólidas bases da justiça e da equidade”. 
	Vale observar que ao aproveitar o referido dispositivo, os movimentos liberais e as novas doutrinas penais, aliadas às modificações sociais do tempo, acabaram por impor que suas referidas concepções pudessem ser influídas na nova legislação.  A própria Constituição do Império já determinava claramente em seu artigo 179, a igualdade de todos perante a lei; a não retroatividade da lei penal e que a pena não passaria da pessoa do delinquente, o que não se faz diferente dos ordenamentos atuais.
	Ainda que tenha sido determinada a elaboração do Código com caráter de urgência na Carta de 1824, apenas no dia 16 de dezembro do ano de 1830, portanto, seis anos após, é que foi sancionado com o nome de Código Criminal do Império, tendo sido considerado um código liberal para época e com os avanços técnicos trazidos pela legislação penal Francesa, sobretudo o Código de Napoleão de 1810.
PERÍODO REPUBLICANO
	Com a proclamação da República, o trabalho desenvolvido por Batista Pereira foi interrompido, entretanto, o então Ministro da Justiça do governo provisório, Campos Sales, renovou-lhe o encargo de preparar o novo Código Penal, trabalho que foi terminado em pouco tempo e remetido à apreciação de uma comissão de juristas que foi presidida pelo próprio ministro.
	Em 11 de outubro do ano de 1890, foi o Código transformado no “Código Penal Brasileiro”, e por decreto datado em 6 de dezembro do mesmo ano, foi marcado o prazo de seis meses para a sua execução em todo o território nacional.
CÓDIGO PENAL DE 1940
	Ao instaurar-se um novo regime no Brasil, intitulado de Estado Novo, o então Ministro Francisco Campos incumbiu o Prof. Alcântara Machado de elaborar um anteprojeto do Código Penal, que por sua vez desincumbiu-se logo e no dia 15 de Maio de 1938, apresentando um anteprojeto da Parte Geral, completando o trabalho em agosto do mesmo ano publicando destarte, o “Projeto de Código Criminal Brasileiro”, já constando a exposição de motivos.
	Como qualquer outra obra de tamanha grandeza, o referido Código não poderia ser diferente dos demais e apresentou alguns defeitos que ficaram evidentes ao serem demonstrados ao longo dos seus trinta e sete anos de aplicação, mesmo assim é considerado como uma obraímpar no meio da ciência penal do país, tanto é que se tornou uma obra recebedora de vários elogios referenciais da crítica estrangeira.
	Embora tenha sido elaborado durante um regime ditatorial, o Código penal de 1940 incorpora fundamentalmente as bases de um direito punitivo democrático e liberal, sendo que seu único vestígio autoritário aparece na disciplina dos crimes contra a organização do trabalho.
 
 O CÓDIGO PENAL DE 1969
	Com o restabelecimento da Democracia em 1945 e com o advento de uma nova Constituição em 1946, pensou-se logo em um novo Código Penal, sendo assim, o doutor jurista Nelson Hungria que foi ministro do Supremo Tribunal Federal e revisor do anteprojeto que transformou-se no Código Penal de 1940  destacou ao governo a incumbência de elaborar o anteprojeto de Código Penal, sendo este apresentado em 1963 e divulgado amplamente para que pudesse receber as mais diversas sugestões, dentre muitas, destaca-se as ofertadas pelos Conselhos da Ordem dos Advogados e ainda, aquelas obtidas pelo ciclo de conferências e debates realizados em São Paulo, sob os cuidados do Instituto Latino Americano de Criminologia, oportunidade em que o insigne penalista teve a oportunidade de ouvir as mais diversas críticas acerca do seu trabalho e ainda, pode rebater algumas acatando por fim, as mais condizentes.
3- Descreva como eram aplicadas as penas nos diferentes períodos ou épocas.
	A história do Direito Penal é a história da humanidade. Ele surge com o homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou. 
	Claro é que não nos referimos ao Direito Penal como sistema orgânico de princípios, o que é conquista da civilização e data de ontem. 
	A pena, em sua origem, nada mais foi que vindita, pois é mais que compreensível que naquela criatura, dominada pelos instintos, o revide à agressão sofrida devia ser fatal, não havendo preocupações com a proporção, nem mesmo com sua justiça. Em regra, os historiadores consideram várias fases da pena: a vingança privada, a vingança divina, e vingança pública e o período humanitário. Todavia, deve advertir-se que esses períodos não se sucedem integralmente, ou melhor, advindo um, nem por isso o outro desaparece logo, ocorrendo então, a existência concomitante dos princípios característicos de cada um: uma fase penetra a outra e, durante tempos, esta ainda permanece ao seu lado. 
	Fase da Vingança Privada – nesta fase quando um crime era cometido, ocorria a reação da vítima, dos parentes e do grupos social, que agiam sem proporção à ofensa, atingindo não só o ofensor como também todo o seu grupo. Se o transgressor fosse membro da tribo, poderia ser punido com a “expulsão da paz” (banimento), que invariavelmente levava à morte. Caso a violação fosse praticada por um elemento estranho à tribo, a reação era a “vingança de sangue”, considerada como obrigação religiosa e sagrada, verdadeira guerra movida pelo grupo ofendido àquele que pertencia o ofensor, culminando, não raro, com a eliminação completa de um dos grupos. 
	Surge neste período a Lei do Talião, que limita a reação à ofensa a um mal idêntico praticado (sangue por sangue, dente por dente, olho por olho). Adotado no Código de Hamurábi (Babilônia), no Êxodo (povo hebraico) e na Lei das XII Tábuas (Roma), foi um grande avanço na História do Direito Penal, por reduzir abrangência da pena. 	
	Fase da Vingança Divina – a repressão tinha a finalidade de aplacar a ira da divindade ofendida pelo crime, bem como castigar o infrator. O castigo era aplicado pelos sacerdotes, que em quase toda a antiguidade se converteram em encarregados da justiça. Estes imprimam penas severas cruéis e desumanas, visando especialmente a intimidação. Legislação típica desta fase é o Código de Manu, mas esses princípios foram adotados na Babilônia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel (Pentateuco). 
	Fase da Vingança Pública – foi através da maior organização social que se atingiu esta fase. No sentido de se dar maior estabilidade ao Estado, visou-se à segurança do príncipe ou soberano pela aplicação da pena, ainda severa e cruel. Também em obediência ao sentido religioso, o Estado justificava a proteção ao soberano que na Grécia, por exemplo, governava em nome de Zeus, e era seu intérprete e mandatário. O mesmo ocorreu em Roma, com a aplicação da Lei das XII Tábuas. Em fase posterior, porém, libertou-se a pena de seu caráter religioso, transformando-se a responsabilidade do grupo em individual (do autor do fato), impositiva contribuição ao aperfeiçoamento de humanização dos costumes penais. 
4- Descreva as principais características das escolas penais.
 ESCOLA CLÁSSICA
	Também chamada de Idealista, Filosófico-Jurídica, Crítico Forense, nasceu sob os ideais iluministas.
	Para a Escola Clássica a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada crime, cometida voluntária e conscientemente. A finalidade da pena é o restabelecimento da ordem externa na sociedade.
	Esta doutrina possui princípios básicos e comuns, de linha filosófica, de cunho humanitário e liberal (defende os direitos individuais e o principio da reserva legal, sendo contra o absolutismo, a tortura e o processo inquisitório). Foi uma escola importantíssima para a evolução do direito penal na medida em que defendeu o individuo contra o arbítrio do Estado.
	A Escola Clássica dividiu-se em dois grandes períodos:
*Filosófico/teórico: no qual a figura de maior destaque foi Beccaria. Ele desenvolveu sua tese com base nas ideias de Rousseau e de Montesquieu, construindo um sistema baseado na legalidade, onde o Estado deveria punir os delinquentes, mas, tinha de se submeter às limitações da lei.
O pacto social define que o individuo se comprometa a viver conforme as leis estipuladas pela sociedade e deverá ser punido pelo Estado quando transgredi-las, para que a ordem social seja restabelecida.
*Jurídico ou prático: em que o grande nome foi Franchesco Carrara, sumo mestre de Pisa. Ele estudou o crime em si mesmo, sem se preocupar com a figura do criminoso. Defendia que o crime era uma infração da lei do Estado (promulgada pra proteger os cidadãos); é impelido por duas forças: a física, movimento corpóreo que produzirá o resultado, e a moral, a vontade consciente e livre de praticar um delito.
	ESCOLA ANTROPOLÓGICA OU ESCOLA POSITIVISTA
		Esta nova corrente filosófica teve como precursor Augusto Comte, que representou a ascensão da 	burguesia 	emergente após a Revolução de 1789. Foi a fase em que as ciências fundamentais 	adquiriram posição como a biologia e a sociologia.O crime começou a ser examinado sob o ângulo sociológico, e o criminoso passou também a ser estudado, se tornando o centro das investigações biopsicológicas.
		Este movimento foi iniciado pelo médico Cesare Lombroso (1835-1909) com sua obra L´uomo delinquente 	(1875). Na concepção deste médico existia a ideia de um criminoso nato, que seria aquele que já nascia com 	esta predisposição orgânica, era um ser atávico uma regressão ao homem primitivo.
		Lombroso estudou o cadáver de diversos criminosos procurando encontrar elementos que os distinguissem dos homens normais. Após anos de pesquisa declarou que os criminosos já nasciam delinquentes e que apresentam deformações e anomalias anatômicas físicas e psicológicas.
	* Físicos: assimetria craniada, orelhas de abano, zigomas salientes, arcada superior predominante, face 	ampla e larga, cabelos abundantes, além de aspectos como a estatura, peso, braçada, insensibilidade física, 	mancinismo e distúrbio dos sentidos.
	*Psicológicos: insensibilidade moral, impulsividade, vaidade, preguiça e imprevidência.
		Enrico Ferri (1856-1929) - podemos dizer dele que foi o discípulo de Lombroso; era um brilhante advogado criminalista que fundou a Sociologia Criminal. Nesta nova concepção o crime era determinado por fatores antropológicos, físicos e sociais.
	Também classificou os criminosos em:
	*Natos: são aqueles indivíduoscom atrofia do senso moral;
	*Loucos: também se incluíam os matóides, que são aqueles indivíduos que estão na linha entre a sanidade e 	a insanidade, atualmente a psicologia utiliza  o termo “Border line” para classificar esse tipo de disfunção.
	*Habitual: é aquele indivíduo que sofreu a influência de aspectos externos, de meio social inadequado. Ex: ao cometer um pequeno delito, o jovem vai cumprir pena em local inadequado, entrando em contato com delinquentes que acabam por o corromper.
	*Ocasional: é aquele ser fraco de espírito, sem nenhuma firmeza de caráter.
	* Passional ( sob o efeito da paixão): ser de bom caráter mas de temperamento nervoso e com sensibilidade 	exagerada.  Normalmente o crime acontece na juventude, vindo o indivíduo a confessar e arrepender-se depois. Frequentemente ocorrem suicídios.
	Princípios Fundamentais:
	a) método indutivo
		 O crime e o criminoso devem ser expostos à observação e à análise experimental. O delito não é um ente jurídico, mas um fato humano, resultante de fatores endógenos e exógenos. A pena tem por escopo 	a defesa social, não havendo correspondência entre ela e o crime. A sanção pode ser aplicada antes da prática delituosa.
	b) o crime é visto como um fenômeno social e natural oriundo de causas biológicas físicas e sociais
		O crime é fenômeno natural e social, oriundo de causas biológicas, físicas e sociais: o crime é um fenômeno sujeito às influências do meio e de múltiplos fatores, exigindo o estudo pelo método experimental.
	c) responsabilidade social em decorrência do determinismo e da periculosidade
		A responsabilidade social como decorrência do determinismo e da periculosidade: a 	responsabilidade penal é responsabilidade social, por viver o criminoso em sociedade, e tem por base a sua 	periculosidade.
	d) a pena era vista como um fim a defesa social e a tutela jurídica.
		A pena tendo por fim a defesa social e não a tutela jurídica: a pena é medida de defesa social, 	visando à recuperação do criminoso ou a sua neutralização.
		A pena não tem em vista o castigo mas a “DEFESA SOCIAL”. 
		Todos os homens são socialmente responsáveis por viverem em sociedade. Justifica a pena com 	direito 	inalienável e natural da sociedade de se defender.
	 ESCOLA CRÍTICA
 
		Pode ser chamada de 3ª escola, Escola Crítica ou Eclética, que procuraram conciliar os princípios da 	Escola 	Clássica e o tecnicismo jurídico com a positiva.
		Ela procura conciliar as posições extremadas da escola Clássica e do Positivismo Naturalista. Surgem correntes ecléticas em diversos europeus. 
		Situando-se entre a Escola Clássica e o Positivismo Naturalista aceita os dados da antropologia e da sociologia criminal, ocupando-se do delinquente; mas, dando a mão ao classicismo, distingue o imputável e o inimputável.
	Princípios Fundamentais
a) Conceito sociológico de crime: 
Definições - Não têm uma definição única de crime, ou usam a antropológica ou a clássica. Definição de crime de Franz Von Lizst, aceita pelos críticos: “crime é a ação culposa (é a responsabilidade pela consequência produzida; defende a imputação somente para homens mentalmente desenvolvidos e sãos), ilegal (transgressão de uma lei do Estado que garante a paz jurídica) e punível (o seu efeito é a pena)”. 
b) Explicações sociológicas da delinquência:
	A criminalidade é uma “anormalidade social”. Não negam os fatores biológicos, acentuados pela 	antropologia criminal, mas enfatizam os fatores sociais (más condições econômicas, a miséria). Os membros da antropologia atacam, é claro, essa teoria, dizendo que os fatores biológicos influenciam muito mais nas ações dos delinquentes. Ela é considerada insuficiente.
c) Existência do tipo criminoso:
	Nega a existência do tipo criminoso, mas, segundo Moniz Sodré, inconscientemente, aceitam essa 	teoria, por dizerem que os criminosos têm mais anomalias do que os normais.
d) Critério para a avaliação da punibilidade:
	Concorda com a antropológica quando diz que a pena deve ser proporcional à temibilidade do 	criminoso.
e) A pena: defesa social:
		Defende também que a pena deve ser aplicada com o fim único de defesa da sociedade.
f) Impugnação dessa diferenciação:
	Os loucos são suscetíveis a mudanças bruscas nas atitudes tendo em vista castigos ou recompensas. 
	A sociedade odeia os delinquentes e vibra quando um é punido.
	Os loucos, segundo ele, deixaram de ser odiados, como eram um século antes. Agora, eles passam a 	ser considerados irresponsáveis, ao contrário do que pregavam os clássicos, que diziam serem todos 	responsáveis, por causa do livre arbítrio. Ele diz que a loucura é uma moléstia como outra qualquer. Esquirol 	dera o primeiro passo para a irresponsabilidade penal dos loucos. Nessa classe não estão só os loucos, mas 	outros doentes, ainda que não mencione os epiléticos.
	
/ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
		Em 1905 Arturo Rocco reagiu ao método positivista, apresentando o método técnico-jurídico.
		Uma das características dessa corrente é o distanciamento da investigação filosófica, empregando 	com rigor 	científico o método denominado técnico-jurídico. Isso num primeiro momento, pois posteriormente, outros penalistas, embora adotando o novo método de estudo, não se afastariam por completo do jusnaturalismo, ressuscitando o livre-arbítrio como fundamento do direito punitivo.
	O Direito penal seria aquele expresso na lei, e o jurista deve-se ater apenas a ela. O Direito Penal é o que está na lei. O seu estudo compõe-se de três partes:
	*exegese: irá dar sentido as disposições do ordenamento jurídico
	*dogmática: investigação dos princípios que irão nortear o direito penal fixando assim os seus elementos
	*crítica: que irá orientar na consideração do direito vigente demonstrando assim o seu acerto ou a sua 	conveniência de reforma.
	Princípios Fundamentais:
	a) o delito é pura relação jurídica, de conteúdo individual e social;
	b) a pena constitui uma reação e uma consequência do crime (tutela jurídica), com função preventiva geral e especial, é aplicável aos imputáveis;
	c) a medida de segurança - preventiva - é aplicável aos inimputáveis;
	d) a responsabilidade é moral (vontade livre);
	e) o método utilizado é técnico-jurídico;
	f) refuta o emprego da filosofia no campo penal.

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