Buscar

Ebook sintaxe 1

Prévia do material em texto

Sintaxe do 
Português
Francisco Thibério Arruda 
Sales e Silvia Cristina da Silva
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autores 
FRANCISCO THIBÉRIO ARRUDA SALES
SILVIA CRISTINA DA SILVA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
OS AUTORES
Francisco Thibério Arruda Sales e Silvia Cristina da Silva
Eu, Thibério, possuo graduação em Letras pela Universidade 
Estadual do Ceará (2009); Especialista em Linguística pela Universidade 
Estadual do Ceará (2013) e estou concluindo o Mestrado em Análise do 
Discurso na Universidade de Buenos Aires – Argentina. Atualmente sou 
Professor Universitário e Conteudista. Na Argentina, trabalho como professor 
de português e de Linguística nas seguintes universidades: Universidad 
Nacional de Avellaneda e Universidad Nacional de San Martin. Possuo diploma 
de Proficiência em Língua Espanhola emitido pelo Ministério de Educação da 
Argentina e obtive o nível “avanzado superior”. A minha proficiência na língua 
se deu através do exame CELU – Certificado de Español Lengua y Uso. Além 
disso, participo constantemente de Jornadas universitárias, Congressos e 
Seminários de temas relacionados à Linguística (como ouvinte e expositor). 
Atualmente estou elaborando livros de conjugação e expressões idiomáticas. 
Também desenvolvi uma metodologia focada na Abordagem Comunicativa 
para o ensino de línguas (português como língua estrangeira/espanhol). No 
Brasil, trabalhei como professor de espanhol e de Linguística em renomadas 
instituições e tenho experiência de ensino tanto na Graduação quanto na 
Pós-Graduação de forma presencial e online. 
Eu, Silvia, sou Mestre Interdisciplinar em Educação, Ambiente 
e Sociedade - UNIFAE, Participação docente e discente no Mestrado 
em Análise do Discurso - Universidade Federal de Buenos Aires; 
Especialista em Docência do Ensino Superior e Direito e Educação pela 
Faculdade Campos Elíseos, Pós-graduanda em EAD pela Faculdade 
Campos Elíseos; Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais - UNIFEOB; 
Vice-diretora Acadêmica na Agência Nacional de Estudos em Direito 
ao Desenvolvimento - ANEDD; Especialista em Investigação de 
Antecedentes em instituições públicas e privadas; Docente e Conteudista 
em Diversas Instituições Educacionais para Cursos de Graduação e Pós-
graduação; Elaboradora de Questões para Concursos Públicos em Várias 
Organizadoras; Degravadora, Redatora, Tradutora e Intérprete da Língua 
Espanhola.
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
A dupla articulação da linguagem ...........................................11
Fonema, gramática e léxico .................................................................22
Sintaxe e Gramática (parte II) .................................................................32
Sintaxe e Gramática (parte III) ..............................................................42
Sintaxe do Português8
01
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
Sintaxe do Português 9
INTRODUÇÃO
Estudar uma língua seja ela estrangeira ou não sempre é muito 
interessante, mas se vamos estudar o nosso querido português brasileiro, 
isso é melhor ainda!
Acreditamos que conhecer com profundidade o nosso próprio 
idioma nos faz sentir mais independentes e também mais seguro daquilo 
que nós estamos falando. Estudos como Sintaxe, Fonética, Fonologia, 
Morfologia e Sociolinguística são apenas algumas das disciplinas da 
Linguística que nos ajudam a entender certos fragmentos da língua e o 
conjunto de todas elas nos faz possuir certo conhecimento.
Dentro dos estudos da Sintaxe, nós temos o estudo da dupla 
articulação da linguagem, mas o que isso realmente seria? Primeiro, 
devemos saber que a linguagem é articulada, ou seja, dividida em partes, 
algo que pode ser divisível e que para poder construir um enunciado 
podemos (e devemos) fazer certas escolhas. É graças a essa divisão que 
é possível criar um grande número de sentenças mudando unicamente 
um substantivo, por exemplo.
Outro ponto chave da Sintaxe é a gramática e o léxico, esses 
elementos estão presentes na composição de uma frase, oração, período 
e texto. É graças ao estudo da gramática que podemos fazer orações 
coerentes, fazendo uso da Concordância Verbal e Nominal e o uso de 
palavras que podem ser facilmente ser substituídas por outras. 
Por fim, temos a relação da Sintaxe com a Pragmática, outra 
ciência da Linguística que está diretamente relacionada com a língua em 
um determinado contexto e função. Com esses pilares supracitados, a 
Sintaxe se torna uma ciência mais consistente no que diz respeito ao seu 
conteúdo e é por esse motivo que esses pilares serão trabalhados ao 
longo da nossa unidade. Está preparado? Então vamos nessa!
Sintaxe do Português10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos::
1. Entender a composição da dupla articulação da linguagem e 
relação da Sintaxe com a Pragmática;
2. Identificar os aspectos gramaticais e lexicais no processo de 
análise sintática;
3. Entender o estudo do contexto e aplicá-lo nas orações 
(referentes à Análise Sintática);
4. Fazer a análise sintática das frases levando em consideração a 
dupla articulação, a Gramática, o léxico e a Pragmática.
Legal, não é mesmo? Com esse conjunto de informações você vai 
aprender muita coisa e pouco a pouco vai se tornar um profissional bem 
qualificado!
OBJETIVOS
Sintaxe do Português 11
A dupla articulação da linguagem
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender o 
conceito de dupla articulação e como ela se forma e sua 
respectiva relação com a Sintaxe e com a Pragmática. 
Estudaremos também a definição de frase, oração e 
período para que possamos entender ainda mais a noção 
de enunciado. 
Antes de começar a trabalhar com a dupla articulação, precisamos 
falar um pouco sobre o pai da Linguística, Ferdinand de Saussure. Como 
nós já sabemos, Saussure é considerado o fundador do Estruturalismo e 
o criador das tão famosas dicotomias. 
Pois é! Precisamos rever o conceito chave de cada uma delas para 
prosseguir nos nossos estudos, combinado? Então vamos lá!
Saussure (1816) afirmava que existem quatro dicotomias, que são:
Figura 1 – Dicotomias de Saussure
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Cada uma dessas dicotomias explica algum fenômeno linguístico. 
Veja os detalhes logo abaixo: 
a) Sintagma e Paradigma
Entendemos Paradigma como o conjunto de unidades que possuem 
o mesmo valor e isso acontece porque a língua em si nos oferece um con-
junto de possibilidades para que nos expressemos e, consequentemente,realizemos escolhas no processo de composição de uma oração. 
Sintaxe do Português12
Entendemos como Sintagma o resultado de todas essas escolhas 
e combinações possíveis realizadas respeitando a formação e a estrutura 
da língua em questão. 
Em outras palavras, poderíamos entender o sintagma como 
combinação e o paradigma como seleção, mas como assim? Vejamos o 
exemplo: 
João gosta de comer melancia. 
Para constituir essa frase eu precisei fazer escolhas para formulá-
la. Primeiro, eu tive que selecionar (paradigma) o sujeito da oração, que 
no caso é João (mas poderia ser Pedro, Miguel, Maria) e depois eu tive 
que combinar (sintagma). Essa combinação se deu porque eu poderia 
dizer que João gosta de comer uva, morango, etc. No entanto, eu tive que 
selecionar que fruta exatamente ele gosta para formar a minha oração. 
b) Sincronia e Diacronia
É interessante destacar que esse par pode ser observado e analisado 
em diversas perspectivas linguísticas, porém, em linhas gerais, a diacronia 
está relacionada com as transformações históricas que a língua sofre ao 
longo dos anos e, consequentemente, temos uma perspectiva diacrônica. 
Já a sincronia se dá quando observamos a língua em um 
determinado período. 
EXPLICANDO MELHOR
Sem a menor sombra de dúvidas, as dicotomias devem ser 
estudadas e analisadas em conjunto, pois é a partir daí que 
podemos estudar os fenômenos linguísticos com maior 
propriedade. Ele acreditava que para se estudar a língua (a 
um nível mais científico), deveríamos “congelá-la” em um 
determinado período para ser analisada minuciosamente. 
Foi a partir desse pensamento que se chegou à conclusão 
de que a Linguística pode e deve ser estudado levando em 
consideração a Sincronia. 
Sintaxe do Português 13
c) Língua e Fala
A língua é composta por um conjunto de unidades e esse conjunto 
forma um todo. Ela é caracterizada por um sistema abstrato, social e 
coletivo, segundo Saussure e a fala é algo mais individual, mais maleável. 
Em linhas gerais, a relação entre língua e fala se compõe da seguinte 
forma: 
Figura 2 – Relação entre língua e fala
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
A fala representa a concretização da língua através do sujeito e suas 
principais características são: 
 • variável;
 • individual;
 • circunstancial.
Em primeiro lugar, ela é considerada variável porque devido à 
existência das comunidades linguística, a língua pode variar de comunidade 
para comunidade. Em segundo lugar, ela é considerada individual porque 
cada um de nós tem a capacidade de se expressar sempre baseado 
na experiência individual de cada um na nossa experiência de vida e 
no nosso entorno. Conseguiu entender? Vamos ver isso através de um 
exemplo clássico. 
Sintaxe do Português14
O fato de morarmos em um país tropical nos faz ter uma ampla 
percepção de cores, no entanto, o fato de estarmos em um país tropical 
nos distancia um pouco da neve. Se levarmos em conta a realidade dos 
esquimós, facilmente levaremos em conta que eles moram em um lugar 
extremamente frio e que a cor branca para eles é predominante. Pois bem, 
para nós moradores de um país tropical, basicamente só existe uma cor 
branca, mas você sabia que existem vários tipos de branco, acompanhe:
Figura 3 – Tipos de branco
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Viu só que interessante? Existem vários tipos de branco e muitos não 
sabem disso! É por esse motivo que a fala está diretamente relacionada 
com a língua e, consequentemente, com o nosso entorno e com as 
nossas experiências de vida. 
Sintaxe do Português 15
Em terceiro lugar, a fala é considerada circunstancial porque o seu 
uso vai depender do contexto em questão e como se dá o processo de 
produção linguística.
d) Significante e Significado
Essa dicotomia está diretamente relacionada com a noção de 
signo linguístico, onde a imagem acústica é chamada de significante e o 
conceito é o significado, ou seja, dentro do substantivo mesa nós temos a 
junção do significante + significado. 
IMPORTANTE
Como o próprio nome já diz, a dicotomia é dividida em dois, 
no entanto, quando falamos das dicotomias de Saussure, 
não podemos pensar dessa forma! As dicotomias possuem 
uma relação direta e uma só tem sentido se estiver em 
conexão com a outra. 
E aí? O que achou das dicotomias de Saussure? Não se esqueça 
de que o estudo dessas dicotomias representa a base para muitas 
teorias linguísticas, ok? Bem, uma vez que já estudamos essa base que 
fundamental para o que está por vir, vejamos agora a noção de dupla 
articulação. 
A dupla articulação da linguagem nada mais é do que articular a 
língua. Para Martinet, os enunciados são articulados em dois grandes 
planos: o primeiro plano é responsável pela significação da língua (os 
morfemas) e o segundo plano representa a distinção dos elementos 
de uma determinada língua (fonema). Em suma, o estudo da dupla 
articulação se resume ao morfema e ao fonema. Mas o que significam 
esses dois termos? 
O morfema é uma estrutura básica que nos fornece algum tipo 
de informação sobre a estrutura semântica e/ou gramatical de um 
determinado vocábulo, ou seja, é uma unidade mínima. O morfema pode 
ser dividido em: 
Sintaxe do Português16
Figura 4 – Tipos de morfema
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Morfema Lexical
Talvez você não relacione esse termo ao que realmente é porque 
ele é mais conhecido como radical. O radical é uma estrutura (considerada 
mínima) que se relaciona com a significação de uma determinada palavra. 
Vejamos os exemplos abaixo: 
Radical -pedr-:
 • pedra;
 • pedreiro;
 • apedrejado;
 • apedrejar.
Radical com-:
 • comer;
 • comida;
 • comilão;
 • comerá.
Sintaxe do Português 17
Radical flor-:
 • floral;
 • floricultura;
 • florista;
 • florescer.
b) Morfema gramatical
Esse tipo de morfema é aquele que com a ajuda do radical 
decidem a classe gramatical da palavra. O morfema gramatical pode ser 
dividido em: 
Figura 5 – Tipos de morfema gramatical
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Sintaxe do Português18
b1) O morfema aditivo, por sua vez, é dividido em quatro grandes 
grupos: 
IMPORTANTE
Tome cuidado que a classificação a seguir diz respeito ao 
morfema aditivo que está dentro do morfema gramatical. 
O Prefixo se dá quando o morfema se apresenta antes do vocábulo. 
 • bis-: bisneto, bisavô;
 • des-: desocupar, desarmar, desmontar;
 • in-: inúti, ilegal, imoral;
 • extra-: extralinguístico, extraviar.
O Sufixo se dá quando está depois do radical. 
 • -ão: comilão, homenzarrão;
 • -inho: cafezinho, docinho;
 • -tor: tradutor, consultor;
 • -eiro: padeiro, confeiteiro.
O interfixo está exatamente no meio entre a raiz e o sufixo. 
 • perigoso;
 • (prefixo per + interfixo ig + sufixo oso).
 • mafioso;
 • (prefixo maf + interfixo i + sufixo oso).
O infixo se dá quando ele está dentro de um morfema. 
 • ginástica vem de/ é relativo a ginasta;
 • métrica vem de/é relativo a metro;
b2) O morfema subtrativo.
Sintaxe do Português 19
São aqueles morfemas cujo fonema do radical deve ser suprimido 
para acentuar a diferença de sentido de uma determinada palavra. 
 • anão → anã;
 • irmão → irmã;
 • órfão → órfã;
 • anfitrião → anfitriã.
b3) O morfema zero.
Muitas pessoas confundem o morfema substrato com o morfema 
zero, mas existe uma diferença entre eles. O morfema zero é quando não 
existe uma oposição de palavras. 
 • lã Ø;
 • rã Ø;
 • pé Ø.
Caro aluno, não nos esquecemos de falar da relação entre a Sintaxe 
e a Pragmática. Para começar, você sabe o que estuda essa ciência? Bem, 
em linhas gerais a Pragmática é a ciência que estuda a linguagem em um 
determinado contexto. 
Para que uma oração seja entendida, precisamos de alguns pré-
requisitos e um deles é o contexto! Como você já deve imaginar, as áreas 
da Linguística se relacionam entre si e nesse caso, seria impossível não 
falar da Semântica, já que ela faz “par” com a Pragmática.Pois bem, a 
Semântica é a ciência que estuda o significado e a Pragmática o contexto 
situacional. 
Baseado no que foi mencionado, você já ouviu falar do canal da 
comunicação? Definitivamente, esse esquema é um dos que melhor 
representa a transmissão de mensagens entre os indivíduos. Observe 
logo abaixo: 
Sintaxe do Português20
NOTA
Reconhecemos a importância de todos os elementos que 
compõem o canal da comunicação, no entanto, para o que 
estamos estudamos nesse momento nos interessa mais 
focar no contexto. 
Figura 6 – Canal da Comunicação
Fonte: Adaptado de Jakobson (1968).
Percebemos claramente que existem vários elementos em sua 
composição, no entanto, nos focaremos no estudo do contexto, que é o 
campo de atuação da Pragmática. 
IMPORTANTE
Caro aluno, gostaríamos de destacar que ao longo dos 
anos o canal da comunicação proposto por Jakobson foi 
sofrendo mudanças visto que a língua é algo que está em 
constante transformação e o advento das novas tecnologias 
faz com que essa mudança seja cada vez mais rápida. 
Sintaxe do Português 21
Pois bem, voltemos ao estudo do contexto! Você já parou para 
pensar que sem o contexto não conseguir transmitir uma mensagem 
do jeito que queremos? Precisamos ser claros naquilo que queremos 
transmitir e observar o contexto situacional é uma ótima ferramenta para 
transmitir corretamente uma mensagem. 
Com respeito ao uso das palavras, devemos ter em mente de que 
elas podem assumir diversos significados se não forem contextualizadas, 
é por esse motivo que, a Pragmática passou a ser a ciência que estuda o 
uso concreto da linguagem. Enquanto nós temos a Semântica e a Sintaxe 
para os estudos teóricos da mesma, nós temos a Pragmática que é 
responsável para colocar em prática o que foi visto na teoria. 
Essa ciência foi fundada por Charles Morris (1938) e definida como 
a relação da linguagem com a comunidade linguística, ou seja, ou 
seus falantes. Para que a Pragmática seja considerada coerente, faz-se 
necessário que exista um certo sentido e uma sequência de atos, mas 
antes que isso ocorra, a Sintaxe e Semântica também devem estar 
relacionadas. 
RESUMINDO
E aí, viu só a quantidade de coisas que nós estudamos? 
Começamos o nosso estudo com uma boa base, e que 
base! Vimos as dicotomias clássicas do mestre Saussure 
e chegamos à conclusão de que elas não podem ser 
estudadas e/ou analisadas de forma separada, existe uma 
forte conexão entre elas!
Ao terminar essa parte mais estruturalista, pudemos ver que a dupla 
articulação da linguagem se divide em morfema e fonema. Nessa primeira 
parte, vimos que o morfema representa o primeiro plano da articulação da 
linguagem, que por sua vez está dividido em morfema lexical e morfema 
gramatical. Para concluir, vimos também a relação da Pragmática com a 
Sintaxe: a Pragmática se preocupa mais com o contexto e as situações 
de comunicação, já a Sintaxe se preocupa mais com a teoria e regras 
gramaticais. Esperamos que você tenha gostado dessa primeira parte e 
que esteja ainda mais curioso para conhecer os segredos da Sintaxe do 
nosso querido idioma. 
Sintaxe do Português22
Fonema, gramática e léxico
OBJETIVO
E aí, tudo tranquilo? Olha só, o nosso objetivo nessa 
segunda parte é terminar a definição de dupla articulação 
da linguagem e estudar com detalhes a estrutura e a 
composição da frase, oração e período. Vamos acrescentar 
um pouco mais de informação, ok? Guarde todas as 
informações porque lá no final do nosso módulo vamos 
precisar delas. 
Vimos no tópico anterior que a dupla articulação é dividida em 
morfema e fonema. O morfema já foi estudado e agora falta explicar o 
fonema. Preparado? Vamos lá!
NOTA
Optamos por separar a dupla articulação para que o nosso 
material fique mais didático, pois acreditamos que dessa 
forma os conteúdos estariam mais bem divididos. 
Os fonemas são sons que são produzidos por aqueles que 
se comunicam (não se esqueça de que a comunicação não se dá 
exclusivamente de forma oral, também pode ser de forma gestual, por 
exemplo). Uma vez que temos esses sons, podemos formar as palavras e 
para representá-los graficamente precisamos das letras. 
É importante destacar que existe uma diferença entre letras e sons, 
muitos pensam que o número de letras deve ser igual ao número de 
fonemas, mas não é bem assim que funciona. Vejamos alguns exemplos. 
a) sapo
Letras: s.a.p.o
Fonema: /s/,/a/,/p/,/o/
Nesse caso nós temos quatro letras e quatro fonemas. 
Sintaxe do Português 23
b) hiato
Letras: h.i.a.t.o
Fonema: /i/,/a/,/t/,/o/
Nesse caso nós temos cinco letras e quatro fonemas porque o “h” 
é mudo. 
c) boxe
Letras: b.o.x.e
Fonema: /b/,/o/,/k/,/s/, /e/
Nesse caso, nós temos quatro letras e cinco fonemas porque o som 
da letra “x” é de “ks”.
Entre os pulmões e as pregas vocais há uma passagem de ar e é 
por esse motivo que os fonemas podem ser classificados em: 
Figura 7 – Tipos de fonema
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Sintaxe do Português24
a) Sonoro: com esse tipo de som as pregas vocais vibram. 
b) Surdo: é quando as pregas vocais não vibram.
c) Oral: é quando o som é liberado somente pela boca.
d) Nasal: é quando o som passa tanto pela boca quanto pelo nariz. 
Em relação aos tipos de fonema, mais simples ainda! Eles são 
divididos em vogais, semivogais e consoantes. Chamamos a atenção para 
as semivogais, pois elas: 
 • são representadas por / i / e / u / (ao lado de outras vo-
gais) na mesma sílaba;
 • por sua vez, a semivogal / i / pode ser representada tanto 
pela “i” quanto pela “e”;
 • a semivogal / u / pode ser representada tanto pela “u” 
quanto pela “o”.
NOTA
Os casos supracitados se aplicam ao português brasileiro 
graças a nossa grande variedade linguística. 
Bem, finalmente concluímos a parte que faltava da dupla articulação 
da linguagem. Vejamos agora com mais detalhes a relação da gramática e 
do léxico com a Sintaxe. 
Pudemos perceber que a Sintaxe, é uma área da Linguística 
responsável por estudar os fenômenos gramaticais de uma língua, que 
no nosso caso seria o português brasileiro. Antes de estudar os aspectos 
mais pertinentes à gramática, é necessário começar desde o princípio 
com a frase, oração e período. 
A sintaxe começou a ser desenvolvida por Aristóteles e o mesmo 
a dividiu em sujeito e predicado. Baseado nessa divisão, obtemos quatro 
Sintaxe do Português 25
grandes pilares dessa ciência: 
 • análise sintática;
 • concordância;
 • regência;
 • colocação.
Por uma questão de didática, estudaremos primeiro a Análise 
Sintática. Dentro da nossa primeira análise nós temos o estudo da frase, 
oração e período. 
Durante muito tempo, essas três estruturas foram mudando graças 
a evolução da língua, no entanto, essas modificações não mudaram de 
forma significativa a definição de cada uma delas. Vejamos as definições 
abaixo: 
Frase
Levando em consideração que o principal objetivo da frase é 
comunicar, podemos dizer então que ela tem um propósito, uma finalidade 
que é comunicar, podendo assim, traduzir sentidos e sua respectiva 
interação verbal. A frase apresenta as seguintes características: 
 • a pontuação é de suma importância para a composição 
de uma frase, pois é através dela que sabemos as pausas 
e entendemos se uma frase é uma exclamação ou uma 
pergunta: 
(1) Bom dia!
(2) Que horas são?
Perceba que na frase (1) temos uma exclamação e que está presente 
no final dela. Já na frase (2) temos uma pergunta e percebemos por causa 
da interrogação. Obviamente a pontuação não está colocada por acaso 
nas frases, mais adiantes vamos entender outro item que faz com que a 
pontuação seja ainda mais importante para a estrutura frasal. 
Sintaxe do Português26
 • outro fator importante é o da entonação, é graças a ela 
que damos aquele “sentido” para aquilo que falamos ou 
escrevemos. Vejamos o exemplo: 
(3) Que dia é hoje?
(4) Que boa ideia!
Para transmitir a mensagem da forma que realmentequero eu 
preciso usar a pontuação e, principalmente, focar na pontuação caso 
a frase seja pronunciada. No caso (3), temos uma pergunta e para que 
o interlocutor entenda a mensagem em sua totalidade, é necessário 
que o locutor faça a entonação que corresponda, que no caso é um 
questionamento, uma pergunta. Já no caso (4), nós temos uma frase que 
enfatiza a boa ideia que alguém teve. Se eu não colocar o símbolo de 
exclamação, com certeza a frase não causará o efeito desejado. 
 • é possível elaborar uma frase com um único verbo ou uma 
única palavra e se usarmos a pontuação adequada é me-
lhor ainda!
(5) Oi!
(6) Oi?
(7) Eu sou professor!
NOTA
Perceba que a pontuação pode fazer toda a diferença em 
uma estrutura frasal. 
Na frase (5), poderíamos imaginar que alguém deve estar 
cumprimentando outra pessoa, mas já na frase (6), por causa da 
interrogação, poderíamos imaginar que uma determinada pessoa não 
entendeu o que o outro quis dizer e por isso verbaliza essa frase, querendo 
dizer: o que você disse? Na frase (7), nós temos uma exclamação de 
Sintaxe do Português 27
alguém que diz que é professor, nesse caso, nós temos a conjugação do 
verbo “ser”, ou seja, podemos entender que uma frase também pode ser 
composta por um verbo. 
 • uma frase também pode apresentar dois ou mais verbos. 
Veja:
(8) Eu sou professor e trabalho na Universidade!
(9) Os jovens de hoje em dia ouvem música, estudam e 
assistem televisão ao mesmo tempo!
No caso (8), o locutor disse a profissão e logo em seguida onde 
trabalha e no caso (9), nós temos um conjunto de ações simultâneas 
desenvolvidas pelos jovens de hoje em dia. 
EXPLICANDO MELHOR
A ausência de verbos em uma estrutura não impede que 
ela seja considerada uma frase e a presença de verbos 
(três, por exemplo), não faz com que ela perca o “status” 
de frase. 
 • uma frase pode ser separada de outra por outros sinais de 
pontuação sem nenhum problema. Veja o exemplo: 
(10) Ela me disse: Por favor, poderia buscar o meu celular?
Na estrutura (10), vemos que houve uma fragmentação, ou seja, 
temos a presença de duas frases e o que a separa uma da outra (nesse 
caso) é a presença dos dois pontos e também a letra “p” maiúscula logo 
após dele. Já no final, temos uma pergunta e com isso sabemos que o 
locutor “ordenou” que alguém lhe trouxesse o celular por dois motivos: 
pelo uso do pretérito imperfeito e pela interrogação no final da frase. 
Sintaxe do Português28
As frases podem ser classificadas em quatro grandes grupos:
Figura 8 – Tipos de frase
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Frase imperativa
Para a composição desse tipo de frase, é necessário que pelo 
menos um verbo esteja conjugado no Modo Imperativo, seja na forma 
afirmativa ou negativa. (entenda que nem sempre o imperativo indica 
ordens). 
(11) Faça o exercício de casa!
(12) Estude para a prova!
(13) Depois de apagar a luz tranque a porta.
Nas frases (11) e (12) vemos a presença de um único verbo em cada 
uma delas, porém, na frase (13), temos um verbo no infinitivo e outro no 
modo imperativo. 
b) Frase declarativa
Sintaxe do Português 29
É o tipo de frase que não se marca nenhum tipo de entonação. O 
uso do ponto final (.) é o suficiente para a composição dessa frase. 
(14) Eu gosto de comer fruta.
(15) Ela não sabe que dia é hoje.
(16) Eu fiz macarronada para o almoço.
IMPORTANTE
A presença ou ausência da expressividade vai depender de 
cada emissor ou do que já está escrito. 
c) Frase exclamativa
Serve para marcar admiração, surpresa e satisfação. O uso da 
exclamação pode ser usado de forma positiva e negativa. 
NOTA
Quando usamos uma frase com um sentido negativo e 
se essa frase tiver um verbo, geralmente esse verbo está 
conjugado no modo imperativo. 
(17) Bom dia!
(18) Não se atrase!
(19) Seja bem-vindo!
Na frase (17), podemos perceber que não existe verbo, mas como 
já vimos anteriormente, uma frase pode ter ou não verbo (s). Na frase (18), 
temos um caso de imperativo e o uso da exclamação faz com que a frase 
surta o efeito desejado. Já na frase (19), nós temos um caso de alguém 
desejando as boas vindas com entusiasmo para outra pessoa. 
c) Frase interrogativa
Devemos tomar um pouco mais de cuidado ao verbalizar esse tipo 
de frase já que se não fazemos a entonação que corresponde, certamente, 
a frase não surtirá o efeito desejado.
(20) Qual é o seu nome?
(21) Você está sentindo alguma coisa?
Sintaxe do Português30
(22) Quem é você?
Percebemos claramente nos casos (20), (21) e (22) que a ausência da 
interrogação pode comprometer a transmissão da mensagem.
Analisando a frase por outro aspecto, a frase também pode ser 
dividida em: 
Figura 9 – Tipos de frase (nominal e verbal)
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Frase verbal
Como o próprio nome já diz, a frase verbal é aquele tipo de frase 
que é composta por um ou mais verbos. 
IMPORTANTE
Vimos que uma frase verbal é composta por um ou 
mais verbos. É indistinto o modo desse verbo (Indicativo, 
Subjuntivo e Imperativo) ou o tempo dele (presente, 
passado e futuro). 
(23) Eu estudo inglês. 
(24) Eu estudei inglês.
(25) Eu estudarei inglês. 
Nas frases (23), (24) e (25), temos verbos conjugados no Presente, 
Pretérito Perfeito e Futuro do Presente, respectivamente. 
Sintaxe do Português 31
b) Frase nominal
A frase nominal se caracteriza pela ausência de verbos. Já que 
a frase nominal não apresenta nenhum verbo, a estrutura pode ser 
substituída por substantivos, advérbios e adjetivos, por exemplo. 
Na frase nominal, existe um fenômeno muito interessante a ser 
destacado que é o verbo “subentendido” que consiste em omitir um verbo. 
O fato desse verbo estar implícito não vai afetar a compreensão da frase. 
(26) Tenha uma boa viagem. 
(27) Tenha cuidado. 
(28) Tome cuidado. 
Nas frases (26), (27) e (28) os verbos estão implícitos, no entanto, 
essa ausência não comprometerá a mensagem a ser transmitida. É fato 
que se esses verbos passassem a ser evidente o sentido seria mais 
completo, sem margem para nenhuma dúvida. 
RESUMINDO
O que achou dessa segunda parte do nosso material? 
Interessante, não é mesmo? Olha só, para você não perder 
o fio da meada vamos resumir o que foi estudado! Bem no 
começo concluímos a parte de dupla articulação (fonética) 
e fizemos uma conexão com o estudo da Gramática e o 
Léxico dentro da Sintaxe. 
Vimos que o estudo da Sintaxe é baseado em quatro grandes 
pilares e trabalhamos com a análise sintática. Dentro dela, vimos o estudo 
da frase que por sua vez se divide em frase imperativa, exclamativa, 
declarativa e interrogativa e ao mesmo tempo, a frase também pode 
ser divida em verbal e nominal, com e sem verbo, respectivamente. Ah, 
também não podemos nos esquecer de que também estudamos o léxico 
durante esse processo. O léxico está intrinsicamente relacionado com 
o conteúdo gramatical que estamos estudando, que no caso é o uso 
do vocabulário específico, que no nosso caso são os termos usados na 
gramática, tudo bem? Viu só como foi de boa?
Sintaxe do Português32
Sintaxe e Gramática (parte II)
OBJETIVO
Estimado aluno, neste item abordaremos a estrutura de 
uma frase e a composição de um período. Com “tríade” 
explicada (frase, oração e período), você será capaz de 
analisar com mais detalhes um texto completo visto que 
você terá passado da unidade mínima até a unidade 
máxima (que é o texto em si).
Dando continuidade ao estudo da Análise Sintática, nós temos 
agora a oração. A oração é toda frase que apresenta um verbo ou locução 
verbal, ou seja, não existe oração sem verbo!
(29) Nós somos estudantes de Letras. 
(30) Eu estou cansado.
(31) Ele é minha prima e estuda comigo na Universidade. 
As três orações supracitadas são de fato orações porque todas elas 
apresentam um verbo em sua estrutura, sem se importar com o modo e 
o tempo dele. Na oração (31), temos um caso muito particular: a presença 
de duas orações. Dizemos que existem duasorações por causa dos dois 
verbos presentes na mesma. 
NOTA
Quando falamos de modo nos referimos ao Indicativo, 
Subjuntivo e Imperativo; quando falamos de tempo nos 
referimos ao presente, passado e futuro. 
É importante destacar que um verbo é uma estrutura que está 
relacionada diretamente aos acontecimentos, podendo expressar uma 
ação ou fenômeno. Por outro lado, a locução verbal representa a união de 
um ou mais verbos (um dos verbos pode ser auxiliar e o outro principal). 
Veja os exemplos abaixo: 
(32) Eu estou comendo melancia. 
(33) Nós vamos estudar para a prova de amanhã. 
Sintaxe do Português 33
Na oração (32), nós temos o verbo “estar” como auxiliar e o verbo 
“comer” como principal. Já na oração (33), nós temos o verbo “ir” como 
auxiliar e o verbo “estudar” como principal. 
EXPLICANDO MELHOR
A locução verbal é a união de dois ou mais verbos, onde um 
deles é auxiliar e o outro exerce a função de verbo principal. 
É importante destacar que a junção desses verbos exerce a 
função morfológica de apenas um verbo. 
Dentro do campo das orações elas podem ser divididas 
em coordenadas e subordinadas. Começaremos com as orações 
coordenadas, ok? 
Figura 10 – Tipos de orações
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
As orações coordenadas têm como principal característica estarem 
ligadas umas pelas outras por meio do sentido, porém, apesar dessa 
Sintaxe do Português34
conexão, elas apresentam certa independência. Essa ligação pode ocorrer 
pela vírgula, conjunção (mesmo com a presença desses elementos, uma 
oração pode ser entendida de forma separada, de forma isolada). 
Dentro das orações coordenadas, elas se dividem em sindéticas 
e assindéticas. As orações assindéticas são aquelas que não possuem 
nenhuma conjunção, não obstante, a vírgula pode estar presente. Veja o 
exemplo abaixo: 
(34) Eu preciso comprar na papelaria caneta, corretivo, lápis. 
De fato, na oração (34) não há nenhuma conjunção e todos os 
elementos foram separados por vírgula. 
Por outro lado, nós temos as orações sindéticas que apresentam 
uma conjunção e que se divide em cinco grupos: 
Figura 11 – Orações Sindéticas
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Orações Aditivas
Como o próprio nome já diz, essas orações nos dão uma ideia de 
adicionar uma determinada ideia que faltava na compreensão total da 
mensagem em questão. 
NOTA
 Para esse tipo de oração é imprescindível transmitir essa 
ideia de adição, caso contrário pode indicar uma oposição, 
por exemplo. 
As principais conjunções aditivas são: 
 • e;
 • também;
Sintaxe do Português 35
 • bem como;
 • assim;
 • como também;
 • não só.
(35) Eu falo francês e espanhol. 
(36) Eu não só estudei a matéria como também fiz todos 
os exercícios. 
(37) Ele também estuda francês!
b) Orações Adversativas
Sempre transmitem uma ideia que é oposta à anterior, seja (+) → (-) 
ou (-) → (+). 
IMPORTANTE
Gostaríamos de destacar que nas orações adversativas 
esse contraste sempre deve existir para “equilibrar” a oração 
em questão. 
As principais conjunções adversativas são:
 • contudo;
 • não obstante; 
 • porém;
 • todavia;
 • mas.
(38) Não fiz o exercício, porém, estudei para a prova. (-) → 
(+)
(39) Queremos viajar, mas estamos sem dinheiro. (+) → (-)
(40) Ela não tinha dinheiro, ainda assim, viajou para a 
Europa. (-) → (+)
c) Orações Alternativas
Representam alternância entre as orações e os seus elementos 
podem ser repetidos ou não em uma mesma oração. As principais 
conjunções alternativas são: 
 • ora...ora;
Sintaxe do Português36
 • ou...ou; 
 • seja...seja.
(41) Ou você faz a tarefa, ou você fica de castigo!
(42) Ora quero conhecer Roma, ora quero conhecer Paris.
(43) Seja noite ou seja dia, devemos estudar constantemente. 
d) Orações Conclusivas
Elas unem a oração anterior com a seguinte e nos passa uma ideia 
de conclusão. As principais conjunções conclusivas são:
 • pois (depois do verbo);
 • por conseguinte; 
 • por isso;
 • então;
 • desse modo;
 • portanto. 
(44) Eu não tenho dinheiro, logo não posso viajar no feriado.
(45) Eu sabia que hoje teria prova surpresa, por isso estudei 
todo o conteúdo. 
(46) Perdemos o voo, portanto não chegaremos a tempo. 
e) Orações Explicativas
É quando a segunda oração explica a estrutura da primeira oração. 
Nesse tipo de conjunção, o uso da vírgula é obrigatório. 
NOTA
Meu caro aluno, não se esqueça de que usar unicamente 
uma conjunção com caráter explicativo, por exemplo, 
não é suficiente para completar o sentido de uma oração. 
Devemos usar o vocabulário e o contexto adequado e 
unir com a conjunção em questão para transmitir a ideia 
corretamente.
As principais orações explicativas são: 
 • visto que;
 • pois; 
Sintaxe do Português 37
 • dado que;
 • porque;
 • uma vez que;
 • que.
(47) O meu primo ainda está chateado, pois perdeu o voo.
(48) Não vamos sair de casa agora, já que está chovendo.
(49) Estamos sem dinheiro, ou seja, não podemos viajar. 
E aí? O que está achando? Muita informação, não é mesmo? Calma, 
está tudo sob controle! Olha só, lembra que lá no começo nós falamos 
que as orações se dividem em coordenadas e subordinadas? Pois bem, 
acabamos de estudar as orações coordenadas e agora vamos para as 
orações subordinadas, vamos nessa!
Esse tipo de orações, ou seja, as orações subordinadas, exercem 
uma função sintática nas demais, ou seja, é um tipo de oração que 
subordina as outras. As orações subordinadas se dividem em: 
Figura 12 – Divisão das Orações Subordinadas
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Vejamos agora com mais detalhes cada uma delas: 
Sintaxe do Português38
 • Orações Subordinadas Substantivas
Essas orações se relacionam diretamente com a função dos 
substantivos e são classificadas em seis tipos:
IMPORTANTE
Não explicaremos com muitos detalhes esses tipos de 
orações. O mais importante é identificá-las e entender a sua 
verdadeira função.
Figura 13 – Orações Subordinadas Substantivas
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
Exerce a função de sujeito da oração principal.
(50) É possível que ele chegue tarde para a união. 
b) Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Exerce a função de predicativo do sujeito. 
Sintaxe do Português 39
(51) Nosso sonho era que tivéssemos a nossa casa própria. 
c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
Exerce a função de objeto direto.
(52) Nós desejamos que vocês tenham uma ótima estadia no Brasil
d) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Exerce a função de objeto indireto. Uma oração é vinculada com 
outra através da preposição.
(53) Ninguém desconfiava de que você trairia a nossa confiança. 
NOTA
Perceba que nesse caso temos duas orações que estão 
sendo separadas pela preposição “de”, ou seja, antes da 
preposição temos uma oração e depois dela temos outra. 
e) Oração Subordinada Substantiva Apositiva
Exerce a função de aposto na oração principal. Nesse tipo de frase 
não há nenhum verbo de ligação (para conectar as duas orações). 
(54) O que você quer comer: frango ou peixe. 
f) Oração Subordinada Substantiva Complemento Nominal
Exerce a função de complemento nominal de um nome da oração 
principal. Sempre se vincula a um nome da oração principal e sempre se 
liga através de preposições. 
(55) Chegamos à conclusão de que o documento é verdadeiro!
 • Orações Subordinadas Adjetivas
Essas orações ocupam a função de adjetivo e são divididas em:
Sintaxe do Português40
Figura 14 – Orações Subordinadas Adjetivas
Fonte: Elaborada pelos autores,(2020).
a) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
É quando explicamos um termo que já foi mencionado dentro da 
própria oração, é como se já tivesse um antecedente. 
(56) O Brasil, que é o maior país da América do Sul, tem o 
português brasileiro como língua oficial. 
(57) Aquele aluno, que é bastante estudioso, conseguiu aprovar 
todas as matérias na faculdade. 
b) Oração SubordinadaAdjetiva Restritiva
Como o próprio nome já diz, as orações restritivas restringem o 
conteúdo da oração. Elas estão diretamente relacionadas com a oração 
principal que por sua vez as tornam mais específicas. 
NOTA
 Essas orações não podem ser separadas por vírgula. 
Sintaxe do Português 41
(58) Eu moro naquela casa amarela. 
(59) Quem dorme oito horas por dia trabalha mais disposto. 
RESUMINDO
Olha só quanta coisa interessante nós acabamos de 
estudar! Vimos que dentro da análise sintática temos o 
estudo da oração. Vimos que oração é uma estrutura frasal 
que obrigatoriamente deve conter um ou mais verbos e 
quando temos dois verbos um seguido do outro, sabemos 
que isso se trata de uma locução verbal visto que o 
primeiro verbo é auxiliar e o outro é principal. Estudamos 
também que as orações são divididas em coordenadas 
e subordinadas e cada uma delas tem a sua respectiva 
subdivisão. Certamente, com o conhecimento adquirido 
até agora você já começa a ver um texto com outros olhos, 
não é mesmo? 
Sintaxe do Português42
Sintaxe e Gramática (parte III)
OBJETIVO
Caro aluno, nesta última parte temos como principal 
objetivo concluir o raciocínio das orações subordinadas 
adverbiais, conhecer os termos da oração e estabelecer 
uma relação entre a Sintaxe e a Pragmática, que é uma 
das áreas da Linguística que mais contribui para a Sintaxe, 
portanto, devemos estar bem atentos! 
 • Orações Subordinadas Adverbiais
Como o próprio nome já diz, essas orações exercem literalmente a 
função de advérbio, podendo ser classificadas em: 
Figura 15 – Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
IMPORTANTE
A composição desses enunciados requer estudos prévios 
de morfologia. Como esse tema não é pertinente ao que 
estamos explicando, sugerimos que você procure uma boa 
gramática para ampliar ainda mais os seus conhecimentos. 
Sintaxe do Português 43
Vejamos logo abaixo cada uma delas: 
a) Oração Subordinada Adverbial Temporal
É tudo aquilo que está relacionado com as circunstâncias temporais. 
(60) Ficaremos aqui até que o a chuva passe. 
(61) Eu sempre viajo nas férias. 
b) Oração Subordinada Adverbial Final
Expressa diretamente uma finalidade específica. 
(62) Devemos estudar para terminar a faculdade. 
(63) Eu vou dormir cedo para caminhar na praia amanhã.
c) Oração Subordinada Adverbial Causal
Esse tipo de oração que exprime causa. 
(64) Já que o professor não veio vou estudar um pouco mais.
(65) Não sai de casa hoje porque estava esperando o eletricista. 
d) Oração Subordinada Adverbial Consecutiva
São as consequências de ter realizado/ter acontecido algo. 
(66) Gastamos tanto dinheiro este mês e agora não podemos pagar 
as contas. 
(67) Choveu tanto que tive que fechar o meu negócio. 
e) Oração Subordinada Adverbial Comparativa
Como o próprio nome já diz, esse tipo de oração se forma quando 
exprime uma comparação. 
(68) Eu sou mais alto que você. 
(69) Esse restaurante é mais caro do que aquele. 
f) Oração Subordinada Adverbial Condicional
É quando a oração exprime certa condição. 
(70) Você viajará desde que economize para isso. 
Sintaxe do Português44
(71) Se estiver chovendo, sairei com o carro. 
g) Oração Subordinada Adverbial Concessiva
Refere-se a uma concessão apesar de existirem algumas 
circunstâncias. 
(72) Miguel participará da reunião apesar de não ter sido chamado.
(73) Vou te ajudar, embora esteja certo de que vou me arrepender! 
h) Oração Subordinada Adverbial Proporcional
Exprime proporção entre as duas orações. 
(74) À medida que as horas passam, mais nervoso eu fico. 
(75) À medida que vocês forem terminando o exercício, podem se 
retirar. 
i) Oração Subordinada Adverbial Conformativa
É quando exprime conformidade entre as duas orações.
(76) Segundo as previsões do tempo, hoje ventará bastante. 
(77) Faremos a formatação do documento conforme nos foi 
solicitado. 
IMPORTANTE
Para a composição desses enunciados é de fundamental 
importância que você conheça bem as principais 
conjunções, advérbios e conectores, ok? Não se esqueça 
de dar uma olhadinha na gramática. 
E então, o que está achando da classificação das orações? Olha só, 
conhecê-las é bastante importante. Uma vez que já vimos a classificação 
das orações, vejamos agora os termos de uma oração. 
Sintaxe do Português 45
Os termos de uma oração são divididos em três grandes grupos, 
observe: 
Figura 16 – Termos de uma oração
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Gostaríamos de destacar que estudaremos somente os termos 
essenciais de uma oração. 
 • Termos essenciais
São aqueles termos básicos de uma oração. De que será que 
estamos falando? Isso mesmo, estamos falando do sujeito e predicado. 
Realmente, são elementos básicos se compararmos com outras 
estruturas.
NOTA
Com essa definição, concluímos que basicamente uma 
oração se estrutura através do sujeito e predicado, porém, 
nem toda oração segue essa estrutura essencial, como é o 
caso das orações sem sujeito, por exemplo. 
Então, vamos lá! O que seria um sujeito? Um sujeito nada mais é 
do que a identificação de uma determinada pessoa (podendo ser um ou 
vários). O sujeito pode realizar ou até mesmo sofrer uma determinada 
ação. 
Sintaxe do Português46
NOTA
Nas orações a seguir falaremos diretamente do predicado, 
mas não se preocupe, mais adiante falaremos dele também!
(78) Os professores prepararam o exercício. 
Sujeito: Os professores.
Verbo: prepararam (infinitivo: preparar). Predicado: prepararam o 
exercício.
(79) A rua está toda esburacada. 
Sujeito: A rua.
Verbo: está (infinitivo: estar). Predicado: está toda esburacada. 
IMPORTANTE
Gostaríamos de destacar que o sujeito não deve ser 
obrigatoriamente uma pessoa. Basta observar a oração (79).
Podemos detalhar mais ainda a nossa análise do sujeito. Você 
tem alguma ideia do que poderíamos analisar? Sem dúvidas, é possível 
identificar o núcleo do sujeito, mas o que é isso? Observe atentamente: 
(80) O espetáculo foi excelente. 
Agora vamos analisar a oração da mesma forma que fizemos nas 
orações (78) e (79). 
Sujeito: O espetáculo.
Verbo: foi (infinitivo: ser).
Predicado: foi excelente. 
Sintaxe do Português 47
Conseguimos identificar claramente o sujeito, correto? Então, 
baseado no sujeito, devemos extrair o seu núcleo. O núcleo do sujeito é a 
parte que melhor o identifica, ou seja, repetindo o exemplo anterior, ficaria 
da seguinte forma: 
Sujeito: O espetáculo.
Núcleo do sujeito: espetáculo. 
Verbo: foi (infinitivo: ser).
Predicado: foi excelente. 
NOTA
Podemos ver que o sujeito possui mais de um elemento, no 
entanto, para formar o núcleo do sujeito devemos escolher 
o elemento mais importante, que no caso seria “espetáculo”. 
Para você ficar ainda mais seguro do que foi visto, observe outro 
exemplo: 
(81) A exposição será amanhã. 
Sujeito: A exposição.
Núcleo do sujeito: exposição. 
Verbo: será (infinitivo: ser).
Predicado: amanhã. 
Tudo bem até agora? Olha só, vimos nesses dois últimos exemplos 
que o sujeito apresenta dois elementos, mas como poderíamos extrair o 
núcleo do sujeito com apenas um elemento? Muito simples, observe: 
(82) Nós não queremos viajar nas férias. 
Sujeito: Nós.
Núcleo do sujeito: Nós. 
Predicado: não queremos viajar nas férias. 
Sintaxe do Português48
Viu só como é simples? Perceba que na oração (82) temos um caso 
de sujeito com apenas um elemento e por conta disso, o núcleo do sujeito 
será o mesmo sujeito, entende? Vejamos outro caso em que o sujeito não 
é uma pessoa. 
(83) Sete é o meu número da sorte.
Sujeito: Sete.
Núcleo do Sujeito: Sete. Predicado: é o meu número da sorte. 
Baseado nos exemplos supracitados, podemos classificar os 
sujeitos em: 
Figura 17 – Tipos de sujeito
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
a) Sujeito Simples
É quando existe um único núcleo. 
(84) A minha avó é portuguesa.
Sintaxe do Português 49
Sujeito: A minha avó.
Núcleo do Sujeito:avó. Predicado: é portuguesa. 
(85) O bairro está arborizado.
Sujeito: O bairro.
Núcleo do Sujeito: bairro. Predicado: está arborizado. 
b) Sujeito Composto
É quando existe mais de um núcleo do sujeito. 
(86) Carlos e eu fomo ao cinema.
Sujeito: Carlos e eu.
Núcleo do Sujeito: Carlos e eu = nós. Predicado: fomos ao cinema.
NOTA
Caro aluno, não se esqueça de identificar corretamente o 
núcleo do sujeito assim como conhecer a sua função na 
oração em questão. 
c) Sujeito Oculto
É quando literalmente o sujeito não aparece na oração, ou seja, ele 
está oculto. 
(87) Chegamos atrasados para a aula.
Sujeito: Chegamos.
Sujeito Oculto: nós.
(88) Fui ao shopping esta tarde.
Sujeito: Fui.
Sujeito Oculto: eu.
Sintaxe do Português50
NOTA
Não se esqueça de que para identificar o sujeito oculto nós 
precisamos conhecer o contexto da oração, pois existem 
casos que não é possível identificar facilmente o sujeito 
oculto sem um contexto, veja: 
(89) Fizeram o bolo.
Sujeito: Fizeram.
Sujeito Oculto: vocês, eles, elas. Quem?
d) Sujeito Indeterminado
É quando o sujeito não é ou não está identificado. Essa formação 
pode acontecer quando o verbo está conjugado no singular ou no plural. 
(90) Alugam-se casas.
Quem está alugando?
(91) Procura-se esse gato.
Quem está procurando?
e) Sujeito Inexistente
É o que nós chamamos de oração sem sujeito. Nesse tipo de 
oração, o sujeito e o verbo não se relacionam diretamente. 
(92) Choveu bastante durante a noite. 
Sujeito: Não tem.
Predicado: Choveu bastante durante a noite.
Outro termo essencial da oração é o predicado. O predicado 
faz referência direta ao sujeito; tudo aquilo que não é sujeito pode ser 
considerado como predicado. O predicado é dividido em: 
Sintaxe do Português 51
Figura 18 – Tipos de predicado
Fonte: Elaborada pelos autores (2020).
a) Predicado Verbal
É quando a parte central da oração é composta por um verbo. 
(93) O carro quebrou.
Sujeito: O carro.
Núcleo do Sujeito: carro
Predicado (verbal): quebrou.
b) Predicado Nominal
É quando existe algum verbo de ligação com o predicado do sujeito. 
(94) Eu estou atrasado.
Sujeito: Eu.
Predicado: estou atrasado.
Predicado (nominal): estou atrasado. 
IMPORTANTE
Caro aluno, não se esqueça de que o verbo estar se 
comporta como verbo de ligação. 
Sintaxe do Português52
c) Predicado Verbo - nominal
É quando o predicado apresenta dois núcleos. 
(95) O atleta chegou cansado da competição.
Sujeito: O atleta.
Predicado verbo-nominal: chegou cansado da competição.
Com a explicação do sujeito terminamos os termos essenciais de 
uma oração. Percebeu que para tudo, ou melhor, quase tudo a gramática 
tem uma explicação? 
Bem, uma vez que nós terminamos essa parte, que tal voltarmos 
àquela “tríade”? Lembra que a tríade ao qual nos referimos está composta 
de frase, oração e período? Pois é, o que falta agora é o período e vamos 
estudar logo abaixo. 
Olha só, o período é algo bem simples: nada mais é do que a 
união de duas ou mais orações (apresentando sentido completo) em um 
enunciado.
IMPORTANTE
O enunciado é um trecho de um discurso (podendo ser 
escrito ou oral). O enunciado apresenta certa proposição 
e está vinculado diretamente com o contexto que 
corresponde. 
Por sua vez, o período é divido em dois:
Figura 19 – Tipos de predicado
Fonte: Elaborada pelos autores, (2020).
Sintaxe do Português 53
a) Período Simples
É quando existe uma só oração, que também pode ser chamada de 
oração absoluta. 
(96) Neva. 
a) Período Composto
É quando temos a presença de duas ou mais orações. 
NOTA
É possível contar as orações baseado na quantidade de 
verbos. O período composto é dividido por coordenação e 
subordinação (que já foi apresentado anteriormente). 
(97) Ele comeu e saiu.
(98) Espero estudar todo o conteúdo para a prova antes de dormir. 
Na oração (97) temos um caso de coordenação e na oração (98) 
temos um caso de subordinação, onde um elemento depende do outro 
para formar um sentido. 
RESUMINDO
E aí? O que você achou da nossa última parte? Olha só, 
nós estudamos que as orações podem ser divididas em 
coordenadas e subordinadas e por outro lado, nós vimos 
que os termos de uma oração se dividem três: essencial, 
constituinte e acessório. Detalhamos os termos essenciais e 
vimos que eles se dividem em sujeito e predicado. O sujeito 
é dividido em simples, composto, oculto, indeterminado e 
inexistente, já o predicado se divide em verbal, nominal 
e verbo-nominal. Para concluir, estudamos também o 
período, que nada mais é do que a junção de duas ou mais 
orações estabelecendo certo sentido em um enunciado. 
Esperamos que você tenha gostado do que foi aprendido!
Sintaxe do Português54
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Luciana Kuchenbecker. “O que é fonema?”;  Brasil Escola. 
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-
que-e-fonema.htm> Acesso em 17 fev. 2020.
CÂMARA JR., Joaquim M. Estrutura da língua portuguesa: 16. ed. Petrópolis: 
Vozes, 1986.
CHOMSKY, Noam; HALLE, Morris. The sound pattern of English. New York: 
Harper and Row, 1968.
MATTOSO C, Jr. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1972.
PACHECO, Mariana do Carmo. “O que é morfema?”;  Brasil Escola. 
Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-
que-e-morfema.htm> Acesso em 17 fev. 2020.
Sintaxe do Português 55
Sintaxe do 
Português
Francisco Thibério Arruda 
Sales e Silvia Cristina da Silva