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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS - UN01

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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE 
CUSTOS – UNIDADE 01 
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SUMÁRIO 
 
1 CONTABILIDADE DE CUSTOS .................................................................. 3 
1.1 Contabilidade de Custos para Determinação do Custo ....................... 5 
1.2 Contabilidade de Custos em Transição ............................................... 5 
1.3 Contabilidade de Custos para Controle de Custos .............................. 6 
2 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA PLANEJAMENTO DO LUCRO E 
PARA DECISÕES ADMINISTRATIVAS .................................................................... 6 
3 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Contabilidade de Custos é o processo ordenado de usar os princípios da 
contabilidade geral, para registrar os custos de operações de um negócio, de tal 
maneira que, com os dados da produção e das vendas, se torne possível à 
administração utilizar as contas para esclarecer os custos de produção e de 
distribuição, tanto por unidade como pelo total, para um ou para todos os produtos 
fabricados ou serviços prestados e os custos das diversas funções do negócio, com 
finalidade de obter operação eficiente, econômica e lucrativa. 
É o processo de usar os princípios contábeis, para a tomada de conhecimento 
e registro dos vários fatores de custo, e por meio de sua análise fornece a melhor 
informação no sentido de se apurar o custo correto do produto, bens ou serviços. 
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, 
analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos 
componentes da organização, dos planos operacionais e das atividades de 
distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o 
administrador no processo de tomada de decisões. 
A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial. Sua principal 
função era, então registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar os 
inventários e, consequentemente, a determinar mais corretamente as rendas e 
levantar os balanços. 
Nesse tempo eram apenas computados os custos diretos: o valor do material 
consumido e o valor da mão de obra aplicada. 
No fim do século passado, vários fatores exigiram que o contador de custos 
desse mais um grande passo em direção a um maior refinamento. Foi bastante difícil 
a adoção generalizada da computação de valores no custo de um produto. Os 
contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. Era princípio rígido o 
registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente 
incorridas. 
Com certo relaxamento desse princípio, quando se considerou que a 
Contabilidade de Custos era voltada para as atividades internas da organização, foi 
possível o emprego de taxas predeterminadas para a apropriação dos custos indiretos 
ao valor dos produtos, dos inventários e dos serviços. 
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De qualquer modo, essa primeira fase caracterizou pela preocupação com o 
registro dos custos. 
 Contabilidade de Custos ganhou corpo, atingindo sua identidade específica e 
começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração. 
Com a Segunda Grande Guerra desenvolveram-se modernas técnicas de 
administração, e novas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos 
novos, aumentando sua área de influência. As informações de Custo passaram a 
apoiar a Administração em suas funções de planejamento e tomada de decisões. A 
Contabilidade de Custos cada vez mais passou a responsabilizar-se pela análise e 
interpretação das informações quantitativas a fim de fornecer à Administração 
instrumentos significativos e oportunos para a gerência da organização. 
O desenvolvimento paralelo de Pesquisa Operacional e da Computação 
Eletrônica veio dar maior apoio à Contabilidade de Custos. Atualmente as informações 
são prestadas mais rapidamente. Problemas, antes, de certo modo difíceis de serem 
solucionados, agora o são pelo emprego de técnicas estatísticas e matemáticas mais 
sofisticadas, bem como pelo uso crescente do equipamento eletrônico de 
processamento de dados. O desafio do moderno contador reside exatamente no 
ponto de que ele agora dispõe de maiores recursos para fazer parte do primeiro 
quadro na hierarquia administrativa. Por isso mesmo, a Contabilidade de Custos 
passou a ser encarada como parcela essencial da Contabilidade Gerencial. 
A história do desenvolvimento da Contabilidade de Custos é a história do 
desenvolvimento industrial. À medida que as atividades industriais começaram a 
seguir, os registros de custos tiveram seu início. Com a concorrência mais acirrada, 
sentiu-se a necessidade de melhores informações sobre custos. À medida que o 
campo das atividades do administrador se ampliava, tornou-se mais patente a 
necessidade de serviços da Contabilidade de Custos. Os quais podemos resumi-los, 
conforme segue: 
 
 
 
- Determinação do Custo 
- Contabilização de matéria-prima 
- Contabilização de mão de obra direta 
- Contabilização dos custos indiretos de fabricação 
- Sistema de custos por encomenda 
- Sistema de custos por processo 
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- Determinação do Custo 
com alguma atenção para 
o controle de custo 
- Uso de estimativas como dados 
de custo 
- Sistema de custo-padrão 
- Custeio direto 
- Controle de Custo - Contabilidade por responsabilidade 
 
- Planejamento do Lucro 
- Controle de custos de distribuição 
- Planejamento do lucro 
- Análise de custo-volume-lucro 
-Tomada de Decisão com 
escolha alternativa 
- Tomada de decisão a curto prazo 
- Tomada de decisão a longo prazo 
 
1.1 Contabilidade de Custos para Determinação do Custo 
A certeza de um fornecimento adequado de materiais tornou-se importante, e 
prestou-se maior atenção ao registro de materiais. O uso de ferramentas e 
equipamentos tornou-se reinante, e a composição do custo do produto recebeu um 
interesse particular. A determinação do custo assim tornou-se o primeiro objetivo da 
contabilidade de custos. 
A industrialização ulterior criou dois tipos de atividades industriais: as do tipo 
sob encomenda, tais como a fabricação de máquinas a vapor; e as do tipo produto 
uniforme, tais como a refinação de açúcar. 
 
1.2 Contabilidade de Custos em Transição 
A mecanização ulterior provocou o uso mais sofisticado de equipamentos e 
instalações fabris. Os custos associados ao seu uso em geral, agrupados como parte 
dos custos indiretos de fabricação, ganharam importância. Cada vez maior atenção 
passou a ser dirigida de custos de materiais e mão de obra para custos indiretos de 
fabricação. Um esforço para acelerar o estabelecimento desses últimos custos 
acarretou a mais importante cisão na metodologia da contabilidade de custos - a 
aceitação de estimativas como dados de custos e a incorporação destas na 
determinação do custo. 
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A concorrência ulterior trouxe à baila os problemas de instalações fabris 
ociosas e sucatas. O resultado foi surgirem propostas dramáticas para usar os dados 
de custo não somente para determinação do custo, mas também para outros 
propósitos. Uma dessas propostas, denominado sistema de custo-padrão, que a partir 
de então tem sido bem recebida. Outra proposta, conhecida por custeio direto, ainda 
hoje é matéria controversa. 
1.3 Contabilidade de Custos para Controle de Custos 
O uso dos dados de custos para fins além da determinação do custo foi outra 
cisão importante no desenvolvimento da contabilidade de custos. Mais uma vez, em 
virtude da concorrência, o controle de custo evoluiu como o segundo objetivo da 
contabilidade de custos. 
Esta alteração em objetivo, contudo, exigiu várias mudançastanto por parte da 
administração, como da contabilidade. Não interessava mais quais custos tinham sido 
incorridos, porém quem os incorrera. Passou-se a enfatizar não mais o montante de 
custo incorrido, e sim o montante de custo que deveria tê-lo sido. Passou-se a dirigir 
a atenção não mais àquilo que era esperado, e sim às áreas deficientes que exigiam 
ação corretiva. 
2 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA PLANEJAMENTO DO LUCRO E PARA 
DECISÕES ADMINISTRATIVAS 
Flutuações, econômicas violentas e concorrência acurada na década de 20 
criaram uma necessidade de planejamento global para preparar a administração para 
enfrentar situações semelhantes. O uso de dados de custo para fins de planejamento 
tornou-se assim um objetivo adicional da contabilidade de custos. 
Um aspecto do planejamento demandou que a administração fizesse uma 
previsão econômica do ano seguinte e que fizesse planos com base naquela previsão. 
A contabilidade de custos contribuiu na coordenação de planos realizados por funções 
de vendas e produção e na análise de suas inter-relações. A contabilidade de custos 
também contribuiu na promoção de cooperação entre planos desenvolvidos por 
administração descentralizada, organizada como divisões de produto. 
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Outro aspecto do planejamento requereu que a administração avaliasse 
propostas de ação para tomada de decisões. A contabilidade de custos contribuiu na 
ordenação de dados relevantes, adequados para tais fins. 
Abaixo encontramos as fases de trabalho desenvolvidas pela contabilidade de 
custos, os objetos do custo e as finalidades gerenciais que buscamos através das 
informações obtidas por meio da contabilidade de custos. 
 
 
 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 
FASES DO 
TRABALHO 
 
OBJETO DO CUSTO 
 
FINALIDADES GERENCIAIS 
- Coleta 
- Acumula 
- Organiza 
- Analisa 
- Interpreta 
- Informa 
- Produtos 
- Serviços 
- Estoques 
- Componentes 
- Planos Operacionais 
- Atividades Especiais 
- Programas 
- Segmentos de 
Distribuição 
- Determinação da 
Rentabilidade 
- Avaliação do Patrimônio 
- Controle de Custo 
- Controle das Operações 
- Planejamento 
- Tomada de Decisão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 REFERÊNCIAS 
 
CREPALDI, Silvio AparecidO. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2002 
MATINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial – Teoria e Prática. São Paulo: 
Atlas, 1998. 
IBRACON – Inst.Bras.de Contadores. Curso sobre Contabilidade de Custos. São 
Paulo: Atlas, 1992. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6.ed. - São Paulo: Atlas, 1998. 233 
 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Custos. 2. ed. - São Paulo: Atlas, 1989. 
MANDARINO, Umberto. Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1985. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
MONDEN, Iasuhiro, Sistemas de Redução de Custos: Custo-alvo e Custo Kaizen. 
Porto Alegre: Bookman, 1999 
NEVES, Silvério das e VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade de Custos – um 
enfoque direto e objetivo. São Paulo: Frase, 1998. 
NEPOMUCENO, Francisco. Formação do Preço de Vendas. Ed. Ipanema 
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial – Um enfoque em sistema de 
informação contábil. São Paulo: Atlas, 1996. 
SANTOS, Joel J. Formação do Preço e do Lucro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 
SHANK, Jpohn K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A Revolução dos Custos. 4 ed. São 
Paulo: Campus,1997 
TEMÁTICA CONTÁBIL E BALANÇOS - Boletins IOB 17/88; 24/88; 4/85 
 
 
 
 
 
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