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SISTEMAS ESTRUTURAIS II Estruturas em concreto armado Cálculo e detalhamento ESTABILIDADE GLOBAL DE ESTRUTURAS Prof. Msc. Henrique Raymundo 2º Semestre/2022 Sistemas de contraventamento Primeiramente, devemos entender o que os pilares contribuem na ajuda da estabilidade global de uma edificação... Mas, o que é estabilidade global ???? Todas as estruturas estão sujeitas às ações gravitacionais. No caso, das estruturas de grande altura, as ação laterais passam a ter uma importância muito grande! Deste modo, a edificação deve ter uma rigidez lateral suficiente para resistir a estas ações, deslocando-se pouco nesta direção; Na Análise da Estabilidade Global, devemos saber mensurar o quanto este deslocamento lateral é pouco ou muito. Sistemas de contraventamento A ação lateral na edificação faz com que a estrutura se deforme lateralmente; A concepção estrutural da edificação permite fazer o controle desta deformação; O principal sistema estrutural que faz este papel é o Elemento de Contraventamento. Sistemas de contraventamento Os contraventamentos são identificados como uma subestrutura dentro de uma estrutura de concreto; Tais subestruturas são responsáveis por resistirem à grande parte dos esforços advindos de ações laterais horizontais, como a ação de vento; Existem inúmeras maneiras de se inserir em uma estrutura os elementos de contraventamento, com diferentes métodos construtivos: Núcleos rígidos; Pilares parede; Pórticos; Sistemas de contraventamento Núcleos rígidos Sistemas de contraventamento Pórticos Ligação articulada Ligação semi-rígida Sistemas de contraventamento Ligação articulada: sem ligação entre os elementos; Ligação semi-rígida: Ligação rígida: ligação viga – pilar monolítica (concretados ao mesmo tempo); Sistemas de contraventamento No Brasil, o principal sistema de contraventamento utilizado nas estruturas é o pórtico; Ligações rotuladas Específica do sistema pré-moldado Ruim para a estabilidade global Ligações rígidas Específica do sistema moldado in loco Situação ideal para a estabilidade lateral Melhora a estabilidade lateral do edifício Específica do sistema pré-moldado Ligações semi-rígidas Sistemas de contraventamento Situação a ser estudada: pórtico com ligação rígida entre os elementos; Sistemas de contraventamento Após ocorrer uma ação lateral no pórtico (força F), existe a deformação δpórtico; Sistemas de contraventamento Considerando a análise linear: Mas o efeito da fissuração do concreto causa algum efeito na análise??? FISSURAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Análise dos estados limites de serviço Devemos saber, que a deformação máxima (δmax) no topo de um edifício de altura H não deve maior que: Mas como considerar o efeito da fissuração, em todos os elementos estruturais do pórticos, para calcular a deformação máxima lá no topo do mesmo????? A NBR6118 permite a seguinte simplificação para o cálculo da deformação máxima no topo de um edifício (os valores da relação E.I podem ser minorados por fatores, que variam de acordo com o elemento estrutural): Tipos de não-linearidade Já vimos que a fissuração do concreto ( que pode ser considerada de modo simplificado) causa, na estrutura, uma NÃO-LINEARIDADE chamada NÃO-LINEARIDADE FÍSICA; Note que nos exemplos vistos até agora não foi mencionada a carga vertical presente no pórtico. Entretanto, ela atua na edificação juntamente com a ação horizontal (de vento). Deste modo, devemos saber que a carga vertical do pórtico, causa na estrutura, uma NÃO-LINEARIDADE chamada NÃO-LINEARIDADE GEOMÉTRICA; Tipos de não-linearidade Exemplo - Não-linearidade nas estruturas Mas como atua, na estrutura, a NÃO-LINEARIDADE GEOMÉTRICA ??? E = 0,85.5600. Sem consideração da NLF e da NLG δ = 2,1 cm Exemplo - Não-linearidade nas estruturas Mas como atua, na estrutura, a NÃO-LINEARIDADE GEOMÉTRICA ??? E = 0,8.0,85.5600. Considerando agora a NLF e desprezando a NLG δ = 2,67 cm Exemplo - Não-linearidade nas estruturas Mas como atua, na estrutura, a NÃO-LINEARIDADE GEOMÉTRICA ??? E = 0,8.0,85.5600. Considerando agora a NLF e considerando a NLG δ = 2,76 cm Exemplo - Não-linearidade nas estruturas Como chegamos aos valores definidos anteriormente ??? Momento de primeira ordem: M 1ºordem = 40 kN x 6,0 m = 240,0 kN.m _______________________________________________________ 2) Momento de segunda ordem: M 2ºordem = 300 kN x 0,0267 m = 8,00 kN.m _______________________________________________________ 3) Momento final na base do pilar: Mfinal = M 1ºordem + M 2ºordem = 240 + 8 = 248,0 kN.m _______________________________________________________ 4) Deformação final: a deformação inicial é dada exclusivamente pela ação lateral de 40 kN (F1). Entretanto, o momento de 2º ordem faz com que este valor tenha um acréscimo (F2): F2 = 8,00 kN.m / 6,0 m = 1,33 kN (Binário) Ffinal = F1 + F2 = 40 + 1,33 = 41,33 kN Exemplo - Não-linearidade nas estruturas Como os programas comerciais consideram as NLF e NLG: Não-linearidade nas estruturas Não-linearidade nas estruturas Comentários – Efeitos de 2º ordem Parâmetros de instabilidade Mas voltando a expressão ESTABILIDADE GLOBAL: Garantir que a edificação (ou o pórtico) atenda ao limite de deformação lateral máxima (lá no topo) faz com que ele seja estável lateralmente???? NÃO!!!!!!! A estrutura só será considerada estável (lateralmente) se atender à dois quesitos: Atendimento à deformação máxima lá no topo (ELS) – Considerando as duas não-linearidades juntas!!; Momentos de segunda ordem pequenos!. Como garantir que o momento de segunda ordem é pequeno???? PARÂMETROS DE INSTABILIDADE Parâmetros de instabilidade – Estabilidade Global M 2º ordem grande Estrutura instável M 2º ordem pequeno Estrutura estável Parâmetros de instabilidade Como garantir que o momento de segunda ordem é pequeno - Estável???? PARÂMETROS DE INSTABILIDADE Parâmetros de instabilidade – GAMA Z γ z ≤ 1,1 Estrutura de NÓS FIXOS (Efeitos de 2º ordem desprezíveis) γ z ≤ 1,3 Estrutura de NÓS MÓVEIS (Efeitos de 2º ordem NÃO desprezíveis) γ z > 1,3 Estrutura instável Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z De início, podemos verificar que o coeficiente GAMA Z é um INDICADOR (parâmetro) da “qualidade” da estabilidade do edifício, ou seja, fazendo uma estrutura com este parâmetro até 1,30 temos a certeza de dimensionamento de uma estrutura Estável!!!!; Mas, uma das grandes qualidades deste Indicador, é que ele pode também ser usado como um Coeficiente para determinação dos esforços finais na estrutura (1º ordem + 2º ordem): Multiplicando a ação lateral (vento), por 0,95. γ z , achamos na base dos pilares o momento final atuante (1º ordem + 2º ordem) Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z Exemplo prático: Pilares e vigas = 20 x 40 cm; Concreto: fck = 25 MPa; Ação horizontal = majorada (1,4); Ações verticais permanentes = Majoradas (1,4 – apenas in loco); Carga acidental (secundária) = (1,4 x 0,7) = 0,98 Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z Exemplo prático: Passo 01 = achar a deformação do pórtico no nível de cada pavimento; δ = 5,6 cm δ = 5,1 cm δ = 4,1 cm δ = 2,7 cm δ = 1,1 cm Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z Exemplo prático: Passo 03 = achar o momento de 2º ordem total (M 2 d); Passo 02 = achar a carga total atuante (concentrada) em cada nível do pórtico: Ctotal = 60 kN/m x 10,0 m = 600 kN Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z Exemplo prático: Passo 04 = achar o momento de primeira ordem (M 1 d): M 1 d = ) = 958,2 kN.m Passo 05 = calcular o GAMA Z a partir da seguinte relação: γ z = 1,13 Estrutura de NÓS MÓVEIS (Efeitos de 2º ordem NÃO desprezíveis) Parâmetro/Coeficiente de instabilidade – GAMA Z Exemplo prático: Passo 05 = multiplicar a ação lateral por 0,95.γ z (0,95 * 1,13 = 1,07) Lavf54.63.104 NívelCarga total (kN)Deformação (cm)M 2º ordem (kN.m) 56005,633,60 46005,130,60 36004,124,60 26002,716,20 16001,16,60 Total (M 2 d ) =111,60
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