Tabaco e Neoplasias Pulmonares

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TICS 22/10
Aluna: Gabriela Aparecida de Sousa Melo Ribeiro
· Como o tabaco está relacionado às neoplasias pulmonares?
· E os cigarros eletrônicos - como orientar seu paciente?
O tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas. Sendo a grande maioria pertencente a três grupos: hidrocarbonetos aromáticos cíclicos, aminas aromáticas e nitrosaminas. A nicotina não causa diretamente o câncer, entretanto, ela participa na carcinogênese por atuar como intermediária macromolécula por conta de sua nitrosação do tabaco. Por outro lado, sua metabolização no fígado, pode se formar um subproduto, que participa da síntese de substâncias cancerígenas. Recentemente, estudos evidenciaram que a nicotina possui propriedade de angiogênese (formação de novos vasos), que favorece a proliferação das células cancerosas. As nitrosaminas derivadas da nicotina formam-se durante o procedimento de cura do tabaco, consequentemente sendo encontrada na fumaça do mesmo. São 4 principais nitrosaminas do tabaco: NNK2, NNN, NAB, NAT. As nitrosaminas são encontradas em maior quantidade na NNK2, NNN e NAT. A NNK2 possui o maior potencial cancerígeno, demonstrado em estudos de ratos no qual produz câncer no pulmão. Por outro lado, a propriedade angiogenica da nicotina favorece o desenvolvimento do câncer por meio da proliferação e amplificação da rede de vasos para nutrir as células cancerosas. Existe uma relação entre o volume do tumor, número de células e rede vascular, ou seja, propicia a multiplicação mais rápida das células neoplasicas e sua disseminação. Nos tabagistas, uma forma pelo qual o tabaco desencadeia o câncer de pulmão, seria a interação da nicotina com os receptores de nicotina sobre as células epiteliais e as células que no futuro serão cancerosas. Além disso, a nicotina provoca dependência física e psíquica, o que faz com que o tabagista fume cada vez mais e, com isso, introduz no organismos substâncias cancerígenas, além das nitrosaminas. Cada tragada de fumaça do cigarro introduz no organismo 4 trilhões de radicais livres. 
O cigarro eletrônico contém nicotina, que causa dependência. Além disso, depende da variedade do produto, como por exemplo: formato, concentração de líquido, marcas, etc. Portanto pressupõe que haja também uma variedade em sua toxicidade e nas consequências para a saúde de quem os usa, dificultando as conclusões de estudos e do controle sobre o que é consumido. Mesmo diante da variedade de produtos, já se pode dizer que os cigarros eletrônicos representam dois tipos de risco: individual (que é o surgimento de doenças relacionadas ao seu uso; ocorrências de explosões; intoxicação, principalmente por crianças por conta do contato com o líquido) e coletivo (que seria o impacto da entrada e consumo destes produtos nas medidas de controle de tabaco no país). Estudos já demonstraram que o cigarro eletrônico aumenta o risco de IAM e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma. Além disso, estes produtos possuem em sua composição substâncias cancerígenas. 
REFERÊNCIAS 
· CABRAL, Vitória Xavier; BASTIANELLO, Helena Centero; LEITE, Lenir Gonçalves. Principais neoplasias induzidas pelos carcinógenos do tabaco em pequenos animais: revisão de literatura. ANAIS CONGREGA MIC-ISBN 978-65-86471-05-2, v. 16, p. 205-210, 2020.
· DE BARROS, Margarida Carvalho. Tabaco e patologia neoplásica pulmonar. 2016. 
· VARGAS, Luana Soares et al. Risco do uso alternativo do cigarro eletrônico: uma revisão narrativa. Revista eletrônica acervo científico, v. 30, p. e8135-e8135, 2021.
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