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Nutrição em Oncológia Surgimento do câncer • Estimativas e incidências; • Fatores de Risco; • Papel da nutrição para modificação de risco (da iniciação à progressão tumoral); • Obesidade e sua relação com a doença; • Hábito alimentar/frequência de consumo (dieta mediterrânea, plant based, presença e frequência de alimentos e associações com cânceres) • Alimento como veículo de substância pró carcinogênicas: agrotóxicos, toxinas fúngicas; • Recomendações preventivas. Estimativas e Incidências Sendo o principal problema de saúde pública no mundo, o câncer já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países. Tanto a incidência como a mortalidade vêm aumentando no mundo, em parte pelo envelhecimento, crescimento populacional, mudança na distribuição e na prevalência dos fatores de risco do câncer, em especial associado ao desenvolvimento socioeconômico. Constata-se uma transição dos principais tipos de câncer observados nos países em desenvolvimento, com uma redução dos tipos de câncer associados a infecções e o aumento daqueles associados à melhoria das condições socioeconômicas com a incorporação de hábitos e atitudes à urbanização (sedentarismo, alimentação inadequada...) A estimativa mundial, no ano de 2018, aponta que ocorrem no mundo 18 milhões de casos novos de câncer (17 milhões sem contar os casos de câncer de pelo não melanoma) e 9,6 milhões de óbitos (9,5 milhões excluindo o câncer de pelo não melanoma). INCA,2019 Incidência de câncer no mundo (todos os tipos) ambos os sexos: O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão). 9,5 milhões representa 53% dos casos novos. 8,6 milhões representa 47% de casos novos. Os tipos de câncer mais frequentes nos homens foram: Câncer de pulmão (14,5%); Próstata (13,5%); Cólon e reto (10,9%); Estômago (7,2%); Fígado (6,3%). Nas mulheres, as maiores incidências foram: Câncer de mama (24,2%); Cólon e reto (9,5%); Pulmão (8,4%); Colo do útero (6,6%). INCA, 2019 Principais fatores de risco Os principais fatores de risco associados a mortes consideráveis por câncer são: IMC alto; Baixo consumo de frutas e vegetais; Falta de atividade física; Uso de tabaco; Uso de álcool. O Instituto de Pesquisa do Câncer (WCRF / AIRC) lançou medidas preventivas baseadas em evidências recomendações incluindo: Atividade física; Evitar alimentos com alto teor de energia; Consumo de variedade de frutas, vegetais, grãos inteiros e leguminosas; Evitando o consumo de álcool. World Cancer Research Fund e American Institute for Cancer Research, 2007. O estudo avaliou as prováveis associações entre o risco de câncer e o consumo de alimentos ultraprocessados. Resultados: Aumento de 10% do risco de desenvolvimento de diversos cânceres; Aumento de 10% de câncer de mama em mulheres relacionado ao consumo de alimentos ultraprocessados; Fonte: FIOLET, Thibault et al. Consumption of ultra-processed foods and cancer risk: results from NutriNet-Santé prospective cohort. bmj, v. 360, 2018. 105 pessoas GUIA ALIMENTAR PARA POPULAÇÃO BRASILEIRA Classificação dos alimentos ultraprocessados: Disponível para download no material de apoio! PRINCIPAIS FATORES DE RISCO Câncer de esôfago (células escamosas ou adenocarcinoma) O câncer de esôfago é a 7° causa mais comum de morte relacionada ao câncer no mundo, e a cada ano é responsável por mais de 400.000 óbitos. XIE, Shao-Hua; LAGERGREN, Jesper. Risk factors for oesophageal cancer. Best Practice & Research Clinical Gastroenterology, v. 36, p. 3-8, 2018. Câncer gástrico Como principais fatores de risco: Tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco estabelecidos para o carcinoma espinocelular esofágico; Doença do refluxo gastroesofágico e obesidade são os dois principais fatores de risco para o adenocarcinoma esofágico; Fatores dietéticos podem influenciar o risco de câncer esofágico, mas as evidências existentes permanecem limitadas; A infecção por Helicobacter pylori diminui o risco de adenocarcinoma esofágico; O câncer gástrico é o tipo mais comum de câncer gastrointestinal superior. Sendo o 5° câncer mais comum com incidência de aproximadamente um milhão de novos casos no mundo. Principais fatores de risco para o aumento da carcinogênese: Predisposição genética; História familiar; Infecções; Características sócio demográficas; Exposição ocupacional; Radiação ionizante; Estilo de vida; YUSEFI, Ali Reza et al. Risk factors for gastric cancer: a systematic review. Asian Pacific journal of cancer prevention: APJCP, v. 19, n. 3, p. 591, 2018. Câncer de pâncreas O câncer pancreático é uma das causas mais comumente de mortes em países desenvolvidos e uma das neoplasias malignas mais letais do mundo. Os tipos de tumores de câncer de pâncreas são o adenocarcinoma (que representa cerca de 85% dos casos) e os tumores endócrinos do pâncreas (que representam menos de 5% de todos os casos). ILIC, Milena; ILIC, Irena. Epidemiology of pancreatic cancer. World journal of gastroenterology, v. 22, n. 44, p. 9694, 2016. Genes alterados causando modificações na mucosa e no tecido desse órgão, aumentando o risco de câncer. Principais fatores de risco: Tabagismo (mutação em KRAS e p53); Consumo de álcool; Pancreatite crônica; Obesidade; Diabetes Mellitus; MARIO, Capasso et al. Epidemiology and risk factors of pancreatic cancer. Acta Bio Medica: Atenei Parmensis, v. 89, n. Suppl 9, p. 141, 2018. Câncer de mama Conclusão: um consumo adequado de vegetais, frutas, grãos integrais estão relacionados com a prevenção do câncer de mama. O aumento do consumo de alimentos açucarados, bebidas, alimentos industrializados, alimentos ricos em gordura, baixo conteúdo de fibra, estão relacionados ao aumento do risco de câncer de mama. Recomendações: Comportamento saudável; Alimentação adequada; Redução de peso e gordura corporal; Por que a obesidade e o comportamento sedentário são prejudiciais e aumentam o risco para desenvolvimento do câncer de mama? Figura adaptada: Mecanismo biológico hipotético que liga a atividade física, o excesso de gordura corporal e o comportamento sedentário ao risco de câncer. IGF-1, fator de crescimento semelhante à insulina-1; IGFBP-3, proteína 3 de ligação ao fator de crescimento da insulina; IL-6, interleucina-6; TNF-a, fator de necrose tumoral-a; IL-1B, interleucina-1B; PCR, proteína C reativa; SAA, amiloide A sérico; SHBG, globulina ligada ao hormônio sexual. REDUÇÃO DO ESTRESSE AGROTÓXICOS Os agrotóxicos são considerados um meio eficiente e econômico no manejo de pragas, na agricultura. Entretanto, produtos à base de pesticidas químicos causam efeitos biológicos adversos no organismo humano, podendo ser expostos ocupacionalmente, como os agricultores e trabalhadores das indústrias de agrotóxicos, e não ocupacionalmente, por meio do contato com resíduos de pesticidas em alimentos, ar e água potável. Atualmente, estima-se que a cada ano 2,4 milhões de toneladas de agrotóxicose 180,1 milhões de fertilizantes são usados no mundo para melhorar a produção agrícola. BRASIL, Veruska Lima Moura et al. Pesticides as risk factors for head and neck cancer: A review. Journal of Oral Pathology & Medicine, v. 47, n. 7, p. 641-651, 2018. Em 1970 a capacidade herbicida do glifosato foi descoberta e introduzida no mercado pela primeira vez em 1974. Câncer em humanos: Existem evidências limitadas em humanos da carcinogenicidade do glifosato. Uma associação positiva foi observada para linfoma Non-Hodgkin. Câncer em animais: Existem evidências suficientes em animais experimentais para a carcinogenicidade do glifosato. DAVOREN, Michael J.; SCHIESTL, Robert H. Glyphosate-based herbicides and cancer risk: a post-IARC decision review of potential mechanisms, policy and avenues of research. Carcinogenesis, v. 39, n. 10, p. 1207-1215, 2018. Glifosato é provavelmente cancerígeno para humanos. CONCLUSÃO ATLAS GEOGRÁFICO DO USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL Ano 2000: aproximadamente 170.000 toneladas Ano 2014: aproximadamente 500.000 toneladas 135% em menos de 15 anos BOMBARDI, Larissa Mies. Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia. FFLCH-USP, 2017. Orientar ao paciente o consumo consciente de produtos derivados de soja, milho e seus derivados. Em conclusão, não foi encontrada evidências de uma associação entre uso de glifosato e risco de qualquer tumor sólido ou linfoide. Esta associação foi consistente em diferentes métricas de exposição. Dada a prevalência do uso deste herbicida em todo o mundo, mais estudos são necessários para replicar se essas descobertas são justificadas. Genotoxicidade da dieta e / ou carcinogenicidade; Disrupção endócrina e efeitos não monotônicos; Disrupção do microbioma; Alterar células e aumentar o risco de câncer. Os dados atuais não suportam evidências claras de uma associação entre a exposição a pesticidas e HNC; A maioria dos estudos encontrados abordou a exposição ocupacional a pesticidas e foi conduzida principalmente na Europa e na América do Norte; Apenas alguns estudos de alta qualidade encontraram uma associação positiva entre a exposição a pesticidas (malatião e atrazina) e câncer de tireoide; Heterogeneidade foi observada entre os estudos, os quais diferiram quanto à idade e tamanho da amostra, características dos controles, tipos de agrotóxicos, duração dos estudos e métodos de mensuração da exposição aos agrotóxicos; Estudos mais padronizados com base em desenhos adequados são necessários para esclarecer o efeito dos agrotóxicos na gênese do câncer de cabeça e pescoço, considerando dose, tempo de exposição e tipo de agrotóxico; PAPEL DA NUTRIÇÃO PARA A MODIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO O que a nutrição pode fazer para prevenir o câncer e/ou quando a doença já está instalada? Conjunto de mais de 100 doenças que, caracteristicamente, são representadas por crescimento celular desordenado, podendo invadir tecidos e órgãos e formar metástases. Como surge? Constituídas por três partes: Membrana celular (parte mais externas); Citoplasma (o corpo da célula); Núcleo (contém cromossomos, que, por vez, são compostos por genes); A carcinogênese ou oncogênese, como é chamado a formação do câncer, acontece de maneira lenta, podendo levar vários anos para proliferação de células cancerosas, dando origem a um tumor visível. O acúmulo de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. O processo da carcinogênese é composto por três estágios: Estágio de iniciação: os agentes cancerígenos atuam nos genes, causando modificações nos mesmos. Nesse estágio, as células se encontram geneticamente alteradas, entretanto não é possível detectar um tumor clinicamente neste momento. Elas estão “preparadas”, ou seja, “iniciadas” para a ação de um próximo grupo de agentes que atuará no estágio seguinte. Estágio de promoção: células que foram geneticamente alteradas, ou seja, “iniciadas”, sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada se transforma em célula maligna, de maneira lenta e gradual. Para ocorrer essa transformação, faz-se necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. Muitas vezes o contato com o agente promotor interrompe o processo neste estágio. Componentes da alimentação e a exposição prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas. Estágio de progressão: multiplicação desordenada e irreversível das células alteradas. Nessa fase, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Fatores que promovam a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, por possuir componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. Instituto Nacional de Câncer. Como surge o câncer? Disponível em: https://www.inca.gov.br/como-surge-o-cancer. Acesso em: 27 jan. 2021. Fatores associados ao surgimento do câncer: Mutação gênica; Polimorfismos genéticos; Xenobióticos; Carcinogênese; Ciclo celular; Sistema Detox; Estresse; Inflamação; Alterações: DNA, histonas, xenobióticos, apoptose; ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA ONCOLOGIA Alimentação saudável, variada, rica em nutrientes; Ingestão adequada de água; Redução de "estresse”. Atividade física e diminuição do comportamento sedentário; PREVENÇÃO! Alimentos protetores que podem auxiliar na prevenção e tratamento de câncer. Sejam na forma de agentes bloqueadores ou agentes supressores. Tabela 1. Agentes bloqueadores Tabela 2. Agentes supressores AGENTES SUPRESSORES COMPOSTO ALIMENTOS Betacaroteno Uva, morango, nozes Sulforanos Brássicas Indol 3-carbnol Brássicas Curcumina Açafrão da terra EGCG Chá verde Genísteína Soja Capsaicina Pimenta Resveratrol Uva AGENTES BLOQUEADORES COMPOSTO ALIMENTOS Ácido elágico Uva, morango, nozes Sulforanos Brássicas Indol-3-carbnol Brássicas Agentes nutricionais e seus fatores de proteção ao câncer Agente Mecanismo de ação Fontes alimentares Selênio Antioxidante, induz a apoptose, ação sinérgica com vitamina E. Semente de girassol, farelo de trigo, castanha-do-Brasil, amêndoas. Cálcio Regula proliferação, diferenciação e função celular. Possui ação sinérgica com vitamina D. Amêndoas, couve, espinafre, semente de gergelim, sardinha, leite e derivados. Magnésio Inibe a expressão de oncogenes e mantém a estabilidade genômica. Farelo de trigo, amêndoa, castanho-do-Brasil, couve, aveia, grão-de-bico, arroz integral, banana, lentilha, abacate. Zinco Antioxidante e anti-inflamátorio. Semente de abóbora, levedura, castanha de caju, nozes, lentilha. Vitamina D Previne a disjunção do ciclo celular e regula a proliferação, função celular. Aumenta a absorção de cálcio. Óleo de fígado de bacalhau, óleo de salmão, ovo, peixes. Vitamina E Antioxidante. Induz a apoptose. Possui ação sinérgica com o selênio. Semente de abóbora, semente de girassol, castanha-do-Brasil, amêndoas, abacate. Catequinas Antioxidante, induz apoptose. Inibe angiogênese. Camellia sinensis (chá verde). Resveratrol Antioxidante e anti-inflamatório. Uva, suco de uva,vinho tinto. Ácidos graxos poli-insaturados Anti-inflamatórios. Peixes (salmão, atum, sardinha), óleo de peixe, semente de linhaça, óleo de linhaça. Seria o leite uma fonte de cálcio mais adequada para o paciente? *Avalia a presença de alergias e intolerâncias! SAIBA MAIS FONTES DE CÁLCIO Fitoquímicos SURH, Young-Joon. Cancer chemoprevention with dietary phytochemicals. Nature Reviews Cancer, v. 3, n. 10, p. 768-780, 2003. Qual orientação para prevenção do câncer? “Eu incentivo os consumidores a comer mais frutas, vegetais e grãos integrais diariamente. A chave é aumentar a quantidade total para 9 a 13 porções de frutas e vegetais por dia em todas as formas, incluindo frescos, cozidos, processados e talvez até mesmo refrigerados ou congelados e enlatados, 100% de sucos de frutas, 100% de sucos de vegetais e frutas secas, que são consideradas como porções de frutas e vegetais por dia. Você deve ter todos os tipos de frutas e vegetais para fornecer uma ampla variedade de compostos bioativos e nutrientes para uma nutrição ideal. ” RUI HAI LIU Frutas e vegetais: Associação inversa significativa entre o consumo de frutas e vegetais e o câncer de pulmão. Vegetais: Significativa associação inversa entre os fumantes regulares. Não foi observada associação significativa entre os que nunca fumaram e os ex fumantes. Frutas: Associação inversa significativa entre fumantes e ex fumantes, porém não encontraram relação entre os que nunca fumaram. CONCLUSÃO AMAMENTAÇÃO Amamente o seu bebê, quando for possível! Quando a amamentação não é possível ocorre: Sentimento de culpa; Estresse; Aumento de citocinas inflamatórias; Aumento do risco de câncer; PREVENÇÃO Documento traduzido e atualizado, tendo comprovação do INCA para novas medidas de prevenção. Não fumar; Manter uma rotina alimentar saudável; Reduzir estresse; Manter peso corporal adequado; Praticar atividade física; Amamentar, quando possível; Mulheres – realizar exame preventivo de colo de útero; Vacinas – HPV e hepatite B; Evitar o consumo de carnes processadas; Evitar exposição solar entre 10h e 16h; Evitar ingestão de bebidas alcoólicas; RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO (IARC) Ser fisicamente ativo, ter um peso corporal adequado; Ingestão de cereais integrais; Variedades de frutas, legumes e verduras; Dieta rica em nutrientes e minerais; Limitar o consumo de álcool; Amamentação, quando for possível; Não utilizar suplementos para a prevenção do câncer, principalmente os �’�µ�›�o�˚�u�˚�v�ı�}�’���‰�µ�˚���’���}���„�]���}�’���˚�u���À�]�ı���u�]�v���’���˚���u�]�v�˚�„���]�’���‰�µ�˚�����ı�]�v�i���u���í�ì�ì�9���ˆ�����˘�Z�/�[�’�U�� pois o aumento do consumo de suplementos, pode estar relacionado ao risco de desenvolvimento de câncer, principalmente os suplementos ricos em betacaroteno; As recomendações de prevenção devem ser seguidas durante o tratamento; VIA DA P53 A via da p53, é uma importante via de regulação do ciclo celular e do metabolismo, e está relacionada ao envelhecimento e desenvolvimento, reprodução e supressão da expressão do tumor. Polifenóis usam a via de sinalização de p53 para produzir atividade anticâncer através da apoptose em vários tipos de tumores. SAIBA MAIS P53 �K���’�µ�›�„�˚�’�’�}�„���ˆ�˚���ı�µ�u�}�„���›�ñ�ï���ˆ�˚�’�˚�u�›�˚�v�Z�����µ�u���›���›�˚�o�����˚�v�ı�„���o���v�}�������v���˚�„���Z�µ�u���v�}�X �^�˚�v�ˆ�}�� �µ�u���(���ı�}�„���ˆ�˚���ı�„���v�’���„�]�����}���‰�µ�˚���˚�Æ�˚�„���˚���›�„�]�v���]�›���o�u�˚�v�ı�˚���’�˚�µ���›���›�˚�o���v�����’�µ�›�„�˚�’�’���}���ı�µ�u�}�„���o�� �›�}�„���u�˚�]�}���ˆ�˚���’�µ�����„�˚�P�µ�o�������}���ı�„���v�’���„�]���]�}�v���o���ˆ�˚���’�˚�µ�’���P�˚�v�˚�’�r���o�À�}�V �K���›�ñ�ï���›�}�ˆ�˚���’�˚�„���ˆ�˚�ı�˚���ı���ˆ�}���˚�����ı�]�À���ˆ�}���›�}�„���µ�u�������u�›�o�����À���„�]�˚�ˆ���ˆ�˚���ˆ�˚���’�]�v���]�’���ˆ�˚���˚�’�ı�„�˚�’�’�˚�� �˚�Æ�ı�„�����˚���]�v�ı�„�����˚�o�µ�o���„�U���]�v���o�µ�]�v�ˆ�}���ˆ���v�}�����}���˘�E���U�����ı�]�À�������}���ˆ�˚���}�v���}�P�˚�v�˚�U���Z�]�›���Æ�]���U�����o�ı�˚�„�������}�� �ˆ�}���v�_�À�˚�o���ˆ�˚���Z�K�^�U���˚�v�ı�„�˚���}�µ�ı�„�}�’�X�� �˝�’�’�˚�’�� �’�]�v���]�’�� �ˆ�˚�� �˚�’�ı�„�˚�’�’�˚�� ���ı�]�À���u�� ���� �›�„�}�ı�˚�_�v���� �›�ñ�ï�� �›�}�„���u�˚�]�}�� �ˆ�˚�� �u�}�ˆ�]�(�]�������†�˚�’�� �›���’�r �ı�„���v�’�o�����]�}�v���]�’�U�� �]�v���o�µ�]�v�ˆ�}�� �(�}�’�(�}�„�]�o�������}�U�� �����˚�ı�]�o�������}�� �˚�� �u�˚�ı�]�o�������}�U�� �›���„���� �˚�’�ı�����]�o�]�Ì���„�� ���� �›�„�}�ı�˚�_�v�����›�ñ�ï���˚�����µ�u�˚�v�ı���„���„���›�]�ˆ���u�˚�v�ı�˚���}�’���v�_�À�˚�]�’���ˆ�˚���›�„�}�ı�˚�_�v�����›�ñ�ï���v���’����� �o�µ�o���’�X VOGELSTEIN, Bert; LANE, David; LEVINE, Arnold J. Surfing the p53 network. Nature, v. 408, n. 6810, p. 307-310, 2000. LEVINE, Arnold J.; OREN, Moshe. The first 30 years of p53: growing ever more complex. Nature reviews cancer, v. 9, n. 10, p. 749-758, 2009. YUE, Xuetian et al. Mutant p53 in cancer: accumulation, gain-of-function, and therapy. Journal of molecular biology, v. 429, n. 11, p. 1595-1606, 2017. ���]���o�}�����˚�o�µ�o���„ �Z�˚�›���„�}���ˆ�}�� �˘�E�� �D�˚�ı�����}�o�]�’�u�} �^�˚�v�˚�’���!�v���]�� ���µ�ı�}�(���P�]�� ���›�}�›�ı�}�’� ̊ �W�„�}�o�]�(�˚�„�������}�����˚�o�µ�o���„�� �D�}�„�ı�˚�����˚�o�µ�o���„�� Os polifenois são compostos que possuem importante ação anticâncer por participarem de vias de sinalização como a death receptor; via mitrocondrial e de apoptose. Ao longo dos anos, as descobertas experimentais dos estudos demonstraram que os efeitos anticancerígenos dos polifenóis são atribuídos a seus múltiplos mecanismos; como indução de apoptose, regulação de várias vias de sinalização, regulação do ciclo celular, e ativação de receptores ao nível da membrana plasmática. Da mesma forma, os efeitos anticâncer de polifenóis estão associados à sua modulação na captação de glicose e metabolismo das células cancerígenas. Neurodegeneração Envelhecimento Câncer Desordem metabólica Doenças cardiovascular Hipertensão Infecções Estudos in vitro e in vivo sugerem que os polifenóis de diferentes fontes dietéticas podem desempenhar um papel fundamental para atrasar o desenvolvimento do câncer e progressão através da diminuição da proliferação celular, inativação de carcinógenos, angiogênese inibição, indução de parada do ciclo celular e apoptose e modulação da imunidade. Os polifenóis podem modular genes de regulação incluindo regulação positiva de HTATIP2 (gene supressor de metástase) e GPNMB (oncogene) que os tornou possíveis estratégias alternativas de prevenção. Vale ressaltar que esses compostos demonstraram atividades anticâncer por exemplo, fator nuclear-κB, proteína C quinase, ativador proteína 1 (AP-1), adenosina monofosfato quinase, estresse oxidativo e Nrf2. KHAN, Haroon et al. Anti-cancer effects of polyphenols via targeting p53 signaling pathway: Updates and future directions. Biotechnology advances, v. 38, p. 107385, 2020. Parada do ciclo celular Dano de DNA Apoptose Sobrevivência Reparo de DNA Modificação pós-tradução Por que não usamos polifenóis em cápsulas durante o tratamento? POLIFENÓIS ADVINDOS DA ALIMENTAÇÃO Modulação de polifenóis da dieta de sinais moleculares envolvidos na apoptose e proliferação celular Polifenóis Classe química Fontes dietéticas Cultura celular Mecanismo anticâncer Ésteres fenilicos de ácido cafeico Éster de ácido caféico (ácido fenólico); Derivado de ácido cafeico; Células de glioma. ↑ P53, ↑ ativação de caspase 3, ↑ BAX, ↓ BCL2;Acacetina Flavona; Salsa, tomilho, aipo, pimentão doce; Câncer de pulm,ão de celulas não pequenas. ↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX; Apigenina; Quercetina; Fisetina; Flavonas; Flavonol; Flavonol; Chá; Cebola, maçã, cereja, brócolis, tomate; Morangos, maçãs, kiwis, pepinos, cebolas; Células de carcinoma cervical; Células de leucemia humana; Adenocarcinoma pulmonar; ↑ P53, ↑ caspase 3; ↑ P53, ↑ caspase 3, ↑ caspase 7, ↑ BAX; ↑ P53, ↓ Akt, ↓ MAPks; Curcumina Curcuminóides; Curcuma longa; Células de neuroblastoma. ↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX; Resveratrol Estilbeno; Uvas, frutas vermelhas, amendoim; Câncer de mama. ↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX, ↑ caspase 8/9; Ácido elágico; ECGG; Derivado dimérico de ácido gálico; Flavonol; Barries, espinheiro-mar, romã; Maçã, chá, damasco, pêssego, vinho tinto; Adenocarcinoma de colon; Câncer de próstata; ↑ caspase 3, ↑ caspase 9, ↑ P53; ↑ P53, ↑ citrocomo C, ↑ P21, ↑ caspase 3, ↑ caspase 8; Estudos genômicos revelaram que a p53 frequentemente encontra-se em mutação em diferentes linhas de células cancerosas. Além disso, há protocolos com medicações específicas para indivíduos com mutação na via da p53. H. Khan, M. Reale, H. Ullah, et al., Anti-cancer effects of polyphenols via targeting p53 signaling pathway: updates and future directions, Biotechnology Advances, https://doi.org/10.1016/j.biotechadv.2019.04.007 QUALIDADE E VARIEDADE DA DIETA (ROTINA ALIMENTAR) Genes e enzimas também têm um papel na alteração das vias metabólicas e no aumento da qualidade nutricional da dieta que alteram os conteúdos fItoquímicos, demonstrando benefícios para a saúde humana em termos de prevenção do câncer. Consumo de alimentos Investir em saúde e qualidade dos alimentos! A dieta mediterrânea é um modelo de dieta para ser seguida como primeiro ou segundo plano para prevenção de doenças crônicas, inclusive câncer. Manter-se ativo; Social, comer em conjunto; Comidas de base saudável; Consumo adequado de água (30-40ml/kg/peso); Consumo de alimentos fonts de polifenóis e fitoquímicos; Consumo de grãos integrais; Diminuição do consumo de bebidas alcoolicas, farináceos, carnes (500g/semana); MENTELLA, Maria Chiara et al. Cancer and Mediterranean diet: a review. Nutrients, v. 11, n. 9, p. 2059, 2019. Relação entre o consumo dos alimentos da dieta mediterrânea e o consumo dos alimentos no Brasil. A dieta mediterrânea e o habito mediterraneo traz como prevenção, algumas questões individuais de saúde. Cuidar da microbiota intestinal; Equilíbrio da dieta; Adequação do convívio social; Redução do estresse; Composição corporal adequada; Redução da ingestão de álcool; Conclusão: A suplementação de vitamin D, deve ocorrer quando esse parâmetro está em déficit bioquímico e não deve ser suplementada de forma inconsciente e sem necessidade. Orienta também a exposição ao sol antes das 10h da manhã. Polifenóis Fitoquímicos Risco de desenvolvimento de câncer D Algumas medicações são vesicante e fotossensíveis e pode queimar a pele dos paciente, para o paciente que está em protocolo de radioterapia, estar sempre coberto para não se queimar. Para este público não há orientação de se expor ao sol. Conclusão: É interessante promover a perda de peso, pois ocorreu uma redução da relação de forma direta da redução do % da perda de peso e o desenvolvimento de câncer. Os fitoquímicos polifenólicos, como os lignanos, agem bloqueando e suprimindo a carcinogênese. São capazes de interferir nos processos celulares e moleculares em vários estágios da carcinogênese. Podem bloquear a iniciação do câncer por meio da inibição da ativação do procarcinogênio em espécies eletrofílicas e sua subsequente interação com o DNA. Podem ainda estimular a desintoxicação do carcinógeno e sua subsequente eliminação do corpo. Carcinógeno eliminado Eliminação Detoxificação Ativação metabólica Pro-cancerígeno Carcinógeno final Exposição Iniciada/ Célula mutada Iniciação (genético, irreversível) Célula normal Progressão/ Propagação (genético/ não genético, reversível/ irreversível) Promoção (não genético, reversível) Células neoplásica (tumor maligno) Células pré-neoplásicas (Lesão benigna) Angiogênese Invasão, migração e metástase Tumor clinicamente detectável Carcinógeno detoxificado Fi to q u ím ic o s q u e su p ri m em o câ n ce r Fi to q u ím ic o s q u e b lo q u ei am o câ n ce r Suprimir o câncer interferindo na promoção do câncer (um processo reversível que envolve mudanças não genéticas) ou regulando a progressão do câncer, um processo complexo que envolve mudanças genéticas e não genéticas, bem como a sobrevivência celular. Alguns polifenóis podem atuar como agentes bloqueadores; outros agem tanto como agentes bloqueadores quanto supressores, e alguns funcionam como agentes supressores para modular a autofagia, o ciclo celular e a diferenciação, afetando assim a proliferação das células cancerígenas. Dieta Plant based Lignanas de plantas Excreção biliar Intestino delgado Fase I e II do metabolismo Excreção fecal Excreção renal Veia porta Tecidos: metabolismo, interações receptor/ enzima, transdução de sinal. Circulação sistêmica PLANT BASED Aumento do consumo de fito químicos e polifenóis; Promovem alterações eficazes no metabolismo da fase I e fase II da decodificação; LIGNANAS Antioxidante Anti-inflamatório Anti-carcinógeno Anti-proliferativo Anti-hiperlipidêmico Neuroprotetor Anti-obesidade Anti-metástatico Anti-mutagênico Antimicrobiano Conclui-se que uma alimentação baseada em plantas é preventiva para o desenvolvimento de câncer e deve ser prescrita em momento adequado para o nosso paciente de acordo com a rotina alimentar relatada pelo paciente. RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO Os resultados indicam que o maior consumo de alimentos orgânicos está associado a uma redução no risco de câncer geral; Foi observado redução do risco para locais específicos de câncer (pós-menopausa, câncer de mama, LNH e todos os linfomas) entre os indivíduos com maior frequência de consumo de alimentos orgânicos; Perspectiva adicional de estudos usando dados de exposição precisos são necessários para confirmar esses resultados devendo integrar um grande número de indivíduos; Se confirmado, estes resultados parecem sugerir que a promoção do consumo de alimentos orgânicos na população em geral poderia ser uma estratégia preventiva promissora contra o câncer; Exemplos de atividades físicas de intensidade moderada e vigorosa Atividades de intensidade moderada Atividades de intensidade vigorosa Exercício e lazer Caminhada, dança, ciclismo de lazer, patinação no gelo e patins, cavalgadas, canoagem, ioga. Corrida ou corrida, ciclismo rápido, musculação em circuito, natação, pular corda, dança aeróbica, artes marciais. Esportes Esqui alpino, golfe, vôlei, softbol, beisebol, badminton, tênis em duplas. Esqui cross-country, futebol, campo ou hóquei no gelo, lacrosse, tênis individual, raquetebol, basquete. Atividades domésticas Corte da grama, quintal geral e manutenção do jardim. Cavando, carregando e puxando, alvenaria, carpintaria. Atividade ocupacional Caminhar e levantar como parte do trabalho (trabalho de custódia, agricultura, reparo deautomóveis ou máquinas). Trabalho manual pesado (silvicultura, construção, combate a incêndio). Formas sugeridas para reduzir o comportamento sedentário Limite o tempo gasto assistindo TV e usando outras formas de entretenimento baseado na tela; Use uma bicicleta ergométrica ou esteira quando assistir TV; Use escadas em vez de elevador; Se puder, vá a pé ou de bicicleta até o seu destino; Faça exercícios no almoço com seus colegas de trabalho, família ou amigos; Faça uma pausa para exercícios no trabalho para alongamento ou uma caminhada rápida; Caminhe para visitar colegas de trabalho em vez de enviar um e-mail; Vá dançar com seu cônjuge ou amigos; Planeje férias ativas em vez de apenas viagens de carro; Use um pedômetro todos os dias e aumente o número de passos diários; Junte-se a uma equipe esportiva; NOSSAS RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO AO CÂNCER Não fumar e evitar outras exposições ao fumo e ao sol em excesso também são importantes para reduzir o risco de câncer. Seguir essas recomendações provavelmente reduzirá a ingestão de sal, gorduras saturadas, trans, que juntas ajudarão a prevenir outras doenças não transmissíveis. PACIENTE COM CÂNCER Necessidades nutricionais em câncer; Rastreamento e monitoramento nutricional (avaliação subjetiva global, identificando risco nutricional); Manejo dos sintomas: náusea, vômitos, disfagia/odinofagia, mucosite, leucopenia, anemia, constipação e diarreia; Caquexia tumoral e manejo dietético; Abordagem nos cuidados paliativos; Estudo de caso: câncer de mama; ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA ONCOLOGIA • Paciente oncológico adulto no pré e pós-operatório; • Paciente oncológico adulto em tratamento clínico (quimioterapia e radioterapia); • Paciente submetido ao transplante de células tronco hematopoiéticas; • Paciente adulto oncológico em cuidados paliativos; • Pacientes pediátricos; Guias de condutas nutricionais Norteiam e baseiam os cuidados nutricionais (prescrições, orientações, condutas) no tratamento oncológico e na prevenção do câncer. Proposta curativa; Adjuvante/neodjuvante; Paliativa; Cirurgia; Quimioterapia; Radioterapia; Imunoterapia; TCTH; Combinadas ou isoladas? Medicações orais; Venosas; Intra-muscular; Subcutânea; Qual a proposta de tratamento? 1 Qual abordagem no momento? 2 Medicações e vias? 3 Elaboração das orientações nutricionais e do plano terapêutico, segundo a literatura e os guidelines, em conjunto com o núcleo de cuidados (paciente + família). PSICO-ONCOLOGIA E O PROFISSIONAL CUIDADOR Cuidar de todo o tripé do cuidado! Reações distintas frente ao adoecer: fardo, “castigo”, sentença de morte ou “merecimento” pela vida que levou. Pode despertar emoções e sentimentos como a desesperança, o medo, angústia, ansiedade, impotência, revolta. Há a ameaça do rompimento da vida, perda do autocontrole, fim de sonhos... No geral, as perspectivas são sempre negativas. Como posso ajudar? 4 Físico Social Psicológico FASES DO ADOECER Primeira fase Choque e isolamento Segunda fase Revolta/raiva Terceira fase Barganha Quarta fase Negação/depressão Quinta fase Aceitação CONDUTAS NUTRICIONAIS As condutas podem estar baseadas em: Devem ser feitas através de: Orientações nutricionais; Manejo de sinais e sintomas; Adequação do plano alimentar; Terapia nutricional oral; Terapia nutricional enteral; Terapia nutricional parenteral; Qualidade de vida; Manejo de sinais e sintomas; Ganho psicológico; Tolerância e tratamento; Capacidade funcional; Balanço energético negativo Redução da ingestão calórica – alimentação Alterações metabólicas (TMB, resistênca insulínica, lipólise, proteólise ...) CONDUTAS NUTRICIONAIS MANEJO DE SINTOMAS DISFAGIA E ODINOFAGIA Temperatura ambiente; Adaptação da consistência; 6 a 8 refeições ao dia; NÁUSEAS E VOMITOS Agudo/tardio/antecipatório/refratário; Fracionamento de dieta; Gengibre; Agudo = momento de infusão ou consumo de alimentos (até 72h); Tardio (após 72h); Antecipatório (antes do tratamento); Refratário = de forma recorrente; MUCOSITE Temperatura ambiente das preparações; Evitar o consume de alimentos ácidos, irritantes, ásperos e secos; Modificar consistência; SACIEDADE PRECOCE Abrandar fibras; Fracionamento; Densidade calórico-proteica; ANOREXIA Fracionamento; Preferências do paciente; Avaliar TNO; INAPETÊNCIA Fracionamento; Preferências do paciente; Densidade calórico/proteica; DISOSMIA Preparações visualmente agradáveis e coloridas; Memória afetiva; Preferências do paciente; XEROSTOMIA Adequar consistência; Frutas cítricas; Líquidos; COMPOSIÇÃO CORPORAL QT agrava ou induz sarcopenia, sendo a perda de massa muscular associada a pior prognóstico. Farmacocinética das drogas: hidrofilia; menos ME = menor volume de distribuição da droga e menor concentração de albumina circulante. Medicamento de uso contínuo e consequências à composição corporal. Divergência literária quanto à influência da obesidade na toxicidade da QT. Utiliza-se redução de doses para obesos? DIARREIA CONSTIPAÇÃO Ingestão hídrica; Alimentos constipantes; Lactose e sacarose – avaliar; Adequar ingestão hídrica; Alimentos laxativos; Considerar módulos de fibras; NEUTROPENIA TRISMO Higienização e sanitização adequados*; Não excluir alimentos crus! *MATERIAL HIGIENIZAÇÃO DOS ALIMENTOS DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NO MATERIAL DE APOIO! Adequar consistência; Utensílios; Avaliar TNO; DESNUTRIÇÃO Paciente com câncer – doença ativa Balanço energético negativo; Alterações metabólicas (TMB; Resistência insulínica; Lipólise; Proteólise); Redução da ingestão calórica; Desnutrição Pode ser que seja parcialmente reversível com o suporte nutricional; Ideal Equipe multidisciplinar; Prevenção; Identificação precoce e intervenção; DESNUTRIÇÃO + SARCOPENIA + CAQUEXIA Pior prognóstico! Caquexia Nutrição Atividade física Pré-caquexia: paciente apresenta perda de peso inferior ou igual a 5%, anorexia e alterações metabólicas; Caquexia: perda de peso igual ou superior a 5%, ou com IMC < 20kg/m2 e perda de peso maior que 2%, ou sarcopenia acompanhada de perda de peso corporal equivalente ou superior a 2%, redução ingestão alimentar e inflamação sistêmica; Caquexia refratária: pacientes com diferentes graus de caquexia, mas nos quais há intenso catabolismo e que não respondem ao tratamento anticâncer; ATUALIZAÇÃO NO CONSENSO DE SARCOPENIA A partir do risco aumentado para desenvolvimento de sarcopenia: Suplementação nutricional = adequação CHO, PTN, leucina; HMB. Atividade física e fisioterapia. Resistência insulínica = aumento do risco de sarcopenia. Identificação pela FPP = em homens < 30 e em mulheres < 20. SARC-F: triagem para Sarcopenia Componente Questão Pontuação Força Quanta dificuldade você tem para levantar e carregar 5 quilos? Nenhum: 0 Alguma: 1 Muito ou incapaz: 2 Ajuda na caminhada Quantadificuldade você tem para atravessar uma sala? Nenhum: 0 Alguma: 1 Muito ou incapaz: 2 Levantar-se de uma cadeira Quanta dificuldade você tem para se transferir de uma cadeira ou cama? Nenhum: 0 Alguma: 1 Muito ou incapaz sem ajuda: 2 Subir escadas Quanta dificuldade você tem para subir um lance de 10 degraus de escadas? Nenhum: 0 Alguma: 1 Muito ou incapaz: 2 Quedas Quantas vezes você caiu no ano passado? Nenhum: 0 1-3 quedas: 1 4 ou mais quedas: 2 CP = em homens < ou igual a 34 e em mulheres < ou igual a 33, independentemente da idade. Pré-operatório em obesos sarcopênicos = 600 ml a 1L de solução CHO, geralmente maltodextrina, até 2 horas antes da cirurgia. Conclusão: a nutrição tem papel fundamental tanto na prevenção quanto no controle da sarcopenia. Esforços mais amplos que promovam a qualidade da dieta em conjunto com atividade física é essencial, tendo potencial significativo para a diminuição de perda da massa muscular e protegendo a função física. Intervenções nutricionais para tratar a baixa muscular em pacientes com câncer NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO PACIENTE Questões Proposta Qual método deve ser utilizado para a estimativa das necessidades energéticas? Sem estresse: de 25 a 30 kcal/kg de peso atual/dia (manutenção) Estresse leve: de 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia (ganho de peso, repleção nutricional) Estresse moderado ou grave: > 35 kcal/kg de peso atual/dia (hipermetabólico) Sepse: de 25 a 30kcal/kg de peso atual dia Obesidade: de 21 a 25 kcal/kg de peso atual/dia Quais as recomendações proteicas? Sem estresse: de 1,0 a 1,2 g/kg de peso atual/dia (manutenção) Estresse leve: de 1,2 a 1,5 g/kg de peso atual/dia (doença aguda ou crônica) Estresse moderado ou grave: de 1,5 a 2,0 g/kg de peso atual/dia (doença ou lesão grave e desnutrição grave) Quais as recomendações hídricas? De 30 a 40 ml/kg de peso atual/dia Quais as recomendações de vitaminas e minerais? As recomendações devem ser feitas conforme a DRI durante o tratamento e após o término. Terapia nutricional oral Primeira opção, quando a ingestão alimentar for menor que 75% das recomendações em até 5 dias, sem expectativa de melhora da ingestão; Deve ser descontinuada quando houver inviabilidade da via oral por graves manifestações de odinofagia, disfagia, obstrução, vômitos, incoercíveis, risco de aspiração; recusa do paciente e intolerância; Terapia nutricional via sonda Na impossibilidade de utilização da via oral, ingestão alimentar menor que 60% das necessidades nos últimos 3 dias, sem expectativa de melhora; Verificar indicação do uso para garantir independência; Escolha do posicionamento gástrico é sempre preferencial por ser mais fisiológico; Deve ser descontinuada na presença de instabilidade hemodinâmica, íleo paralítico, diarreia grave persistente, vômitos incoercíveis, sangramento do TGI e distensão abdominal; Terapia nutricional parenteral Prescrição médica; Quando há impossibilidade total ou parcial de uso do TGI; como complemento a TNE, nos casos em que essa for incapaz de fornecer as necessidades nutricionais dentro dos 3 primeiros dias; Deve ser suspensa quando instabilidade hemodinâmica ou quando a via enteral ou oral estiver suprindo 60% e 75% das necessidades nutricionais, respectivamente, por 3 dias consecutivos; Para alunos IAPP+ Prática clínica: Nutrição Enteral Nenhum deles teve um projeto metodológico rigoroso, conforme os autores. 511 estudos; 11 duplicados; 500 estudos selecionados; 15 foram verificados; Revisões sistemáticas e meta-análises, estudos controlados randomizados, estudos controlados não aleatorizados, estudos não controlados (monitoramento de processos, estudos não controlados antes e depois, séries de análises temporais), estudos observacionais, séries de casos e estudos de caso., A maioria avaliou apenas a viabilidade, a qualidade de vida e a adesão do paciente à dieta cetogênica isocalórica. Somente 20% de todos os pacientes aderiram às recomendações dietéticas durante todo o período de estudo. Conclusão: Estudos consistentes; Comparações metodológicas; Verificação da perda de peso – É válido? Aceitação do paciente; CUIDADO HUMANIZADO E ADESÃO! PRESCRIÇÃO DE ANTIOXIDANTES Substâncias que presentes em baixas concentrações, atrasam ou inibem as lesões causadas pelos radicais livres nas células, podendo ser encontrados naturalmente no organismo e em alimentos; Vitamina C; Vitamina E; Betacaroteno; Selênio; Fitoquímicos ou antioxidantes naturais presentes em vegetais. Conclusão: Pensar somente na neutralização dos radicais livres, não seria interessante, pois quando entramos com uma terapia antineoplásica, precisamos que o organismo responda de forma anti-inflamatória para que haja a geração de radicais livres e que ocorra de fato a apoptose. A prescrição de antioxidantes pode ser protetora do tumor e estar relacionada a menor sobrevivência desse paciente (pior prognóstico). O consumo durante o tratamento deve ser realizado com menos cápsulas, produtos e mais comida de verdade, de forma pontual, de acordo com a rotina do paciente! Conclusão: o consumo aumentado de alimentos mini processados está relacionado ao fator preventivo do câncer de cabeça e pescoço. TRIAGEM NUTRICIONAL Segundo o Consenso de Nutrição Oncológica, a triagem e a avaliação nutricional identificam precocemente o risco de desnutrição, minimizam a perda de peso e sinalizam os pacientes que terão benefícios com a intervenção nutricional precoce e especializada. O diagnóstico obtido pela triagem e pela avaliação nutricional deverá ser registrado no prontuário e, de preferência, sinalizado para a equipe. Todos os pacientes com ou sem risco de desnutrição, desnutridos ou não, devem ter seu diagnóstico nutricional registrado na internação e, consecutivamente, a cada sete dias. AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 1. Peso (veja anexo 1) 2. Ingestão alimentar Resumo do meu peso atual e recente: Em comparação a minha alimentação normal, eu poderia considerar minha ingestão alimentar durante o último mês como: Eu atualmente peso aproximadamente kg Sem mudança (0) EU tenho aproximadamente 1 metro e cm Mais que o normal (0) Há 1 mês atrás eu pesava aproximadamente kg Menos que o normal (1) Há 6 meses atrás eu pesava aproximadamente kg Durante as 2 últimas semanas meu peso: Atualmente, eu estou comendo: Diminuiu (1) Comida normal (alimentos sólidos) em menor quantidade (1) Ficou igual (0) Comida normal (alimentos sólidos) em pouca quantidade (2) Aumentou (0) Apenas líquidos (3) Apenas suplementos nutricionais (3) Muito pouco de qualquer comida (4) Apenas alimentos por sonda ou pela veia (0) 3. Sintomas 4. Atividades e funções Durante as 2 últimas semanas, eu tenho tido os seguintes problemas que me impedem de comer o suficiente: No último mês, eu consideraria minha atividade como: Sem problemas para se alimentar (0) Normal, sem nenhuma limitação (0) Sem apetite, apenas sem vontade de comer (3) Não totalmente normal, mas capaz de manter quase todas as atividades normais (1) Náusea (1) Vômito (3) constipação (1) diarreia (3) Feridas na boca (2) boca seca (1) alimentos que tem gosto estranho ou não tem gosto (1) os cheiros me enjoam (1) problemas para engolir (2) rapidamente me sinto satisfeito (1) dor; onde?(3) Não me sentindo bem a maioriadas coisas, mas ficando na cama ou na cadeira menos da metade do dia (2) Outros**(1) Capaz de fazer pouca atividade, e passando a maior parte do tempo na cadeira ou na cama (3) **ex: depressão, problemas dentários e financeiros Bastante tempo acamado, raramente fora da cama (3) Somatório dos escores das caixas 1 a 4 A Anexo 2- regras para pontuação da Avaliação Subjetiva global produzida pelo (ASG-PPP) As caixas de 1 a 4 da ASG-PPP foram feitas para serem preenchidas pelo paciente. O escore numérico da ASG-PPP é determinado usando: 1) Os pontos entre parênteses anotados nas caixas 1 a 4; 2) Na folha abaixo para itens não pontuados entre parênteses. Os escores para as caixas 1 e 3 são aditivos dentro de cada caixa e os escores das caixas 2 e 4 são baseadas nos escores mais altos marcados pelo paciente. Folha 1 – Escore de perda de peso Folha 2 – Critério de pontuação para condição Para determinar o escore, use o peso de 1 mês atrás se disponível. Use o peso de 6 meses atrás apenas se não tiver dados do peso do mês passado. Use os pontos abaixo para pontuar as mudanças do peso e acrescente pontos extras se o paciente perdeu peso nas últimas semanas. Coloque a pontuação total na caixa 1 da ASG-PPP A pontuação é obtida pela adição de 1 ponto para cada condição listada abaixo que o paciente apresente Perda de peso em 1 mês Pontos Perda de peso em 6 meses Categoria Pontos 10% ou mais 4 20% ou mais Câncer 1 5-9,9% 3 10-19,9% AIDS 1 3-4,9% 2 6-9,9% Caquexia pulmonar ou cardíaca 1 2-2,9% 1 2-5,9% Úlcera de decúbito, ferida aberta ou físula 1 0-1,9% 0 0-1,9% Presença de trauma 1 Idade maior que 65 anos 1 Pontuação para a folha 1 Anote na caixa A Pontuação para a folha 2 Anote na caixa B Folha 3 – Pontuação do estresse metabólico O escore para o estresse metabólico é determinado pelo número de variáveis conhecidas que aumentam as necessidades calóricas e proteicas. O escore é aditivo sendo que se o paciente tem febre > 38,9° (3 pontos) e toma 10 mg de prednisona cronicamente (2 pontos) teria uma pontuação de 5 pontos para esta seção. Estresse Nenhum (0) Baixo (1) Moderado (2) Alto (3) Febre Sem febre >37,2° e < 38,3° > 38,3 e < 38,9° > 38,9° Duração de febre Sem febre < 72 horas 72 Oras >72 horas Corticosteróides Sem corticosteróides Dose baixa (< 10 mg prednisona/dia) Dose moderada (> 10 E < 30 mg prednisona) Dose alta (> 30 mg prednisona) Pontuação para a folha 1 Anote na caixa A Folha 4 – Exame físico O exame físico inclui a avaliação subjetiva e 3 aspectos da composição corporal: gordura, músculo e estado de hidratação. Como é subjetiva, cada aspecto do exame é graduado pelo grau de déficit. O déficit muscular tem maior impacto no escore do que o déficit de gordura. Definição das categorias: 0 = sem déficit, 1+ = déficit, 2+ = déficit moderado, 3+ = déficit grave. A avaliação dos déficits nestas categorias não devem ser somadas, mas são usadas para avaliar clinicamente o grau de déficit (ou presença de líquidos em excesso) Reservas de gordura Estado de hidratação Região peri- órbital 0 +1 +2 +3 Prega de tríceps 0 +1 +2 +3 Edema no tornozelo 0 +1 +2 +3 Gordura sobre ultimas costelas 0 +1 +2 +3 Edema sacral 0 +1 +2 +3 Avaliação geral do déficit de gordura 0 +1 +2 +3 Ascite 0 +1 +2 +3 5.Doença e sua relação com requerimentos nutricionais (veja anexo 2) Todos os diagnósticos relevantes (especifique) Estadiamento da doença primária (circule se conhecido ou apropriado) I II III IV Outro Escore numérico do anexo 2 B Idade 6) Demanda metabólica Escore numérico do anexo 3 C 7) Exame físico (veja anexo 4) Escore numérico do anexo 4 D Avaliação subjetiva global (veja nexo 5) Escore total da ASG-PPP Bem nutrido ou anabólico (ASG A) Escore numérico total A + B + C + D acima (siga as orientações de triagem abaixo) Desnutrição moderada ou suspeita (ASG B) Gravemente desnutrido Recomendações de triagem nutricional: A somatória dos escores é utilizada para definir intervenções nutricionais específicas, incluindo a orientação do paciente e seus familiares, manuseio dos sintomas incluindo intervenções farmacológicos e intervenção nutricional adequada (alimentos, suplementos nutricionais, nutrição enteral ou parenteral). A primeira fase da intervenção nutricional inclui o manuseio dos sintomas. 0-1: Não há necessidade de intervenção neste momento. Reavaliar de forma rotineira durante o tratamento. 2-3: Educação do paciente e seus familiares pelo nutricionista, enfermeira ou outro profissional, com intervenção farmacológica de acordo com o inquérito dos sintomas (caixa 3) e exames laboratoriais se adequado. 4-8: necessita intervenção pela nutricionista, juntamente com a enfermeira ou médico como indicado pelo inquérito dos sintomas (caixa 3). > 9: Indica necessidade crítica de melhora no manuseio dos sintomas e/ou opções de intervenção nutricional. Aplicativo exclusivo para avaliação subjetiva global: Site: http://pt-global.org/?page_id=6104 CONDUTAS NUTRICIONAIS Orientações nutricionais; Manejo de sinais e sintomas; Adequação do plano alimentar; Terapia nutricional oral; Terapia nutricional enteral; Terapia nutricional parenteral. Manejo de sinais e sintomas Melhorar capacidade funcional Melhorar tolerância ao tratamento Ganho psicológico Qualidade de vida SINAIS E SINTOMAS PRIORIZAR Anorexia Perda de apetite Alteração do paladar Xerostomia Náuseas e vômitos Mucosite, estomatite, odinofagia Saciedade precoce Diarreia Constipação ORGÂNICOS VARIEDADES CULTURA CUIDADOS PALIATIVOS “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (2002).” Os cuidados paliativos devem ser iniciados desde o diagnóstico e caminhar de forma pararela à terapia proposta. Quanto mais precoce, maior o benefícios ao núcleo de cuidados. Os cuidados paliativos melhoram a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias que enfrentam desafios associados a doenças fatais, sejam elas físicas, psicológicas, sociais ou espirituais. A qualidade de vida dos cuidadores também melhora. A cada ano, cerca de 40 milhões de pessoas precisam de cuidados paliativos; 78% delas vivem em países de renda baixa e média. Em todo o mundo, apenas cerca de 14% das pessoas que precisam de cuidados paliativos atualmente os recebem. Regulamentações desnecessariamente restritivas para a morfina e outros medicamentos paliativos essenciais controlados negam o acesso a cuidados paliativos adequados. Políticas, programas, recursos e treinamento nacionais adequados em cuidados paliativos entre profissionais de saúde são urgentemente necessários para melhorar o acesso. A necessidade global de cuidados paliativos continuará a crescer como resultado do envelhecimento das populações e do aumento da carga de doenças não transmissíveis e algumas doenças transmissíveis. A entrega precoce de cuidados paliativos reduz as internações hospitalares desnecessárias e o uso de serviços de saúde. Os cuidados paliativos envolvem uma gama de serviços prestados por uma gama de profissionais que têm papéis igualmente importantes a desempenhar - incluindo médicos, enfermagem, trabalhadores de apoio, paramédicos, farmacêuticos,fisioterapeutas e voluntários - no apoio ao paciente e sua família. Em primeiro lugar: cuidar de quem cuida! O que é ser/fazer o bem? Autocuidado Empatia Compaixão Planejamento CUIDAR Estar disponível (boa intenção) Estar disposto (tem a ver com o espaço que o outro abriu para estar com alguém – reflexão do que você tem de recurso para oferecer ao outro). Princípios do cuidado paliativo Alívio de sintomas; Integrar aspectos físicos, psicológicos, espirituais e sociais; Apoiar paciente e núcleo de cuidado a viver ativamente = autonomia; Não acelerar e nem adiantar a morte; Afirmar vida e morte como processos naturais; Apoio em fase de luto; Os cuidados paliativos segundo a Organização Mundial da Saúde são orientados para pacientes que estão acometidos com doenças que ameaçam a continuidade da vida. Pontos para se ter atenção nos cuidados paliativos: Política Cuidados paliativos: parte do plano nacional de saúde, políticas e regulamentos relacionados Modelos de financiamento / prestação de serviços que apoiam a prestação de cuidados paliativos Medicamentos essenciais (Legisladores, reguladores, OMS, ONGs) Disponibilidade de medicamentos Opioides, medicamentos essenciais Cota de importação Custo Prescrição Distribuição Administração (Farmacêuticos, reguladores de medicamentos, agentes da lei) Educação Mídia e defesa pública Currículos, cursos - profissionais, estagiários Treinamento especializado Treinamento e suporte do cuidador familiar (Mídia e público, profissionais de saúde e estagiários, especialistas em cuidados paliativos, cuidadores familiares) Implementação Líderes de opinião Mão de obra do treinador Planos estratégicos e de negócios - recursos, infraestrutura Padrões, medidas de diretrizes (líderes comunitários e clínicos, administradores) NUTRIÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS Cuidados paliativos oncológicos; Avaliação clínica e prognóstica; Avaliação nutricional; Conduta nutricional; Terapia nutricional; Acompanhamento ambulatorial ou domiciliar; Diagrama de avaliação multidimensional Escuta Presença CONDUTAS NUTRICIONAIS Manejo de sinais e sintomas; Ganho psicológico; Tolerância ao tratamento; Capacidade funcional; Orientações nutricionais; Manejo de sinais e sintomas; Adequação do plano alimentar – Acréscimo calórico/proteico; Terapia nutricional oral; Terapia nutricional enteral; Terapia nutricional parenteral; Terapias nutricionais – manejos fúteis? Qualidade de vida Baseadas sempre na verdade: os olhos falam! Não podemos trair a confiança do paciente e aumentar o sentimento de solidão no momento. “Eu vou conseguir ganhar peso?” “Eu vou morrer?” A nutrição possui papel preventivo, buscando assegurar as necessidades nutricionais na tentativa de preservar o peso e a composição corporal e retardar o desenvolvimento da caquexia. Além disso, auxilia o controle de sintomas e a manutenção da hidratação satisfatória e atua ressignificando o alimento, possibilitando a redução da ansiedade e o aumento da autoestima e do prazer. Planejamento nutricional de pacientes adultos em cuidados paliativos considere, entre outros fatores, a expectativa de vida como um dos componentes essenciais na tomada de decisão sobre a conduta a ser instituída. Expectativa de vida maior que 90 dias. Expectativa de vida igual ou menor que 90 dias. Cuidados ao fim da vida, fase cujo óbito é iminente e geralmente ocorre em até 72 horas. Escalas de capacidade funcional Índice da escala de desempenho de Karnofsky (KPS) Pontuação (categoria) Karnofsky 100 Normal; sem reclamações; nenhuma evidência de doença 90 Capaz de realizar atividades normais; pequenos sinais ou sintomas 80 Atividade normal com esforço; alguns sinais ou sintomas de doença 70 Cuidar de si; incapaz de realizar atividades normais ou de fazer trabalho ativo 60 Requer assistência ocasional, mas é capaz de cuidar da maioria de suas necessidades 50 Requer assistência considerável e cuidados médicos frequentes 40 Desativado; requer cuidados e assistência especiais 30 Severamente incapacitado; necessidade de hospitalização; o tratamento de suporte ativo é necessário 20 Muito doente; necessidade de hospitalização; o tratamento de suporte ativo é necessário 10 Moribundo; processos fatais progredindo rapidamente 0 Morte Resumo da avaliação nutricional do paciente oncológico em cuidados paliativos: Quadro-resumo da avaliação nutricional do paciente oncológico adulto em cuidados paliativos Questão Resposta segundo expectativa de vida Maior que 90 dias Igual ou menor que 90 dias Cuidado ao fim da vida A avaliação nutricional deve ser realizada em pacientes adultos em cuidados paliativos? - Sim - Sim - Sim Quais os pacientes adultos em cuidados paliativos devem ser avaliados? - Todos - Todos - Todos Que instrumentos devem ser utilizados para a avaliação nutricional? - ASG-PPP - Anamnese nutricional - Sinais e sintomas - Parâmetros laboratoriais - ASG-PPP - Anamnese nutricional - Sinais e sintomas - Anamnese nutricional com foco nos sinais e sintomas Capacidade funcional (KPS; ECOGPS; PPS) Sintomas (anorexia, perda de peso, fadiga, disfagia, saciedade precoce, xerostomia) Parâmetros bioquímicos (hipoalbuminemia <3,5 mg/dL + proteína C reativa >10mg/l) Quais indicadores de risco nutricional devem ser utilizados? - ASG ou ASG-PPP - B ou C ou ≥ 9 - % perda de peso atual ou referido significativa ou grave - Ingestão alimentar por mais de 7 dias menor que 60% das necessidades - Persistente presença de sinais e sintomas - proteína C reativa elevada ≥ 10 e albumina baixa 3,5 ou com uma relação > 2 - ASG ou ASG-PPP - B ou C ou ≥ 9 - % perda de peso atual ou referido significativa ou grave - Ingestão alimentar por mais de 7 dias menor que 60 % das necessidades - Persistente presença de sinais e sintomas - Sinais e sintomas hospitalares e conforme risco nutricional Com que frequência devem ser avaliados? Internação: - Na admissão hospitalar e conforme risco nutricional Diariamente: - Ingestão alimentar - Sinais e sintomas Ambulatorial ou domiciliar: - A cada 15 dias ou conforme agendamento ou demanda espontânea Internação: - Na admissão hospitalar e conforme risco nutricional Diariamente: - Ingestão alimentar - Sinais e sintomas Ambulatorial ou domiciliar: - A cada 15 dias ou conforme agendamento ou demanda espontânea Diariamente: - Sinais e sintomas Quais dados da avaliação nutricional devem ser registrados? - Todos, de acordo com a rotina do serviço - Todos, de acordo com a rotina do serviço - Todos, de acordo com a rotina do serviço Quadro-resumo das recomendações nutricionais para o paciente oncológico adulto em cuidados paliativos Questão Resposta segundo a expectativa de vida Maior que 90 dias Igual ou menor que 90 dias Cuidado ao fim da vida Qual método deve ser utilizado para estimativa das necessidades calóricas? - De 25 kcal/kg a 35 kcal/kg ao dia - Utilizar o peso atual, usual ou mais recente - De 25 kcal/kg a 30 kcal/kg ao dia - Utilizar o peso atual, usual ou mais recente - De acordo com a aceitação e a tolerância do paciente Quais asrecomendações proteicas? - De 1,0 g de proteína/kg a 1,5 g de proteína/kg ao dia - Utilizar o peso atual, usual ou mais recente - Se necessário, ajustar a recomendação proteica do paciente de acordo com as comorbidades - De 1,0 g de proteína/kg a 1,5 g de proteína/kg ao dia - Utilizar o peso atual, usual ou mais recente - Se necessário, ajustar a recomendação proteica do paciente de acordo com as comorbidades - De acordo com a aceitação e a tolerância do paciente Quais as recomendações hídricas? - Adulto: de 30 ml/kg a 35 ml/kg ao dia - Idoso: 25 ml/kg ao dia - Adulto: de 30 ml/kg a 35 ml/kg ao dia - Idoso: 25 ml/kg ao dia - De 500 ml a 1.000 ml ao dia - A hidratação deve ser administrada de acordo com a tolerância e a sintomatologia do paciente Quadro-resumo da terapia nutricional do paciente oncológico adulto em cuidados paliativos Questão Resposta segundo expectativa de vida Maior que 90 dias Igual ou menor que 90 dias Cuidado ao fim da vida Quais os objetivos da terapia nutricional no paciente adulto? - Prevenir ou minimizar os déficits nutricionais - Reduzir complicações da desnutrição - Controlar sintomas e evitar desidratação - Promover conforto emocional e melhora da autoestima - Melhorar capacidade funcional - Melhorar a Qualidade de Vida - Considerar aspectos bioéticos relacionados à: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça - Avaliar desejos e valores do paciente - Minimizar os déficits nutricionais - Controlar sintomas e evitar desidratação - Promover conforto emocional e melhora da autoestima - Melhorar a Qualidade de Vida - Considerar aspectos bioéticos relacionados à: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça - Avaliar desejos e valores do paciente - Promover conforto e melhora da Qualidade de Vida - Considerar aspectos bioéticos relacionados à: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça - Avaliar desejos e valores do paciente quanto à manutenção ou à suspensão da dieta Quais critérios devem ser utilizados para indicar terapia nutricional - Todos os pacientes com risco nutricional e/ou presença de desnutrição - Todos os pacientes com risco nutricional e/ou presença de desnutrição, devendo o paciente apresentar PS ≤ 3; e KPS ou PPS ≥ 30% - Não há indicação Quando indicada, a terapia nutricional deve - O mais precoce possível na presença de estabilidade - O mais precoce possível na presença de estabilidade hemodinâmica - Não se aplica ser iniciada em que momento? hemodinâmica Quais as contraindicações para a terapia nutricional? TNO: - Ingestão alimentar > 70% das necessidades nutricionais - Queda do nível de consciência - TGI não funcionante - Instabilidade hemodinâmica TNE: - Ingestão alimentar via oral > 60% das necessidades nutricionais - TGI não funcionante - Instabilidade hemodinâmica TNP: - TGI funcionante - Instabilidade hemodinâmica - PS ≤ 2; ou KPS ou PPS ≤ 50% TNO: - Queda do nível de consciência - TGI não funcionante - Instabilidade hemodinâmica TNE: - TGI não funcionante - Instabilidade hemodinâmica TNP: - Não oferece benefícios nesse estágio da doença - Não se aplica Alimentação em fim de vida: Condição clínica; Capacidade funcional; Sintomas; Expectativa de vida; Estado nutricional; Ingestão alimentar; Estado psicológico; Funcionalidade do TGI. Considerar: Bioética, autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Recuperação do estado nutricional? Redução de desconforto/ auxílio sintomas? Qual o benefício da TN nesse momento? Priorizar: Comfort foods; Segurança alimentar; Boas companhias; Cultura; “Você é importante por quem você é. Você é importante até o último momento da sua vida, e faremos tudo o que pudermos, não só para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para a viver até morrer.” Cicely Saunders 10 de outubro – Dia Mundial dos Cuidados Paliativos MICROBIOTA INTESTINAL • Microbiota Intestinal; • Câncer impactos no surgimento e desfecho do tratamento; MICROBIOTA Fatores ambientais moldam e modificam o microbioma ao longo do tempo e as perturbações podem levar a doenças. E a nossa microbiota sofre fatores ainda antes do nascimento. Fatores maternos como infecções vaginais e microbioma intestinal podem levar à translocação bacteriana para o útero. Fatores pós-natais: modo de parto, amamentação versus alimentação com fórmula, introdução de alimentos sólidos e adversidades no início da vida e exposição a antibióticos podem moldar o microbioma em desenvolvimento na primeira infância. Fatores ambientais ao longo da vida: dieta de longo prazo e exposição aos animais pode modificar o microbioma durante a infância e a idade adulta. Perturbações no microbioma: medicamentos, como antibióticos, inibidores da bomba de prótons e metformina, e uma variedade de dietas diferentes podem tornar os indivíduos mais propensos a doenças, como doença inflamatória do intestino, IBS e obesidade. O estresse pode levar a mudanças no microbioma que afeta permeabilidade intestinal e produção de SCFA. Fumar pode causar alterações microbianas que alteram a sinalização inflamatória e produção de mucina colônica, todos os quais podem ser mecanismos que levam ao desenvolvimento de doenças. O microbioma é um sistema complexo na interseção do meio ambiente e da saúde. Embora muitos aspectos do meio ambiente podem causar mudanças no microbioma. Estudos ainda são necessários para determinar a relação direta entre fatores ambientais e disbiose intestinal com o desenvolvimento da doença, melhorias em tecnologia de sequenciamento e um campo cada vez maior de a bioinformática está fornecendo novos insights diários sobre como meio ambiente, saúde e microorganismos estão relacionados. Este tem implicações não apenas para uma melhor compreensão da subjacente fisiopatologia da doença, mas também pode ajudar desenvolver melhor tratamentos direcionados com base em moléculas microbianas. INFLUÊNCIA DO TIPO DE DIETA DIETA RIQUEZA/DIVERSIDADE DE ESPÉCIES MICRÓBIOS ALTERADOS EFEITO FISIOLÓGICO ASSOCIADO ESTADO DE DOENÇA ASSOCIADA Dieta ocidental ↓ ↑Bacteroides ↑Enterobactéria ↓Bifidobactéria ↓Lactobacilli ↓Eubactéria Redução de SCFA, níveis mais altos de LPS, maior inflamação, redução da barreira intestinal Obesidade Câncer de cólon Diabetes tipo 2 Dieta mediterrânea ↑ ↑Bifidobacterias ↑ Lactobacilos ↑ Eubactérias ↑Bacteroides ↑Prevotella ↑Roseburia ↓Clostridium Aumentar SCFA Diminuir inflamação Diminui o risco de doenças cardiovasculares e obesidade PROTEÍNA Proteína vegetal ↑ ↑Bifidobacterias ↑ Lactobacilos ↓Bacteroides ↓ Clostridium perfringes Aumenta SCFA’s Aumentaa barreira intestinal e reduz a inflamação Proteína animal ↑ ↑Alistipes ↑BIlophila ↓Clostridia ↓Roseburia Aumentar TMAO Reduzir SCFA Aumentar animais e sulfetos Doenças cardiovascular Doença inflamatória intestinal (DII) GORDURAS Gorduras não saturadas ↑ ↑Lactobacillus ↑Lachnospiraceae ↑Streptococcus Reduz a ativação de TLR Reduz a inflamação do tecido adiposo branco Diminuir o risco de DII, obesidade, artrite psoriática ↑Akkermansia muciniphila Gorduras saturadas ↓ ↑Bacteroides ↑Bilhophila ↑Faecalibacterium prausnitzzi Ativação de TLR promove TH1 pro- inflamatório Diabetes Obesidade Doença cardiovascular Fibraalimentar ↑ ↑Lactobacilos ↑Bifidobactérias ↑Clostrídios ↑Provotella ↑Treponema Produção de SCFA Atividades anti- inflamatórias Anticâncer Diminuir o risco de DCV, obesidade, diabetes, câncer de cólon MICROBIOTA – OUTROS FATORES DE INFLUÊNCIA Medicamentos; Xenobiótico; Estilo de vida da família; Obesidade; Síndrome do Intestino Irritável; Estilo de vida Câncer Mecanismo Provas Cânceres promovidos ou inibidos por patógenos bacterianos específicos Câncer de intestino Infecção crônica por Helicobacter pylori Epidemiologia Redução pela erradicação da H. pylori Linfoma gástrico MALT IPSID Linfoma MALT de pele Linfoma anexial ocular Respostas imunes adaptativas não controladas em pacientes com infecção crônica de H. pylori, Compylobacter jejuni, Borellia burgdorferi ou Chlamydia psittaci Epidemiologia Tratamento antibiótico Câncer de vesícula biliar Infecção crônica por Salmonella enterica subsp. enterica sorovar Typhi Epidemiologia Câncer esofágico Risco reduzido em pacientes com infecção por H. Epidemiologia MICROBIOTA E CÂNCER Mecanismos que controlam as interações hospedeiro-microbiota e falhas associadas implicadas no desenvolvimento do câncer A desordem desse equilíbrio leva a reações em cadeia que, em última análise, resultarão em um estado de promoção do câncer com falha na barreira, inflamação e disbiose. Este estado vai incluir: Mudanças qualitativas e às vezes quantitativas na microbiota; Falha da barreira fisicamente (por exemplo, no nível das junções estreitas ou na camada da mucosa), ou no nível dos sistemas de defesa antibacteriana, sejam aqueles de células epiteliais ou aqueles de células do tecido linfoide associado ao intestino (GALT); Aumento das respostas inflamatórias, que muitas vezes são mediadas por receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) e citocinas a jusante que promovem a proliferação e sobrevivência de células epiteliais, como: Mecanismo de carcinogênese DCA ácido desoxicólico; EREG epiregulina; IgA imunoglobulina A; IL-6 interleucina-6; MAMP padrão molecular associado a microrganismos; NF-κB fator nuclear-κB; TH 17 T auxiliar 17; TNF fator de necrose tumoral. 1. Alterações no microbioma e nas defesas do hospedeiro podem favorecer o aumento da translocação bacteriana, levando ao aumento da inflamação, que é mediada por padrões moleculares associados a microrganismos (MAMPs) que ativam receptores Toll-like (TLRs) em vários tipos de células, incluindo macrófagos, miofibroblastos, epiteliais células e células tumorais. Esses efeitos podem ocorrer localmente ou por efeitos de longa distância em outros órgãos. 2. Os efeitos genotóxicos são mediados por genotoxinas bacterianas (como a colibactina e a toxina distensora citoletal (CDT)) que, após serem entregues ao núcleo das células hospedeiras, induzem ativamente danos ao DNA em órgãos que estão em contato direto com o microbioma, como o trato gastrointestinal. As espécies reativas de oxigênio (ROS) e as espécies reativas de nitrogênio (RNS) liberadas de células inflamatórias, como macrófagos, bem como o sulfeto de hidrogênio (H 2 S) da microbiota bacteriana, também podem ser genotóxicas. 3. As ações metabólicas do microbioma podem resultar na ativação de genotoxinas como acetaldeído, nitrosamina dietética e outros carcinógenos, no metabolismo de hormônios como estrogênio e testosterona, no metabolismo dos ácidos biliares e em alterações na captação de energia. A microbiota também medeia efeitos supressores de tumor por meio da inativação de carcinógenos, por meio da geração de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, e por meio da ativação biológica de fitoquímicos que previnem o câncer. Muitos desses mediadores tumorigênicos e supressores de tumor exercem efeitos locais e de longa distância. Modulação terapêutica GLOSSÁRIO Respostas imunológicas adaptativas Ao contrário da imunidade inata, as respostas imunes adaptativas são específicas para o tipo de patógeno encontrado, proporcionando assim uma resposta imune adaptada (embora mais lenta). Esta resposta adquirida é tipicamente mediada por células B e T com a geração subsequente de células de memória Bacteriocinas Peptídeos antimicrobianos liberados por bactérias para inibir o crescimento de micro-organismos semelhantes ou intimamente relacionados Comensalismo Uma relação entre dois organismos em que um organismo se beneficia, enquanto o outro não Disbiose Estado de composição microbiana caracterizado por uma proporção desequilibrada de bactérias em comparação com a proporção em estado saudável Eubiose Estado de composição microbiana em que abundâncias populacionais são encontradas em proporções normais e normalmente associadas a indivíduos saudáveis Transferência horizontal de genes A movimentação de material genético de um organismo para outro, sem a necessidade de divisão celular Imunidade inata Uma resposta imune que reconhece estruturas microbianas conservadas, normalmente por meio da ação de receptores de reconhecimento de padrões expressos nas células hospedeiras Metagenoma A coleção de genomas de membros de uma microbiota específica Padrões moleculares associados a microorganismos (MAMPs) Componentes estruturais conservados, como lipopolissacarídeo, flagelina e ácidos nucleicos derivados de microrganismos que são detectados pelo sistema imunológico inato do hospedeiro Dipeptídeo muramil Um derivado de peptidoglicano que é comum às paredes celulares de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e que desencadeia uma resposta imune inata Receptor Toll-like (TLR) Família de receptores conservados evolutivamente que reconhecem padrões moleculares associados a microrganismos, como flagelina, lipopolissacarídeo ou ácidos nucléicos. Esses receptores têm um papel essencial nas respostas imunes inatas Tolerância ao tumor Estado de hiporresponsividade imunológica, em que antígenos tumorais induzem tolerância às células T (um processo que permite a evasão imunológica do tumor) Fatores de virulência Moléculas expressas por microrganismos patogênicos que os ajudam a obter vantagem de crescimento em um ecossistema específico. Essas moléculas são frequentemente responsáveis pela manifestação da doença no hospedeiro Nossa microbiota pode ser alterada pela dieta, e quando temos um consumo de carboidratos e uma metabolização dos resíduos do mesmo, podemos ter alterações que correspondem a alterações na produção de butirato. O butirato deve estar em menor quantidade na microbiota, outros resíduos, como o proteico levam a uma formação de amônia, não estando relacionado ao melhor prognóstico do paciente. O consumo de fitoquímicos e fibras é essencial para manter a permeabilidade intestinal favorável. Sempre lembrando que todos esses fatores devem estar em equilíbrio para uma melhor proposta de conduta para o paciente. Não tem receita Tem você, com todo seu conhecimento(..). É uma grande viagem! Aquilo que cada um vive, é dele, é especial”. GUIMARÃES ROSA
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