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Apostila oncologia

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Nutrição em Oncológia 
 
Surgimento do câncer 
• Estimativas e incidências; 
• Fatores de Risco; 
• Papel da nutrição para modificação de risco (da iniciação à progressão tumoral); 
• Obesidade e sua relação com a doença; 
• Hábito alimentar/frequência de consumo (dieta mediterrânea, plant based, 
presença e frequência de alimentos e associações com cânceres) 
• Alimento como veículo de substância pró carcinogênicas: agrotóxicos, toxinas 
fúngicas; 
• Recomendações preventivas. 
 
Estimativas e Incidências 
Sendo o principal problema de saúde pública no mundo, o câncer já está entre 
as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria 
dos países. 
 Tanto a incidência como a mortalidade vêm aumentando 
no mundo, em parte pelo envelhecimento, crescimento 
populacional, mudança na distribuição e na prevalência dos 
fatores de risco do câncer, em especial associado ao 
desenvolvimento socioeconômico. 
 Constata-se uma transição dos principais tipos de câncer observados nos países 
em desenvolvimento, com uma redução dos tipos de câncer associados a infecções e o 
aumento daqueles associados à melhoria das condições socioeconômicas com a 
incorporação de hábitos e atitudes à urbanização (sedentarismo, alimentação 
inadequada...) 
 
 
 
 
A estimativa mundial, no ano de 2018, aponta que ocorrem no mundo 18 
milhões de casos novos de câncer (17 milhões sem contar os casos de câncer de pelo 
não melanoma) e 9,6 milhões de óbitos (9,5 milhões excluindo o câncer de pelo não 
melanoma). 
INCA,2019 
 
Incidência de câncer no mundo (todos os tipos) ambos os sexos: 
 
O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo 
câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
9,5 milhões representa 53% dos casos 
novos. 
8,6 milhões representa 47% de casos 
novos. 
 
 
 
 
Os tipos de câncer mais frequentes nos homens foram: 
 Câncer de pulmão (14,5%); 
 Próstata (13,5%); 
 Cólon e reto (10,9%); 
 Estômago (7,2%); 
 Fígado (6,3%). 
Nas mulheres, as maiores incidências foram: 
 Câncer de mama (24,2%); 
 Cólon e reto (9,5%); 
 Pulmão (8,4%); 
 Colo do útero (6,6%). 
 
 
 
 
INCA, 2019 
 
Principais fatores de risco 
Os principais fatores de risco associados a mortes consideráveis por câncer são: 
 IMC alto; 
 Baixo consumo de frutas e vegetais; 
 Falta de atividade física; 
 Uso de tabaco; 
 Uso de álcool. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Instituto de Pesquisa do Câncer (WCRF / AIRC) lançou medidas preventivas 
baseadas em evidências recomendações incluindo: 
 Atividade física; 
 Evitar alimentos com alto teor de energia; 
 Consumo de variedade de frutas, vegetais, grãos inteiros e leguminosas; 
 Evitando o consumo de álcool. 
World Cancer Research Fund e American 
Institute for Cancer Research, 2007. 
 
O estudo avaliou as prováveis associações entre o risco de câncer e o consumo 
de alimentos ultraprocessados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 Aumento de 10% do risco de desenvolvimento de diversos cânceres; 
 Aumento de 10% de câncer de mama em mulheres relacionado ao consumo de 
alimentos ultraprocessados; 
 
 
 
Fonte: FIOLET, Thibault et al. Consumption of ultra-processed foods and cancer risk: results from NutriNet-Santé prospective 
cohort. bmj, v. 360, 2018. 
 
 
105 pessoas 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA ALIMENTAR PARA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos alimentos ultraprocessados: 
Disponível para download no 
material de apoio! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO 
 
Câncer de esôfago (células escamosas ou adenocarcinoma) 
 
O câncer de esôfago é a 7° causa mais comum de morte relacionada ao 
câncer no mundo, e a cada ano é responsável por mais de 400.000 óbitos. 
 
XIE, Shao-Hua; LAGERGREN, Jesper. Risk factors 
for oesophageal cancer. Best Practice & 
Research Clinical Gastroenterology, v. 36, p. 3-8, 
2018. 
 
Câncer gástrico 
 
 
 
 
 
Como principais fatores de risco:
 Tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os principais fatores de risco
estabelecidos para o carcinoma espinocelular esofágico;
 Doença do refluxo gastroesofágico e obesidade são os dois principais fatores
de risco para o adenocarcinoma esofágico;
 Fatores dietéticos podem influenciar o risco de câncer esofágico, mas as
evidências existentes permanecem limitadas;
 A infecção por Helicobacter pylori diminui o risco de adenocarcinoma
esofágico;
 
 
 
 
 
O câncer gástrico é o tipo mais comum de câncer gastrointestinal 
superior. Sendo o 5° câncer mais comum com incidência de 
aproximadamente um milhão de novos casos no mundo. 
 
Principais fatores de risco para o aumento da carcinogênese: 
 Predisposição genética; 
 História familiar; 
 Infecções; 
 Características sócio demográficas; 
 Exposição ocupacional; 
 Radiação ionizante; 
 Estilo de vida; 
 
 
YUSEFI, Ali Reza et al. Risk factors for gastric 
cancer: a systematic review. Asian Pacific 
journal of cancer prevention: APJCP, v. 19, n. 3, 
p. 591, 2018. 
 
 
Câncer de pâncreas 
 
O câncer pancreático é uma das causas mais comumente de mortes 
em países desenvolvidos e uma das neoplasias malignas mais letais 
do mundo. Os tipos de tumores de câncer de pâncreas são o 
adenocarcinoma (que representa cerca de 85% dos casos) e os 
tumores endócrinos do pâncreas (que representam menos de 5% 
de todos os casos). 
 
 
 
 
ILIC, Milena; ILIC, Irena. Epidemiology of 
pancreatic cancer. World journal of 
gastroenterology, v. 22, n. 44, p. 9694, 2016. 
 
 
 
Genes alterados causando modificações na mucosa e no tecido desse órgão, 
aumentando o risco de câncer. 
 
 
Principais fatores de risco: 
 Tabagismo (mutação em KRAS e p53); 
 Consumo de álcool; 
 Pancreatite crônica; 
 Obesidade; 
 Diabetes Mellitus; 
 
 
 
 
MARIO, Capasso et al. Epidemiology and risk 
factors of pancreatic cancer. Acta Bio Medica: 
Atenei Parmensis, v. 89, n. Suppl 9, p. 141, 2018. 
 
Câncer de mama 
 
 
 
 
Conclusão: um consumo adequado de vegetais, frutas, grãos integrais estão 
relacionados com a prevenção do câncer de mama. 
 
 
 
 
 
O aumento do consumo de alimentos açucarados, bebidas, alimentos 
industrializados, alimentos ricos em gordura, baixo conteúdo de fibra, estão 
relacionados ao aumento do risco de câncer de mama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recomendações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comportamento
saudável;
Alimentação 
adequada; 
Redução de peso 
e gordura 
corporal;
Por que a obesidade e o comportamento 
sedentário são prejudiciais e aumentam o 
risco para desenvolvimento do câncer de 
mama? 
 
 
 
 
 
Figura adaptada: Mecanismo biológico hipotético que liga a atividade física, o excesso de gordura 
corporal e o comportamento sedentário ao risco de câncer. IGF-1, fator de crescimento semelhante à 
insulina-1; IGFBP-3, proteína 3 de ligação ao fator de crescimento da insulina; IL-6, interleucina-6; TNF-a, 
fator de necrose tumoral-a; IL-1B, interleucina-1B; PCR, proteína C reativa; SAA, amiloide A sérico; SHBG, 
globulina ligada ao hormônio sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
REDUÇÃO DO ESTRESSE 
 
 
 
 
 
 
 
AGROTÓXICOS 
 
Os agrotóxicos são considerados um meio 
eficiente e econômico no manejo de pragas, na 
agricultura. Entretanto, produtos à base de 
pesticidas químicos causam efeitos biológicos 
adversos no organismo humano, podendo ser 
expostos ocupacionalmente, como os agricultores 
e trabalhadores das indústrias de agrotóxicos, e 
não ocupacionalmente, por meio do contato com 
 
 
 
 
resíduos de pesticidas em alimentos, ar e água potável. Atualmente, estima-se que a 
cada ano 2,4 milhões de toneladas de agrotóxicose 180,1 milhões de fertilizantes são 
usados no mundo para melhorar a produção agrícola. 
BRASIL, Veruska Lima Moura et al. Pesticides as 
risk factors for head and neck cancer: A 
review. Journal of Oral Pathology & Medicine, v. 
47, n. 7, p. 641-651, 2018. 
Em 1970 a capacidade herbicida do glifosato foi descoberta e introduzida no 
mercado pela primeira vez em 1974. 
 
 
 
 
 
 
Câncer em humanos: Existem evidências limitadas em humanos da carcinogenicidade 
do glifosato. Uma associação positiva foi observada para linfoma Non-Hodgkin. 
Câncer em animais: Existem evidências suficientes em animais experimentais para a 
carcinogenicidade do glifosato. 
 
 
 
 
DAVOREN, Michael J.; SCHIESTL, Robert H. Glyphosate-based 
herbicides and cancer risk: a post-IARC decision review of 
potential mechanisms, policy and avenues of 
research. Carcinogenesis, v. 39, n. 10, p. 1207-1215, 2018. 
 
 
 
 
Glifosato é provavelmente cancerígeno para humanos. 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
ATLAS GEOGRÁFICO DO USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ano 2000: aproximadamente 
170.000 toneladas 
Ano 2014: aproximadamente 
500.000 toneladas 
135% em menos 
de 15 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOMBARDI, Larissa Mies. Geografia do uso de 
agrotóxicos no Brasil e conexões com a União 
Europeia. FFLCH-USP, 2017. 
 
 
Orientar ao paciente o consumo consciente de produtos 
derivados de soja, milho e seus derivados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em conclusão, não foi encontrada evidências de uma associação entre uso 
de glifosato e risco de qualquer tumor sólido ou linfoide. Esta associação foi consistente 
em diferentes métricas de exposição. Dada a prevalência do uso deste herbicida em 
todo o mundo, mais estudos são necessários para replicar se essas descobertas são 
justificadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Genotoxicidade da dieta e / ou carcinogenicidade; 
 Disrupção endócrina e efeitos não monotônicos; 
 Disrupção do microbioma; 
 
Alterar células e aumentar o risco de câncer. 
 
 
 
 
 
 
 Os dados atuais não suportam evidências claras de uma associação entre a 
exposição a pesticidas e HNC; 
 A maioria dos estudos encontrados abordou a exposição ocupacional a 
pesticidas e foi conduzida principalmente na Europa e na América do Norte; 
 Apenas alguns estudos de alta qualidade encontraram uma associação positiva 
entre a exposição a pesticidas (malatião e atrazina) e câncer de tireoide; 
 Heterogeneidade foi observada entre os estudos, os quais diferiram quanto à 
idade e tamanho da amostra, características dos controles, tipos de agrotóxicos, 
duração dos estudos e métodos de mensuração da exposição aos agrotóxicos; 
 Estudos mais padronizados com base em desenhos adequados são necessários 
para esclarecer o efeito dos agrotóxicos na gênese do câncer de cabeça e 
pescoço, considerando dose, tempo de exposição e tipo de agrotóxico; 
 
PAPEL DA NUTRIÇÃO PARA A MODIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO 
 
 
 
O que a nutrição pode fazer para prevenir o câncer e/ou 
quando a doença já está instalada? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conjunto de mais de 100 doenças que, caracteristicamente, são representadas 
por crescimento celular desordenado, podendo invadir tecidos e órgãos e formar 
metástases. 
 
Como surge? 
Constituídas por três partes: 
 Membrana celular (parte mais externas); 
 Citoplasma (o corpo da célula); 
 Núcleo (contém cromossomos, que, por vez, são compostos por genes); 
 A carcinogênese ou oncogênese, como é chamado a formação do câncer, 
acontece de maneira lenta, podendo levar vários anos para proliferação de células 
cancerosas, dando origem a um tumor visível. O acúmulo de diferentes agentes 
 
 
 
 
cancerígenos ou carcinógenos são responsáveis pelo início, promoção, progressão e 
inibição do tumor. 
O processo da carcinogênese é composto por três estágios: 
Estágio de iniciação: os agentes cancerígenos atuam nos genes, causando modificações 
nos mesmos. Nesse estágio, as células se encontram geneticamente alteradas, 
entretanto não é possível detectar um tumor clinicamente neste momento. Elas estão 
“preparadas”, ou seja, “iniciadas” para a ação de um próximo grupo de agentes que 
atuará no estágio seguinte. 
 
 
 
 
 
 
Estágio de promoção: células que foram geneticamente alteradas, ou seja, “iniciadas”, 
sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula 
iniciada se transforma em célula maligna, de maneira lenta e gradual. Para ocorrer essa 
transformação, faz-se necessário um longo e continuado contato com o agente 
cancerígeno promotor. Muitas vezes o contato com o agente promotor interrompe o 
processo neste estágio. Componentes da alimentação e a exposição prolongada a 
hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas 
em malignas. 
 
 
 
 
 
Estágio de progressão: multiplicação desordenada e irreversível das células alteradas. 
Nessa fase, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras 
manifestações clínicas da doença. Fatores que promovam a iniciação ou progressão da 
carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um 
agente carcinógeno completo, por possuir componentes que atuam nos três estágios da 
carcinogênese. 
 
Instituto Nacional de Câncer. Como surge o câncer? Disponível 
em: https://www.inca.gov.br/como-surge-o-cancer. Acesso em: 
27 jan. 2021. 
Fatores associados ao surgimento do câncer: 
 Mutação gênica; 
 Polimorfismos genéticos; 
 Xenobióticos; 
 Carcinogênese; 
 Ciclo celular; 
 Sistema Detox; 
 Estresse; 
 Inflamação; 
 Alterações: DNA, histonas, xenobióticos, apoptose; 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA ONCOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 Alimentação saudável, variada, rica em nutrientes; 
 Ingestão adequada de água; 
 Redução de "estresse”. 
 Atividade física e diminuição do comportamento sedentário; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO! 
 
 
 
 
 
 Alimentos protetores que podem auxiliar na prevenção e tratamento de câncer. 
Sejam na forma de agentes bloqueadores ou agentes supressores. 
 
Tabela 1. Agentes bloqueadores 
 
Tabela 2. Agentes supressores 
AGENTES 
SUPRESSORES 
COMPOSTO ALIMENTOS 
Betacaroteno Uva, morango, nozes 
Sulforanos Brássicas 
Indol 3-carbnol Brássicas 
Curcumina Açafrão da terra 
EGCG Chá verde 
Genísteína Soja 
Capsaicina Pimenta 
Resveratrol Uva 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTES 
BLOQUEADORES 
COMPOSTO ALIMENTOS 
Ácido elágico Uva, morango, nozes 
Sulforanos Brássicas 
Indol-3-carbnol Brássicas 
 
 
 
 
 
Agentes nutricionais e seus fatores de proteção ao câncer 
Agente Mecanismo de ação Fontes alimentares 
Selênio Antioxidante, induz a apoptose, ação 
sinérgica com vitamina E. 
Semente de girassol, farelo de trigo, 
castanha-do-Brasil, amêndoas. 
Cálcio Regula proliferação, diferenciação e 
função celular. Possui ação sinérgica 
com vitamina D. 
Amêndoas, couve, espinafre, 
semente de gergelim, sardinha, 
leite e derivados. 
Magnésio Inibe a expressão de oncogenes e 
mantém a estabilidade genômica. 
Farelo de trigo, amêndoa, 
castanho-do-Brasil, couve, aveia, 
grão-de-bico, arroz integral, 
banana, lentilha, abacate. 
Zinco Antioxidante e anti-inflamátorio. Semente de abóbora, levedura, 
castanha de caju, nozes, lentilha. 
Vitamina D Previne a disjunção do ciclo celular e 
regula a proliferação, função celular. 
Aumenta a absorção de cálcio. 
Óleo de fígado de bacalhau, óleo de 
salmão, ovo, peixes. 
Vitamina E Antioxidante. Induz a apoptose. 
Possui ação sinérgica com o selênio. 
Semente de abóbora, semente de 
girassol, castanha-do-Brasil, 
amêndoas, abacate. 
Catequinas Antioxidante, induz apoptose. Inibe 
angiogênese. 
Camellia sinensis (chá verde). 
Resveratrol Antioxidante e anti-inflamatório. Uva, suco de uva,vinho tinto. 
Ácidos graxos 
poli-insaturados 
Anti-inflamatórios. Peixes (salmão, atum, sardinha), 
óleo de peixe, semente de linhaça, 
óleo de linhaça. 
 
 
 
 
Seria o leite uma fonte de cálcio mais adequada 
para o paciente? 
 
*Avalia a presença de alergias e intolerâncias! 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
FONTES DE CÁLCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fitoquímicos 
 
 
 
 
SURH, Young-Joon. Cancer chemoprevention with 
dietary phytochemicals. Nature Reviews Cancer, v. 
3, n. 10, p. 768-780, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual orientação para prevenção do câncer? 
 
 
“Eu incentivo os consumidores a comer mais frutas, vegetais e grãos integrais 
diariamente. A chave é aumentar a quantidade total para 9 a 13 porções de frutas e 
vegetais por dia em todas as formas, incluindo frescos, cozidos, processados e talvez 
até mesmo refrigerados ou congelados e enlatados, 100% de sucos de frutas, 100% de 
sucos de vegetais e frutas secas, que são consideradas como porções de frutas e 
vegetais por dia. Você deve ter todos os tipos de frutas e vegetais para fornecer uma 
ampla variedade de compostos bioativos e nutrientes para uma nutrição ideal. ” 
RUI HAI LIU 
 
 
Frutas e vegetais: 
Associação inversa significativa entre o consumo de frutas e vegetais e o câncer de 
pulmão. 
Vegetais: 
Significativa associação inversa entre os fumantes regulares. Não foi observada 
associação significativa entre os que nunca fumaram e os ex fumantes. 
Frutas: 
Associação inversa significativa entre fumantes e ex fumantes, porém não encontraram 
relação entre os que nunca fumaram. 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
AMAMENTAÇÃO 
 
 
 
 
Amamente o seu bebê, quando for 
possível! 
 
 
 
Quando a amamentação não é possível ocorre: 
 Sentimento de culpa; 
 Estresse; 
 Aumento de citocinas inflamatórias; 
 Aumento do risco de câncer; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO 
 Documento traduzido e atualizado, tendo comprovação do INCA para novas 
medidas de prevenção. 
 
 
 Não fumar; 
 Manter uma rotina alimentar saudável; 
 Reduzir estresse; 
 Manter peso corporal adequado; 
 Praticar atividade física; 
 Amamentar, quando possível; 
 Mulheres – realizar exame preventivo de colo de útero; 
 Vacinas – HPV e hepatite B; 
 Evitar o consumo de carnes processadas; 
 Evitar exposição solar entre 10h e 16h; 
 
 
 
 
 Evitar ingestão de bebidas alcoólicas; 
 
RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO (IARC) 
 
 Ser fisicamente ativo, ter um peso corporal adequado; 
 Ingestão de cereais integrais; 
 Variedades de frutas, legumes e verduras; 
 Dieta rica em nutrientes e minerais; 
 Limitar o consumo de álcool; 
 Amamentação, quando for possível; 
 Não utilizar suplementos para a prevenção do câncer, principalmente os 
�’�µ�›�o�˚�u�˚�v�ı�}�’���‰�µ�˚���’���}���„�]���}�’���˚�u���À�]�ı���u�]�v���’���˚���u�]�v�˚�„���]�’���‰�µ�˚�����ı�]�v�i���u���í�ì�ì�9���ˆ�����˘�Z�/�[�’�U��
pois o aumento do consumo de suplementos, pode estar relacionado ao risco de 
desenvolvimento de câncer, principalmente os suplementos ricos em 
betacaroteno; 
 As recomendações de prevenção devem ser seguidas durante o tratamento; 
 
VIA DA P53 
 A via da p53, é uma importante via de regulação do ciclo celular e do 
metabolismo, e está relacionada ao envelhecimento e desenvolvimento, reprodução e 
supressão da expressão do tumor. 
 Polifenóis usam a via de sinalização de p53 para produzir atividade anticâncer 
através da apoptose em vários tipos de tumores. 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
P53 
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VOGELSTEIN, Bert; LANE, David; LEVINE, Arnold J. Surfing the p53 network. Nature, v. 408, n. 6810, p. 307-310, 2000. 
LEVINE, Arnold J.; OREN, Moshe. The first 30 years of p53: growing ever more complex. Nature reviews cancer, v. 9, n. 10, p. 749-758, 2009. 
YUE, Xuetian et al. Mutant p53 in cancer: accumulation, gain-of-function, and therapy. Journal of molecular biology, v. 429, n. 11, p. 1595-1606, 2017. 
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 Os polifenois são compostos que possuem importante ação anticâncer por 
participarem de vias de sinalização como a death receptor; via mitrocondrial e de 
apoptose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo dos anos, as descobertas experimentais dos estudos demonstraram 
que os efeitos anticancerígenos dos polifenóis são atribuídos a seus múltiplos 
mecanismos; como indução de apoptose, regulação de várias vias de sinalização, 
regulação do ciclo celular, e ativação de receptores ao nível da membrana plasmática. 
Da mesma forma, os efeitos anticâncer de polifenóis estão associados à sua 
modulação na captação de glicose e metabolismo das células cancerígenas. 
 
 
 
 
 
 
 
Neurodegeneração 
Envelhecimento 
Câncer 
Desordem metabólica 
Doenças cardiovascular 
Hipertensão 
Infecções 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos in vitro e in vivo sugerem que os polifenóis de diferentes fontes 
dietéticas podem desempenhar um papel fundamental para atrasar o desenvolvimento 
do câncer e progressão através da diminuição da proliferação celular, inativação de 
carcinógenos, angiogênese inibição, indução de parada do ciclo celular e apoptose e 
modulação da imunidade. 
Os polifenóis podem modular genes de regulação incluindo regulação positiva de 
HTATIP2 (gene supressor de metástase) e GPNMB (oncogene) que os tornou possíveis 
estratégias alternativas de prevenção. 
Vale ressaltar que esses compostos demonstraram atividades anticâncer por 
exemplo, fator nuclear-κB, proteína C quinase, ativador proteína 1 (AP-1), adenosina 
monofosfato quinase, estresse oxidativo e Nrf2. 
KHAN, Haroon et al. Anti-cancer effects of polyphenols via 
targeting p53 signaling pathway: Updates and future 
directions. Biotechnology advances, v. 38, p. 107385, 
2020. 
Parada do ciclo celular 
Dano de DNA 
Apoptose 
Sobrevivência 
Reparo de DNA 
Modificação 
pós-tradução 
 
 
 
 
 
 
Por que não usamos polifenóis em cápsulas durante o 
tratamento? 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLIFENÓIS ADVINDOS DA ALIMENTAÇÃO 
Modulação de polifenóis da dieta de sinais moleculares envolvidos na apoptose e proliferação celular 
Polifenóis Classe química Fontes dietéticas Cultura celular Mecanismo anticâncer 
Ésteres 
fenilicos de 
ácido cafeico 
Éster de ácido 
caféico (ácido 
fenólico); 
Derivado de ácido cafeico; Células de glioma. ↑ P53, ↑ ativação de caspase 3, 
↑ BAX, ↓ BCL2;Acacetina Flavona; Salsa, tomilho, aipo, pimentão 
doce; 
Câncer de pulm,ão 
de celulas não 
pequenas. 
↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX; 
Apigenina; 
Quercetina; 
Fisetina; 
Flavonas; 
Flavonol; 
Flavonol; 
Chá; 
Cebola, maçã, cereja, brócolis, 
tomate; 
Morangos, maçãs, kiwis, pepinos, 
cebolas; 
Células de 
carcinoma cervical; 
Células de leucemia 
humana; 
Adenocarcinoma 
pulmonar; 
↑ P53, ↑ caspase 3; 
↑ P53, ↑ caspase 3, ↑ caspase 7, 
↑ BAX; 
↑ P53, ↓ Akt, ↓ MAPks; 
 
Curcumina Curcuminóides; Curcuma longa; Células de 
neuroblastoma. 
↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX; 
Resveratrol Estilbeno; Uvas, frutas vermelhas, 
amendoim; 
Câncer de mama. ↑ P53, ↑ P21, ↑ BAX, ↑ caspase 
8/9; 
Ácido elágico; 
ECGG; 
Derivado 
dimérico de ácido 
gálico; 
Flavonol; 
Barries, espinheiro-mar, romã; 
Maçã, chá, damasco, pêssego, 
vinho tinto; 
Adenocarcinoma de 
colon; 
Câncer de próstata; 
↑ caspase 3, ↑ caspase 9, ↑ P53; 
↑ P53, ↑ citrocomo C, ↑ P21, ↑ 
caspase 3, ↑ caspase 8; 
 
 
Estudos genômicos revelaram que a p53 frequentemente encontra-se em 
mutação em diferentes linhas de células cancerosas. 
 
 
Além disso, há protocolos com medicações específicas para indivíduos com 
mutação na via da p53. 
 
 
 
 
 
 
 
 H. Khan, M. Reale, H. Ullah, et al., Anti-cancer effects of 
polyphenols via targeting p53 signaling pathway: updates 
and future directions, Biotechnology Advances, 
https://doi.org/10.1016/j.biotechadv.2019.04.007 
 
 
 
 
QUALIDADE E VARIEDADE DA DIETA 
(ROTINA ALIMENTAR) 
 
 
Genes e enzimas também têm um papel na alteração das vias metabólicas e no 
aumento da qualidade nutricional da dieta que alteram os conteúdos fItoquímicos, 
demonstrando benefícios para a saúde humana em termos de prevenção do câncer. 
Consumo de alimentos 
 
 
 
 
 
Investir em saúde e qualidade 
dos alimentos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dieta mediterrânea é um modelo de dieta para ser seguida como primeiro ou 
segundo plano para prevenção de doenças crônicas, inclusive câncer. 
 
 
 
 Manter-se ativo; 
 Social, comer em conjunto; 
 Comidas de base saudável; 
 Consumo adequado de água (30-40ml/kg/peso); 
 Consumo de alimentos fonts de polifenóis e fitoquímicos; 
 Consumo de grãos integrais; 
 Diminuição do consumo de bebidas alcoolicas, farináceos, carnes 
(500g/semana); 
 
 
 
 
 
MENTELLA, Maria Chiara et al. Cancer and 
Mediterranean diet: a review. Nutrients, v. 11, n. 9, 
p. 2059, 2019. 
 
Relação entre o consumo dos alimentos da dieta mediterrânea e o consumo dos 
alimentos no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dieta mediterrânea e o habito mediterraneo traz como prevenção, algumas 
questões individuais de saúde. 
 Cuidar da microbiota intestinal; 
 Equilíbrio da dieta; 
 Adequação do convívio social; 
 Redução do estresse; 
 Composição corporal adequada; 
 Redução da ingestão de álcool; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: A suplementação de vitamin D, deve ocorrer quando esse parâmetro está 
em déficit bioquímico e não deve ser suplementada de forma inconsciente e sem 
necessidade. Orienta também a exposição ao sol antes das 10h da manhã. 
 
 
 
 
 
 
 
Polifenóis 
Fitoquímicos
Risco de 
desenvolvimento 
de câncer
D 
Algumas medicações são vesicante e fotossensíveis e pode queimar a pele 
dos paciente, para o paciente que está em protocolo de radioterapia, estar 
sempre coberto para não se queimar. Para este público não há orientação de 
se expor ao sol. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: É interessante promover a perda de peso, pois ocorreu uma redução da 
relação de forma direta da redução do % da perda de peso e o desenvolvimento de 
câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os fitoquímicos polifenólicos, como os lignanos, agem bloqueando e suprimindo 
a carcinogênese. 
 São capazes de interferir nos processos celulares e moleculares em vários 
estágios da carcinogênese. 
 Podem bloquear a iniciação do câncer por meio da inibição da ativação do 
procarcinogênio em espécies eletrofílicas e sua subsequente interação com o 
DNA. 
 Podem ainda estimular a desintoxicação do carcinógeno e sua subsequente 
eliminação do corpo. 
Carcinógeno 
eliminado 
Eliminação 
Detoxificação 
Ativação metabólica 
Pro-cancerígeno 
Carcinógeno 
final 
Exposição 
Iniciada/ 
Célula mutada Iniciação 
(genético, irreversível) 
Célula normal 
Progressão/ 
Propagação 
(genético/ não genético, 
reversível/ irreversível) 
Promoção 
(não genético, 
reversível) 
Células 
neoplásica 
(tumor maligno) 
Células pré-neoplásicas 
(Lesão benigna) 
Angiogênese 
Invasão, migração e 
metástase 
Tumor clinicamente 
detectável 
Carcinógeno 
detoxificado 
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 Suprimir o câncer interferindo na promoção do câncer (um processo reversível 
que envolve mudanças não genéticas) ou regulando a progressão do câncer, um 
processo complexo que envolve mudanças genéticas e não genéticas, bem como 
a sobrevivência celular. 
 Alguns polifenóis podem atuar como agentes bloqueadores; outros agem tanto 
como agentes bloqueadores quanto supressores, e alguns funcionam como 
agentes supressores para modular a autofagia, o ciclo celular e a diferenciação, 
afetando assim a proliferação das células cancerígenas. 
 
Dieta Plant based 
 
 
Lignanas de plantas 
Excreção biliar 
Intestino delgado 
Fase I e II do 
metabolismo 
Excreção fecal 
Excreção renal 
Veia 
porta 
Tecidos: metabolismo, 
interações receptor/ 
enzima, transdução de 
sinal. 
Circulação 
sistêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANT BASED 
Aumento do consumo de 
fito químicos e polifenóis; 
Promovem alterações 
eficazes no metabolismo 
da fase I e fase II da 
decodificação; 
 
LIGNANAS 
Antioxidante 
Anti-inflamatório 
Anti-carcinógeno 
Anti-proliferativo 
Anti-hiperlipidêmico 
Neuroprotetor 
Anti-obesidade 
Anti-metástatico 
Anti-mutagênico 
Antimicrobiano 
 
 
 
 
Conclui-se que uma alimentação baseada em plantas é preventiva para o 
desenvolvimento de câncer e deve ser prescrita em momento adequado para o nosso 
paciente de acordo com a rotina alimentar relatada pelo paciente. 
 
RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO 
 
 Os resultados indicam que o maior consumo de alimentos orgânicos está associado 
a uma redução no risco de câncer geral; 
 Foi observado redução do risco para locais específicos de câncer (pós-menopausa, 
câncer de mama, LNH e todos os linfomas) entre os indivíduos com maior frequência 
de consumo de alimentos orgânicos; 
 Perspectiva adicional de estudos usando dados de exposição precisos são 
necessários para confirmar esses resultados devendo integrar um grande número 
de indivíduos; 
 Se confirmado, estes resultados parecem sugerir que a promoção do consumo de 
alimentos orgânicos na população em geral poderia ser uma estratégia preventiva 
promissora contra o câncer; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de atividades físicas de intensidade moderada e vigorosa 
 
Atividades de intensidade 
moderada 
Atividades de intensidade 
vigorosa 
Exercício e lazer 
Caminhada, dança, ciclismo de 
lazer, patinação no gelo e patins, 
cavalgadas, canoagem, ioga. 
Corrida ou corrida, ciclismo rápido, 
musculação em circuito, natação, pular 
corda, dança aeróbica, artes marciais. 
Esportes 
Esqui alpino, golfe, vôlei, 
softbol, beisebol, badminton, 
tênis em duplas. 
Esqui cross-country, futebol, campo ou 
hóquei no gelo, lacrosse, tênis 
individual, raquetebol, basquete. 
Atividades domésticas Corte da grama, quintal geral e 
manutenção do jardim. 
Cavando, carregando e puxando, 
alvenaria, carpintaria. 
Atividade ocupacional 
Caminhar e levantar como parte 
do trabalho (trabalho de 
custódia, agricultura, reparo deautomóveis ou máquinas). 
Trabalho manual pesado (silvicultura, 
construção, combate a incêndio). 
 
Formas sugeridas para reduzir o comportamento sedentário 
 Limite o tempo gasto assistindo TV e usando outras formas de entretenimento 
baseado na tela; 
 Use uma bicicleta ergométrica ou esteira quando assistir TV; 
 Use escadas em vez de elevador; 
 Se puder, vá a pé ou de bicicleta até o seu destino; 
 
 
 
 
 Faça exercícios no almoço com seus colegas de trabalho, família ou amigos; 
 Faça uma pausa para exercícios no trabalho para alongamento ou uma caminhada 
rápida; 
 Caminhe para visitar colegas de trabalho em vez de enviar um e-mail; 
 Vá dançar com seu cônjuge ou amigos; 
 Planeje férias ativas em vez de apenas viagens de carro; 
 Use um pedômetro todos os dias e aumente o número de passos diários; 
 Junte-se a uma equipe esportiva; 
 
 
 
 
NOSSAS 
RECOMENDAÇÕES DE 
PREVENÇÃO AO CÂNCER 
Não fumar e evitar outras exposições ao fumo e ao sol em 
excesso também são importantes para reduzir o risco de 
câncer. Seguir essas recomendações provavelmente reduzirá 
a ingestão de sal, gorduras saturadas, trans, que juntas 
ajudarão a prevenir outras doenças não transmissíveis. 
 
 
 
 
 PACIENTE COM CÂNCER 
 Necessidades nutricionais em câncer; 
 Rastreamento e monitoramento nutricional (avaliação subjetiva global, 
identificando risco nutricional); 
 Manejo dos sintomas: náusea, vômitos, disfagia/odinofagia, mucosite, 
leucopenia, anemia, constipação e diarreia; 
 Caquexia tumoral e manejo dietético; 
 Abordagem nos cuidados paliativos; 
 Estudo de caso: câncer de mama; 
 
ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA ONCOLOGIA 
• Paciente oncológico adulto no pré e pós-operatório; 
• Paciente oncológico adulto em tratamento clínico (quimioterapia e 
radioterapia); 
• Paciente submetido ao transplante de células tronco hematopoiéticas; 
• Paciente adulto oncológico em cuidados paliativos; 
• Pacientes pediátricos; 
 
 
 
 
Guias de 
condutas 
nutricionais 
Norteiam e baseiam os cuidados nutricionais 
(prescrições, orientações, condutas) no 
tratamento oncológico e na prevenção do 
câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 Proposta curativa; 
 Adjuvante/neodjuvante; 
 Paliativa; 
 
 
 Cirurgia; 
 Quimioterapia; 
 Radioterapia; 
 Imunoterapia; 
 TCTH; 
 Combinadas ou isoladas? 
 
 
 
 
 Medicações orais; 
 Venosas; 
 Intra-muscular; 
 Subcutânea; 
 
Qual a proposta de tratamento? 1 
Qual abordagem no momento? 2 
Medicações e vias? 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elaboração das orientações nutricionais e do plano terapêutico, 
segundo a literatura e os guidelines, em conjunto com o núcleo de 
cuidados (paciente + família). 
 
PSICO-ONCOLOGIA E O PROFISSIONAL CUIDADOR 
 
 
 Cuidar de todo o tripé do cuidado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reações distintas frente ao adoecer: fardo, “castigo”, sentença de morte ou 
“merecimento” pela vida que levou. 
 Pode despertar emoções e sentimentos como a desesperança, o medo, angústia, 
ansiedade, impotência, revolta. 
 Há a ameaça do rompimento da vida, perda do autocontrole, fim de sonhos... 
 No geral, as perspectivas são sempre negativas. 
 
Como posso ajudar? 4 
Físico Social 
Psicológico 
 
 
 
 
FASES DO ADOECER 
Primeira fase Choque e isolamento 
Segunda fase Revolta/raiva 
Terceira fase Barganha 
Quarta fase Negação/depressão 
Quinta fase Aceitação 
 
 
CONDUTAS NUTRICIONAIS 
 
As condutas podem estar baseadas em: 
 
Devem ser feitas através de: 
 Orientações nutricionais; 
 Manejo de sinais e sintomas; 
 Adequação do plano alimentar; 
 Terapia nutricional oral; 
 Terapia nutricional enteral; 
 Terapia nutricional parenteral; 
 
 
Qualidade de 
vida;
Manejo de 
sinais e 
sintomas;
Ganho 
psicológico;
Tolerância e 
tratamento;
Capacidade 
funcional;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balanço energético 
negativo
Redução da ingestão 
calórica – alimentação
Alterações metabólicas 
(TMB, resistênca 
insulínica, lipólise, 
proteólise ...)
 
 
 
 
 
CONDUTAS NUTRICIONAIS MANEJO DE SINTOMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISFAGIA E ODINOFAGIA 
 Temperatura ambiente; 
 Adaptação da consistência; 
 6 a 8 refeições ao dia; 
NÁUSEAS E VOMITOS 
 Agudo/tardio/antecipatório/refratário; 
 Fracionamento de dieta; 
 Gengibre; 
 Agudo = momento de infusão ou consumo 
de alimentos (até 72h); 
Tardio (após 72h); 
Antecipatório (antes do tratamento); 
Refratário = de forma recorrente; 
MUCOSITE 
 Temperatura ambiente das preparações; 
 Evitar o consume de alimentos ácidos, 
irritantes, ásperos e secos; 
 Modificar consistência; 
 
SACIEDADE PRECOCE 
 Abrandar fibras; 
 Fracionamento; 
 Densidade calórico-proteica; 
 
ANOREXIA 
 Fracionamento; 
 Preferências do paciente; 
 Avaliar TNO; 
INAPETÊNCIA 
 Fracionamento; 
 Preferências do paciente; 
 Densidade calórico/proteica; 
DISOSMIA 
 Preparações visualmente agradáveis e 
coloridas; 
 Memória afetiva; 
 Preferências do paciente; 
XEROSTOMIA 
 Adequar consistência; 
 Frutas cítricas; 
 Líquidos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 QT agrava ou induz sarcopenia, sendo a perda de massa muscular associada a 
pior prognóstico. 
 Farmacocinética das drogas: hidrofilia; menos ME = menor volume de 
distribuição da droga e menor concentração de albumina circulante. 
 Medicamento de uso contínuo e consequências à composição corporal. 
 Divergência literária quanto à influência da obesidade na toxicidade da QT. 
 Utiliza-se redução de doses para obesos? 
 
DIARREIA CONSTIPAÇÃO 
 Ingestão hídrica; 
 Alimentos constipantes; 
 Lactose e sacarose – avaliar; 
 Adequar ingestão hídrica; 
 Alimentos laxativos; 
 Considerar módulos de fibras; 
NEUTROPENIA TRISMO 
 Higienização e sanitização adequados*; 
 Não excluir alimentos crus! 
*MATERIAL HIGIENIZAÇÃO DOS ALIMENTOS DISPONÍVEL 
PARA DOWNLOAD NO MATERIAL DE APOIO! 
 Adequar consistência; 
 Utensílios; 
 Avaliar TNO; 
 
 
 
 
 
 
DESNUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paciente com câncer – doença ativa 
 Balanço energético negativo; 
 Alterações metabólicas (TMB; Resistência insulínica; Lipólise; Proteólise); 
 Redução da ingestão calórica; 
 
Desnutrição 
 Pode ser que seja parcialmente reversível com o suporte nutricional; 
 
Ideal 
 Equipe multidisciplinar; 
 Prevenção; 
 Identificação precoce e intervenção; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESNUTRIÇÃO + SARCOPENIA + CAQUEXIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pior 
prognóstico! 
 
Caquexia Nutrição 
Atividade 
física 
 
 
 
 
 
 
 Pré-caquexia: paciente apresenta perda de peso inferior ou igual a 5%, anorexia 
e alterações metabólicas; 
 Caquexia: perda de peso igual ou superior a 5%, ou com IMC < 20kg/m2 e perda 
de peso maior que 2%, ou sarcopenia acompanhada de perda de peso corporal 
equivalente ou superior a 2%, redução ingestão alimentar e inflamação 
sistêmica; 
 Caquexia refratária: pacientes com diferentes graus de caquexia, mas nos quais 
há intenso catabolismo e que não respondem ao tratamento anticâncer; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATUALIZAÇÃO NO CONSENSO DE SARCOPENIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir do risco aumentado para desenvolvimento de sarcopenia: 
 Suplementação nutricional = adequação CHO, PTN, leucina; HMB. 
 Atividade física e fisioterapia. 
 Resistência insulínica = aumento do risco de sarcopenia. 
 Identificação pela FPP = em homens < 30 e em mulheres < 20. 
SARC-F: triagem para Sarcopenia 
Componente Questão Pontuação 
Força Quanta dificuldade você tem 
para levantar e carregar 5 
quilos? 
Nenhum: 0 
Alguma: 1 
Muito ou incapaz: 2 
Ajuda na caminhada Quantadificuldade você tem 
para atravessar uma sala? 
Nenhum: 0 
Alguma: 1 
Muito ou incapaz: 2 
Levantar-se de uma cadeira Quanta dificuldade você tem 
para se transferir de uma 
cadeira ou cama? 
Nenhum: 0 
Alguma: 1 
Muito ou incapaz sem ajuda: 2 
Subir escadas Quanta dificuldade você tem 
para subir um lance de 10 
degraus de escadas? 
Nenhum: 0 
Alguma: 1 
Muito ou incapaz: 2 
Quedas Quantas vezes você caiu no 
ano passado? 
Nenhum: 0 
1-3 quedas: 1 
4 ou mais quedas: 2 
 
 
 
 
 
 CP = em homens < ou igual a 34 e em mulheres < ou igual a 33, 
independentemente da idade. 
 Pré-operatório em obesos sarcopênicos = 600 ml a 1L de solução CHO, 
geralmente maltodextrina, até 2 horas antes da cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: a nutrição tem papel fundamental tanto na prevenção quanto no controle 
da sarcopenia. Esforços mais amplos que promovam a qualidade da dieta em conjunto 
com atividade física é essencial, tendo potencial significativo para a diminuição de perda 
da massa muscular e protegendo a função física. 
 
 
 
 
 
Intervenções nutricionais para tratar a baixa muscular em pacientes com câncer 
 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO PACIENTE 
Questões Proposta 
Qual método deve ser utilizado para 
a estimativa das necessidades 
energéticas? 
Sem estresse: de 25 a 30 kcal/kg de peso atual/dia (manutenção) 
Estresse leve: de 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia (ganho de peso, repleção nutricional) 
Estresse moderado ou grave: > 35 kcal/kg de peso atual/dia (hipermetabólico) 
Sepse: de 25 a 30kcal/kg de peso atual dia 
Obesidade: de 21 a 25 kcal/kg de peso atual/dia 
Quais as recomendações proteicas? 
Sem estresse: de 1,0 a 1,2 g/kg de peso atual/dia (manutenção) 
Estresse leve: de 1,2 a 1,5 g/kg de peso atual/dia (doença aguda ou crônica) 
Estresse moderado ou grave: de 1,5 a 2,0 g/kg de peso atual/dia (doença ou lesão grave e 
desnutrição grave) 
Quais as recomendações hídricas? De 30 a 40 ml/kg de peso atual/dia 
Quais as recomendações de 
vitaminas e minerais? 
As recomendações devem ser feitas conforme a DRI durante o tratamento e após o 
término. 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia nutricional oral 
 Primeira opção, quando a ingestão alimentar for menor que 75% das 
recomendações em até 5 dias, sem expectativa de melhora da ingestão; 
 Deve ser descontinuada quando houver inviabilidade da via oral por graves 
manifestações de odinofagia, disfagia, obstrução, vômitos, incoercíveis, risco de 
aspiração; recusa do paciente e intolerância; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia nutricional via sonda 
 Na impossibilidade de utilização da via oral, ingestão alimentar menor que 
60% das necessidades nos últimos 3 dias, sem expectativa de melhora; 
 Verificar indicação do uso para garantir independência; 
 Escolha do posicionamento gástrico é sempre preferencial por ser mais 
fisiológico; 
 Deve ser descontinuada na presença de instabilidade hemodinâmica, íleo 
paralítico, diarreia grave persistente, vômitos incoercíveis, sangramento do 
TGI e distensão abdominal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia nutricional parenteral 
 Prescrição médica; 
 Quando há impossibilidade total ou parcial de uso do TGI; como 
complemento a TNE, nos casos em que essa for incapaz de fornecer as 
necessidades nutricionais dentro dos 3 primeiros dias; 
 Deve ser suspensa quando instabilidade hemodinâmica ou quando a via 
enteral ou oral estiver suprindo 60% e 75% das necessidades nutricionais, 
respectivamente, por 3 dias consecutivos; 
Para alunos IAPP+ 
Prática clínica: Nutrição Enteral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nenhum deles teve um projeto metodológico rigoroso, conforme os autores. 
 511 estudos; 
 11 duplicados; 
 500 estudos selecionados; 
 15 foram verificados; 
Revisões sistemáticas e meta-análises, estudos controlados randomizados, estudos controlados não 
aleatorizados, estudos não controlados (monitoramento de processos, estudos não controlados antes e 
depois, séries de análises temporais), estudos observacionais, séries de casos e estudos de caso., 
 
 
 
 
 A maioria avaliou apenas a viabilidade, a qualidade de vida e a adesão do 
paciente à dieta cetogênica isocalórica. 
 Somente 20% de todos os pacientes aderiram às recomendações dietéticas 
durante todo o período de estudo. 
 
Conclusão: 
 Estudos consistentes; 
 Comparações metodológicas; 
 Verificação da perda de peso – É válido? 
 Aceitação do paciente; 
 CUIDADO HUMANIZADO E ADESÃO! 
PRESCRIÇÃO DE ANTIOXIDANTES 
 
 Substâncias que presentes em baixas concentrações, atrasam ou inibem as lesões 
causadas pelos radicais livres nas células, podendo ser encontrados naturalmente 
no organismo e em alimentos; 
 Vitamina C; 
 Vitamina E; 
 Betacaroteno; 
 
 
 
 
 Selênio; 
 Fitoquímicos ou antioxidantes naturais presentes em vegetais. 
 
 
 
 
Conclusão: Pensar somente na neutralização dos radicais livres, não seria interessante, 
pois quando entramos com uma terapia antineoplásica, precisamos que o organismo 
responda de forma anti-inflamatória para que haja a geração de radicais livres e que 
ocorra de fato a apoptose. A prescrição de antioxidantes pode ser protetora do tumor e 
estar relacionada a menor sobrevivência desse paciente (pior prognóstico). 
 
 
 
 
 
O consumo durante o tratamento deve ser realizado com menos cápsulas, 
produtos e mais comida de verdade, de forma pontual, de acordo com a rotina do 
paciente! 
 
 
 
 
 
Conclusão: o consumo aumentado de alimentos mini processados está relacionado ao 
fator preventivo do câncer de cabeça e pescoço. 
TRIAGEM NUTRICIONAL 
 
Segundo o Consenso de Nutrição Oncológica, a triagem e a avaliação nutricional 
identificam precocemente o risco de desnutrição, minimizam a perda de peso e 
sinalizam os pacientes que terão benefícios com a intervenção nutricional precoce e 
especializada. 
O diagnóstico obtido pela triagem e pela avaliação nutricional deverá ser 
registrado no prontuário e, de preferência, sinalizado para a equipe. Todos os 
pacientes com ou sem risco de desnutrição, desnutridos ou não, devem ter seu 
diagnóstico nutricional registrado na internação e, consecutivamente, a cada sete 
dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 
 
 
 
 
 
 
1. Peso (veja anexo 1) 2. Ingestão alimentar 
Resumo do meu peso atual e recente: 
Em comparação a minha alimentação normal, eu 
poderia considerar minha ingestão alimentar durante o 
último mês como: 
Eu atualmente peso aproximadamente kg  Sem mudança (0) 
EU tenho aproximadamente 1 metro e cm  Mais que o normal (0) 
Há 1 mês atrás eu pesava aproximadamente kg  Menos que o normal (1) 
Há 6 meses atrás eu pesava aproximadamente kg 
 
Durante as 2 últimas semanas meu peso: Atualmente, eu estou comendo: 
 Diminuiu (1) 
 Comida normal (alimentos sólidos) em menor 
quantidade (1) 
 Ficou igual (0) 
 Comida normal (alimentos sólidos) em pouca 
quantidade (2) 
 Aumentou (0)  Apenas líquidos (3) 
  Apenas suplementos nutricionais (3) 
  Muito pouco de qualquer comida (4) 
  Apenas alimentos por sonda ou pela veia (0) 
3. Sintomas 4. Atividades e funções 
Durante as 2 últimas semanas, eu tenho tido os 
seguintes problemas que me impedem de comer o 
suficiente: 
No último mês, eu consideraria minha atividade como: 
 Sem problemas para se alimentar (0)  Normal, sem nenhuma limitação (0) 
 Sem apetite, apenas sem vontade de comer 
(3) 
 Não totalmente normal, mas capaz de 
manter quase todas as atividades 
normais (1) 
 Náusea (1) Vômito (3) constipação (1) 
diarreia (3) 
 Feridas na boca (2) boca seca (1) alimentos 
que tem gosto estranho ou não tem gosto 
(1) os cheiros me enjoam (1) problemas para 
engolir (2) rapidamente me sinto satisfeito 
(1) dor; onde?(3) 
 Não me sentindo bem a maioriadas 
coisas, mas ficando na cama ou na 
cadeira menos da metade do dia (2) 
 Outros**(1) 
 Capaz de fazer pouca atividade, e 
passando a maior parte do tempo na 
cadeira ou na cama (3) 
**ex: depressão, problemas dentários e financeiros  Bastante tempo acamado, raramente 
fora da cama (3) 
 Somatório dos escores das caixas 1 a 4 A 
 
 
 
 
Anexo 2- regras para pontuação da Avaliação Subjetiva global produzida pelo (ASG-PPP) 
As caixas de 1 a 4 da ASG-PPP foram feitas para serem preenchidas pelo paciente. O escore numérico da 
ASG-PPP é determinado usando: 
1) Os pontos entre parênteses anotados nas caixas 1 a 4; 
2) Na folha abaixo para itens não pontuados entre parênteses. Os escores para as caixas 1 e 3 são 
aditivos dentro de cada caixa e os escores das caixas 2 e 4 são baseadas nos escores mais altos 
marcados pelo paciente. 
Folha 1 – Escore de perda de peso Folha 2 – Critério de pontuação para condição 
Para determinar o escore, use o peso de 1 mês 
atrás se disponível. Use o peso de 6 meses atrás 
apenas se não tiver dados do peso do mês 
passado. Use os pontos abaixo para pontuar as 
mudanças do peso e acrescente pontos extras se o 
paciente perdeu peso nas últimas semanas. 
Coloque a pontuação total na caixa 1 da ASG-PPP 
A pontuação é obtida pela adição de 1 ponto para cada 
condição listada abaixo que o paciente apresente 
Perda de peso 
em 1 mês 
Pontos 
Perda de peso em 
6 meses 
Categoria Pontos 
10% ou mais 4 20% ou mais Câncer 1 
5-9,9% 3 10-19,9% AIDS 1 
3-4,9% 2 6-9,9% Caquexia pulmonar ou cardíaca 1 
2-2,9% 1 2-5,9% 
Úlcera de decúbito, ferida aberta ou 
físula 
1 
0-1,9% 0 0-1,9% Presença de trauma 1 
 Idade maior que 65 anos 1 
Pontuação para a folha 1 
Anote na caixa A 
Pontuação para a folha 2 
Anote na caixa B 
Folha 3 – Pontuação do estresse metabólico 
O escore para o estresse metabólico é determinado pelo número de variáveis conhecidas que aumentam 
as necessidades calóricas e proteicas. O escore é aditivo sendo que se o paciente tem febre > 38,9° (3 
pontos) e toma 10 mg de prednisona cronicamente (2 pontos) teria uma pontuação de 5 pontos para esta 
seção. 
Estresse Nenhum (0) Baixo (1) Moderado (2) Alto (3) 
Febre Sem febre >37,2° e < 38,3° > 38,3 e < 38,9° > 38,9° 
Duração de febre Sem febre < 72 horas 72 Oras >72 horas 
Corticosteróides Sem 
corticosteróides 
Dose baixa 
(< 10 mg 
prednisona/dia) 
Dose moderada 
(> 10 E < 30 mg 
prednisona) 
Dose alta 
(> 30 mg prednisona) 
Pontuação para a folha 1 
Anote na caixa A 
 
 
 
 
Folha 4 – Exame físico 
O exame físico inclui a avaliação subjetiva e 3 aspectos da composição corporal: gordura, músculo e estado 
de hidratação. Como é subjetiva, cada aspecto do exame é graduado pelo grau de déficit. O déficit muscular 
tem maior impacto no escore do que o déficit de gordura. Definição das categorias: 0 = sem déficit, 1+ = 
déficit, 2+ = déficit moderado, 3+ = déficit grave. A avaliação dos déficits nestas categorias não devem ser 
somadas, mas são usadas para avaliar clinicamente o grau de déficit (ou presença de líquidos em excesso) 
Reservas de gordura Estado de hidratação 
Região peri-
órbital 
0 +1 +2 +3 
Prega de 
tríceps 
0 +1 +2 +3 Edema no 
tornozelo 
0 +1 +2 +3 
Gordura sobre 
ultimas 
costelas 
0 +1 +2 +3 
Edema sacral 
0 +1 +2 +3 
Avaliação geral 
do déficit de 
gordura 
0 +1 +2 +3 
Ascite 
0 +1 +2 +3 
 
 
 
5.Doença e sua relação com requerimentos nutricionais (veja anexo 2) 
Todos os diagnósticos relevantes (especifique) 
Estadiamento da doença primária (circule se conhecido ou apropriado) I II III IV 
Outro 
Escore numérico do anexo 2 
B 
Idade 
 6) Demanda metabólica Escore numérico do anexo 3 C 
7) Exame físico (veja anexo 4) Escore numérico do anexo 4 D 
 
Avaliação subjetiva global (veja nexo 5) Escore total da ASG-PPP 
Bem nutrido ou anabólico (ASG A) 
Escore numérico total A + B + C + D acima 
(siga as orientações de triagem abaixo) 
Desnutrição moderada ou suspeita (ASG B) 
Gravemente desnutrido 
 
 
Recomendações de triagem nutricional: A somatória dos escores é utilizada para definir 
intervenções nutricionais específicas, incluindo a orientação do paciente e seus familiares, 
manuseio dos sintomas incluindo intervenções farmacológicos e intervenção nutricional 
adequada (alimentos, suplementos nutricionais, nutrição enteral ou parenteral). A primeira fase 
da intervenção nutricional inclui o manuseio dos sintomas. 0-1: Não há necessidade de 
intervenção neste momento. Reavaliar de forma rotineira durante o tratamento. 2-3: Educação 
do paciente e seus familiares pelo nutricionista, enfermeira ou outro profissional, com 
intervenção farmacológica de acordo com o inquérito dos sintomas (caixa 3) e exames 
 
 
 
 
laboratoriais se adequado. 4-8: necessita intervenção pela nutricionista, juntamente com a 
enfermeira ou médico como indicado pelo inquérito dos sintomas (caixa 3). > 9: Indica 
necessidade crítica de melhora no manuseio dos sintomas e/ou opções de intervenção 
nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicativo exclusivo para avaliação subjetiva global: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Site: http://pt-global.org/?page_id=6104 
 
 
 
 
 
CONDUTAS NUTRICIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Orientações nutricionais; 
 Manejo de sinais e sintomas; 
 Adequação do plano alimentar; 
 Terapia nutricional oral; 
 Terapia nutricional enteral; 
 Terapia nutricional parenteral. 
 
 
 
 
 
 
Manejo de sinais 
e sintomas 
Melhorar 
capacidade 
funcional
Melhorar 
tolerância ao 
tratamento
Ganho 
psicológico
Qualidade de vida 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 
 
PRIORIZAR 
 
 
Anorexia 
Perda de 
apetite
Alteração do 
paladar
Xerostomia
Náuseas e 
vômitos
Mucosite, 
estomatite, 
odinofagia
Saciedade 
precoce
Diarreia Constipação
ORGÂNICOS VARIEDADES CULTURA 
 
 
 
 
CUIDADOS PALIATIVOS 
“Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe 
multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus 
familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do 
sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor 
e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (2002).” 
 
 
 
Os cuidados paliativos devem ser iniciados desde o diagnóstico e caminhar de 
forma pararela à terapia proposta. Quanto mais precoce, maior o benefícios ao núcleo 
de cuidados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os cuidados paliativos melhoram a qualidade de vida dos pacientes e de suas 
famílias que enfrentam desafios associados a doenças fatais, sejam elas físicas, 
psicológicas, sociais ou espirituais. A qualidade de vida dos cuidadores também 
melhora. 
 
 
 
 
 A cada ano, cerca de 40 milhões de pessoas precisam de cuidados paliativos; 78% 
delas vivem em países de renda baixa e média. 
 Em todo o mundo, apenas cerca de 14% das pessoas que precisam de cuidados 
paliativos atualmente os recebem. 
 Regulamentações desnecessariamente restritivas para a morfina e outros 
medicamentos paliativos essenciais controlados negam o acesso a cuidados 
paliativos adequados. 
 Políticas, programas, recursos e treinamento nacionais adequados em cuidados 
paliativos entre profissionais de saúde são urgentemente necessários para 
melhorar o acesso. 
 A necessidade global de cuidados paliativos continuará a crescer como resultado 
do envelhecimento das populações e do aumento da carga de doenças não 
transmissíveis e algumas doenças transmissíveis. 
 A entrega precoce de cuidados paliativos reduz as internações hospitalares 
desnecessárias e o uso de serviços de saúde. 
 Os cuidados paliativos envolvem uma gama de serviços prestados por uma gama 
de profissionais que têm papéis igualmente importantes a desempenhar - 
incluindo médicos, enfermagem, trabalhadores de apoio, paramédicos, 
farmacêuticos,fisioterapeutas e voluntários - no apoio ao paciente e sua família. 
 
 
 
 
 
 
 
Em primeiro lugar: cuidar de quem cuida! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é ser/fazer o bem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autocuidado Empatia
Compaixão Planejamento
CUIDAR
Estar disponível 
(boa intenção)
Estar disposto (tem
a ver com o espaço
que o outro abriu
para estar com
alguém – reflexão
do que você tem de
recurso para
oferecer ao outro).
 
 
 
 
Princípios do cuidado paliativo 
 Alívio de sintomas; 
 Integrar aspectos físicos, psicológicos, espirituais e sociais; 
 Apoiar paciente e núcleo de cuidado a viver ativamente = autonomia; 
 Não acelerar e nem adiantar a morte; 
 Afirmar vida e morte como processos naturais; 
 Apoio em fase de luto; 
Os cuidados paliativos segundo a Organização Mundial da Saúde são orientados 
para pacientes que estão acometidos com doenças que ameaçam a continuidade da 
vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos para se ter atenção nos cuidados paliativos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política 
 Cuidados paliativos: parte do plano nacional de 
saúde, políticas e regulamentos relacionados 
 Modelos de financiamento / prestação de 
serviços que apoiam a prestação de cuidados 
paliativos 
 Medicamentos essenciais 
(Legisladores, reguladores, OMS, ONGs) 
Disponibilidade de 
medicamentos 
 Opioides, 
medicamentos 
essenciais 
 Cota de importação 
 Custo 
 Prescrição 
 Distribuição 
 Administração 
(Farmacêuticos, reguladores 
de medicamentos, agentes da 
lei) 
Educação 
 Mídia e defesa pública 
 Currículos, cursos - 
profissionais, estagiários 
 Treinamento especializado 
 Treinamento e suporte do 
cuidador familiar 
(Mídia e público, profissionais de 
saúde e estagiários, especialistas em 
cuidados paliativos, cuidadores 
familiares) 
Implementação 
 Líderes de opinião 
 Mão de obra do treinador 
 Planos estratégicos e de negócios - 
recursos, infraestrutura 
 Padrões, medidas de diretrizes 
(líderes comunitários e clínicos, 
administradores) 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS 
 
 Cuidados paliativos oncológicos; 
 Avaliação clínica e prognóstica; 
 Avaliação nutricional; 
 Conduta nutricional; 
 Terapia nutricional; 
 Acompanhamento ambulatorial ou domiciliar; 
 
Diagrama de avaliação multidimensional 
 
 
Escuta Presença
 
 
 
 
CONDUTAS NUTRICIONAIS 
 
 Manejo de sinais e sintomas; 
 Ganho psicológico; 
 Tolerância ao tratamento; 
 Capacidade funcional; 
 
 
 
 
 
 Orientações nutricionais; 
 Manejo de sinais e sintomas; 
 Adequação do plano alimentar – Acréscimo calórico/proteico; 
 Terapia nutricional oral; 
 Terapia nutricional enteral; 
 Terapia nutricional parenteral; 
 Terapias nutricionais – manejos fúteis? 
Qualidade de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baseadas sempre na verdade: os olhos falam! Não 
podemos trair a confiança do paciente e aumentar o 
sentimento de solidão no momento. 
 
“Eu vou conseguir ganhar peso?” “Eu vou morrer?” 
 
 
 
 A nutrição possui papel preventivo, buscando assegurar as necessidades 
nutricionais na tentativa de preservar o peso e a composição corporal e retardar o 
desenvolvimento da caquexia. 
 Além disso, auxilia o controle de sintomas e a manutenção da hidratação 
satisfatória e atua ressignificando o alimento, possibilitando a redução da ansiedade e 
o aumento da autoestima e do prazer. 
 Planejamento nutricional de pacientes adultos em cuidados paliativos considere, 
entre outros fatores, a expectativa de vida como um dos componentes essenciais na 
tomada de decisão sobre a conduta a ser instituída. 
 
 Expectativa de vida maior que 90 dias. 
 Expectativa de vida igual ou menor que 90 dias. 
 Cuidados ao fim da vida, fase cujo óbito é iminente e geralmente ocorre em até 
72 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escalas de capacidade funcional 
 
Índice da escala de desempenho de Karnofsky (KPS) 
Pontuação (categoria) Karnofsky 
100 Normal; sem reclamações; nenhuma evidência de 
doença 
90 Capaz de realizar atividades normais; pequenos sinais 
ou sintomas 
80 Atividade normal com esforço; alguns sinais ou 
sintomas de doença 
70 Cuidar de si; incapaz de realizar atividades normais ou 
de fazer trabalho ativo 
60 Requer assistência ocasional, mas é capaz de cuidar 
da maioria de suas necessidades 
50 Requer assistência considerável e cuidados médicos 
frequentes 
40 Desativado; requer cuidados e assistência especiais 
30 Severamente incapacitado; necessidade de 
hospitalização; o tratamento de suporte ativo é 
necessário 
20 Muito doente; necessidade de hospitalização; o 
tratamento de suporte ativo é necessário 
10 Moribundo; processos fatais progredindo 
rapidamente 
0 Morte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo da avaliação nutricional do paciente oncológico em cuidados paliativos: 
Quadro-resumo da avaliação nutricional do paciente oncológico adulto em 
cuidados paliativos 
 
Questão 
Resposta segundo expectativa de vida 
Maior que 90 dias Igual ou menor que 90 
dias 
Cuidado ao 
fim da vida 
A avaliação 
nutricional deve ser 
realizada em 
pacientes adultos em 
cuidados paliativos? 
 
 
- Sim 
 
 
- Sim 
 
 
- Sim 
Quais os 
pacientes adultos 
em cuidados 
paliativos devem 
ser 
avaliados? 
 
 
- Todos 
 
 
- Todos 
 
 
- Todos 
Que instrumentos 
devem ser 
utilizados para a 
avaliação 
nutricional? 
- ASG-PPP 
- Anamnese nutricional 
- Sinais e sintomas 
- Parâmetros 
laboratoriais 
- ASG-PPP 
- Anamnese nutricional 
- Sinais e sintomas 
- Anamnese 
nutricional com 
foco nos sinais 
e 
sintomas 
Capacidade funcional (KPS; 
ECOGPS; PPS)
Sintomas (anorexia, perda 
de peso, fadiga, disfagia, 
saciedade precoce, 
xerostomia)
Parâmetros bioquímicos 
(hipoalbuminemia <3,5 
mg/dL + proteína C reativa 
>10mg/l) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais 
indicadores de 
risco nutricional 
devem ser utilizados? 
- ASG ou ASG-PPP - B ou 
C 
ou ≥ 9 
- % perda de peso 
atual ou referido 
significativa ou 
grave 
- Ingestão alimentar 
por mais de 7 dias 
menor que 60% das 
necessidades 
- Persistente presença 
de sinais e sintomas 
- proteína C reativa 
elevada ≥ 
10 e albumina 
baixa 3,5 ou com 
uma relação > 2 
- ASG ou ASG-PPP - B ou 
C 
ou ≥ 9 
- % perda de peso atual 
ou 
referido significativa 
ou grave 
- Ingestão alimentar 
por mais de 7 dias 
menor que 60 % das 
necessidades 
- Persistente presença 
de sinais e sintomas 
- Sinais e sintomas 
hospitalares e 
conforme risco 
nutricional 
 
 
 
 
Com que 
frequência devem 
ser avaliados? 
Internação: 
- Na admissão 
hospitalar e 
conforme risco 
nutricional 
Diariamente: 
- Ingestão alimentar 
- Sinais e sintomas 
Ambulatorial ou 
domiciliar: 
- A cada 15 dias ou 
conforme 
agendamento ou 
demanda 
espontânea 
Internação: 
- Na admissão 
hospitalar e 
conforme risco 
nutricional 
Diariamente: 
- Ingestão alimentar 
- Sinais e sintomas 
Ambulatorial ou 
domiciliar: 
- A cada 15 dias ou 
conforme 
agendamento ou 
demanda 
espontânea 
Diariamente: 
- Sinais e 
sintomas 
Quais dados da 
avaliação nutricional 
devem ser 
registrados? 
- Todos, de acordo com 
a rotina do serviço 
- Todos, de acordo com 
a rotina do serviço 
- Todos, de 
acordo com a 
rotina do 
serviço 
 
 
 
 
 
 
Quadro-resumo das recomendações nutricionais para o paciente oncológico 
adulto em cuidados paliativos 
 
 
Questão 
Resposta segundo a 
expectativa de vida 
Maior que 90 dias 
Igual ou menor que 
90 
dias 
Cuidado ao fim da 
vida 
Qual método deve 
ser utilizado para 
estimativa das 
necessidades 
calóricas? 
- De 25 kcal/kg 
a 35 kcal/kg 
ao dia 
- Utilizar o peso 
atual, usual ou 
mais recente 
- De 25 kcal/kg 
a 30 kcal/kg 
ao dia 
- Utilizar o peso 
atual, usual ou 
mais recente 
- De acordo com a 
aceitação e a 
tolerância do 
paciente 
Quais asrecomendações 
proteicas? 
- De 1,0 g de 
proteína/kg a 1,5 g 
de proteína/kg ao 
dia 
- Utilizar o peso 
atual, usual ou 
mais recente 
- Se necessário, 
ajustar a 
recomendação 
proteica do 
paciente de acordo 
com as 
comorbidades 
- De 1,0 g de 
proteína/kg a 1,5 g 
de proteína/kg ao 
dia 
- Utilizar o peso 
atual, usual ou 
mais recente 
- Se necessário, 
ajustar a 
recomendação 
proteica do 
paciente de acordo 
com as 
comorbidades 
- De acordo com a 
aceitação e a 
tolerância do 
paciente 
Quais as 
recomendações 
hídricas? 
- Adulto: de 30 
ml/kg a 35 ml/kg 
ao dia 
- Idoso: 25 ml/kg ao 
dia 
- Adulto: de 30 
ml/kg a 35 ml/kg 
ao dia 
- Idoso: 25 ml/kg ao 
dia 
- De 500 ml a 1.000 ml 
ao dia 
- A hidratação deve 
ser administrada de 
acordo com a 
tolerância e a 
sintomatologia do 
paciente 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro-resumo da terapia nutricional do paciente oncológico adulto em 
cuidados paliativos 
 
 
Questão 
Resposta segundo expectativa de vida 
Maior que 90 
dias 
Igual ou menor que 90 
dias 
Cuidado ao fim 
da 
vida 
Quais os 
objetivos da 
terapia 
nutricional no 
paciente adulto? 
- Prevenir ou minimizar 
os 
déficits nutricionais 
- Reduzir 
complicações 
da desnutrição 
- Controlar 
sintomas e evitar 
desidratação 
- Promover conforto 
emocional e melhora 
da autoestima 
- Melhorar capacidade 
funcional 
- Melhorar a Qualidade 
de Vida 
- Considerar aspectos 
bioéticos 
relacionados à: 
autonomia, 
beneficência, não 
maleficência e justiça 
- Avaliar desejos e 
valores do 
paciente 
- Minimizar os déficits 
nutricionais 
- Controlar sintomas e 
evitar desidratação 
- Promover conforto 
emocional e melhora 
da autoestima 
- Melhorar a Qualidade 
de Vida 
- Considerar aspectos 
bioéticos relacionados 
à: autonomia, 
beneficência, não 
maleficência e justiça 
- Avaliar desejos e 
valores do paciente 
- Promover 
conforto e 
melhora 
da 
Qualidade 
de Vida 
- Considerar 
aspectos 
bioéticos 
relacionados 
à: autonomia, 
beneficência, 
não 
maleficência e 
justiça 
- Avaliar 
desejos e 
valores do 
paciente 
quanto 
à manutenção 
ou 
à suspensão da 
dieta 
Quais critérios 
devem ser 
utilizados para 
indicar terapia 
nutricional 
- Todos os pacientes com 
risco 
nutricional e/ou 
presença de 
desnutrição 
- Todos os pacientes 
com risco nutricional 
e/ou presença de 
desnutrição, devendo o 
paciente apresentar PS 
≤ 3; e KPS ou PPS 
≥ 30% 
- Não há 
indicação 
Quando 
indicada, a 
terapia 
nutricional deve 
- O mais precoce 
possível na 
presença de 
estabilidade 
- O mais precoce 
possível na presença 
de estabilidade 
hemodinâmica 
- Não se aplica 
 
 
 
 
ser iniciada em 
que momento? 
hemodinâmica 
Quais as 
contraindicações 
para a terapia 
nutricional? 
TNO: 
- Ingestão alimentar 
> 70% das 
necessidades 
nutricionais 
- Queda do nível de 
consciência 
- TGI não funcionante 
- Instabilidade 
hemodinâmica TNE: 
- Ingestão alimentar via 
oral 
> 60% das 
necessidades 
nutricionais 
- TGI não funcionante 
- Instabilidade 
hemodinâmica TNP: 
- TGI funcionante 
- Instabilidade 
hemodinâmica 
- PS ≤ 2; ou KPS ou PPS ≤ 
50% 
TNO: 
- Queda do nível de 
consciência 
- TGI não funcionante 
- Instabilidade 
hemodinâmica 
TNE: 
- TGI não funcionante 
- Instabilidade 
hemodinâmica 
TNP: 
- Não oferece benefícios 
nesse estágio da doença 
- Não se aplica 
 
 
Alimentação em fim de vida: 
 Condição clínica; 
 Capacidade funcional; 
 Sintomas; 
 Expectativa de vida; 
 Estado nutricional; 
 Ingestão alimentar; 
 Estado psicológico; 
 Funcionalidade do TGI. 
Considerar: Bioética, autonomia, 
beneficência, não maleficência e justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recuperação do estado nutricional? 
Redução de desconforto/ auxílio sintomas? 
Qual o benefício da TN nesse momento? 
 
Priorizar: 
 Comfort foods; 
 Segurança alimentar; 
 Boas companhias; 
 Cultura; 
“Você é importante por quem você é. Você é importante até o último momento da sua 
vida, e faremos tudo o que pudermos, não só para ajudá-lo a morrer em paz, mas 
também para a viver até morrer.” 
 
Cicely Saunders 
 
10 de outubro – Dia Mundial dos Cuidados Paliativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROBIOTA INTESTINAL 
 
• Microbiota Intestinal; 
• Câncer impactos no surgimento e desfecho do tratamento; 
 
MICROBIOTA 
 
 
 
Fatores ambientais moldam e modificam o microbioma ao longo do tempo e as 
perturbações podem levar a doenças. E a nossa microbiota sofre fatores ainda antes do 
nascimento. 
Fatores maternos como infecções vaginais e microbioma intestinal podem levar 
à translocação bacteriana para o útero. Fatores pós-natais: modo de parto, 
amamentação versus alimentação com fórmula, introdução de alimentos sólidos e 
adversidades no início da vida e exposição a antibióticos podem moldar o microbioma 
em desenvolvimento na primeira infância. 
Fatores ambientais ao longo da vida: dieta de longo prazo e exposição aos 
animais pode modificar o microbioma durante a infância e a idade adulta. Perturbações 
no microbioma: medicamentos, como antibióticos, inibidores da bomba de prótons e 
metformina, e uma variedade de dietas diferentes podem tornar os indivíduos mais 
propensos a doenças, como doença inflamatória do intestino, IBS e obesidade. 
O estresse pode levar a mudanças no microbioma que afeta permeabilidade 
intestinal e produção de SCFA. Fumar pode causar alterações microbianas que alteram 
 
 
 
 
a sinalização inflamatória e produção de mucina colônica, todos os quais podem ser 
mecanismos que levam ao desenvolvimento de doenças. 
O microbioma é um sistema complexo na interseção do meio ambiente e da 
saúde. Embora muitos aspectos do meio ambiente podem causar mudanças no 
microbioma. 
Estudos ainda são necessários para determinar a relação direta entre fatores 
ambientais e disbiose intestinal com o desenvolvimento da doença, melhorias em 
tecnologia de sequenciamento e um campo cada vez maior de a bioinformática está 
fornecendo novos insights diários sobre como meio ambiente, saúde e microorganismos 
estão relacionados. 
Este tem implicações não apenas para uma melhor compreensão da subjacente 
fisiopatologia da doença, mas também pode ajudar desenvolver melhor tratamentos 
direcionados com base em moléculas microbianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DO TIPO DE DIETA 
 
 
DIETA 
RIQUEZA/DIVERSIDADE 
DE ESPÉCIES 
MICRÓBIOS 
ALTERADOS 
EFEITO FISIOLÓGICO 
ASSOCIADO 
ESTADO DE 
DOENÇA 
ASSOCIADA 
Dieta 
ocidental 
↓ ↑Bacteroides 
↑Enterobactéria 
↓Bifidobactéria 
↓Lactobacilli 
↓Eubactéria 
 
 
 
Redução de SCFA, 
níveis mais altos de 
LPS, maior inflamação, 
redução da barreira 
intestinal 
Obesidade 
Câncer de cólon 
Diabetes tipo 2 
 
Dieta 
mediterrânea 
↑ ↑Bifidobacterias 
↑ Lactobacilos 
↑ Eubactérias 
↑Bacteroides 
↑Prevotella 
↑Roseburia 
↓Clostridium 
Aumentar SCFA 
Diminuir inflamação 
Diminui o risco de 
doenças 
cardiovasculares e 
obesidade 
PROTEÍNA 
Proteína 
vegetal 
↑ ↑Bifidobacterias 
↑ Lactobacilos 
↓Bacteroides 
↓ Clostridium 
perfringes 
 
Aumenta SCFA’s 
Aumentaa barreira 
intestinal e reduz a 
inflamação 
 
Proteína 
animal 
↑ ↑Alistipes 
↑BIlophila 
↓Clostridia 
↓Roseburia 
Aumentar TMAO 
Reduzir SCFA 
Aumentar animais e 
sulfetos 
Doenças 
cardiovascular 
Doença 
inflamatória 
intestinal (DII) 
 
GORDURAS 
Gorduras não 
saturadas 
↑ ↑Lactobacillus 
↑Lachnospiraceae 
↑Streptococcus 
Reduz a ativação de 
TLR 
Reduz a inflamação do 
tecido adiposo branco 
Diminuir o risco de 
DII, obesidade, 
artrite psoriática 
 
 
 
 
↑Akkermansia 
muciniphila 
 
Gorduras 
saturadas 
↓ ↑Bacteroides 
↑Bilhophila 
↑Faecalibacterium 
prausnitzzi 
Ativação de TLR 
promove TH1 pro-
inflamatório 
Diabetes 
Obesidade 
Doença 
cardiovascular 
Fibraalimentar 
↑ ↑Lactobacilos 
↑Bifidobactérias 
↑Clostrídios 
↑Provotella 
↑Treponema 
 
Produção de SCFA 
Atividades anti-
inflamatórias 
Anticâncer 
Diminuir o risco de 
DCV, obesidade, 
diabetes, câncer de 
cólon 
 
 
MICROBIOTA – OUTROS FATORES DE INFLUÊNCIA 
 Medicamentos; 
 Xenobiótico; 
 Estilo de vida da família; 
 Obesidade; 
 Síndrome do Intestino Irritável; 
 Estilo de vida 
 
Câncer Mecanismo Provas 
Cânceres promovidos ou inibidos por patógenos bacterianos específicos 
Câncer de intestino Infecção crônica por Helicobacter 
pylori 
 Epidemiologia 
 Redução pela 
erradicação da 
H. pylori 
 Linfoma gástrico MALT 
 IPSID 
 Linfoma MALT de pele 
 Linfoma anexial ocular 
Respostas imunes adaptativas não 
controladas em pacientes com 
infecção crônica de H. pylori, 
Compylobacter jejuni, Borellia 
burgdorferi ou Chlamydia psittaci 
 Epidemiologia 
 Tratamento 
antibiótico 
Câncer de vesícula biliar Infecção crônica por Salmonella 
enterica subsp. enterica sorovar 
Typhi 
 Epidemiologia 
Câncer esofágico Risco reduzido em pacientes com 
infecção por H. 
 Epidemiologia 
 
 
 
 
 
MICROBIOTA E CÂNCER 
 
Mecanismos que controlam as interações hospedeiro-microbiota e falhas 
associadas implicadas no desenvolvimento do câncer 
 
A desordem desse equilíbrio leva a reações em cadeia que, em última análise, 
resultarão em um estado de promoção do câncer com falha na barreira, inflamação e 
disbiose. 
Este estado vai incluir: 
 Mudanças qualitativas e às vezes quantitativas na microbiota; 
 Falha da barreira fisicamente (por exemplo, no nível das junções estreitas 
ou na camada da mucosa), ou no nível dos sistemas de defesa 
 
 
 
 
antibacteriana, sejam aqueles de células epiteliais ou aqueles de células 
do tecido linfoide associado ao intestino (GALT); 
 Aumento das respostas inflamatórias, que muitas vezes são mediadas por 
receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) e citocinas a jusante 
que promovem a proliferação e sobrevivência de células epiteliais, como: 
 
 
 
Mecanismo de carcinogênese 
 
DCA
 ácido desoxicólico;
EREG
epiregulina;
IgA
imunoglobulina A;
IL-6
interleucina-6;
MAMP
padrão molecular 
associado a 
microrganismos;
NF-κB
fator nuclear-κB;
TH 17
T auxiliar 17;
TNF
fator de necrose 
tumoral.
 
 
 
 
 
1. Alterações no microbioma e nas defesas do hospedeiro podem favorecer o 
aumento da translocação bacteriana, levando ao aumento da inflamação, que é 
mediada por padrões moleculares associados a microrganismos (MAMPs) que 
ativam receptores Toll-like (TLRs) em vários tipos de células, incluindo 
macrófagos, miofibroblastos, epiteliais células e células tumorais. Esses efeitos 
podem ocorrer localmente ou por efeitos de longa distância em outros órgãos. 
2. Os efeitos genotóxicos são mediados por genotoxinas bacterianas (como a 
colibactina e a toxina distensora citoletal (CDT)) que, após serem entregues ao 
núcleo das células hospedeiras, induzem ativamente danos ao DNA em órgãos 
que estão em contato direto com o microbioma, como o trato 
gastrointestinal. As espécies reativas de oxigênio (ROS) e as espécies reativas de 
nitrogênio (RNS) liberadas de células inflamatórias, como macrófagos, bem 
como o sulfeto de hidrogênio (H 2 S) da microbiota bacteriana, também podem 
ser genotóxicas. 
3. As ações metabólicas do microbioma podem resultar na ativação de genotoxinas 
como acetaldeído, nitrosamina dietética e outros carcinógenos, no metabolismo 
de hormônios como estrogênio e testosterona, no metabolismo dos ácidos 
biliares e em alterações na captação de energia. A microbiota também medeia 
efeitos supressores de tumor por meio da inativação de carcinógenos, por meio 
da geração de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, e por meio da 
ativação biológica de fitoquímicos que previnem o câncer. Muitos desses 
mediadores tumorigênicos e supressores de tumor exercem efeitos locais e de 
longa distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modulação terapêutica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
 
Respostas imunológicas adaptativas 
Ao contrário da imunidade inata, as respostas imunes adaptativas 
são específicas para o tipo de patógeno encontrado, 
proporcionando assim uma resposta imune adaptada (embora 
mais lenta). Esta resposta adquirida é tipicamente mediada por 
células B e T com a geração subsequente de células de memória 
Bacteriocinas 
Peptídeos antimicrobianos liberados por bactérias para inibir o 
crescimento de micro-organismos semelhantes ou intimamente 
relacionados 
Comensalismo 
Uma relação entre dois organismos em que um organismo se 
beneficia, enquanto o outro não 
Disbiose 
Estado de composição microbiana caracterizado por uma 
proporção desequilibrada de bactérias em comparação com a 
proporção em estado saudável 
Eubiose 
Estado de composição microbiana em que abundâncias 
populacionais são encontradas em proporções normais e 
normalmente associadas a indivíduos saudáveis 
Transferência horizontal de genes 
A movimentação de material genético de um organismo para 
outro, sem a necessidade de divisão celular 
Imunidade inata 
Uma resposta imune que reconhece estruturas microbianas 
conservadas, normalmente por meio da ação de receptores de 
reconhecimento de padrões expressos nas células hospedeiras 
Metagenoma A coleção de genomas de membros de uma microbiota específica 
Padrões moleculares associados a 
microorganismos (MAMPs) 
Componentes estruturais conservados, como lipopolissacarídeo, 
flagelina e ácidos nucleicos derivados de microrganismos que são 
detectados pelo sistema imunológico inato do hospedeiro 
Dipeptídeo muramil 
Um derivado de peptidoglicano que é comum às paredes celulares 
de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e que desencadeia 
uma resposta imune inata 
Receptor Toll-like (TLR) 
Família de receptores conservados evolutivamente que 
reconhecem padrões moleculares associados a microrganismos, 
como flagelina, lipopolissacarídeo ou ácidos nucléicos. Esses 
receptores têm um papel essencial nas respostas imunes inatas 
Tolerância ao tumor 
Estado de hiporresponsividade imunológica, em que antígenos 
tumorais induzem tolerância às células T (um processo que permite 
a evasão imunológica do tumor) 
Fatores de virulência 
Moléculas expressas por microrganismos patogênicos que os 
ajudam a obter vantagem de crescimento em um ecossistema 
específico. Essas moléculas são frequentemente responsáveis pela 
manifestação da doença no hospedeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossa microbiota pode ser alterada pela dieta, e quando temos um consumo de 
carboidratos e uma metabolização dos resíduos do mesmo, podemos ter alterações que 
correspondem a alterações na produção de butirato. O butirato deve estar em menor 
quantidade na microbiota, outros resíduos, como o proteico levam a uma formação de 
amônia, não estando relacionado ao melhor prognóstico do paciente. 
O consumo de fitoquímicos e fibras é essencial para manter a permeabilidade 
intestinal favorável. Sempre lembrando que todos esses fatores devem estar em 
equilíbrio para uma melhor proposta de conduta para o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não tem receita 
Tem você, com todo seu conhecimento(..). 
É uma grande viagem! Aquilo que cada um vive, é dele, é especial”. 
GUIMARÃES ROSA

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