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Efeitos recursais

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Efeitos dos recursos
Efeito obstativo 
Efeito devolutivo 
Efeito suspensivo 
Efeito regressivo 
Efeito diferido 
Efeito translativo 
Efeito expansivo 
Efeito substitutivo 
A interposição de recurso obsta (impede) a ocorrência de preclusão temporal. É uma
consequência da interposição do recurso, que não está ligado com o conhecimento ou
não do recurso posteriormente. 
É a transferência do conhecimento da matéria feita pelo órgão prolator da decisão
impugnada para o órgão julgador. Ocorrerá esse efeito mesmo que o julgamento seja
feito pelo mesmo órgão que julgou a decisão impugnada. Sendo assim, todo recurso
gera o efeito devolutivo.
A interposição do recurso impede, por disposição legal ou por decisão judicial, o início
da eficácia da decisão recorrida, prolongando seu estado de ineficácia, ou sustar a
eficácia da decisão recorrida. Quando a própria lei empresta efeito suspensivo a um
recurso, a decisão a ele sujeita não surte efeitos imediatos desde quando publicada e
enquanto o recurso não for julgado. Quando não há previsão legal, a decisão surte
regulares efeitos, podendo sofrer efeito suspensivo com a interposição de recurso. 
critérios para a concessão de efeito suspensivo: a) critério ope legis: a lei se encarrega
da previsão de tal efeito. B) o juiz no caso concreto concede o efeito. 
É a possibilidade de o próprio prolator da decisão julgar o recurso, retratando-se
alterando a decisão recorrida, no todo ou em parte. É o que ocorre com a apelação
interposta da sentença que indefere liminarmente a petição inicial. 
O processamento de um recurso depende da interposição e do recebimento de outro
recurso. Tem como exemplo o recurso adesivo. 
São as matérias que podem ser examinadas pelo órgão julgador do recurso
independentemente da impugnação do recorrente. É o que se dá com relação ao
mínimo indispensável para o exercício do direito de ação, os pressupostos processuais
e a intransmissibilidade do direito sobre o qual se pretende a concretização da tutela
jurisdicional. Sendo admitido a sua ocorrência, é permitido reformatio in pejus. Um
exemplo é a possibilidade de haver majoração da condenação em honorários de
advogado imposta ao Poder Público em remessa necessária. Esse efeito só se aplica
aos recursos ordinários. 
Ocorre quando o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente do que a
matéria impugnada ou atingir sujeito que não participaram como partes do recurso,
apesar de serem partes na demanda. 
O julgamento do recurso substituirá a decisão recorrida, nos limites da impugnação,
desde que conhecido. Esse efeito deixa de operar nos casos em que a decisão
recorrida é anulada pelo reconhecimento de error in procedendo. 
Ele pode ser objetivo ou subjetivo. A) efeito objetivo: pode ser interno: capítulos não
impugnados da decisão que serão atingidos. Ou externo: ocorre quando o julgamento
do recurso atinge outros atos processuais que não a decisão recorrida. Ocorre muito
com os recursos que não têm efeito suspensivo. B) efeito subjetivo: atinge um sujeito
que não tenha feito parte do recurso. Ocorre em caso de litisconsórcio e nem todos
recorrem. 
Referências: NEVES, Daniel Amorin Assumpção. Manual de direito processual civil. 13.
ed. rev. e atual.: Juspodivm, 2021. pág: 1575 - 1590
Bueno, C. S. Curso sistematizado de direito processual civil: procedimento comum,
processos nos tribunais e recursos. v.2.: Editora Saraiva, 2022. 9786553620605. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553620605/. Acesso em: 02 Sep
2022. pág: 271 - 280

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