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Teoria Geral Dos Recursos e Impactos Estratégicos (RESUMO)

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Teoria da Decisão Jurisd. e Recursos no Proc Civil
Teoria Geral Dos Recursos e Impactos Estratégicos
Resumo do tema 02
Teoria Geral Dos Recursos e Impactos Estratégicos
Objeto de recurso
O remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna.
Inicialmente, o recurso é um meio voluntário, e, portanto, não obrigatório. Interpõe recurso o recorrente insatisfeito com a decisão judicial proferida. Pode o recurso ser manejado pelas partes, terceiros prejudicados e Ministério Público, como parte ou fiscal da ordem jurídica, nos termos do art. 996 do CPC.
O recurso impugna apenas pronunciamentos judiciais decisórios. No caso, as “sentenças” e “decisões”. Os chamados “despachos” não possuem conteúdo decisório; são atos judiciais que apenas impulsionam a marcha processual. Portanto, contra eles não cabe recurso, nos termos do art. 1.001 do CPC.
Exemplo: Há decisões que são irrecorríveis. É o caso da decisão do relator que releva a pena de deserção quando o recorrente prova justo impedimento e da decisão do relator do recurso especial que considera prejudicado recurso extraordinário, nos termos, respectivamente, dos artigos 1.007, §6º e art. 1.031, §2º, do CPC.Exemplo
Espécies de recursos
O direito processual brasileiro adota o sistema de taxatividade recursal. Com efeito, só cabe recurso quando expressamente previsto em lei. No caso, os recursos do sistema jurídico brasileiro encontram-se no art. 994 do CPC, segundo o qual são cabíveis os seguintes recursos:
I - Apelação
II - Agravo de instrumento
III - Agravo interno
IV - Embargos de declaração
V - Recurso ordinário
VI - Recurso especial
VII - Recurso extraordinário
VIII - Agravo em recurso especial ou extraordinário
IX - Embargos de divergência
O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
No juízo de admissibilidade, verificam-se os requisitos de admissibilidade do recurso. Em outras palavras, são examinados certos pressupostos necessários do recurso para que ele possa ser posteriormente, julgado no mérito.
Quando o juízo de admissibilidade é positivo, diz-se que órgão julgador “admitiu” ou “conheceu” do recurso. Quando é negativo, afirma-se que o órgão julgador “inadmitiu” ou “não conheceu” do recurso.
O juízo de admissibilidade é um juízo sobre os requisitos mínimos para apreciar o recurso. Nele, toma-se uma decisão acerca da aptidão do recurso para ter seu objeto litigioso (mérito) analisado.
REQUISITOS DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Os requisitos de admissibilidade do recurso dividem-se em:
Requisitos intrínsecos
Têm relação com a existência do direito de recorrer (cabimento, legitimação, interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer).
Requisitos extrínsecos
Referem-se ao modo de exercício do direito de recorrer (preparo tempestividade e regularidade formal).
O JUÍZO DE MÉRITO
O julgamento de mérito recursal é a apreciação do pedido que consta no recurso, que pode ser a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial. Se o juízo de mérito for positivo, diz-se que o recurso foi “provido” ou que foi “dado provimento” a ele. Se o juízo for negativo, afirma-se que o recurso foi “desprovido” ou que foi “negado provimento” a ele.
Trata-se do momento em que o órgão julgador aprecia os fundamentos constantes no recurso do recorrente para decidir se lhe assiste razão ou não.
O mérito do recurso nada mais é do que a pretensão recursal. É formado pela causa de pedir (fundamento do recurso) e o pedido recursal.
Causa de pedir e pedido recursal
A causa de pedir recursal são os fatos jurídicos expostos no recurso que demostram que a decisão recorrida cometeu:
ERRO IN IUDICANDO
Quando a decisão recorrida incorre em erro in iudicando, significa dizer que cometeu o chamado “erro de julgamento”, que pode ser definido como um equívoco de conclusão. Nessas hipóteses, o recorrente deve formular pedido de reforma da decisão recorrida, buscando um novo pronunciamento, uma nova conclusão diversa daquela existente no julgado originário a qual considera equivocada.
Exemplos: “decisão que condenou o réu a cumprir obrigação que não era verdadeiramente devida; na decisão que anulou o contrato que não tinha qualquer vício; na decisão que declarou a falsidade de um documento que é autêntico”. 
ERRO IN PROCEDENDO
Quando a decisão recorrida incorre em erro in procedendo, afirma-se que houve um “erro de atividade”, que pode ser definido como um vício de atividade na decisão judicial. Aqui, não se está diante de um erro na conclusão do julgado, se certo ou errado, mas, sim, no modo como foi produzida. Nesses casos, deverá a parte requerer a invalidação da decisão, de modo que outra seja produzida em condições de validade, sem o vício anterior existente.
São exemplos as hipóteses em que a decisão é proferida sem fundamentação adequada, sem respeito ao contraditório ou por um juízo incompetente.
Por fim, pode a decisão recorrida ocorrer em omissão, contradição, obscuridade. Nessas hipóteses, o propósito do recorrente não será reformar nem cassar, mas tão somente aperfeiçoar a decisão, eliminando um desses vícios. No caso de contradição e obscuridade, o resultado buscado pelo recurso será o esclarecimento, o que ocorrerá via embargos de declaração, nos termos do art. 1.022, I, do CPC.
Por obscura
Compreende-se a decisão que é incompreensível total ou parcialmente.
Por contraditória
Compreende-se a decisão – como o próprio nome indica – que tem trechos do seu conteúdo incompatíveis e contraditórios entre si.
Princípios dos recursos
1° Princípio do duplo grau de jurisdição
É a possibilidade de a parte ter a solução de sua causa revisada por um segundo órgão jurisdicional. Permite-se, assim, um reexame da causa à parte vencida, o que ocorre, em regra, perante um órgão jurisdicional diferente e hierarquicamente superior. O objetivo da revisão do ato judicial é diminuir os riscos de falhas no primeiro julgamento e evitar abusos de poder do magistrado 
2° Princípio da taxatividade
Sedimenta que os recursos do nosso ordenamento jurídico estão taxativamente previstos em lei. Portanto, só haverá recurso se houver previsão legal, não se admitindo, por exemplo, sua previsão em regimento interno do Tribunal ou sua criação via negócio jurídico processual celebrado entre as partes.
3°Princípio da unirrecorribilidade (ou singularidade)
É aquele segundo o qual para cada decisão judicial recorrível só existe um recurso específico, sendo vedada a interposição de dois recursos simultaneamente ou sucessivamente contra a mesma decisão.
4°Princípio da dialeticidade
Exige que o recorrente alegue os motivos de seu inconformismo com a decisão judicial impugnada. É preciso, em suma, que o recorrente apresente os motivos de fato e de direito para que requeira um novo julgamento daquela questão. O recurso precisa ser dialético, ou seja, discursivo, de modo que indique os fundamentos que embasam o pedido de nova decisão.
5°Princípio da fungibilidade
É a autorização de se trocar um recurso por outro, na hipótese de equívoco cometido pela parte. Contudo, para a sua aplicação, é preciso que:
I Não tenha havido erro grosseiro cometido pela parte.
II Não tenha precluído o prazo para interposição.
III Conste inexistência de má-fé.
IV Esteja fundada dúvida quanto ao recurso a ser interposto.
6° Princípio da proibição da reformatio in pejus
É aquele que proíbe o órgão julgador de um recurso de proferir decisão mais desfavorável ao recorrente do que a decisão recorrida contra a qual se interpôs recurso.
7°Princípio da irrecorribilidade em separado das interlocutórias
É aquele, como o próprio nome sugere que prevê a irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias.
8°Princípio da complementaridade
Trata da impossibilidade de a parte apresentar as razões do seu recurso fora do prazo de sua interposição. Isso porque, uma vez interposto o recurso, há preclusão consumativa.
9°Princípio da consumação
É aquele que veda que, uma vez interposto um recurso, este seja substituídopor outro, interposto posteriormente, ainda que dentro do prazo recursal.
10°Princípio da primazia do julgamento do mérito recursal
Consagra a ideia de que o órgão julgador deve sempre priorizar o julgamento de mérito do recurso (o fenômeno também se aplica para o julgamento da demanda principal e julgamento de demanda incidental). O art. 4º do CPC é um dos dispositivos legais que consagra o princípio, visto que assegura à parte o direito à solução integral do mérito.
CLASSIFICAÇÕES DOS RECURSOS
I ° Quanto à extensão da matéria: 
Total
O recurso total é o que tem como objeto a integralidade da parcela da decisão que gerou sucumbência ao recorrente. Nesse sentido, quando o recorrente impugna tudo aquilo que ele pode impugnar, ou seja, todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida, o recurso será considerado total. Caso o recorrente não especifique a parte da decisão que impugna, considera-se o recurso como total.
Parcial
O recurso parcial é aquele em que o recorrente – de forma voluntária – impugna apenas parte do conteúdo impugnável da decisão. Ou seja, ele decide impugnar parcela ou um capítulo da decisão. Vale registrar que quando a decisão tem mais de uma resolução ou resolve mais de uma pretensão, afirma-se que cada parte dela constitui um capítulo de sentença. 
II ° Quanto à fundamentação
RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE
É aquele cuja admissibilidade não está limitada a qualquer matéria prevista em lei. Ou seja, o recorrente tem liberdade para criticar a decisão impugnada, apontando qualquer vício nela existente. Não há na causa de pedir recursal qualquer delimitação na lei dos possíveis vícios a serem alegados. São exemplos: apelação, agravo de instrumento etc.
RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA
É aquele em que, para sua admissão, a lei limita as críticas que podem ser feitos à decisão recorrida. Por exemplo, para opor embargos de declaração, deve o recorrente alegar obscuridade, contradição, omissão ou erro material da decisão (art. 1.022 do CPC). Para se interpor recurso especial, é preciso que haja algum dos questionamentos quanto à lei federal previstos no art. 105, III, da Constituição Federal. Para, ademais, interpor recurso extraordinário, deve haver algum equívoco de natureza constitucional previsto no art. 102, III, da Constituição Federal.
III ° Quanto ao objeto imediato do recurso
Recursos excepcionais
São aqueles em que não se autoriza debate sobre matéria de fato, apenas sobre questão de direito, sendo vedado o reexame de provas. A doutrina costuma apontar que, nesses recursos, o objetivo é viabilizar uma melhor aplicação da norma federal e constitucional. Ou seja, busca-se não a proteção do direito subjetivo da parte, mas a proteção do direito objetivo. São recursos excepcionais: o recurso extraordinário, o recurso especial e os embargos de divergência.
Recursos ordinários
São aqueles em que há controvérsia sobre matéria de fato e matéria de direito. Buscam, precipuamente, a proteção do direito subjetivo da parte, seu interesse em particular na demanda. São recursos ordinários todos os demais que não são classificados como excepcionais.
IV ° Quanto ao Principal e Adesivo
Recurso principal
É aquele interposto contra decisão judicial dentro do prazo legal sem depender de ato praticado pela parte contrária contra a mesma decisão recorrida.
Recurso adesivo
É aquele interposto no prazo de contrarrazões ao recurso interposto pela outra parte, motivado não pela vontade originária de impugnar, mas como contraposição ao recurso oferecido pela outra parte.
EFEITOS DOS RECURSOS
Efeito impeditivo
A interposição de recurso – que preencha os requisitos de admissibilidade – traz como primeiro efeito um impedimento à preclusão temporal da decisão recorrida.
Sua interposição prolonga o estado de litispendência. Com efeito, durante o trâmite recursal, não se pode falar em preclusão da decisão recorrida, do seu trânsito em julgado e até eventualmente da sua coisa julgada. Por essa razão, também não se admite a execução definitiva da decisão impugnada, até que julgado o recurso.
Efeito devolutivo
Com base nesse efeito, transfere-se, em regra, para o órgão ad quem o conhecimento das matérias que tenham sido objeto de decisão no órgão a quo. Ou seja, por meio do recurso e seu efeito devolutivo, provoca-se o reexame da decisão; há uma reapreciação e novo julgamento de questão já decidida.
I ° Extensão (dimensão horizontal)
A extensão do efeito devolutivo é a delimitação do que será submetido ao órgão que irá julgar o recurso. É a extensão da impugnação. Apenas se devolve o conhecimento de matéria impugnada (art. 1.013, caput, do CPC).
II ° Profundidade (dimensão vertical)
A profundidade do efeito devolutivo, por sua vez, trata das questões que devem ser apreciadas pelo órgão que irá julgar o recurso. É o material com o qual o órgão que irá julgar o recurso irá trabalhar para decidi-lo. O art. 1.013, § 1°, do CPC, de certo modo, estabelece que a profundidade da devolução está limitada à extensão da devolução. 
Efeito suspensivo
O efeito suspensivo trata da possibilidade de se suspender a eficácia da decisão recorrida, enquanto não julgado o recurso interposto.
Todo recurso pode ter efeito suspensivo. Existem recursos que possuem efeito suspensivo automático, por determinação legal. É o caso da apelação, nos termos do art. 1.012 do CPC. Isso significa que a sentença já é automaticamente uma decisão judicial que não produz efeitos, e assim permanecerá até o julgamento do recurso de apelação.
Efeito substitutivo
O julgamento de qualquer recurso é capaz de substituir – para todos os efeitos – a decisão recorrida. É o que estabelece o art. 1008 do CPC, segundo o qual “o julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso”.
Efeito translativo
É o efeito que permite que o tribunal, no julgamento do recurso, conheça determinadas matérias, independentemente da devolução operada pela vontade do recorrente por meio de seu recurso. No caso, conforme art. 332, §1º e art. 487, p. único, ambos do CPC, são:
a° As matérias de ordem pública, como é o caso das condições da ação e pressupostos processuais.
b° As matérias que os tribunais podem apreciar de ofício, em razão de previsão legal, como é o caso da prescrição.
Direito: 3° período
Universidade Estácio de SÁ

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