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DIREITO CIVIL III Professor: Wmarley Goulart Silva Alunas: Dhienises Moraes dos Santos Luciana Oliveira Carmo PLURALIDADE DE DEVEDORES NAS OBRIGAÇÕES OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS Obrigações é um intenso vinculo jurídico, originando algumas regras básicas: o devedor que cumprir a obrigação por inteiro tem o direito de exigir as cotas dos coobrigados; o credor adimplido deve repassar a cota correspondente aos demais; o pagamento de parte da dívida a reduz, favorecendo quem o efetuou e aproveitando aos demais até a concorrência da importância paga; o pagamento feito ou recebido, por um dos sujeitos, extingue a obrigação. Doutrina Dispõe o art. 264 do Código Civil: “Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.” Nas palavras do doutrinador Carlos Roberto Gonçalves em seu livro de Direito Civil Esquematizado, o termo Solidariedade significa: Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. SOLIDARIEDADE ATIVA Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. De acordo com o art. 270 CC, havendo a morte de um dos credores deixando herdeiros, cada um deles só poderá exigir o cumprimento da parte da dívida correspondente ao seu quinhão hereditário. Obviamente que tratando-se de uma obrigação indivisível poderá demandar toda a obrigação e repassar a parte dos demais. SOLIDARIEDADE PASSIVA Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Na solidariedade passiva cada um dos devedores está obrigado a cumprir integralmente a prestação. Assim, o credor poderá cobrar a dívida da maneira como melhor lhe convier, ou, de todos os devedores, ou, integralmente de apenas um deles. O pagamento parcial da dívida extingue apenas a parcela da obrigação, que lhe é correspondente, mantendo-se a solidariedade entre os devedores no que se refere ao saldo devido. A propositura de demanda judicial contra apenas um dos devedores solidários, não implica em renúncia a solidariedade com relação aos demais. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES EM RELAÇÃO À PLURALIDADE DE SUJEITOS PLURALIDADE DE SUJEITOS Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. No tocante à multiplicidade de sujeitos, as obrigações podem ser: Única; Múltipla. OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS Obrigação divisível é aquela em que cada um dos vários devedores é responsável por apenas uma parte da dívida, ou então, cada um dos diversos credores tem direito ao recebimento de apenas uma parte do crédito. São dois os pressupostos da divisibilidade: pluralidade de credores ou devedores; prestação divisível. Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. No entanto, a pluralidade de credores ou devedores é requisito essencial à obrigação divisível. Em termos técnicos, o que é divisível e indivisível não é a obrigação e sim a prestação. Conforme a regra concursu partes fiunt a obrigação se dividi em tantas obrigações independentes quantas forem as partes, conforme nos rege o Art. 257 Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. Exemplo: “A” deve R$ 3.000,00 a “B”, “C” e “D”, oriundo de um contrato de mútuo. Nesse caso, o devedor “A” deverá pagar a cada credor apenas uma parcela do débito, que, no silêncio, presume-se fracionado em partes iguais, ou seja, R$ 1.000,00 para cada um deles. Note que o devedor não pode pagar tudo a um dos credores, sob pena de continuar vinculado perante os demais credores. A divisibilidade ativa ocorre quando há mais de um credor, cada qual com o direito de exigir apenas uma parcela do débito do devedor comum. Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. § 1 o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. § 2 o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. § 3 o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. Já a divisibilidade passiva ocorre quando há mais de um devedor, cada qual com a obrigação de pagar apenas uma parcela do débito ao credor comum. Exemplo: “A”,”B “e “C”, tomaram, em conjunto, um empréstimo de R$ 900,00, de “D”. OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL Obrigação indivisível é a que deve ser cumprida por inteiro. É a que não admite o fracionamento do débito. Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Exemplo: um quadro, um carro, ou um animal, são objetos indivisíveis por que seu fracionamento altera a substância da coisa. A indivisibilidade da prestação pode ser: Física ou natural; Convencional; Legal ou jurídica; Econômica; Causal; Judicial.
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