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Aula 11 sistema respiratório

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Aula 11 – Sistema Respiratório
Sistema Respiratório:
· É um sistema formado por tubos, por onde o ar passa e por dois pulmões.
· O sistema é dividido em duas porções:
· Porção condutora: conduz o ar, onde não há troca de gases. 
· Constituído por: fossas nasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos.
· Porção respiratório: onde ocorre trocas gasosas.
· Constituído por: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos (trocas gasosas).
· Funções:
· Possibilitar entrada e saída de ar, realizando troca gasosa, onde a porção condutora realiza a entrada do O2 e como resultado do metabolismo, o CO2 sai.
· As porções iniciais do sistema respiratório limpam, aquecem e umedecem o ar.
· Para que quando o ar chegue nas partes respiratórias, ele chegue em condições ideias para realizar a troca gasosa, e para que não entre nenhum tipo de sujeira. 
· O olfato associado ao sistema respiratório, possui os receptores de sentidos.
· Produção de som, pois as cordas vocais ficam localizadas na região da laringe, e conforme o ar passa é possível produzir som.
 
· A mucosa da porção condutora do sistema é revestida por epitélio respiratório:
· Classificação do epitélio: epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes.
· Possui 5 tipos de células, e todas estão apoiadas na lâmina basal:
1) Célula colunar ciliada:
· É a célula mais abundante do epitélio respiratório;
· A célula possui formato colunar, está apoiada na lâmina basal e se estende até a porção apical do epitélio.
· Na porção apical apresenta cílios. 
Esses cílios vão movimentar o muco conforme os cílios se movimentem afim de expelir o muco junto com impurezas para fora do sistema. 
O muco é produzido pelas células caliciformes e depositadas na porção apical.
· Possui +- 300 cílios, e muitas mitocôndrias na parte basal, para que gerem energia na movimentação dos cílios e expelir o muco.
· Possui microtúbulos para realizar a movimentação.
2) Células caliciformes:
· 2° célula mais abundante.
· São células secretoras e produtoras de muco, que será depositada na parte apical do epitélio.
· Pela presença do muco, servem para umidificar e realizar a limpeza do ar.
3) Células em escova:
· São células que possuem microvilosidades na membrana apical, são pequenas projeções. 
· Os microvilos não são móveis.
· Essas células são receptores sensoriais, que captam sinais – pequenas partículas – que podem ser interpretadas por algum tipo de informação olfativa.
4) Células basais:
· São células pequenas e arredondadas.
· O núcleo fica localizado na porção basal do epitélio.
· Realiza mitose, por serem células tronco, afim de repor as células descamadas.
5) Célula granular:
· É uma célula mais basal, não se estende até a porção apical.
· Em seu citoplasma apresenta grânulos. 
Esses grânulos são precursores de neurotransmissores, hormônios ou reguladoras parácrinos, onde serão liberadas afim de sinalizar para outras células informações.
Se são hormônios, caem na corrente sanguínea, e vão funcionar para dar informação para alguma célula alvo.
Se são reguladores parácrinos, são liberados na região basal, e funcionam como uma espécie de órgão neuroendócrino que regula o funcionamento do epitélio ou do sistema respiratório. 
· Sistema neuroendócrino difuso.
· Na região da mucosa, além de apresentarem os 5 tipos de células, apresentam também na porção condutora da mucosa, sistemas de defesa:
· Compõe esse sistema de defesa da porção condutora na região mucosa: linfócitos isolados, nódulos linfáticos cobertos por células, plasmócitos e macrófagos.
· Essas células de defesa protegem a entrada do sistema respiratório por fazem contato com o meio externo.
· Em algumas porções do sistema respiratório encontra-se epitélio estratificado pavimentoso, principalmente em regiões de atrito, como na epiglote e nas cordas vocais.
· Dependendo do estimulo, o epitélio respiratório pseudoestratificado pode aumentar a quantidade de camada de células para realizar a defesa.
· Isso ocorre no caso dos fumantes: no epitélio respiratório dos fumantes há uma mudança = ↑ células caliciformes ↓ ciliadas. 
· O epitélio se protege da fumaça produzindo mais células caliciformes produtoras de muco afim de prevenir a entrada de partículas prejudiciais, porém há uma baixa na produção das células ciliadas para expelir o aumento do muco produzido = ocorre obstrução das passagens aéreas pelo acumulo de muco.
Porções do sistema respiratório:
1. Fossas nasais ou cavidades nasais:
· Porção inicial, por onde o ar entra.
· Se estende das narinas até a faringe. 
· Dividida anatomicamente em 3 porções:
I. Vestíbulo.
· Porção inicial: primeiro contato com o ar.
· Mucosa de revestimento continua a pele do nariz, portanto é epitélio estratificado. 
· Nessa porção apresenta pêlos e secreções de glândulas sebáceas e sudoríparas que servem como uma barreira inicial de purificação do ar, segurando partículas que pode poluir o ar.
II. Área respiratória.
· É a maior pare, e é a área onde o ar passa.
· Mucosa com epitélio respiratório pseudoestratificado, com células caliciforme e ciliada para proteção.
· Apresenta plexo venosa: conjunto de vasos sanguíneos muito abundante para realizar o aquecimento do ar, de modo que o ar entra frio e conforme passa seja aquecido.
III. Área olfativa.
· Em contato com as terminações nervosas do nervo olfativo.
· Revestido por um epitélio olfatório, denominado de “neuroepitélio” por ser um epitélio formado de neurônio.
· É um neuroepitélio colunar pseudoestratificado com 3 tipos celulares:
Células de sustentação: prismáticas/colunares com microvilos.
Células basais: são células germinativas (na produção de novas células, mas não de neurônios).
Células olfatórias: são neurônios bipolares, com dendritos expostos que servem como quimiorreceptores, de moléculas químicas que dão informação de olfato.
· Pode aparecer glândulas de secreção = “glândulas de Bowman”, que secretam e jogam na superfície afim de limpar as partículas de olfato que se acumulam.
· A porção secretora fica na região do tecido conjuntivo, lâmina própria, que dá sustentação para o neuroepitélio olfativo.
2. Seios paranasais: 
· Conjunto de cavidade localizado nos ossos da face, como frontal, maxilar, etmóide e esfeenóide.
· Essas cavidades são revestidas por epitélio respiratório.
· Possuem células caliciformes, produtoras de muco.
· O muco será drenado para fossas nasais através dos orifícios. 
· As cavidades se comunicam com as fossas nasais por pequenos orifícios 
· Se por algum motivo esses orifícios fiquem obstruídos, as células continuam produzindo muco, porém não será drenado, portanto ocorre o acúmulo de muco = mucosa inflamada = sinusite (inflamação dos seios paranasais). 
3. Nasofaringe:
· Até agora o ar passou pela cavidade nasal → chagando na nasofaringe. 
· Porção da faringe que está em contado contínuo com a cavidade nasal.
· Revestida por epitélio respiratório.
4. Orofaringe: 
· Faz a comunicação do sistema digestório com o sistema respiratório. 
· Porção da faringe, revestido por epitélio estratificado pavimentoso.
· Pois faz a comunicação com o sistema digestório, portanto o alimento passa por ali e pode haver atrito, por isso que nessa porção é epitélio estratificado.
5. Laringe:
· Localizado abaixo da faringe – da nasofaringe.
· É um tubo que une a faringe à traqueia.
· Formada por peças cartilaginosas, que estão unidas por tecido conjuntivo fibroelástico.
· As peças de cartilagem são duras, portanto, mantém a passagem do ar sempre aberta, pois o tubo não pode fechar, para permitir a passagem de ar.
· Apresenta 4 principais peças de cartilagem:
I. Cartilagem tireóide: chamada de “pomo de adão”.
II. Cartilagem cricóide: uma peça pequena de cartilagem.
III. Cartilagem aritenoide: são duas peças que prendem as cordas vocais.
IV. Cartilagem epiglótica: forma uma pequena membrana que será responsável por fechar a passagem aérea no momento da deglutição.
· Epiglote: é uma estrutura composta de tecido cartilaginoso elástica, pois a epiglote precisa ser resistente, masflexível, cuja função é impedir a ligação da faringe com a laringe, evitando a comunicação entre os aparelhos respiratórios e digestório. Na deglutição, a epiglote fecha sobre a laringe.
· Revestida por epitélio respiratório e também pode aparecer locais revestido por epitélio estratificado pavimentoso.
· Abaixo do epitélio apresenta a lâmina própria.
· Rico em fibras elásticas.
· Submucosa pouco definida.
6. Traqueia:
· É um tubo de continuação da laringe, com terminação bifurcada desembocando nos brônquios.
· É o maior segmento da porção condutora.
· Revestida internamente por tecido epitélio respiratório, em contato como o lúmen.
· Abaixo do epitélio possui a lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo;
· Portanto possui mais células e poucas fibras elásticas, e contem glândulas seromucosas, ajudando na lubrificação e proteção da mucosa. 
· Revestindo externamente possui anéis de cartilagem em forma de C (16-20 anéis).
· Esses anéis são abertos na parte posterior, e será fechada/concluída com feixes de musculo liso e ligamentos de fibrocartilagem, que impede a distensão excessiva, mas que perde uma certa distensão em caso de necessidade.
· Externamente dos anéis de cartilagem, possui uma membrana “adventícia”, que é uma membrana de conjuntivo frouxo, sem a camada final de epitélio.
Pulmão:
· Cada um dos pulmões é dividido em 2-3 lobos pulmonares (2-3 grandes porções).
· O pulmão direito: possui (dividido) 3 lobos pulmonares.
· O pulmão esquerdo: possui (dividido) 2 lobos pulmonares. O pulmão esquerdo é menor, pois onde o coração fica “encaixado”.
· Possui 2 brônquios principais que penetram nos pulmões, e no interior dos pulmões, os brônquios se dividem em brônquios lobulares que adentram nos diferentes lobos pulmonares, portanto:
· Pulmão direito possui 3 lobos = terá 3 brônquios pulmonares.
· Pulmão esquerdo possui 2 lobos = terá 2 brônquios pulmonares.
· Os brônquios pulmonares se ramificam em brônquios segmentares.
Os brônquios segmentares se ramificam, diminuindo cada vez mais o diâmetro em bronquíolos.
· Revestimento externo do pulmão = “pleura”.
· Pleura é uma membrana dividida em dois folhetos serosos: parietal e visceral.
· Os dois folhetos serosos possuem mesotélio (epitélio) e tecido conjuntivo.
· Entre o mesótelio dois folhetos possui o espaço virtual preenchido por liquido. 
· Esse liquido possibilita a movimentação do órgão quando expiramos, um folheto se desliza sobre o outro permitindo uma boa expansão do pulmão.
Árvore brônquica: brônquios e bronquíolos.
(Brônquios e bronquíolos possuem diferença morfológica e embriológica).
7. Brônquios:
· A traqueia se ramifica em 2 brônquios primários, desembocando/penetrando nos pulmões pelo hilo.
· Hilo = abertura (um em cada pulmão) que se forma no local onde penetra num órgão, neste caso onde o brônquio e vasos sanguíneos (artérias e veias pulmonares) penetram. 
· Nos ramos maiores dos brônquios possui mucosa igual da traqueia.
· Ou seja, epitélio respiratório (colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes), e vai se tornando cilíndrico simples ciliado (transição).
· Portanto o epitélio vai deixando de ser pseudoestratificado e se tornando mais simples conforme os ramos vão sendo ramificados e menores.
· Na lâmina própria, o tecido conjuntivo que recobre o epitélio, é rica em fibras elásticas com presença de feixes de musculatura lisa que circunda completamente o brônquio, permitindo flexibilidade da parede.
· Externamente aparece glândulas seromucosas.
· Presença de peças cartilaginosas (não em formato de C).
· Essas placas de cartilagem vão diminuindo até que chegue nos bronquíolos e essa cartilagem desaparece. 
· Quanto menos cartilagem, mais musculo liso. Portanto, quanto mais os brônquios se ramificam (e diminuem de diâmetro) menos cartilagem, mais musculo. 
8. Bronquíolos:
· Brônquios ramificados ao máximo dando origem aos bronquíolos.
· Os bronquíolos possuem diâmetro de até 1 mm ou menos.
· Não possui cartilagem e nem glândulas.
· O epitélio da mucosa já é diferente do epitélio do brônquio.
· Começa nos ramos superiores dos bronquíolos como epitélio cilíndrico simples ciliado, conforme os bronquíolos vão se ramificando o epitélio passa a ser cúbico ciliado (ou não ciliado) e pode haver poucas células caliciformes.
· A lâmina própria é bem fina, portanto, abaixo do epitélio há pouco tecido conjuntivo, mas possui muitas fibras elásticas.
· Camada muscular lisa bem desenvolvida.
· No processo de asma, as fibras musculares contraiam, fazendo com que os bronquíolos fiquem com diâmetro menor e mais apertado, dificultando a passagem de ar.
· Bronquíolos iniciais se ramificam de 5 a 7 bronquíolos terminais, indicando o final da porção condutora.
8.1) Bronquíolos respiratórios: 
· Os bronquíolos terminais se ramificam em bronquíolos respiratórios, sendo ainda menores. 
· Originando o início da porção respiratória: além da passagem de ar, terá trocas gasosas devido à presença de numerosas expansões saculiformes = “alvéolos”.
· Quando não há mais bronquíolos, só possui alvéolos, originará = “ductos alveolares”.
· Ductos alveolares:
· Epitélio simples com células muito finas.
· Pouco tecido conjuntivo, mas possui uma rica rede de fibras elásticas e reticulares que são suporte às células epiteliais.
9. Alvéolos:
· Porção terminal da árvore pulmonar.
· Podem ser únicos ou em sacos alveolares.
· São as estruturas mais abundantes dos pulmões.
· +/- 300 mi de alvéolos, portanto 140 m2 de área de troca de ar.
· Dão aspecto esponjoso que o pulmão tem.
· Possui epitélio fino para a realização das trocas gasosas.
· São pequenas bolsas com camada epitelial muito fina, apoiada em um fino tecido conjuntivo com rica rede de capilares.
· Os vasos sanguíneos são comuns a 2 alvéolos vizinhos, ou seja, os vasos sanguíneos passam na parede entre dois alvéolos vizinho formando um “septo interalveolar”. 
· Septo interalveolar: possui 0,1-1,5 micrômetros de espessura, é necessário ser fino pois é o local por onde os gases passam para realizar a troca gasosa.
Possui um epitélio que é a parede do alvéolo, sendo a região interna do saco alveolar, quando inspiramos o ar entra rico em O2, ele precisa atravessar o septo interalveolar para chegar na hemácia do tecido conjuntivo, portanto para o ar atravessar o septo, é necessário que ele passe pelo epitélio fino, e a membrana basal (fusão de duas lâminas basais, pois abaixo de cada epitélio possui uma lâmina basal, e já que possui duas camadas de epitélio, ocorre a fusão originando a membrana).
· O O2 passa chega por difusão na hemácia, atravessando o septo interalveolar, e então as hemácias levam o sangue rico em CO2, que passará pelo septo, chegando no alvéolo para ser expelido do corpo com a respiração.
· Nas paredes dos alvéolos encontra-se 3 tipos celulares:
I. Células endoteliais dos capilares:
· As células da parede dos capilares são as células mais abundante do alvéolo.
· Núcleo alongado. 
II. Pneumócitos tipo I:
· = Células do pulmão.
· Formam as paredes dos alvéolos.
· Células alveolares pavimentosas, com citoplasma extenso e delgado, núcleos afastados.
· Unidas umas nas outras por desmossomos e zônulas de oclusão.
· Funcionam como uma barreira de espessura mínima para possibilitar trocas e impedir a passagem de líquidos. 
III. Pneumócitos tipo II:
· = Células septais.
· Aparece na esquina dos septos, entre duas paredes do septo, e entre os pneumócito tipo I.
· São células arredondas.
· Possui muitas vesículas, pois elas produzem um liquido importante “surfactante pulmonar”.
Esse liquido se espalha pelas paredes dos alvéolos formando uma camada extracelular no alvéolo. 
É composto por proteínas e fosfolipídios, revestindo a porção interna do alvéolo. 
Função: reduzir a tensão superficial, facilitando a inspiração e evitando colapso na expiração. Auxilia na proteção bactericida.
O liquido surfactante é renovado constantemente, portanto os pneumócitos do tipo II produzem constantemente, e os macrófagos estão fagocitando o resto desse liquido. 
Nos indivíduos nascidos prematuros ainda não possuiuma produção suficiente desse liquido, fazendo com que os alvéolos estejam um pouco mais colapsados possuindo maior dificuldade na respiração. 
· Trocas gasosas:
· Os sacos alveolares são bem vascularizados, portanto possui muitos vasos sanguíneos. Possui um vaso que traz sangue venoso (pobre em oxigênio), e conforme ela vai passando para o lado externo dos alvéolos (nos septos interalveolares) vai havendo a troca gasosa, e o sangue vai sendo oxigenado. 
· Sangue venoso → veia cava → AD → VD → artéria pulmonar → alvéolo *hematose* → sangue arterial →veias pulmonares → AE → VE → artéria aorta → corpo.