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Apostila de Análise - Adm

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 
Profº. Edcarlos Santos
AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
EMENTA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO 
SÉRIE: 2° Semestre 
TURNO: Noturno 
DISCIPLINA: Análise das Demonstrações Contábeis 
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 hs/aula 
 
I – EMENTA 
Esta disciplina trata da análise e avaliação de empresas por meio dos demonstrativos 
contábeis, de discutir o conjunto de indicadores e coeficientes como instrumento de 
controle de gestão, destacando a valorização da empresa, o nível de liquidez, o 
controle do endividamento, além de proporcionar a avaliação dos retornos sobre o 
investimento. Capacitar os alunos de analisar e traçar diagnóstico sobre a situação 
econômico-financeira da empresa. 
 
 
II – OBJETIVOS GERAIS 
 
Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, conforme 
definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em consonância com as Diretrizes 
Curriculares Nacionais relacionadas. 
 
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Saber diagnosticar a situação econômico financeira das organizações, por meio da 
interpretação dos indicadores econômico-financeiros: liquidez, endividamento, 
estrutura, rentabilidade ciclo operacional, índices de rotação e de avaliação de 
eficiência operacional. Necessidade de capital de giro. 
 
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
4.1. Demonstrações Contábeis (Revisão) 
4.1.1 Balanço Patrimonial 
4.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício 
4.1.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
4.1.4 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
4.1.5 Relatório da Diretoria 
4.1.6 Notas Explicativas 
4.1.7 Publicação de Balanços – Caso Prático 
 
 
 
4.2. Análise das Demonstrações Contábeis (Revisão) 
4.2.1 Padronização das Demonstrações Contábeis 
4.2.2 Análise Horizontal e Vertical 
4.2.3 Análise através de Índices 
4.2.3.1 Índices de Liquidez 
4.2.3.2 Índices de Estrutura de Capitais 
 
4.2.3.3 Índices de Rentabilidade 
4.2.3.4 Índices de Rotatividade 
4.2.3.5 Comparação com índices padrão 
4.2.3.6 Publicação de Balanços – Caso Prático 
 
4.3. Análise Profunda de Rentabilidade 
4.3.1 Fórmula DU PONT 
4.3.2 GAF – Aplicação em Balanço publicado 
 
4.4. Análise do Ciclo Operacional 
4.4.1 Investimentos em giro 
4.4.2 Necessidade de capital de giro 
4.4.3 Investimento operacional em giro em empresas sazonais 
4.4.4 Ciclo operacional 
4.4.5 Ciclo financeiro equivalente 
4.4.6 Comentários sobre o investimento operacional em giro 
 
4.5. Análise do Fluxo de Caixa 
4.5.1 Fluxo de Caixa – método direto 
4.5.2 Fluxo de Caixa – método indireto 
4.5.3 DOAR - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
4.5.4 EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization. 
 
4.6. EVA & MVA 
4.6.1 Objetivos 
4.6.2 Natureza e limitações do EVA e MVA 
Medidas de desempenho 
 
V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO 
 
5.1 Aulas expositivas 
5.2 Exercícios de fixação individuais e em grupo 
5.3 Exercícios em classe e extra-classe 
5.4 Pesquisas extra-classe 
 
VI – AVALIAÇÃO 
 
6.1 Provas escritas 
6.2 Trabalhos e exercícios desenvolvidos em classe e extra-classe 
6.3 Participações em questionamentos e debates 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VII – BIBLIOGRAFIA 
 
Bibliografia Básica: 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2008. 
MARTINS, Eliseu et al. Análise didática das demonstrações contábeis. 1ª ed. São 
Paulo: Atlas, 2014.MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: 
contabilidade empresarial. 7a ed., 4º tiragem, São Paulo: Atlas, 2012. 
 
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e 
gerencial. 6a ed., 7º tiragem, São Paulo: Atlas, 2003. 
 
Bibliografia Complementar: 
 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque 
econômico-financeiro. 10a ed.,São Paulo: Atlas, 2012. 
 
VISCECONTI, Paulo Eduardo V. e NEVES, Silvério das. Contabilidade avançada e 
analise de balanço, 15º Ed., São Paulo: Frase,2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1. Demonstrações Contábeis (Revisão) 
4.1.1 Balanço Patrimonial 
 
 
Com a adoção da Lei 11.638/07, os Ativos agora passam a ser classificados em Ativos 
Circulantes e Ativos não Circulantes. Os Ativos não Circulantes passam a possuir os seguintes 
grupos: Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. (O Diferido deve ser 
eliminado pela Medida Provisória 449/08, passando os itens que o compõem a ser baixados 
para o resultado ou reclassificados para o intangível). 
A classificação dos ativos, para fins fiscais, é a mesma que para fins contábeis. A única 
diferença é que não haverá a nomenclatura “Resultado Não Operacional” para fins 
societários, mas o conceito continua a existir para fins fiscais. 
Foram criadas as novas classificações do ativo. 
O grupo novo criado é o de Intangíveis. 
 
O Grupo Permanente foi eliminado, passando seus componentes a serem classificados dentro 
do grupo Ativo Não Circulante. Uma alteração importante está vinculada à classificação de 
contas que anteriormente eram inseridas no grupo do Ativo Imobilizado, contas como marcas, 
patentes, concessões, direitos autorais e não autorais, a partir da Lei nº. 11.638, são 
classificadas no novo grupo, Ativo Intangível. 
 
Investimentos: 
Os investimentos temporários devem figurar no Ativo Circulante. Isso não altera a classificação 
anteriormente existente. 
 
Para esses, a metodologia de avaliação dependerá do prazo esperado de suas vendas ou 
recebimentos, podendo as suas variações afetarem o resultado do exercício ou a conta de 
ajuste de avaliação patrimonial, dependendo do caso. 
 
Segregação dos Investimentos Temporários: 
 
Destinados à negociação imediata - investimentos temporários já destinados a serem 
negociados, ou seja, com sua negociação devidamente autorizada pela gestão da empresa. 
 
Disponíveis para futura venda - se a empresa tiver aplicações financeiras destinadas para 
futura venda, mas essa venda não estiver ainda devidamente autorizada. 
 
Mantidos até o vencimento – investimentos para os quais a empresa tenha intenção e 
capacidade financeira de manter até seu vencimento. 
 
Ajuste de avaliação patrimonial: 
Se a empresa tiver aplicações financeiras destinadas para futura venda, mas essa venda não 
estiver ainda devidamente autorizada, isso representa apenas uma intenção: assim, essas 
aplicações serão reconhecidas em duas etapas: primeiramente aplicam-se os juros e 
atualização monetária a que tiverem direito, contra o resultado do período. Após isso, seus 
valores são ajustados a seu valor de mercado. A contrapartida dessas últimas oscilações é que 
será na conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido. 
 
Investimentos Permanentes 
Alteram-se as regras para a aplicação da Equivalência Patrimonial, devendo esse método ser 
aplicado para empresas coligadas e controladas, não mais existindo o conceito de relevância, e 
sim o conceito de influência significativa 
 
 
 
Equivalência Patrimonial. 
Não foi modificado o conceito do que são empresas controladas, mas foi o do que são 
coligadas. Não há mais o limite mínimo de 10% e não existe mais a questão da relevância. Ou 
seja, o conceito de relevância, que era aplicável para efeito da avaliação por equivalência, não 
existe mais. Então, a partir de agora, todas as empresas controladas e todas as empresas 
coligadas devem ser avaliadas por equivalência patrimonial, sem levar em consideração o 
conceito da relevância. Notar que agora só são coligadas aquelas sociedades nas quais se tem 
participação em capital votante o suficiente para se ter influência significativa, mas sem se 
chegar ao grau de controle; presume-se que haja influência significativa se a participação for 
superior a 20% do capital votante. 
 
Influência significativa. 
O importante no processo de avaliação por equivalência patrimonial passa a ser a questão dainfluência na administração, ou a influência significativa. Configurará influência significativa 
quando houver, por parte do investidor, representação na diretoria, participação nos projetos 
da investida, na definição de políticas, inclusive relacionadas à distribuição de dividendos, 
ocorrer transações relevantes entre investidora e investida, intercâmbio de pessoal, 
fornecimento de tecnologia etc. 
 
Ativo Intangível 
 
Finalidade: 
O grupo de intangível passa a ser formado por contas que estavam em outros grupos do Ativo 
Permanente, e novas transações, que representam bens incorpóreos, como por exemplo, as 
marcas, as patentes, os direitos de concessão, os direitos de exploração, direitos de franquia, 
direitos autorais, gastos com desenvolvimento de produtos novos, ágio pago por expectativa de 
resultado futuro (fundo de comércio, ou goodwill). 
 
Marcas: 
Marcas devem ser classificadas no Intangível, mas somente podem ser registradas quando de 
sua efetiva aquisição, ou pelo seu valor de custo de criação. 
 
Goodwill 
O valor pago em na aquisição de uma entidade acima do seu valor patrimonial avaliado a 
valores de mercado deverá ser registrado no grupo dos Ativos Intangíveis com o nome de Ágio 
Pago por Expectativa de Rentabilidade Futura. Esse é o valor pago em função do nome, da 
reputação, da clientela sendo adquirida, do treinamento que essa empresa teve com relação 
aos seus vendedores ou da sua capacidade produtiva, de inovação em tecnologia, localização, 
fidelidade etc. Goodwill gerado internamente não pode ser contabilizado em nenhuma 
circunstância, somente o efetivamente adquirido de terceiros, normalmente na compra de uma 
outra sociedade. 
 
 
Diferimento de gastos com pesquisas e desenvolvimento: 
As normas do IASB permitem, mas não exigem, o diferimento dos gastos com desenvolvimento 
desde que a entidade cumpra uma série de exigências tais como a sua vinculação a produtos 
que gerarão receitas, teste do impairment etc. Porém, as normas internacionais não permitem o 
mesmo procedimento com os gastos com pesquisa, que devem ser integralmente lançados 
diretamente como despesa no resultado. 
 
 
Proposta de compra da marca: 
Quando uma empresa recebe a oferta de compra de sua marca, ela não deve registrar nenhum 
tipo de intangível. Caso a marca seja adquirida por outra entidade, a vendedora irá baixar o 
 
valor existente no ativo contra o resultado (se algum valor estiver registrado), e o montante 
recebido, como receita. A empresa não pode, de forma alguma, registrar um intangível em seu 
Balanço Patrimonial somente por conta de proposta de compra ou até mesmo quando 
efetivada a venda da marca. Somente a compradora irá registrar a marca em seu ativo, pelo 
valor de custo. 
 
Contabilização da “marca” como um Intangível: 
Somente os valores incrementais efetivamente desembolsados para aquisição das marcas, ou 
para seu desenvolvimento, registros etc. é que podem ser contabilizados no ativo intangível. 
Eventuais valores de marcas esperados em negociações, ou até mesmo avaliados com base 
em laudos técnicos, não podem ser contabilizados. 
 
Ativo Diferido: 
O Ativo Diferido desapareceu com a Medida Provisória emitida em 2008. A Lei 11.638/07 ainda 
o permitiu, mas agora com um uso muito restrito com relação ao que existia na prática anterior. 
Dizia essa Lei que apenas as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que 
contribuiriam efetivamente para o aumento do resultado de mais de um exercício social é que 
ficariam nesse grupo, e desde que esses gastos não configurassem mera redução de custos 
ou acréscimo na eficiência operacional. Era um conceito bem mais restrito do que existia na Lei 
anterior, e agora simplesmente desaparece. 
 
 
Classificação dos itens existentes no Ativo Diferido: 
Algumas das despesas que vinham sendo classificadas como pré-operacionais no Diferido irão 
para o Imobilizado. Por exemplo, nas regras internacionais, quando se gasta para fazer 
treinamento de pessoas que irão colocar um equipamento em funcionamento, tais gastos são 
incorporados ao custo do Imobilizado, já que, no fundo, fazem parte do processo de colocação 
do Imobilizado em condições de funcionamento. Tudo que se gasta, inclusive em testes de 
funcionamento, até que ele esteja pronto para operar, faz parte do custo do imobilizado. Já as 
despesas pré-operacionais de treinamento de pessoal administrativo ou de pessoal de vendas 
ou relativos a toda a burocracia da organização da empresa, que também vínhamos 
classificando como despesas pré-operacionais, não mais, daqui para frente, serão ativadas: 
terão que ser descarregadas diretamente como despesas do exercício. As despesas com 
pesquisas também deverão ser baixadas contra o resultado. 
Com a extinção do grupo de Diferido os gastos com desenvolvimento poderão ser classificados 
no grupo do ativo intangível, dependendo do tipo de gasto. 
 
Reavaliação de Ativos 
 
Não poderão ser realizadas novas reavaliações de ativos. De 2008 em diante, não é mais 
permitido se fazer qualquer tipo de reavaliação. 
 
Tratamento dos saldos das reavaliações existentes: 
Os saldos que existem atualmente nessas reservas deveriam, durante o exercício social de 
2008, ser simplesmente revertidos, eliminados contra os respectivos ativos. Se isso não foi 
feito, os saldos atualmente existentes continuarão figurando no balanço e serão realizados, ou 
seja, transferidos para lucros ou prejuízos acumulados, à medida que os respectivos ativos 
forem sendo baixados, como já é a prática tradicional. 
 
As sociedades limitadas tributadas pelo lucro real são obrigadas a seguir a lei das S/A, logo 
não podem fazer reavaliações. Quanto às demais limitadas e demais entidades, depende de 
legislações específicas, quando houver. O Código Civil também não reconhece a figura da 
reavaliação. Assim, em princípio, essa figura está proibida em todo o território nacional. 
 
Os procedimentos tributários para as reservas de reavaliação não são alterados. As baixas da 
reserva de reavaliação continuam tributáveis. 
 
Impairment de Ativos 
 
É o teste de recuperabilidade já definido em norma específica do CPC. 
 
O artigo 183 da Lei, que trata da avaliação dos elementos do ativo, passa a considerar que a 
companhia, periodicamente, deverá avaliar o grau de recuperabilidade de seus ativos. Um 
ativo que esteja reconhecido no balanço, mas que não possa ter fluxos de caixas futuros que 
recuperem o seu valor ou que não tenha indicações que dêem a ele uma garantia de 
recuperabilidade deverá ter seus valores reduzidos. 
 
 
Apuração da taxa de juros para trazer o fluxo de caixa descontado a valor presente, na 
realização do teste do impairment: 
 
A grande discussão na aplicação do conceito de ajuste a valor presente é a escolha da taxa 
quando ela não exista de maneira explícita. A empresa terá que deliberar por qual taxa utilizar, 
e dar a devida evidenciação nas suas notas explicativas. (Ler o Pronunciamento Técnico CPC 
01, que trata de Impairment porque ele apresenta uma discussão sobre o assunto nos seus 
itens 53 a 55.) 
 
Leasing 
 
Contabilização das operações de leasing: 
O leasing, de acordo com a nova lei, deve ser tratado sob o enfoque da essência sobre a 
forma. Quando se tratar de efetivo financiamento de ativo, o mesmo deve ser contabilizado 
como imobilizado (ou qualquer outro grupo em que melhor seja classificada sua natureza), 
independentemente da propriedade jurídica do bem, além do passivo respectivo. 
 
Diferença entre a contabilização de leasing operacional e leasing financeiro: 
O leasing operacional continua sendo contabilizado como despesa quando do pagamento ou 
reconhecimento da prestação. 
 
Parâmetros para a distinção entre o arrendamento mercantil financeiro e o operacional: 
Os parâmetros para a contabilização do arrendamento mercantil financeiro terão como base o 
Pronunciamento Técnico do CPC 06 Operações de ArrendamentoMercantil. 
 
Importante: a essência econômica da transação deve prevalecer sobre a forma jurídica nesses 
casos. 
 
 
Taxa a usar para trazer a valor presentes os montantes envolvidos na contabilização do 
leasing: 
Devem ser utilizadas as taxas de mercado. 
 
O registro de bens de terceiros no Ativo Imobilizado: 
Os bens de terceiros a serem registrados no ativo imobilizado não se referem exclusivamente 
aos oriundos de operação de leasing. Serve a mesma determinação para qualquer tipo de 
operação em que se tenha a transferência dos riscos e dos benefícios do ativo, mesmo que 
não haja transferência jurídica da propriedade. 
 
 
 
Registro no ativo imobilizado de bens em comodato: 
É possível desde que a empresa observe as seguintes situações: não há cláusulas de 
devolução no contrato, com prazo definido ou não, a manutenção é toda da entidade que 
detém o imobilizado, esta entidade possui controle total sobre tal imobilizado, detém seus 
riscos e benefícios e pode utilizá-lo para prestar serviços a qualquer cliente. 
 
Passivo 
 
Classificação: 
O passivo passa a ser classificado em Circulante e Não Circulante. 
A classificação dos passivos, para fins fiscais, é a mesma que para fins societários. 
 
Novas Contas: 
Não foram criadas novas contas no passivo. 
 
Patrimônio Líquido 
 
Novas Contas: 
No patrimônio líquido foi criada a nova conta referente a Ajustes de Avaliação Patrimonial, 
foram alterados os procedimentos para contabilização de reservas relacionadas a incentivos, 
possibilidades de manutenção de saldo na conta de lucros acumulados nas S/As e eliminada a 
reserva de prêmio na emissão de debêntures. Também se deve considerar o fim 
da possibilidade da realização de novas reavaliações 
Foram eliminadas as Reservas de prêmio na emissão de debêntures, de doações e 
subvenções para investimentos e novas reservas de reavaliação 
 
Prêmios de Debêntures 
 
A Lei nº. 11.638 revogou a possibilidade de a empresa, ao emitir uma debênture, contabilizar 
eventual prêmio recebido diretamente como Reserva de Capital. O seu valor terá que ser 
apropriado como Receita Financeira, ou melhor, como uma redução da despesa financeira na 
captação dessa debênture. 
As Normas Internacionais dizem que as despesas financeiras correspondem à soma do que se 
paga a título de juros mais todas as despesas incrementais que se tenha nesse processo de 
tomar dinheiro emprestado, menos os prêmios eventualmente recebidos. 
Despesas incrementais significam aquelas que, se a empresa não procurasse tomar o dinheiro 
emprestado, não teria que com elas arcar, como, por exemplo, despesas com consultores, com 
viagens etc. 
 
Incentivos Fiscais 
O que antes da Lei 11.638 não era considerado incentivo fiscal continua não sendo. Já o que 
for genuinamente incentivo fiscal deve obrigatoriamente transitar pelo resultado. Nenhum tipo 
de incentivo fiscal pode ser lançado diretamente para conta de Reserva de Capital ou mesmo 
de Incentivos Fiscais sem transitar pelo resultado. Sobre esse assunto vide Pronunciamento 
Técnico CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais (www.cpc.org.br e 
www.cvm.gov.br). 
 
Todos os incentivos fiscais devem transitar pelo resultado; as subvenções de custeio já 
transitavam. As subvenções para investimentos, seguindo as regras internacionais, também 
devem transitar pelo resultado. 
 
Nenhum incentivo fiscal poderá ser contabilizado diretamente numa conta de reserva. Todos os 
 
incentivos fiscais deverão transitar pelo resultado. 
As reservas para incentivos fiscais existentes anteriormente deverão ter seu saldo transferido 
para a nova conta de Reservas de Incentivos Fiscais. 
É possível utilizar o método de equivalência patrimonial em Investimentos com Incentivo Fiscal. 
A utilização do método da equivalência patrimonial independe da origem do investimento, seja 
aquisição usual ou oriunda de incentivos fiscais, desde que seja enquadrado dentro das 
exigências para sua aplicação. 
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial: 
Devem ser incluídas nessa conta todas as variações de preços de mercado dos instrumentos 
financeiros, aqueles destinados à venda futura e outros eventuais ajustes de ativos a seu valor 
de mercado que devam, em função do Regime de Competência, transitar pelo resultado 
posteriormente. As diferenças de ativos e passivos avaliados a valor de mercado nas 
reorganizações societárias são outro exemplo de utilização dessa conta. 
 
 
Contabilização da variação do valor justo dos investimentos temporários: 
A contrapartida de todas as variações de preços de mercado dos instrumentos financeiros 
destinados à venda futura deve ser na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial. Outros 
investimentos temporários não classificados nessa categoria devem ter suas variações 
refletidas diretamente no resultado. 
 
Esse grupo realmente faz parte do Patrimônio Líquido, mas não é conta de Reserva de Lucros, 
porque não transitou ainda pelo resultado. Na realidade, é um grupo especial criado pela Lei no 
11.638/07. 
 
Com relação ao tratamento contábil do saldo da conta de Ajustes de Avalição Patrimonial com 
o passar do tempo A normatização sobre esse assunto está efetuada no Pronunciamento 
Técnico CPC 14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação Fase 
1. Os saldos existentes nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício à 
medida que aqueles valores registrados nos ativos ou passivos forem sendo realizados. 
 
Reavaliação: 
 
Os saldos que existem atualmente nas reservas de reavaliação podem, durante o exercício 
social em curso, ser simplesmente revertidos, eliminados contra os respectivos ativos. Se isso 
não for feito, os saldos atualmente existentes continuarão figurando no balanço e irão sendo 
realizados, ou seja, transferidos para lucros ou prejuízos acumulados, à medida que os 
respectivos ativos forem sendo baixados, como já é a prática tradicional. 
 
Lucros Acumulados 
 
A Lei exige que todo resultado positivo da sociedade por ações seja destinado, isto é, seja 
pago em dividendos ou transferido para reservas próprias de lucros. Não pode mais ficar a 
conta de Lucros Acumulados com saldo positivo no balanço. Ou fica o valor zero (portanto não 
figurará mais no balanço) ou fica o valor negativo e sob o nome de Prejuízos Acumulados. 
 
Nos plano de contas, a conta de lucros acumulados continuará existindo e continuará tendo a 
mesma utilização que teve até hoje. Continuará sendo a contrapartida da transferência do 
resultado do exercício; continuará sendo a contrapartida da constituição das reservas de 
lucros, tais como a Reserva Legal, a Reserva de Lucros a Realizar, as Reservas Estatutárias; e 
também será a contrapartida das distribuições de resultados, sejam essas distribuições a título 
de dividendos ou juros sobre o capital próprio. O que não pode ocorrer é saldo positivo nessa 
 
conta no balanço. 
Destinações do lucro: 
Não há mudanças quanto à obrigatoriedade de destinações do lucro. A empresa continuará 
realizando as distribuições conforme antigamente, distribuindo para reserva legal, reserva 
estatutária, reservas de lucros, dividendos a pagar, etc. 
 
Demais Reservas 
 
Os limites das reservas: 
Os limites nas sociedades anônimas não são alterados, continuam existindo e válidos como 
antes. 
 
 
Lucros que serão reinvestidos na empresa: 
Os lucros que ficarem na empresa para reinvestimento devem ser mantidos em conta de 
Reserva de Retenção de Lucros (isso já existia na Lei, art.196), e é obrigatório para isso que 
sejam formalmente efetuados o orçamento e a justificativa de tal investimento, devidamente 
aprovados pela Assembléia Geral. Mas no caso das não sociedades que não são por ações 
(como as sociedades limitadas) o saldo pode permanecer em Lucros Acumulados. 
 
Distribuição de dividendos e formação de reserva de lucros: 
O cálculo do dividendo mínimo obrigatóriocontinua o mesmo, prevalecendo o que estiver no 
estatuto da empresa, e se este for omisso, deve ser de 50% do lucro líquido ajustado, 
conforme a lei, mas para o caso das sociedades por ações. O limite de 100% de reservas de 
lucros sobre o capital também continua válido. 
 
4.1.2 DRE 
 
Novos Procedimentos 
 
Deverão ser considerados os procedimentos para contabilização dos incentivos fiscais, 
investimentos temporários e outros relacionados à alteração dos critérios de avaliação do ativo, 
passivo e PL. Entretanto, nada de específico à elaboração da DRE foi alterado. 
 
O ajuste a mercado nos investimentos temporários feito na conta de Ajustes de Avaliação 
Patrimonial deverá ser transferido para o resultado do exercício à medida em que eles forem 
sendo realizados. Por exemplo, nos casos dos instrumentos financeiros destinados à venda 
futura, na medida em que eles tiverem suas transferências para venda imediata ou que 
efetivamente forem negociados, a transferência para o resultado do exercício se dará. 
 
4.1.3 DMPL 
 
Para a elaboração da DMPL não há mudanças significativas, devendo seguir o mesmo critério 
do Patrimônio Líquido – movimentação. 
 
 
4.1.4 DOAR 
Publicação 
A DOAR não é mais uma demonstração obrigatória 
 
Quanto a publicação da DOAR, as entidades podem continuar publicando, e é recomendável 
essa continuidade em razão do relevante conteúdo informacional trazido por tal demonstração 
 
 
 
Ensino 
 
 Os professores devem continuar ensinando a DOAR aos seus alunos visto ao importante 
conteúdo informacional trazido por tal demonstração. 
 
Utilidade dessa demonstração, já que não mais é obrigatória: 
 
Essa demonstração tem por objetivo identificar as modificações ocorridas na posição financeira 
da empresa e apresentar informações relacionadas a financiamentos (origens de recursos) e 
investimentos (aplicações de recursos) da empresa durante o exercício, onde esses recursos 
são os que afetam o capital circulante líquido (CCL) da empresa. 
 
4.1.5 Relatório da Diretoria 
 
Relatório destinado à prestação de contas aos acionistas sobre diversos aspectos do 
desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras, 
produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, 
resultados alcançados, planos, previsões, etc. 
 
DFC 
 
Publicação 
 
Todas as empresas obrigadas a publicar suas Demonstrações Financeiras devem publicar a 
DFC, exceto as que tiverem patrimônio líquido inferior a R$ 2 milhões. 
 
Elaboração 
O Pronunciamento Técnico CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa trata exclusivamente 
dessa demonstração. 
 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa poderá ser elaborada utilizando-se o Método Direto ou o 
Método Indireto. Entretanto, tem havido a predileção pelo método indireto. 
 
Diferença entre os métodos direto e indireto: 
O Método Indireto é aquele onde se parte do lucro líquido do período e se o ajusta até se obter 
o caixa das operações. Esses ajustes são aqueles que já se utilizava na montagem da DOAR 
(itens que não afetam o Ativo e o Passivo Circulante, como depreciações, amortizações, 
equivalência patrimonial etc.) e aqueles que representam variações das contas de ativo e 
passivo que são contrapartidas de registros no resultado (clientes, estoques, fornecedores, 
contas a pagar etc.) quer sejam contas circulantes quer não-circulantes. 
 
Já o Método Direto, para o caixa gerado nas operações, é aquele onde as entradas e saídas 
referentes às operações aparecem pelos seus valores totais realizados, ou seja, mostra a 
efetiva movimentação de dinheiro. O que se tem visto no Brasil e no exterior é uma forte 
predileção pelo Método Indireto, uma vez que se apresenta mais útil, mais informativo e os 
analistas dão preferência a ele. Já no que tange às demonstrações do caixa gerado/consumido 
pelos investimentos e pelos financiamentos é igual em ambos os métodos. 
 
Conciliação entre o lucro e o caixa gerado pelas operações, quando da publicação do método 
direto: 
O CPC 03 exige que, quando da publicação da DFC pelo método direto, seja apresentada uma 
conciliação entre o caixa gerado pelas operações com o lucro líquido. Ou seja, devem ser 
ajustadas todas as transações contidas no lucro líquido que não tiveram impacto no caixa 
 
exercício, bem como aquelas que produziram ou consumiram caixa e não tiveram reflexo no 
resultado do período. 
 
Na realidade, quando se elabora essa conciliação nada mais se está fazendo do que a 
demonstração do caixa das operações segundo o apontado pelo método indireto. Por essa 
razão diz-se da predileção pelo método indireto, um a vez que ele automaticamente já contém 
essa conciliação, e nada mais é exigido. 
 
Subdivisões da DFC: 
Essa demonstração deverá ser subdividida na demonstração do caixa gerado/consumido em 
três atividades: a Atividade Operacional, a Atividade de Investimentos e a Atividade de 
Financiamento. 
 
DVA 
 
Elaboração 
 
DVA é a Demonstração do Valor Adicionado. Essa nova demonstração tem o objetivo de 
demonstrar a riqueza gerada pelas entidades e sua distribuição entre funcionários, governo, 
acionistas e credores. 
 
Diretrizes para a elaboração da DVA: 
Consulte o Pronunciamento Técnico CPC 09 Demonstrações do Valor Adicionado que contém 
todas as diretrizes bem como exemplos. 
 
Publicação 
 
Somente as companhias abertas têm a obrigatoriedade de publicar a DVA. 
 
4.2 Análise das Demonstrações Contábeis 
Objetiva avaliar a situação da empresa. Analisa aspectos operacionais, econômicos, 
patrimoniais e financeiros. Busca detectar pontos fortes e fracos do processo operacional e 
financeiro da empresa. Avalia o desempenho da empresa através do balanço e da 
demonstração de resultados. 
 
Estabelece indicadores que permitam uma análise comparativa. A comparação pode ser com: 
 
▪ Períodos passados; 
▪ Períodos orçados; 
▪ Padrões setoriais; 
▪ Padrões internacionais; 
▪ Padrões internos da empresa; 
▪ Empresas concorrentes, etc. 
 
É responsável pelo acompanhamento tendencial dos indicadores que podem ser em série de 
diversos períodos e pela representação gráfica evidenciando as tendências dos indicadores. 
 
Os indicadores devem ser claros, fáceis de utilizar e de compreender. Deve ser feito um 
acompanhamento adequado dos mesmos. 
 
 
 
 
 
As ferramentas mais utilizadas são: 
 
▪ Análise vertical; 
▪ Análise horizontal; 
▪ Indicadores econômicos financeiros, e 
▪ Avaliação final. 
 
4.2.1 Padronização das Demonstrações Contábeis 
 
4.2.2 Análise Horizontal e Vertical 
 
Análise horizontal. 
 
Avalia a variação percentual ocorrida de um período para o outro. Procura evidenciar 
crescimento ou decrescimento do item analisado. A base para a análise horizontal deverá ser 
um período escolhido e os dados dos outros períodos deverão ser considerados como 
evolução. Havendo inflação elevada, ela deve ser expurgada, para se obter a variação real. 
 
Fatores que podem prejudicar a análise horizontal: 
▪ Se o mês/ano/período escolhido como base for atípico, os indicadores obtidos serão 
prejudicados; 
▪ Os índices de atualização utilizados, quando em ambiente de elevada inflação, não 
representam a variação de preços da empresa. 
 
Análise vertical. 
 
Analisa a estrutura do Balanço Patrimonial e da DRE, evidenciando a participação dos 
elementos patrimoniais e de resultados dentro do total. 
 
Exemplo: 
 
Análise vertical do Balanço Patrimonial: 
AC 1.300 43% PC 100 3% 
ANC 1.700 57% PNC 900 30% 
 PL 2.000 67% 
Ativo Total: 3.000 100% Passivo Total: 3.000 100% 
 
Análise vertical da DRE: 
 
Evidencia a estrutura de custos e despesas da empresa, em relação ao total das receitas 
líquidas. Avalia a lucratividade da empresa. 
 
Análise vertical da DRE: 
Receita bruta 10.000.000 133% 
Deduções de venda (2.500.000) 33% 
Receita líquida 7.500.000 100% 
Custos (6.000.000) 80% 
Lucro bruto 1.500.000 20% 
Despesas comerciais (500.000) 7% 
Despesas administrativas(700.000) 9% 
Lucro Operacional 300 4% 
 
 
Fatores que podem prejudicar a comparabilidade da análise vertical: 
 
▪ Valores que são incorporados ao ativo e passivo ou eventos anormais de resultados: 
→ Reestruturações de passivos financeiros; 
→ Baixas de ativos de valor significativo; 
→ Aumento de capital; 
→ Ajustes de exercícios anteriores. 
 
 
4.2.3 Análise através de Índices 
 
Indicadores econômicos financeiros: 
 
São elementos tradicionais que representam o conceito de análise de balanço, como cálculos 
matemáticos efetuados a partir do Balanço Patrimonial e da DRE. Ajudam no processo de 
clarificação do entendimento da situação da empresa (aspectos patrimoniais, financeiros e de 
rentabilidade). 
 
São construídos a partir dos conceitos de inter-relação e interdependência de elementos 
patrimoniais do ativo, passivo e de resultados. Evidenciam a situação atual da empresa e, ao 
mesmo tempo, tenta inferir o que pode ocorrer no futuro. 
 
Em resumo, a utilização dos indicadores financeiros objetiva: 
 
▪ Detecta situações; 
▪ Verificar tendências; 
▪ Subsidiar as decisões da administração. 
 
Indicadores financeiros: 
 
▪ Indicadores de capacidade de pagamento. 
▪ Indicadores de atividade. 
▪ Indicadores de rentabilidade. 
▪ Análise de rentabilidade – Método Dupont 
▪ Análise de valor da ação 
 
Indicadores de capacidade de pagamento: 
 
▪ Liquidez corrente; 
▪ Liquidez seca; 
▪ Liquidez imediata; 
▪ Liquidez geral; 
▪ Endividamento. 
 
Indicadores de Atividade: 
 
▪ Prazo médio de recebimento; 
▪ Prazo médio de pagamento; 
▪ Giro dos estoques; 
▪ Giro do ativo total. 
 
Indicadores de Rentabilidade: 
 
▪ Margem operacional sobre vendas; 
▪ Margem liquida sobre vendas; 
 
▪ Rentabilidade do ativo total; 
▪ Rentabilidade do patrimônio líquido. 
 
Análise de rentabilidade – Método Dupont 
 
▪ Giro do ativo total; 
▪ Margem liquida sobre vendas; 
▪ Lucro sobre o ativo; 
▪ Participação do capital próprio no ativo total; 
▪ Lucro sobre o patrimônio líquido. 
 
Análise de valor da ação: 
 
▪ Valor patrimonial da ação; 
▪ Lucro por ação; 
▪ Dividendos e lucros distribuídos por ação; 
▪ Valor de mercado da ação; 
▪ Relação preço lucro (P/L). 
 
 
4.2.3.1 Índices de Liquidez 
 
▪ Indicadores de capacidade de pagamento. 
 
Evidenciam a capacidade de a empresa saldar suas dívidas, bem como a estrutura do 
endividamento. Os dados são extraídos apenas do Balanço Patrimonial – indicadores estáticos. 
 
Liquidez corrente: objetiva verificar a capacidade da empresa pagar os valores de curto 
prazo: 
 
Circulante Passivo
 Circulante Ativo
 corrente Liquidez = 
 
Como referência, este indicador deveria se sempre superior a 1,00 (a partir de 1,50 seria 
classificado como ótimo) 
 
Liquidez Seca: Objetiva verificar a capacidade da empresa pagar os valores de curto prazo, 
excluindo os estoques: 
 
Circulante Passivo
Estoques - Circulante Ativo
 seca Liquidez = 
 
Não há referência clara para este indicador. A capacidade de realização dos estoques é que 
será determinante. Assim, este indicador poderá ser considerado bom , mesmo quando inferior 
a 1,00. 
 
Liquidez imediata: Objetiva verificar a capacidade da empresa pagar os valores de curto 
prazo, com os ativos financeiro disponíveis (caixa/bancos/aplicações financeiras). 
 
Circulante Passivo
 idadesDisponibil
 imediata Liquidez = 
 
 
Não há referência clara para este indicador (quanto maior, melhor). Entretanto, excesso de 
liquidez imediata pode prejudicar a rentabilidade da empresa (normalmente a operação é mais 
rentável que a aplicação). 
 
Liquidez geral: Objetiva verificar a capacidade da empresa pagar os valores de curto e longo 
prazos, com ativos também de curto e longo prazos. 
 
(ELP) NC Circulante Passivo
 (RLP) NC Circulante Ativo
 geral Liquidez
+
+
= 
 
Não há referência clara para este indicador. O ponto fundamental é a qualidade dos ativos de 
LP e o perfil da dívidas de LP (prazo de pagamento). 
 
Endividamento: Objetiva indicar a estrutura de endividamento da empresa. Evidencia as 
políticas de alavancagem financeira. 
 
líquido Patrimônio
(ELP) NC Circulante Passivo
 ntoEndividame
+
= 
 
Um ponto referencial seria sempre inferior a 1,00. Indicadores superiores a 1,00 podem suferir 
excesso de endividamento. Queda nas operações pode comprometer a liquidez, por conta do 
custo fixo dos financiamentos. 
 
 
4.2.3.2 Índices de Estrutura de Capitais 
 
Estrutura de capital é uma das mais complexas na tomada de decisão financeira, devido a seu 
inter-relacionamento com outras variáveis de decisões financeiras. Para atingir o objetivo da 
empresa, a maximização da riqueza dos proprietários,o administrador financeiro deve ser 
capaz de ser capaz de avaliar a estrutura de capital da empresa e entender seu 
relacionamento com o risco, o retorno e o valor. 
 
Capital: Fundos a longo prazo da empresa, todos os itens constantes do lado direito do balanço 
da empresa, com exceção dos passivos circulantes. 
 
Tipo de Capital: 
 
Capital de terceiros: Todos os empréstimos a longo prazo obtidos pelas empresa. 
Capital próprio: Fundos a longo prazo fornecidos pelos proprietários da empresa, os acionistas. 
 
Balanço 
 Ativos Passivos circulantes 
Empréstimos a longo prazo 
Patrimônio líquido 
Ações preferenciais 
Ações ordinárias 
Lucros retidos 
Fonte: Gitman 
 
 
 
 
 
 
 
Diferenças básicas entre Capital de terceiros e Capital próprio: 
 
 Tipos de Capital 
Características De terceiros Próprio 
Voz na adminsitração Não Sim 
Direitos sobre lucro e ativos Prioritário ao capital próprio Subordinado ao capital de terceitos 
Prazo Declarado Nenhum 
Tratamento tributário Dedução de juros Sem dedução 
Fonte: Gitman 
 
Na falência, os credores e acionistas preferenciais podem receber voz na administração; do 
contrário, somente os acionistas ordinários têm direito ao voto. 
Participação de Capital de Terceiros 
 
▪ A Participação de Capital de Terceiros: indica quanto uma empresa possui de capitais de 
terceiros em comparação com o total que ela possui de capital próprio em sua estrutura. 
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice: 
 
 
▪ Imobilização do Patrimônio Líquido: indica o valor que a empresa tem aplicado nos bens 
permanentes para cada unidade monetária aplicada no Patrimônio Líquido. De maneira 
geral, quanto menor esse índice melhor será para a empresa, pois terá mais capitais 
aplicados no curto prazo, ou seja, no Ativo Circulante. 
 
 
▪ A Imobilização dos Recursos não Correntes: indica o percentual de recursos não circulantes 
(ou não correntes) que a empresa aplicou na aquisição de bens pertencentes à estrutura 
permanente 
 
 
 
4.2.3.3 Índices de Rentabilidade 
 
Objetivam analisar a lucratividade e a rentabilidade da empresa. Devem ser analisados com 
base nos padrões internos e nos períodos passados e futuros. Permitem análises e conclusões 
de caráter mais generalizante e de comparabilidade com terceiros. 
 
▪ Margem sobre vendas – operacional e líquida. 
 
Indicadores reproduzidos da análise vertical da DRE. Representa o quanto se obtém de 
lucro por cada unidade vendida. 
 
Não há parâmetro referencial. Depende do produto e das características do setor. Deve ser 
melhor analisado à luz do giro do ativo total e da participação do capital próprio no ativo total. 
 
Rentabilidade do ativo total - RAT: Um dos indicadores mais utilizados na análise da 
rentabilidade de investimentos. 
 
 
100 
 totalAtivo
I.R. após líquido Lucro
 RAT x= 
 
Rentabilidade do ativo total – Alternativa: Objetiva tornar o indicador comparável com outras 
empresas e outros investimentos. O valor do lucro deve ser o lucro operacional líquido (lucro 
operacional deduzido da média dos impostos sobre o lucro). O valor do ativo deve ser 
adaptado para o conceito de ativo operacional. No passivo devem constar apenas as fontes de 
recursos remunerados. 
 
Lucro operacional líquido: 
 
Lucro operacional 
(+/-) C. Monetária 
= Lucro operacional antes do IR 
(-) I.R.= Lucro operacional líquido 
 
Ativo operacional: 
 
Ativo Circulante 
(-) Passivo Circulante 
= Capital de giro próprio 
+ Ativo não circulante 
= Ativo operacional 
 
Passivo de financiamento: 
 
Capital de terceiros – não circulante 
+ Capital próprio – PL 
= Passivo de financiamento = Ativo operacional 
 
Rentabilidade do ativo operacional: Este indicador ajusta as distorções geradas pelo 
indicador de rentabilidade do ativo total, pois elimina os efeitos dos financiamentos de terceiros. 
Sua comparabilidade com outras empresas é melhor. 
 
loperaciona Ativo
 líquido loperaciona Lucro
 RAO = 
 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido: É o indicador definitivo, pois representa quanto foi a 
rentabilidade do capital que os sócios investiram na empresa. Representa “o quanto 
ganhamos”. É comparável com qualquer empresa, de qualquer setor, de qualquer país, de 
qualquer investimento. É comparável com rendimentos de aplicações financeiras. 
 
100 
final PL
I.R. após líquido Lucro
 RPL x= 
 
 
4.2.3.4 Índices de Rotatividade 
 
▪ Indicadores de atividade. 
 
 
Evidenciam a dinâmica operacional da empresa. Utilizam dados extraídos do Balanço 
Patrimonial e da DRE. Os cálculos inter-relacionam o produto das transações da empresa e o 
saldo constante do Balanço Patrimonial. Buscam e devem refletir a política do fluxo de caixa e 
demonstram a produtividade dos ativos da companhia. 
 
Prazo médio de recebimento: Objetiva indicar quanto tempo, em média, a empresa demora a 
receber suas vendas diárias. 
 
bruta loperaciona Receita
dias 360 x Clientes
 PMR = 
 
Não há parâmetro referencial. Depende do produto e das características do setor. 
Financeiramente pode-se dizer que quanto menor o indicador, melhor. 
 
Prazo médio de pagamento: Objetiva indicar quanto tempo, em média, a empresa consegue 
pagar seus fornecedores. 
 
serviços e materiais de brutas Compras
dias 360 x esFornecedor
 PMP = 
 
Não há parâmetro referencial. Depende do produto e das características do setor. 
Financeiramente pode-se dizer que quanto maior o indicador, melhor. Entretanto, deve-se 
atentar para a taxa de juros do financiamento. 
 
Giro do estoque: Objetiva indicar a velocidade com que o estoque se transforma em produção 
vendida. 
 
 totaisEstoques
 vendidosprodutos dos Custo
 estoque do Giro = 
 
Não há parâmetro referencial. Depende do produto e das características do setor. Será melhor 
quanto maior for a rotatividade. 
 
Giro do ativo total: Objetiva indicar a velocidade com que o investimento se transforma em 
volume de vendas. 
 
 totalAtivo
líquida loperaciona Receita
 ativo do Giro = 
 
Não há parâmetro referencial. Depende do produto e das características do setor. Será melhor 
quanto maior for a rotatividade. 
 
 
4.3. Análise Profunda de Rentabilidade 
 
Esta análise conjuga aspectos de produtividade financeira do investimento, da lucratividade 
das vendas e da estrutura de capitais. Evidencia os três componentes básicos de alavancagem 
de rentabilidade do capital próprio. Objetiva decompor a maximização da rentabilidade do 
capital próprio. Os três caminhos fundamentais para maximizar o lucro do capital próprio são: 
 
▪ Eficiência/produtividade do investimento, evidenciada pelo giro total (capacidade de faturar 
mais com a mesma estrutura de ativos); 
 
▪ Lucratividade sobre vendas (quanto a empresa consegue obter por cada valor faturado); 
▪ Estrutura ótima de passivo (mínimo de recursos próprios utilizados para financiar os ativos, 
obtendo o máximo de rendimento do capital próprio investido). 
 
4.3.1. Fórmula DU PONT 
 
Fórmula combinada: 
 
PL do ãoParticipaç
s/vendas líquido Lucro x ativo do Giro
 próprio capital do adeRentabilid = 
 
 
 totalAtivo
líquida loperaciona Receita
 Ativo do Giro = 
 
líquida loperaciona Receita
líquido Lucro
 s/vendas líquido Lucro = 
 
 
Total Ativo
líquido Patrimônio
 PL do ãoParticipaç = 
 
Para atingir a maior rentabilidade do capital próprio (PL) é necessário buscar ao mesmo tempo: 
 
▪ O maior giro do ativo possível; 
▪ A maior lucratividade líquida sobre vendas; 
▪ A menor participação do patrimônio líquido possível sobre o ativo total. 
 
Para obter o maio giro do ativo: 
 
▪ Reduzir as necessidades de recursos aplicados no ativo, buscando o mínimo de 
investimentos operacionais; 
▪ Aumentar ao máximo o faturamento com os recursos existentes. 
 
 
 
Para obter maior lucratividade s/vendas: 
 
▪ Aumentar ao máximo o faturamento e o volume vendido; 
▪ Reduzir custos e as despesas aos menores níveis possíveis. 
 
Para obter o maio rendimento do capital próprio: 
 
▪ Reduzir as necessidades de investimentos no ativo; 
▪ Ter a menor participação possível de capital próprio na estrutura de passivos da empresa 
(alavancagem financeira ideal). 
 
A análise de rentabilidade pode ser extremamente detalhada, chegando ao nível de despesas 
e ativos por centro de custo, receita e custos por produtos ou divisões. 
Os indicadores de rentabilidade apresentados são suficientes para a tomada de decisões da 
alta administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Dupont 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.2. Grau de Alavancagem Financeira – GAF 
 
Alavancagem financeira é a capacidade da empresa para usar encargos financeiros fixos a fim 
de maximizar os efeitos de variação no lucro antes dos juros e impostos (LAJIR) sobre o lucro 
por ação (LPA) da empresa. 
 
Vendas
3.074.000
menos 
CPV
2.088.000
LL depois
menos do IR
231.000
Despesas Margem
operacionais dividido por líquida
568.000 7,51%
vendas
menos 3.074.000
despesas 
financeiras
93.000 Taxa de 
Multiplicado por retorno sobre o
menos Ativo Total
ROA
IR 6,42%
94.000
vendas
3.074.000
Ativo Giro do 
circulante dividido por Ativo Total
1.223.000 0,85
Ativo Total
mais 3.597.000
A N C Taxa de retorno
Líquido multiplicado por sobre o PL
2.374.000 ROE
11,82%
Passivo 
circulante
620.000
Exigível
mais Total
1.643.000
P N C Total do 
mais passivo e PL
1.023.000 3.597.000 Multiplicador de
Patrimônio Alavancagem
Líquido dividido por financeira
1.954.000 MAF
PL 1,84
1.954.000
D
e
m
o
n
s
tr
a
ç
ã
o
 d
o
 R
e
s
u
lt
a
d
o
B
a
la
n
ç
o
 P
a
tr
im
o
n
ia
l
 
Exemplo: 
 
Uma pequena empresa alimentícia espera lucro antes dos juros e impostos de $10.000 no ano 
corrente. Ela tem um título de dívida de $20.000 com taxa de juros anuais do cupom de 10% e 
600 ações preferenciais em circulação, com $4 de dividendo anual por ação. Possui ainda 
1.000 ações ordinárias em circulação. Os juros anuais sobre a emissão de títulos são de 
$2.000 (0,10 x $20.000). Os dividendos anuais sobre as ações preferenciais são de $2.400 
($4,00 x 600 ações). O quadro abaixo apresenta os lucros por ação correspondentes ao níveis 
de lucro antes dos juros e impostos de $6.000, $10.000 a $14.000, supondo que a empresa 
esteja na faixa de 40% de imposto de renda. 
 
Duas situações são ilustradas no quadro: 
 
 
LPA PARA VÁRIO NÍVEIS DE LAJIR 
 Caso 2 Caso 1 
 - 40% + 40% 
 
LAJIR 6.000 10.000 14.000 
(-) Juros (J) 2.000 2.000 2.000 
LAIR 4.000 8.000 12.000 
(-) IR – 40% 1.600 3.200 4.800 
LLDIR 2.400 4.800 7.200 
(-) DP 2.400 2.400 2.400 
LAC 0 2.400 4.800 
LPA 0 = 0 2.400 = 2,40 4.800 = 4,80 
 1.000 1.000 1.000 
 
 -100% +100% 
Fonte: Gitman 
 
Caso 1: um aumento de 40% no LAJIR (de $10.000 para $14.000) resulta num acréscimo de 
100% nos lucros por ação (de $2,40 para $4,80). 
 
Caso 2: uma queda de 40% no LAJIR (de $10.000 para $8.000) resulta num decréscimo de 
100% nos lucros por ação (de $2,40 para $0). 
 
O efeito da alavancagem financeira é tal que um aumento no LAJIR da empresa acarreta um 
aumento mais do que proporcional nos lucros por ação, enquanto que uma queda no LAJIR da 
empresa resulta num decréscimo mais do proporcional no LPA. 
 
Medição do Grau de Alavancagem Financeira – GAF. 
 
O Grau de Alavancagem Financeira (GAF)é a medida numérica da empresa. 
 
LAJIR no percentual Variação
LPA no percentual Variação 
 =GAF 
 
Sempre que a variação percentual no LPA resultante de uma dada variação percentual no 
LAJIR for maior que a variação percentual no LAJIR, verifica-se a existência de alavancagem 
financeira. Isso significa que sempre que o GAF for superior a 1, há alavancagem financeira. 
 
Exemplo: Aplicando-se a fórmula do quadro nos casos 1 e 2, obtém-se: 
 
 
Caso 1: 2,5 
40%
100% 
 =
+
+
=GAF 
 
Caso 2: 2,5 
40%
100%
 =
−
−
=GAF 
 
Em ambos os casos, o quociente é maior que 1 e existe a alavancagem financeira. Quanto 
maior for esse quociente, maior o grau de alavancagem financeira. 
 
Segue uma fórmula mais direta para calcular o grau de alavancagem financeira a um 
determinado nível de LAJIR. Note que no denominador o termo 
T - 1
1 
 converte o dividendo da 
ação preferencial depois do imposto para um montante antes do imposto, a fim de se tornar 
compatível com os outros termos da equação. 
 






=
T - 1
1
 x - J - 
LAJIR
 mindet 
DPLAJIR
LAJIRdeníveladoerumemGAF 
Substituindo: 
LAJIR = $10.000 
J = $2.000 
DP = $2.400 
T = 0,40 (alíquota do IR) 
 
Temos: 
 
2,5 
$4.000
$10.000
 
0,40 - 1
1
 x 400.2$ - $2.000 - 000.10$
$10.000
 $10.000 a ==






=LAJIRdeGAF 
 
Esta abordagem é válida apenas quando o nível-base de LAJIR usado para calcular e 
comparar tais coeficientes for o mesmo. Em outras palavras, é preciso manter constante o 
nível-base de LAJIR para se comparar a alavancagem financeira associada a diferentes níveis 
de custos financeiros fixos. 
 
 
4.4. Análise do Ciclo Operacional 
 
Utilizando os índices de atividade, pode-se construir um indicador em número de dias do prazo 
médio em que se desenvolve todo o processo produtivo, comercial e financeiro da empresa, ou 
seja, qual o tempo médio que a empresa leva para produzir, vender e receber a receita de seus 
produtos. 
 
 
 
4.4.1 Investimentos em giro 
 
Quanto maior for o capital de giro de uma empresa (ativos circulantes menos passivos 
circulantes), menor será sua lucratividade e menor será o risco de ela não cumprir com suas 
obrigações no vencimento, e quanto menor for o capital de giro, maior será sua lucratividade e 
maior será o risco de ela não cumprir com suas obrigações no vencimento. 
 
 
▪ Capital circulante: São os ativos circulantes, que representam a parcela do investimento que 
circula de uma forma ou de outra, durante a condução normal dos negócios; 
▪ Ciclo operacional: A transição periódica de caixa para estoques destes para duplicatas a 
receber e de volta para caixa, que ocorre dentro do capital circulante das empresas; 
▪ Capital circulante líquido: A diferença entre ativos circulantes e passivos circulantes da 
empresa, ou alternativamente, a parcela de ativos circulantes financiados por recursos a 
longo prazo; podendo ser positiva ou negativa. 
 
Quando os ativos circulantes superam os passivos circulantes, a empresa tem capital de giro 
ou capital circulante líquido (CCL) positivo. Nessa situação, o CCL é a parcela dos ativos 
circulantes da empresa financiado com recursos de longo prazo. Os quais excedem as 
necessidades de financiamento dos ativos não circulantes. 
 
Quando os ativos circulantes são menores que os passivos circulantes, a empresa tem capital 
de giro ou capital circulante líquido (CCL) negativo. Nessa situação, o CCL é a parcela dos 
ativos não circulantes da empresa financiado com recursos de curto prazo. 
 
4.4.2 Necessidade de capital de giro 
 
As necessidades de financiamento da empresa podem ser subdivididas em permanentes e 
sazonais: 
 
Necessidades permanentes: Necessidade de financiamento para os ativos não circulantes 
mais a parcela permanente dos ativos circulantes da empresa; essas necessidades 
permanecem inalteradas ao longo do ano. 
 
Necessidades sazonais: Necessidade de financiamento para ativos circulantes temporários, os 
quais variam ao longo do ano. 
 
A relação entre ativos circulantes e não circulantes e as necessidades permanentes e sazonais 
de financiamento estão ilustradas através do exemplo abaixo: 
 
A estimativa feita por uma determinada empresa com relação aos valores mensais de ativos 
circulantes não circulantes e totais para o ano seguinte á dada nas colunas 1, 2 e 3 do quadro 
abaixo. A relativa estabilidade do nível de ativos totais ao longo do ano reflete a ausência de 
crescimento da empresa. As colunas 4 e 5 apresentam a subdivisão dos recursos totais 
exigidos em seus componentes, permanente e sazonal. O componente não permanente 
(coluna 4) corresponde ao menor nível de ativos totais exigidos durante o período, ao passo 
que a parcela sazonal é a diferença entre os recursos totais (ativos totais) exigidos para cada 
mês e a necessidade de recursos permanentes. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES DE FUNDOS 
Mês Ativos 
Circulantes 
 
(1) 
Ativos não 
circulantes 
 
(2) 
Ativos Totais ͨ
(1) + (2)] 
 
(3) 
Necessidades 
permanentes 
de fundos ͩ
(4) 
Necessidade 
sazonal de 
fundos 
(5) 
Janeiro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200 
 
Fevereiro 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200 
Março 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200 
Abril 1.000 13.000 14.000 13.800 200 
Maio 800 13.000 13.800 13.800 0 
Junho 1.500 13.000 14.500 13.800 700 
Julho 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200 
Agosto 3.700 13.000 16.700 13.800 2.900 
Setembro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200 
Outubro 5.000 13.000 18.000 13.800 4.200 
Novembro 3.000 13.000 17.000 13.800 2.200 
Dezembro 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200 
 
Média Mensal ͤ 13.800 1.950 
 
ͨ Valores representam a necessidade total de fundos pela empresa. 
ͩ Valores representam a necessidade mínima de ativos totais 
ͤ Equivalem a soma dos valores mensais dividido por 12. 
 
Estratégias de financiamento: 
 
Estratégia agressiva: Estratégia pela qual a empresa financia suas necessidades sazonais e, 
possivelmente alguma parcela de suas necessidades permanentes, com recursos de curto 
prazo e o restante de suas necessidades permanentes com recursos de longo prazo. 
 
Estratégia conservadora: Estratégia pela qual a empresa financia todas suas necessidades 
esperadas de fundos com recursos de longo prazo e recorre ao financiamento de curto prazo 
apenas nas emergências ou desembolsos inesperados. 
 
Considerações de custo: 
 
Considerar um custo de 3% para o curto prazo e 11% para o longo prazo. 
 
Estratégia agressiva: 
 
Custo do financiamento de curto prazo: 3% x $ 1.950 = $ 58,50 
Custo do financiamento de longo prazo: 11% x $ 13.800 = $ 1.518,00 
Custo total: $ 1.576,50 
 
Utiliza para fins de cálculo, a média das necessidades permanentes (longo prazo) e sazonais 
(curto prazo). 
 
Estratégia conservadora: 
 
Custo do financiamento de longo prazo: 11% x $ 18.000 = $ 1.980,00 
 
 
 
Estratégia conservadoras versus estratégia agressiva: 
 
Ao contrário da estratégia agressiva, a estratégia conservadora requer que a empresa pague 
juros sobre recursos desnecessários. O custo mais baixo da estratégia agressiva, portanto 
torna-a mais lucrativa do que a estratégia conservadora, sendo, contudo mais arriscado. Uma 
situação intermediária entre essas duas estratégias deve resultar numa opção aceitável de 
financiamento para quase todas as empresas. 
 
 
4.4.3 Investimento operacional em giro em empresas sazonais 
 
4.4.4 Ciclo operacional 
 
Para obter o ciclo operacional soma-se o prazo médio de estocagem com o prazo médio de 
recebimento, em dias 
 
Ciclo operacional = Prazo médio de recebimento + prazo médio de estocagem 
 
4.4.5 Ciclo financeiro equivalente 
 
Para obter o ciclo financeiro, deduz o prazo médio de pagamento do ciclo operacional 
 
Ciclo financeiro equivalente = ciclo operacional – prazo médio de pagamento 
 
 
4.4.6 Comentários sobre o investimento operacional em giro 
 
4.5. Análise das Demonstrações dos Fluxos de Caixa 
Proposta de indicadores de medidas de desempenho da DFC, divididasem quatro categorias: 
1. Quociente de cobertura de caixa; 
2. Quocientes de qualidade do resultado; 
3. Quociente de dispêndios de capital, e 
4. Retornos do fluxo de caixa. 
 A seguir, os indicadores por categoria: 
Categoria 1 
 
Cobertura de juros com caixa = FCO antes de juros e impostos / juros 
Cobertura de dívidas com caixa = (FCO – dividendo total) / juros 
Cobertura de dividendos com caixa = FCO / dividendos totais 
 
Categoria 2 
 
Qualidade das vendas = caixa das vendas / vendas 
Qualidade do resultado = FCO / resultado operacional 
 
Categoria 3 
 
Aquisições de capital = (FCO – dividendo total) / caixa pago por investimento de capital 
Investimento/financiamento = fluxo de caixa líquido para investimentos / fluxo de caixa líquido 
de financiamentos 
Categoria 4 
 
Fluxo de caixa por ação = (FCO – dividendos preferenciais) / quantidade de ações ordinárias 
Retorno do caixa sobre os ativos = FCO antes de juros e impostos / ativos totais 
Retorno sobre passivo e patrimônio líquido = FCO / (patrimônio líquido + exigível a longo prazo) 
Retorno sobre o patrimônio líquido = FCO / patrimônio líquido 
 
 
 
Categoria 1: 
• Os quocientes de cobertura possibilitam a avaliar a liquidez do empreendimento. 
• O índice de cobertura de juros com caixa informa o número de períodos que as saídas 
de caixa pelos juros são cobertas pelos fluxos de FCO (fluxo de caixa operacional), 
excluindo desses os pagamentos de juros e encargos de dívidas, imposto de renda e 
contribuição social sobre o lucro. 
• O índice de cobertura de dívidas com caixa revela o número de anos que, no nível dos 
fluxos de caixa atuais, seriam necessários para quitar todo o exigível. 
• O quociente de cobertura de dividendos com caixa fornece evidência da capacidade de 
pagar dividendos preferenciais e ordinários atuais com base no fluxo de FCO normal. 
 
Categoria 2: 
• O quociente de qualidade das vendas mede a proporção das receitas de vendas 
convertidas em valor no exercício, pelos recebimentos e cobranças de clientes. 
• O índice qualidade do resultado fornece indicação da dispersão entre os fluxos de caixa 
e os lucros divulgados. 
 
Categoria 3: 
Abrange as medidas de dispêndios de capital. 
• O quociente de aquisições de capital sinaliza a habilidade do negócio em atender suas 
necessidades por dispêndios líquidos de capital (aquisições menos alienações), sendo 
calculado como fluxos de caixa operacionais retidos, divididos pelas aquisições líquidas 
de ativos produtivos (imobilizado). 
• O índice de investimento/financiamento compara os fluxos líquidos necessários para 
finalidade de investimento, com aqueles gerados de financiamentos. 
 
Categoria 4: 
Indicadores de fluxo de caixa por ação e retorno sobre o investimento. 
• O índice fluxo de caixa por ação sinaliza o fluxo de caixa operacional atribuível a cada 
ação ordinária. 
• O índice de retorno de caixa sobre os ativos totais equivale ao retorno sobre o 
investimento total, a taxa de retorno contábil clássica fundamentada no regime de 
competência. 
• O índice de retorno sobre passivo e patrimônio líquido serve para sinalizar aos credores 
ou acionistas, o potencial de recuperação de caixa do negócio. 
• O índice de retorno sobre o patrimônio líquido mede a taxa de recuperação de caixa dos 
investimentos realizados pelos acionistas. 
(Fonte: BRAGA E MARQUES, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
4.6. Gestão de Valor 
4.6.1 Definição e Conceitos 
Gestão de Valor busca identificar os itens que geram valor (aumentam o nível de riqueza do 
acionista) em uma companhia, em particular como algumas empresas concatenam ativos de 
forma absolutamente peculiar para gerar mais valor que suas concorrentes diretas. Estes 
 
Geradores de Valor são isolados e analisados, depois combinados entre si e analisados 
novamente. Alguns desses Geradores podem estar fora da empresa, como, por exemplo, um 
relacionamento todo especial com determinado fornecedor, um acordo de licenciamento em 
bases particularmente vantajosas, ou um membro do Conselho com visão privilegiada. Pelo 
mesmo raciocínio, uma empresa pode apresentar situações de Destruição de Valor. O exemplo 
mais eloquente desta prática refere-se a empresas que enfatizam participação de mercado 
mais que fluxo de caixa, convertendo seus produtos gradativamente em “commodities”. ¹ 
 
O objetivo da Gestão de Valor é demonstrar como aumentar o valor de mercado da empresa 
identificando os Geradores de Valor que são peculiares à empresa e aprimorá-los, enquanto ao 
mesmo tempo identifica e erradica comportamentos que, embora justificáveis em princípio, 
acabam por destruir valor na empresa. 
 
O custo médio ponderado de capital (wacc, em inglês) revela quanto custa para a empresa 
financiar suas atividades, usando como fontes o capital próprio e o de terceiros. Para 
determinar o wacc em situações reais, a única variável difícil de ser mensurada é o custo do 
capital próprio. O custo de capital de terceiros é uma informação fácil de ser extraída, pois o 
setor financeiro da empresa sabe o quanto paga de juros em cima das suas linhas de crédito. 
Em empresas de capital aberto, o wacc é obtido através do capital asset pricing model (CAPM). 
Nesse modelo, o custo do capital próprio é obtido por meio da estimação de um prêmio de risco 
que compara a taxa de juros livre de risco e o prêmio de risco do mercado como um todo. 
O cálculo do custo de capital próprio não é simples nem direto, seja para empresas listadas em 
Bolsa ou empresas de capital fechado. Uma forma mais pragmática é pegarmos informações 
diretamente dos acionistas das empresas. Afinal, se um empreendedor consegue entender seu 
papel de acionista, deverá saber responder a uma simples pergunta: qual o prêmio de risco 
aceitável para manter seus recursos investidos na empresa? 
O prémio de risco é a diferença entre a remuneração exigida pelos acionistas e a taxa de juros 
livre de risco. Essa taxa, no Brasil, é a SELIC. Poupadores brasileiros podem, sempre que 
quiserem, comprar letras financeiras do tesouro (LFT), que paga aos investidores a taxa SELIC 
anual. 
Em diversos grupos empresariais, o conselho de administração da holding determina o custo 
de capital próprio a ser utilizado nas outras empresas do grupo. Isso torna o cálculo do wacc 
direto e simples para a gestão da empresa. Assim, um empresário que considere um prêmio de 
risco de 7% como razoável exigiria, da sua empresa, um retorno sob o capital de 16,5% ao ano 
(9,5% da SELIC mais 7% do prêmio de risco). 
 
 
 
 
 
4.6.2 Aplicação 
Não basta ter lucro, é necessário recuperar o capital empregado. 
Palavras chaves: 
EBIT: Earning Before Interest and Taxes (Lucro antes dos juros e do imposto de renda); 
http://www.exame.com.br/topicos/empreendedores
 
EBITDA: Earning Before Interest and Taxes, Depreciations and Amortizacion (Lucro antes dos 
juros, do imposto de renda e das depreciações e amortizações); 
EVA: Economic Value Added (Valor econômico agregado); 
MVA: Market Value Added (Valor de mercado agregado); 
WACC: Wetghted Average Cost of Capital (Custo médio ponderado de capital); 
NOPLAT: Net Operating Profit Less Adjusted Taxes (Conceito genuíno de lucro operacional). 
¹ Commodity é um termo de língua inglesa que, como o seu plural commodities, significa mercadoria, é utilizado nas transações comerciais de 
produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. 
 
 
4.6.2.1 Exemplo: 
 
Com base nas informações, efetuar análise de balanço de acordo com as teorias de finanças, a 
saber: 
a) Reclassificar o BP, identificando o investimento e a estrutura de capital; 
b) Reclassificar a DRE, identificando o EBIT, EBITDA, NOPLAT e Lucro Líquido; 
c) Calcular o custo do capital de terceiros; 
d) Analisar o retorno do investimento (ROI, WACC e RROI); 
e) Calcular o EVA, MVA e Market Value (valor da empresa). 
Custo do KP (Capital Próprio): 15,59% 
Circulante Circulante
Disponível 900 Contas a Pagar 500
Títulos a Receber 2.100 Financiamentos800
Estoques 1.500 Salários e Contribuições 600
Outros 400 Impostos 900
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Títulos a Receber 100 Financiamentos 1.000
Permanente 5.000 Patrimônio Líquido 6.200
Total do Ativo 10.000 Total do Passivo 10.000
Receita de Vendas 8.600
( - ) Custos das Vendas -4.900
 = Lucro Bruto 3.700
( - ) Despesas com Vendas -750
( - ) Despesas Gerais e Adm. -600
( - ) Depreciações e Amortizações -250
 + Receitas Financeiras 80
( - ) Despesas Financeiras -240
 = Lucro operacional 1.940
 + Resultado na Venda de Imobilizado 500
 = Lucro Antes do Imposto de Renda 2.440
( - ) IR e CSLL -854
 = Lucro Líquido 1.586
Cia UNIP S/A.
Balanço Patrimonial
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ATIVO PASSIVO
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercadoria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comerciais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa_de_mercadorias
 
Resolução: 
a) Reclassificação do Balanço: 
ATIVO PASSIVO 
 Passivo Circ: 800 
 Exigível L.P: 1000 
8000 PL: 6200 
 
Valor do Investimento 
 
 
 
 
b.1) EBIT: Lucro antes dos juros e do imposto de renda. 
 
 
 
DRE
Receita de vendas 8.600
( - ) Custos -4.900
( - ) Despesas de Vendas -750
( - ) Despesas Gerais e Adm. -600
 + Receitas Financeiras 80
 = EBIT 2.430
b.2) EBITDA: Lucro antes dos juros e do imposto de renda e das
depreciações e amortizações.
EBIT.................................................................................................. 2.430
( - ) Depreciações e Amortizações ............................................. -250
 = EBITDA...................................................................................... 2.180
Não pode aplicar a alíquota de 34% (IR + CSLL) sobre o
EBITDA, devido aos ajustes do LALUR
b.3) NOPLAT: Conceito genuíno de lucro operacional.
EBITDA............................................................................................. 2.180
( - ) IR e CSLL ................................................................................. -765,60
(=) NOPLAT ................................................................................... 1.414,40
 Apuração do IR Sobre o EBITDA
IR ...................................................................................................... -854
( - ) IR s/venda de imobilizado ................................................. 170
 + IR s/ Despesa financeira ........................................................ -81,60
 = IR s/ EBITDA.............................................................................. -765,60
b.4) Lucro Líquido:
NOPLAT ............................................................................................ 1.414,40
( - ) Despesas Financeiras ........................................................... -240
 + Benefício Fiscal ...................................................................... 81,60
 + Venda de imobilizado .......................................................... 500
( - ) IR s/ venda de imobilizado ................................................ -170
 = Lucro Líquido .......................................................................... 1.586
 
 
 
c) Custo do capital de terceiros (ki)
Ki = Despesas Financeiras – IR/CSLL (benefício Fiscal) 
Passivo Oneroso
Passivo Oneroso = .......................................................................... 1.800
Ki = 240 – 81,6 ................................................................................ 8,8%
1800
KP = .................................................................................................. 15,59%
d.1) ROI: Retorno sobre o investimento
ROI = NOPLAT 
Investimento
ROI = 1.414,40 .............................................................................. 17,68%
8.000
Estrutura de Capital:
K3 (Capital de terceiros) = 1.800 → 22,5% → 8,80%
KP (Capital próprio) = 6.200 → 77,5% → 15,59%
d.2) WACC: Custo médio ponderado de capital
WACC = 0,225 x 8,8% = ............................................................. 1,98%
 0,775 x 15,59% = ............................................................. 12,08%
WACC = ............................................................................................ 14,06%
d.3) RROI: Risco residual do ROI
RROI = ROI – WACC → 17,68% - 14,06% → RROI = ................... 3,62%
e.1) EVA: Valor econômico agregado
EVA = RROI x Investimento → 3,62% x 8.000 → EVA = ........... 289,42
Ou
Investimento ................................................................................ 8.000
x ROI ............................................................................................... 17,68%
(=)Retorno .................................................................................... 1.414,40
( - ) Custo de capital = WACC x investimento ......................... 1.124,98
(=) EVA ........................................................................................... 289,42
e.2) MVA: Valor de mercado agregado
MVA = EVA = 289,42 → MVA = .......................................... 2.058,13
 WACC 14,06%
e.3) MARKET VALUE: Valor da Empresa
MARKET VALUE = MVA + Investimento = 2.058,13 + 8.000 
→ MARKET VALUE = ....................................................................... 10.058,13 
 
Exercícios 
 
19 – Dados: 
 
 
 
 
 
 
Circulante Circulante
Disponível 2250 Contas a Pagar 1250
Títulos a Receber 5.250 Financiamentos 2000
Estoques 3.750 Salários e Contribuições 1500
Outros 1000 Impostos 2250
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Títulos a Receber 250 Financiamentos 2.500
Permanente 12.500 Patrimônio Líquido 15.500
Total do Ativo 25.000 Total do Passivo 25.000
Receita de Vendas 21.500
( - ) Custos das Vendas -12.250
 = Lucro Bruto 9.250
( - ) Despesas com Vendas -1875
( - ) Despesas Gerais e Adm. -1500
( - ) Depreciações e Amortizações -625
 + Receitas Financeiras 200
( - ) Despesas Financeiras -600
 = Lucro operacional 4.850
 + Resultado na Venda de Imobilizado 1250
 = Lucro Antes do Imposto de Renda 6.100
( - ) IR e CSLL -2135
 = Lucro Líquido 3.965
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Cia UNIP S/A.
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO

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