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Audiologia: Estudo da Audição

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Otorrino -> 22/08/2022 e 29/08/2022 
AUDIOLOGIA 
• Ciência da audição que estuda o processo auditivo normal e seus distúrbios 
(Bess e Humes, 1998; Katz, 1989) 
• Sensibilidade auditiva inicialmente foi estudada pela psicoacústica 
o Psicoacústica: estuda a relação entre os eventos acústicos 
(sons) e as sensações que os mesmos provocam nos indivíduos 
H ISTÓRICO 
• Criada em 22 de outubro de 1850 pelo físico e filosofo alemão G. T. 
Fechner 
• Percepção adutiva 
o Pitch: sensação subjetiva de frequência 
▪ Duração: tempo em segundos da vibração sonora 
o Loudness: sensação subjetiva de intensidade 
▪ Timbre: qualidade fornecida ela combinação 
harmônica de som, decorrente das características 
da fonte sonora 
• Lida com os atributos da sensação do individuo em relação à frequência e 
intensidade -> audiometria tonal liminar 
• II Guerra Mundial (1939-1945) 
o 16000 soldados com lesão auditiva 
o Raymond Carhart (1912-1975) 
 
• Acústica 
o Usado pela 1ª vez por Joseph Sauveur (1963-1716), deficiente 
auditivo 
o Teoria da propagação sonora: Leonardo Euler (1707-1783) 
o Na medicina, a acústica com os ultrassons, estabelecendo 
importantes técnicas para diagnóstico e prognóstico 
o Joseph Fourier (1768-1830; Matemático francês): estudo do 
espectro acústico vocal e da frequência fundamental da voz -
> ampliou o conhecimento da fisiologia da audição -> cóclea, 
analisador dos estímulos sonoros, separa os e envia para o 
córtex auditivo, já separados por frequência 
FREQUÊNCIA SONORA 
• Faixa de frequência sonora em humanos: 20-20000 Hz 
o Infra sonos: ↓20 Hz -> sensação táctil 
o Ultrassons: ↑20000 Hz -> animais (cachorros, golfinhos) 
• Percepção de diferença de intensidade na ordem de 1dB 
• Audição naural provê diferenças de 10 milionésimo de segundos (ms) de 
intervalo de tempo 
 
• Voz humana: vogal e consoantes 
o Vogal 
▪ Rica em energia 
▪ 30dB acima das consoantes 
▪ Fluo ininterrupto de ar 
▪ Formantes fixas, mesmo para uma vogal mais 
aguda ou mais grave (só mudamos a tensão 
laríngea) 
o Consoantes 
▪ Formantes fixas, nós a reconhecemos pela 
discriminação de tempo, intensidade e frequência 
▪ Monitorização auditiva necessário para sabermos 
se produzimos a consoante de maneira adequada 
▪ Transmissão das informações acústicas 
• Discriminação da fala 
o Língua portuguesa é muito gritável -> muitas vogais 
o Quando gritamos só aumentamos as vogais 
o Compreensão da fala: consoantes 
o “A gente ouve com as vogais, mas entende com as 
consoantes” 
PREVALÊNCIA 
• Deficiência auditiva 
• PNS 2013 
o Prevelência de 1,1% da população de deficiência auditiva 
▪ 0,9% adquiriram a deficiência auditiva por doença 
ou acidente 
▪ 0,2% possuíam desde o nascimento 
▪ 20,6% com deficiência auditiva apresentou grau 
intenso ou muito intenso de limitações ou não 
conseguia realizar atividade habituais 
o 8,4% da população com deficiência auditiva frequentava algum 
serviço de reabilitação 
MAPEAMENTO AUDIOLÓGICO 
 
• Queixa auditiva x resultado de audiometria 
o Sensibilidade de 80,9% e especificidade de 69,6% 
• Bateria audiológica básica 
o Audiometria tonal (via aérea e óssea) 
o Audiometria vocal (SRT e IRF) 
o Imitanciometria 
• Exames especializados 
o Emissão otoacústicas 
o BERA 
o Eletrococleografia 
o Audiometria de alta frequência 
o PAC (processamento auditivo central) 
PERIFÉRICO X CENTRAL 
• Sequência de procedimentos 
o Anamnese 
o Exames 
▪ Vídeo otoscopia 
▪ Imitânciometria (midle ear test) 
▪ Audiometria tonal 
▪ Audiometria vocal 
ANAMNESE 
• Identificação 
• Queixa auditiva 
o Uni ou bilateral 
o Duração 
o Súbita ou progressiva 
o Flutuação 
o Sons audíveis 
o Intolerância a sons 
• Exposição a ruídos 
o Tempo 
o Uso de protetor 
o Sintomas pós-exposição 
• Antecedentes familiares 
• Outras doenças 
o Metabólicas 
o Vasculares 
o DM, sífilis 
EXAMES 
COOPERAÇÃO DO PACIENTE 
• Estado psicofisiológico 
o Cansaço 
o Fome 
o Ansiedade 
o Tensão 
• Idade 
o Crianças pequenas 
o Idosos 
• Outros comprometimentos 
o Neurológico 
o Psiquiátrico 
• Simulação/dissimulação 
 
AUDIOMETRIA TONAL LIMIAR (ATL) 
• Embora existam inúmeros exames cujos resultados permitem fazer 
afirmações precisas sobre a audição do indivíduo, ATL é o teste mais 
frequentemente utilizado para avaliação da função auditiva; resultados de 
outros testes são geralmente interpretados em conjunto com a 
audiometria de tom puro 
• Métodos psicométricos tipo/limite: método utilizado de maneira 
simplificada -> presença ou não de resposta -> limiar auditivo 
• Mensuração quantitativa e qualitativa da sensibilidade auditiva do indivíduo 
• Ambiente de testagem 
o Ambiente acústico isolado 
o Afeta primeiramente frequências graves 
o Cabine acústica 
▪ Posicionamento da cabine: longe de janelas e 
portas 
• Vedação 
• Conforto 
o Luminosidade 
o Temperatura e ventilação 
• ATL aérea e óssea 
o Detectar a existência e o grau da deficiência auditiva e o lado 
afetado 
o Auxiliar o topodiagnóstico das lesões auditivas (orelha externa, 
média e interna), diferenciando as perdas de transmissão, 
neurossensoriais e mistas 
o Fornecer dados para indicação de próteses auditivas 
o Exame pré admissional nas indústrias 
o Monitorar a audição de trabalhadores em ambientes ruídos 
o Triagem nas escolas (pré-escolas) para detectar problemas 
auditivos 
o Teste incluso nos processos seletivos de concurso públicos 
• Confiabilidade 
o Conjunto de fatores 
o Equilíbrio: material humano e não humano 
o Variáveis extrínsecas 
▪ Calibração dos equipamentos 
▪ Condições do ambiente de teste 
o Variáveis intrínsecas 
▪ Habilidade e disponibilidade do paciente 
▪ Interesse e competência do examinador 
• Audiômetro 
 
• Medição dos estímulos: tom puro por condução aérea, óssea e estímulos 
vocais 
o Limiares audiométricos por via aérea e óssea obtidos devem 
ser dispostos e representados graficamente no audiograma, 
usando sistema de símbolos padronizados 
o Valores das medidas dos estímulos auditivos, tom puro, são 
anotados em valores numéricos em quadros na folha da 
audiometria 
• Via Aérea (VA): fone 
o Frequências testadas: 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 
6000 e 8000 Hz 
o Testagem: técnica descendente 
▪ Reduzir progressivamente a intensidade de 10 em 
10dB, até que o indivíduo não mais perceba o 
estímulo 
▪ Aumetnar o som de 5 em 5dB até que o indivíduo 
responda novamente 
▪ Sequência das frequências a serem testadas: 
1000, 2000, 3000, 4000, 5000, 8000, 500 e 
250 Hz 
• Formas de responder o teste 
o Pressionamento de botão 
o Ato motor: levantar a mão, levantar o dedo, apontar a orelha, 
falar no microfone 
▪ Desvantagem: examinador não observa as reações 
do paciente frente ao estímulo sonoro 
• Notação audiométrica mais completa 
o Presença e ausência de respostas para VA e VO, nas 
condições de presença e ausência de mascaramento 
o Jerger (1976): simplificação da notação audiométrica da ASHA, 
utilizando-se dois símbolos audiométricos 
 
 
o Gráficos para anotar os resultados 
o Resultados anotados sob forma de símbolos internacionais 
aprovados pela ASHA 
OD (vermelho) 
VA: o 
VO: < 
OE (azul) 
VA: x 
VO: > 
o Ausência de resposta: anotada no valo correspondente ao 
máximo de saída do audiômetro, om símbolos acima e uma 
flecha para baixo 
O X 
↓ ↓ 
• Audiograma normal 
 
o Medição dos limiares auditivos por via aérea 
• Perda auditiva em OD 
 
o Medição dos limiares auditivos por via óssea 
• Medida por mastóide 
o VO: vibrador 
o Estímulo direto na orelha interna 
o Pesquisa somente quando 
encontrada perda auditiva por VA 
o Frequências testadas: 500, 1000, 
2000, 3000 e 4000Hz 
o Normalidade: limiares até 15dB 
o Classificação do tipo de perda 
auditiva: comparação entre limiares 
obtidos por via aérea e óssea 
AUDIOMETRIA VOCAL (LOGOAUDIOMETRIA) 
• Limiar de reconhecimentode fala (SRT) 
o Menor intensidade na qual o indivíduo repete, corretamente, 
50% das palavras apresentadas 
o Importância: confirmação dos limiares tonais (SRT = média 
500, 1000, 2000Hz ou até 10dB acima 
• Índice de reconhecimento de fala (IRF) 
o Material linguístico: palavras dissilábicas ou trissilábicas 
apresentadas em grupo de 4 
o Técnica descendente: inicia-se a testagem em 40dB acima da 
X 500, 1000 e 2000Hz 
o Instrução: repetir palavras que escutar 
• Índice percentual de reconhecimento de fala (IPRF) 
o Topodiagnóstico: localização de lesões específicas do sistema 
auditivo 
o Resultado: 90-100%, 75-90%, 60-75%, 50-60%, <50% 
o IPRF% e desempenho comunicativo 
▪ A escolha da classificação fica a critério do 
profissional, mas deverá sempre ser referenciada 
▪ Importante: não é possível estabelecer grau de 
perda auditiva por frequência isolada 
 
RACIOCÍNIO AUDIOLÓGICO 
• A partir da obtenção dos limiares auditivos por via aérea x óssea 
Via aérea Via óssea 
OE -> OM -> OI Mastoide -> OI 
Sempre pior que os lmiiares por via 
óssea 
Sempre melhor que os limiares por via 
aérea 
Referencial importante e básico para 
indicação de prótese auditiva 
convencional, semi e implantáveis 
Referencial para indicação cirúrgica, 
prognóstico e evolução do tratamento 
 
 
T IPOS DE PERDA AUDIT IVA 
 
CONFIGURAÇÃO DE CURVA AUDIOMÁTRICA 
 
• É dever do fonoaudiólogo descrever o resultado da avaliação na ficha do 
exame para audiometria tonal, logoaudiometria e medidas de imitância 
acústica 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
CLASSIF ICAÇÃO 
• Quanto ao grau de perda auditiva (Davis e Silvermann, 1970) 
o Adulto 
o Classificação média (500, 1000, 2000HZ) 
▪ Normal: 0-25 dB 
▪ Leve: 26-40 dB 
▪ Moderada: 41-55 dB 
▪ Moderadamente severa: 56-70 dB 
▪ Severa: 71-90 dB 
▪ Profunda: Acima de 91 dB 
 
 
EXEMPLOS CLÍNICOS 
• Perda auditiva do tipo condutiva 
 
• Perda auditiva do tipo neurossensorial 
o Doença de Menière 
 
o Surdez súbita 
 
MEDIDAS DE IMITÂNCIA ACÚSTICA: IMITÂNCIOMETRIA 
 
• Caracteriza o comportamento acústico de um meio de propagação 
• Determinada por dois fatores fundamentais: admitância e impedância 
o Admitância: facilidade com o qual o fluxo de energia passa 
através de um sistema 
o Impedância: oposição à passagem do som pelos fatores de 
massa, rigidez e atrito 
• Avalia integridade do conjunto timpanossicular 
• Pesquisa do reflexo do músculo estapédio 
• Timpanometria 
• Função da tuba auditiva 
• Equipamento 
 
• Imitanciometro 
 
o Portátil 
 
T IMPANOMETRIA 
• Avalição da mobilidade da MT e da função da orelha média 
• Mede-se a capacidade da MT em refletir um som introduzido no MAE, em 
resposta a graduais modificações de pressão 
 
 Tipo A 
 
 Tipo B 
 
 Tipo C 
 
• Pesquisa do reflexo acústico ou estapediano 
o Via aferente 
o Via eferente 
o Estímulo contra x ipsilateral 
o Intensidade: recrutamento de Metz 
 
• Via do arco reflexo do músculo estapédio 
o IPSI CONTRA 
 
• Padrões de resposta 
 
• Classificação do reflexo estapeiano contralateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO DA TUBA AUDIT IVA 
 
T IPOS DE CURVAS E PATOLOGIAS 
 
PRESBIACUSIA 
• Envelhecimento ou senescência: processo natural e irreversível 
o Com o passar dos anos, os indivíduos sofrem mudanças nos 
aspectos biológico, social e psicológico 
o Perda auditiva: característica do envelhecimento; acomete 
principalmente as altas frequências e torna difícil a percepção 
dos sons consonantais, especialmente quando a comunicação 
ocorre em ambientes ruidosos 
 
 
AUDIOLOGIA PEDIÁTRICA 
• Avaliação audiológica infantil é um desafio, principalmente em crianças de 
menor faixa etária 
• Premissa básica: adequar os procedimentos à faixa etária (idade mental 
da criança) 
• Eletroacústicas 
o Imitanciometria 
o Emissões otoacústicas 
• Eletrofisiológicas 
o Potenciais evocados auditivos (peatea, peate, peatef, ASSR) 
• Combinação de medidas: eletroacústica (EOA e timpanometria), 
comportamentais (VRA-ARV) e eletrofisiológicas (PEATE) 
EMISSÕES OTOACÚSTICAS 
 
• Por estímulos transientes 
o Critérios de presença de resposta 
o Relação sinal/ruido 
o 6 dB (neonato) 
o 3 dB (lactentes e adultos) 
• Produto de distorção 
 
o Critérios de presença de resposta 
▪ Relação sinal/ruído: 10-20 dB (neonato) 
0-10 dB (adultos) 
Resposta Ruído S/R Conclusão 
+ - 6 Presente 
- 
- <6 Ausente 
+ + <6 Não analisável 
- 
- >6 Dúvida 
TRIAGEM AUDIT IVA NEONATAL 
• Neonatos que falharam na TANU devem receber acompanhamento 
médico e avalição audiológica até 3 meses, seguidos dos dispositivos de 
amplificação o mais tardar em 6 meses 
PEATE 
• Programa de TAN 
• Respostas comportamentais não são confiáveis isoladamente 
• Potencial auditivo 
o Resposta com índices altos de 
▪ Sensibilidade (% de identificar indivíduos alterados) 
• 99-100% 
▪ Especificidade (% de identificar indivíduos normais) 
• 98% 
• Padrão ouro 
o Bera clínico permite avaliação da condução óssea, frequência 
específica, microfonismo coclear (neuropatia auditiva) 
• Padrão de normalidade: protocolo sírio de lesão 
 
• Crianças com perda auditiva neural pode não ter nenhum indicador de 
risco 
o Não apresentar resposta no PEATE-FE -> avaliada com 2 
polaridades pelo clique 
o *Neuropatia 
 
AUDIOMETRIA 
COMPORTAMENTAL 
• Uso de instrumentos musicais 
• Reflexo cócleo palpebral (RCP) para sons de forte intensidade 
• Reação à voz: apresentação em fraca/média/forte intensidade 
• Sons de LING (1985): /a/ /i/ /u/ /s/ /s/ 
 
• Níveis de referência para a interpretação dos resultados quanto a 
reflexos e automatismos inatos e etapas do processamento auditivo em 
crianças de zero a 24 meses de idade 
Idade em 
meses 
Reflexos e 
automatismo inatos 
Etapas do processamento auditivo 
0-3 
Startle; RCP Atenção ao som 
3-6 RCP Atenção ao som, procura a fonte, início 
da localização lateral 
6-9 
RCP Localização lateral e indireta para baixo 
9-13 RCP Localização lateral, direta para baixo e 
indireta para cima 
13-18 
RCP Localização lateral, direta para baixo e 
direta para cima 
RCP = reflexo cócleo-palpebral 
• Níveis de referência para a interpretação dos resultados quanto a etapas 
do processamento auditivo em crianças para comando verbais 
Nível de 
solicitação 
Exemplo de ordens verbais Faixa etária 
1 
Dá tchau, joga dedo, bate palma 9-12 meses 
2 Cadê a chupeta? Cadê a mamãe? Cadê o 
sapato? 
12-15 meses 
3 
Cadê o cabelo? Cadê a mão? Cadê o pé? 15-18 meses 
COM REFORÇO V ISUAL 
• 6 meses a 2 anos 
• Objetivo: obtenção do nível mínimo de resposta para tons puros (não o 
limiar auditivo) 
• Uso de condicionamento por meio de um reforço positivo (estímulo visual) 
 
• Níveis de referência utilizados para a interpretação dos resultados quanto 
ao nível mínimo de resposta para tom puro em crianças de zero a 24 
meses de idade 
Idade em meses Nível de intensidade da resposta para tom puro 
0-3 Ausência 
3-6 80 dBNA 
6-9 60 dBNA 
9-13 40 dBNA 
13-18 20 dBNA 
• Qualidade da resposta a estímulos sonoros: sinais indicadores de alteração 
do processamento auditivo central 
o Resposta exacerbada 
o Aumento da latência de resposta 
o Dificuldade de localização com acuidade normal 
o Ausência de habituação a estímulos repetidos 
o Reflexo cócleo-palpebral ausente com acuidade auditiva normal 
AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INFANTIL: MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
• Audiometria tonal condicionada: 2 anos e meio a 6 anos 
• Objetivo: obtenção do limiar auditivo 
• Uso do condicionamento por meio de um reforço positivo 
• Possibilidade de utilização da técnica de mascaramento 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA 
Padrão de 
resposta 
a sons 
instrumen
tais 
Nível 
mínimo de 
resposta 
para tons 
puros 
Reaçã
o à 
voz 
natural 
Reconhecim
ento de 
ordens 
RCP Resultad
os do 
Handtymp 
Sugestivo 
de 
Adequado Adequado Prese
nte 
Adequado Present
e 
Curvas 
n/s 
reflexos 
present
es 
Audição 
normal 
Adequado Alterado 
(nível 
acima do 
esperado) 
Prese
nte 
Adequado Ausent
e 
Curvas 
planas 
reflexos 
ausente
s 
Perda de 
grau leve a 
moderado 
condutiva 
Adequado Alterado 
(nível 
acima do 
esperado) 
Prese
nte 
Alterado Present
e 
Curvas 
n/s 
reflexos 
Disacusia 
não 
sensoriais 
present
es 
moderada 
recrutante 
Adequado Alterado 
(dois 
níveis ou 
mais 
acima do 
esperado) 
Ausen
te 
Alterado Ausent
e ou 
aument
ado 
Curvas 
n/s 
reflexos 
ausente
s 
Disacusia 
não 
sensoriais 
severa a 
profunda 
Alterado 
+ sinais 
centrais 
Inconsistê
ncia de 
respostas 
Prese
nte 
Alterado Present
e ou 
ausente 
Curvas 
n/s 
reflexos 
ausente
s ou 
aumenta
dos 
Alteração 
do 
processam
ento 
auditivo 
central 
• Normal 
o Respostas dentro do padrão de normalidade 
o Crianças ouvintes normais nascidas a termo 
• Atraso de desenvolvimento 
o Respostas abaixo do padrão de normalidade, tornando-se 
normais no último trimestre do 1º ano 
o Crianças ouvintes pré-termo que necessitaram de cuidados 
intensivos neonatais 
o Relacionado ao processo de maturação do SNC e/ou 
alterações transitórias do SNC decorrentes de 
intercorrências clínicas neonatais 
• Distúrbio do desenvolvimento 
o Respostas obtidas mantem-se sempre abaixo do padrão de 
normalidade 
o Crianças com distúrbio do processamento auditivo 
AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INFANTIL 
• 0-2 anos 
o Audiometria de observação comportamental 
o Audiometria com reforço visual 
o Imitanciometria 
o Emissões otoacústicas 
o Potenciais evocados auditivos 
• 2 anos e meio-6 anos 
o Audiometria tonal condionada 
o Logoaudiometria 
o Imitanciometria 
o Emissões Otoacústicas 
o Potenciais evocados auditivos 
JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING 
• Garantir que a avaliação audiológica seja realizada nas crianças que não 
foram submetidas a TAN 
• Controlar as infecções de OM, pois otites de repetição podem 
comprometer ainda mais a audição e aumentam risco para alteração de 
PAC 
• Assegurar avaliação audiológica par aas crianças com risco de perda 
auditiva, pelo menos 1x 24h a 30 meses de idade, independentemente de 
terem passado na TAN 
• Conferência de Consenso sobre o Diagnóstico dos Distúrbios de 
Processamento Auditivo em Crianças em Idade Escolar (2000) 
o Indicou, para maior precisão no diagnóstico de distúrbio de 
processamento auditivo 
o Procedimentos eletroacústicos (EOA e imitanciometria) 
o Procedimentos comportamentais 
o Procedimentos eletrofisiológicos 
CLASSIF ICAÇÃO 
• Quanto ao grau de perda auditiva (Clows, 1978) 
o Criança 
o Classificação média (500, 1000, 2000 Hz 
▪ Normal: 0-15 dB 
▪ Leve: 16-40 dB 
▪ Moderada: 41-55 dB 
▪ Moderadamente severa: 56-70 dB 
▪ Severa: 71-90 dB 
▪ Profunda: >91 dB 
TÓPICOS DE DISCUSSÃO 
• Audiometria x Capacidade auditiva 
• Avaliação auditiva deve seguir padrões diagnósticos confiáveis -> Cross 
Check 
 
CONSEQUÊNCIA 
• Perda auditiva de grau leve 
o Perda discreta com limiar audiométrico de 15 a 25 dB 
o Causada mais frequentemente por impedimento condutivo 
o Permite que a criança ouça os sons das vogais, mas dificulta a 
adequada percepção das consoantes 
o Nível de ruído presente no ambiente e a distância existente 
entre o falante e o ouvinte -> pode perder de 25 a 40% do 
sinal de fala 
CARACTERÍSTICAS AUDIOLÓGICA E COMPORTAMENTAIS DAS 
PERDAS AUDITIVAS 
• Perdas auditivas condutivas 
o Uni ou bilateral 
o VA rebaixada/VO normal 
o GAP VA/VO – mín.15 dB e máx. 60 dB 
o Discriminação auditiva boa 
o Timpanometria tipo B, C, Ar ou Ad 
o Reflexos acústicos ausentes (maioria dos casos) 
o Bom prognóstico (clínico ou cirúrgico) 
o Características comportamentais 
▪ História de infecção de ouvido, purgação e perda 
auditiva 
▪ Zumbido pode estar presente 
▪ Fala baixo, voz normal, não apresenta regressão 
fonêmica 
▪ Respostas indecisas quando próximas do limiar 
▪ Consegue comunicar-se bem desde que a 
intensidade esteja adequada 
▪ Paracusia de Willis: ouve melhor em ambiente 
ruidoso 
▪ Não refere intolerância a sons intensos 
• Perdas auditivas mistas 
o VA rebaixada/VO rebaixada 
o GAP VA/VO (variável dependendo do grau de 
comprometimento condutivo ou neurossensorial) 
o Discriminação compatível com perda auditiva 
▪ Predomínio condutivo: IPRF normal 
▪ Predomínio neurossensorial: IPRF rebaixada 
o Timpanometria mostra problema condutivo 
o Reflexos acústicos ausentes 
o Prognóstico: depende da influência dos componentes condutivo 
e neurossensorial (cirurgia, medicamento, indicação de prótese 
auditiva) 
• Perdas auditivas funcionais 
o Comportamento auditivo do paciente não está de acordo com 
os achados audiométricos 
o Achados audiométricos não estão de acordo entre si 
o Simulação 
o Dissimulação 
o Problemas emocionais 
o Características comportamentais 
▪ Tendência a demorar para responder ao nome e 
aos tons puros 
▪ Paciente agitado, nervoso, ansioso e com pressa 
▪ Mostra-se muito atento ao examinador e aos sons, 
como se ouvir fosse um grande esforço 
▪ Audiometria tonal mostra perda auditiva intensa, 
enquanto SRT está próximo ao normal 
▪ Reflexos acústicos em níveis normais 
▪ Padrão de fala e qualidade vocal não condizem com 
nível de perda auditiva apresentado 
• Perdas auditivas neurossensoriais 
o VA rebaixada/VO rebaixada 
o Ausência de GAP VA / VO (máx. 10 dB) 
o IPRF rebaixado 
▪ Sensorial: compatível com perda auditiva 
▪ Neural: ruim, incompatível com perda auditiva 
o Timpanometria normal (Tipo A) 
o Reflexos acústicos presentes ou ausentes (de acordo com o 
grau da perda e presença ou não de recrutamento) 
o Características comportamentais 
▪ História de perda auditiva súbita ou progressiva, 
antecedentes familiares ou associação da DA com 
outras alterações orgânicas 
▪ Zumbido presente, tontura 
▪ Fala alto, voz pode estar alterada e pode 
apresentar regressão fonêmica 
▪ Respostas rápidas e seguras quando próximas do 
limiar 
▪ Dificuldade de compreensão mesmo quando a 
intensidade está adequada, em ambiente ruidoso ou 
conversa em grupo 
▪ Refere intolerância a sons intensos 
• Características de indivíduos com alteração das habilidades auditivas 
centrais 
o Presta atenção somente quando quer? desligado/desatento? 
o Confuso com informações auditivas (ãh? O que? Não entendi?) 
o Responde bem em ambientes silenciosos, mas não em 
ambientes ruidosos 
o Dificuldade em aprender cantar músicas ou jingles 
o Confunde instruções/ responde melhor instruções simples

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