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Otorrino -> 22/08/2022 e 29/08/2022 AUDIOLOGIA • Ciência da audição que estuda o processo auditivo normal e seus distúrbios (Bess e Humes, 1998; Katz, 1989) • Sensibilidade auditiva inicialmente foi estudada pela psicoacústica o Psicoacústica: estuda a relação entre os eventos acústicos (sons) e as sensações que os mesmos provocam nos indivíduos H ISTÓRICO • Criada em 22 de outubro de 1850 pelo físico e filosofo alemão G. T. Fechner • Percepção adutiva o Pitch: sensação subjetiva de frequência ▪ Duração: tempo em segundos da vibração sonora o Loudness: sensação subjetiva de intensidade ▪ Timbre: qualidade fornecida ela combinação harmônica de som, decorrente das características da fonte sonora • Lida com os atributos da sensação do individuo em relação à frequência e intensidade -> audiometria tonal liminar • II Guerra Mundial (1939-1945) o 16000 soldados com lesão auditiva o Raymond Carhart (1912-1975) • Acústica o Usado pela 1ª vez por Joseph Sauveur (1963-1716), deficiente auditivo o Teoria da propagação sonora: Leonardo Euler (1707-1783) o Na medicina, a acústica com os ultrassons, estabelecendo importantes técnicas para diagnóstico e prognóstico o Joseph Fourier (1768-1830; Matemático francês): estudo do espectro acústico vocal e da frequência fundamental da voz - > ampliou o conhecimento da fisiologia da audição -> cóclea, analisador dos estímulos sonoros, separa os e envia para o córtex auditivo, já separados por frequência FREQUÊNCIA SONORA • Faixa de frequência sonora em humanos: 20-20000 Hz o Infra sonos: ↓20 Hz -> sensação táctil o Ultrassons: ↑20000 Hz -> animais (cachorros, golfinhos) • Percepção de diferença de intensidade na ordem de 1dB • Audição naural provê diferenças de 10 milionésimo de segundos (ms) de intervalo de tempo • Voz humana: vogal e consoantes o Vogal ▪ Rica em energia ▪ 30dB acima das consoantes ▪ Fluo ininterrupto de ar ▪ Formantes fixas, mesmo para uma vogal mais aguda ou mais grave (só mudamos a tensão laríngea) o Consoantes ▪ Formantes fixas, nós a reconhecemos pela discriminação de tempo, intensidade e frequência ▪ Monitorização auditiva necessário para sabermos se produzimos a consoante de maneira adequada ▪ Transmissão das informações acústicas • Discriminação da fala o Língua portuguesa é muito gritável -> muitas vogais o Quando gritamos só aumentamos as vogais o Compreensão da fala: consoantes o “A gente ouve com as vogais, mas entende com as consoantes” PREVALÊNCIA • Deficiência auditiva • PNS 2013 o Prevelência de 1,1% da população de deficiência auditiva ▪ 0,9% adquiriram a deficiência auditiva por doença ou acidente ▪ 0,2% possuíam desde o nascimento ▪ 20,6% com deficiência auditiva apresentou grau intenso ou muito intenso de limitações ou não conseguia realizar atividade habituais o 8,4% da população com deficiência auditiva frequentava algum serviço de reabilitação MAPEAMENTO AUDIOLÓGICO • Queixa auditiva x resultado de audiometria o Sensibilidade de 80,9% e especificidade de 69,6% • Bateria audiológica básica o Audiometria tonal (via aérea e óssea) o Audiometria vocal (SRT e IRF) o Imitanciometria • Exames especializados o Emissão otoacústicas o BERA o Eletrococleografia o Audiometria de alta frequência o PAC (processamento auditivo central) PERIFÉRICO X CENTRAL • Sequência de procedimentos o Anamnese o Exames ▪ Vídeo otoscopia ▪ Imitânciometria (midle ear test) ▪ Audiometria tonal ▪ Audiometria vocal ANAMNESE • Identificação • Queixa auditiva o Uni ou bilateral o Duração o Súbita ou progressiva o Flutuação o Sons audíveis o Intolerância a sons • Exposição a ruídos o Tempo o Uso de protetor o Sintomas pós-exposição • Antecedentes familiares • Outras doenças o Metabólicas o Vasculares o DM, sífilis EXAMES COOPERAÇÃO DO PACIENTE • Estado psicofisiológico o Cansaço o Fome o Ansiedade o Tensão • Idade o Crianças pequenas o Idosos • Outros comprometimentos o Neurológico o Psiquiátrico • Simulação/dissimulação AUDIOMETRIA TONAL LIMIAR (ATL) • Embora existam inúmeros exames cujos resultados permitem fazer afirmações precisas sobre a audição do indivíduo, ATL é o teste mais frequentemente utilizado para avaliação da função auditiva; resultados de outros testes são geralmente interpretados em conjunto com a audiometria de tom puro • Métodos psicométricos tipo/limite: método utilizado de maneira simplificada -> presença ou não de resposta -> limiar auditivo • Mensuração quantitativa e qualitativa da sensibilidade auditiva do indivíduo • Ambiente de testagem o Ambiente acústico isolado o Afeta primeiramente frequências graves o Cabine acústica ▪ Posicionamento da cabine: longe de janelas e portas • Vedação • Conforto o Luminosidade o Temperatura e ventilação • ATL aérea e óssea o Detectar a existência e o grau da deficiência auditiva e o lado afetado o Auxiliar o topodiagnóstico das lesões auditivas (orelha externa, média e interna), diferenciando as perdas de transmissão, neurossensoriais e mistas o Fornecer dados para indicação de próteses auditivas o Exame pré admissional nas indústrias o Monitorar a audição de trabalhadores em ambientes ruídos o Triagem nas escolas (pré-escolas) para detectar problemas auditivos o Teste incluso nos processos seletivos de concurso públicos • Confiabilidade o Conjunto de fatores o Equilíbrio: material humano e não humano o Variáveis extrínsecas ▪ Calibração dos equipamentos ▪ Condições do ambiente de teste o Variáveis intrínsecas ▪ Habilidade e disponibilidade do paciente ▪ Interesse e competência do examinador • Audiômetro • Medição dos estímulos: tom puro por condução aérea, óssea e estímulos vocais o Limiares audiométricos por via aérea e óssea obtidos devem ser dispostos e representados graficamente no audiograma, usando sistema de símbolos padronizados o Valores das medidas dos estímulos auditivos, tom puro, são anotados em valores numéricos em quadros na folha da audiometria • Via Aérea (VA): fone o Frequências testadas: 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz o Testagem: técnica descendente ▪ Reduzir progressivamente a intensidade de 10 em 10dB, até que o indivíduo não mais perceba o estímulo ▪ Aumetnar o som de 5 em 5dB até que o indivíduo responda novamente ▪ Sequência das frequências a serem testadas: 1000, 2000, 3000, 4000, 5000, 8000, 500 e 250 Hz • Formas de responder o teste o Pressionamento de botão o Ato motor: levantar a mão, levantar o dedo, apontar a orelha, falar no microfone ▪ Desvantagem: examinador não observa as reações do paciente frente ao estímulo sonoro • Notação audiométrica mais completa o Presença e ausência de respostas para VA e VO, nas condições de presença e ausência de mascaramento o Jerger (1976): simplificação da notação audiométrica da ASHA, utilizando-se dois símbolos audiométricos o Gráficos para anotar os resultados o Resultados anotados sob forma de símbolos internacionais aprovados pela ASHA OD (vermelho) VA: o VO: < OE (azul) VA: x VO: > o Ausência de resposta: anotada no valo correspondente ao máximo de saída do audiômetro, om símbolos acima e uma flecha para baixo O X ↓ ↓ • Audiograma normal o Medição dos limiares auditivos por via aérea • Perda auditiva em OD o Medição dos limiares auditivos por via óssea • Medida por mastóide o VO: vibrador o Estímulo direto na orelha interna o Pesquisa somente quando encontrada perda auditiva por VA o Frequências testadas: 500, 1000, 2000, 3000 e 4000Hz o Normalidade: limiares até 15dB o Classificação do tipo de perda auditiva: comparação entre limiares obtidos por via aérea e óssea AUDIOMETRIA VOCAL (LOGOAUDIOMETRIA) • Limiar de reconhecimentode fala (SRT) o Menor intensidade na qual o indivíduo repete, corretamente, 50% das palavras apresentadas o Importância: confirmação dos limiares tonais (SRT = média 500, 1000, 2000Hz ou até 10dB acima • Índice de reconhecimento de fala (IRF) o Material linguístico: palavras dissilábicas ou trissilábicas apresentadas em grupo de 4 o Técnica descendente: inicia-se a testagem em 40dB acima da X 500, 1000 e 2000Hz o Instrução: repetir palavras que escutar • Índice percentual de reconhecimento de fala (IPRF) o Topodiagnóstico: localização de lesões específicas do sistema auditivo o Resultado: 90-100%, 75-90%, 60-75%, 50-60%, <50% o IPRF% e desempenho comunicativo ▪ A escolha da classificação fica a critério do profissional, mas deverá sempre ser referenciada ▪ Importante: não é possível estabelecer grau de perda auditiva por frequência isolada RACIOCÍNIO AUDIOLÓGICO • A partir da obtenção dos limiares auditivos por via aérea x óssea Via aérea Via óssea OE -> OM -> OI Mastoide -> OI Sempre pior que os lmiiares por via óssea Sempre melhor que os limiares por via aérea Referencial importante e básico para indicação de prótese auditiva convencional, semi e implantáveis Referencial para indicação cirúrgica, prognóstico e evolução do tratamento T IPOS DE PERDA AUDIT IVA CONFIGURAÇÃO DE CURVA AUDIOMÁTRICA • É dever do fonoaudiólogo descrever o resultado da avaliação na ficha do exame para audiometria tonal, logoaudiometria e medidas de imitância acústica VALORES DE REFERÊNCIA CLASSIF ICAÇÃO • Quanto ao grau de perda auditiva (Davis e Silvermann, 1970) o Adulto o Classificação média (500, 1000, 2000HZ) ▪ Normal: 0-25 dB ▪ Leve: 26-40 dB ▪ Moderada: 41-55 dB ▪ Moderadamente severa: 56-70 dB ▪ Severa: 71-90 dB ▪ Profunda: Acima de 91 dB EXEMPLOS CLÍNICOS • Perda auditiva do tipo condutiva • Perda auditiva do tipo neurossensorial o Doença de Menière o Surdez súbita MEDIDAS DE IMITÂNCIA ACÚSTICA: IMITÂNCIOMETRIA • Caracteriza o comportamento acústico de um meio de propagação • Determinada por dois fatores fundamentais: admitância e impedância o Admitância: facilidade com o qual o fluxo de energia passa através de um sistema o Impedância: oposição à passagem do som pelos fatores de massa, rigidez e atrito • Avalia integridade do conjunto timpanossicular • Pesquisa do reflexo do músculo estapédio • Timpanometria • Função da tuba auditiva • Equipamento • Imitanciometro o Portátil T IMPANOMETRIA • Avalição da mobilidade da MT e da função da orelha média • Mede-se a capacidade da MT em refletir um som introduzido no MAE, em resposta a graduais modificações de pressão Tipo A Tipo B Tipo C • Pesquisa do reflexo acústico ou estapediano o Via aferente o Via eferente o Estímulo contra x ipsilateral o Intensidade: recrutamento de Metz • Via do arco reflexo do músculo estapédio o IPSI CONTRA • Padrões de resposta • Classificação do reflexo estapeiano contralateral AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO DA TUBA AUDIT IVA T IPOS DE CURVAS E PATOLOGIAS PRESBIACUSIA • Envelhecimento ou senescência: processo natural e irreversível o Com o passar dos anos, os indivíduos sofrem mudanças nos aspectos biológico, social e psicológico o Perda auditiva: característica do envelhecimento; acomete principalmente as altas frequências e torna difícil a percepção dos sons consonantais, especialmente quando a comunicação ocorre em ambientes ruidosos AUDIOLOGIA PEDIÁTRICA • Avaliação audiológica infantil é um desafio, principalmente em crianças de menor faixa etária • Premissa básica: adequar os procedimentos à faixa etária (idade mental da criança) • Eletroacústicas o Imitanciometria o Emissões otoacústicas • Eletrofisiológicas o Potenciais evocados auditivos (peatea, peate, peatef, ASSR) • Combinação de medidas: eletroacústica (EOA e timpanometria), comportamentais (VRA-ARV) e eletrofisiológicas (PEATE) EMISSÕES OTOACÚSTICAS • Por estímulos transientes o Critérios de presença de resposta o Relação sinal/ruido o 6 dB (neonato) o 3 dB (lactentes e adultos) • Produto de distorção o Critérios de presença de resposta ▪ Relação sinal/ruído: 10-20 dB (neonato) 0-10 dB (adultos) Resposta Ruído S/R Conclusão + - 6 Presente - - <6 Ausente + + <6 Não analisável - - >6 Dúvida TRIAGEM AUDIT IVA NEONATAL • Neonatos que falharam na TANU devem receber acompanhamento médico e avalição audiológica até 3 meses, seguidos dos dispositivos de amplificação o mais tardar em 6 meses PEATE • Programa de TAN • Respostas comportamentais não são confiáveis isoladamente • Potencial auditivo o Resposta com índices altos de ▪ Sensibilidade (% de identificar indivíduos alterados) • 99-100% ▪ Especificidade (% de identificar indivíduos normais) • 98% • Padrão ouro o Bera clínico permite avaliação da condução óssea, frequência específica, microfonismo coclear (neuropatia auditiva) • Padrão de normalidade: protocolo sírio de lesão • Crianças com perda auditiva neural pode não ter nenhum indicador de risco o Não apresentar resposta no PEATE-FE -> avaliada com 2 polaridades pelo clique o *Neuropatia AUDIOMETRIA COMPORTAMENTAL • Uso de instrumentos musicais • Reflexo cócleo palpebral (RCP) para sons de forte intensidade • Reação à voz: apresentação em fraca/média/forte intensidade • Sons de LING (1985): /a/ /i/ /u/ /s/ /s/ • Níveis de referência para a interpretação dos resultados quanto a reflexos e automatismos inatos e etapas do processamento auditivo em crianças de zero a 24 meses de idade Idade em meses Reflexos e automatismo inatos Etapas do processamento auditivo 0-3 Startle; RCP Atenção ao som 3-6 RCP Atenção ao som, procura a fonte, início da localização lateral 6-9 RCP Localização lateral e indireta para baixo 9-13 RCP Localização lateral, direta para baixo e indireta para cima 13-18 RCP Localização lateral, direta para baixo e direta para cima RCP = reflexo cócleo-palpebral • Níveis de referência para a interpretação dos resultados quanto a etapas do processamento auditivo em crianças para comando verbais Nível de solicitação Exemplo de ordens verbais Faixa etária 1 Dá tchau, joga dedo, bate palma 9-12 meses 2 Cadê a chupeta? Cadê a mamãe? Cadê o sapato? 12-15 meses 3 Cadê o cabelo? Cadê a mão? Cadê o pé? 15-18 meses COM REFORÇO V ISUAL • 6 meses a 2 anos • Objetivo: obtenção do nível mínimo de resposta para tons puros (não o limiar auditivo) • Uso de condicionamento por meio de um reforço positivo (estímulo visual) • Níveis de referência utilizados para a interpretação dos resultados quanto ao nível mínimo de resposta para tom puro em crianças de zero a 24 meses de idade Idade em meses Nível de intensidade da resposta para tom puro 0-3 Ausência 3-6 80 dBNA 6-9 60 dBNA 9-13 40 dBNA 13-18 20 dBNA • Qualidade da resposta a estímulos sonoros: sinais indicadores de alteração do processamento auditivo central o Resposta exacerbada o Aumento da latência de resposta o Dificuldade de localização com acuidade normal o Ausência de habituação a estímulos repetidos o Reflexo cócleo-palpebral ausente com acuidade auditiva normal AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INFANTIL: MÉTODOS COMPORTAMENTAIS • Audiometria tonal condicionada: 2 anos e meio a 6 anos • Objetivo: obtenção do limiar auditivo • Uso do condicionamento por meio de um reforço positivo • Possibilidade de utilização da técnica de mascaramento INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA Padrão de resposta a sons instrumen tais Nível mínimo de resposta para tons puros Reaçã o à voz natural Reconhecim ento de ordens RCP Resultad os do Handtymp Sugestivo de Adequado Adequado Prese nte Adequado Present e Curvas n/s reflexos present es Audição normal Adequado Alterado (nível acima do esperado) Prese nte Adequado Ausent e Curvas planas reflexos ausente s Perda de grau leve a moderado condutiva Adequado Alterado (nível acima do esperado) Prese nte Alterado Present e Curvas n/s reflexos Disacusia não sensoriais present es moderada recrutante Adequado Alterado (dois níveis ou mais acima do esperado) Ausen te Alterado Ausent e ou aument ado Curvas n/s reflexos ausente s Disacusia não sensoriais severa a profunda Alterado + sinais centrais Inconsistê ncia de respostas Prese nte Alterado Present e ou ausente Curvas n/s reflexos ausente s ou aumenta dos Alteração do processam ento auditivo central • Normal o Respostas dentro do padrão de normalidade o Crianças ouvintes normais nascidas a termo • Atraso de desenvolvimento o Respostas abaixo do padrão de normalidade, tornando-se normais no último trimestre do 1º ano o Crianças ouvintes pré-termo que necessitaram de cuidados intensivos neonatais o Relacionado ao processo de maturação do SNC e/ou alterações transitórias do SNC decorrentes de intercorrências clínicas neonatais • Distúrbio do desenvolvimento o Respostas obtidas mantem-se sempre abaixo do padrão de normalidade o Crianças com distúrbio do processamento auditivo AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INFANTIL • 0-2 anos o Audiometria de observação comportamental o Audiometria com reforço visual o Imitanciometria o Emissões otoacústicas o Potenciais evocados auditivos • 2 anos e meio-6 anos o Audiometria tonal condionada o Logoaudiometria o Imitanciometria o Emissões Otoacústicas o Potenciais evocados auditivos JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING • Garantir que a avaliação audiológica seja realizada nas crianças que não foram submetidas a TAN • Controlar as infecções de OM, pois otites de repetição podem comprometer ainda mais a audição e aumentam risco para alteração de PAC • Assegurar avaliação audiológica par aas crianças com risco de perda auditiva, pelo menos 1x 24h a 30 meses de idade, independentemente de terem passado na TAN • Conferência de Consenso sobre o Diagnóstico dos Distúrbios de Processamento Auditivo em Crianças em Idade Escolar (2000) o Indicou, para maior precisão no diagnóstico de distúrbio de processamento auditivo o Procedimentos eletroacústicos (EOA e imitanciometria) o Procedimentos comportamentais o Procedimentos eletrofisiológicos CLASSIF ICAÇÃO • Quanto ao grau de perda auditiva (Clows, 1978) o Criança o Classificação média (500, 1000, 2000 Hz ▪ Normal: 0-15 dB ▪ Leve: 16-40 dB ▪ Moderada: 41-55 dB ▪ Moderadamente severa: 56-70 dB ▪ Severa: 71-90 dB ▪ Profunda: >91 dB TÓPICOS DE DISCUSSÃO • Audiometria x Capacidade auditiva • Avaliação auditiva deve seguir padrões diagnósticos confiáveis -> Cross Check CONSEQUÊNCIA • Perda auditiva de grau leve o Perda discreta com limiar audiométrico de 15 a 25 dB o Causada mais frequentemente por impedimento condutivo o Permite que a criança ouça os sons das vogais, mas dificulta a adequada percepção das consoantes o Nível de ruído presente no ambiente e a distância existente entre o falante e o ouvinte -> pode perder de 25 a 40% do sinal de fala CARACTERÍSTICAS AUDIOLÓGICA E COMPORTAMENTAIS DAS PERDAS AUDITIVAS • Perdas auditivas condutivas o Uni ou bilateral o VA rebaixada/VO normal o GAP VA/VO – mín.15 dB e máx. 60 dB o Discriminação auditiva boa o Timpanometria tipo B, C, Ar ou Ad o Reflexos acústicos ausentes (maioria dos casos) o Bom prognóstico (clínico ou cirúrgico) o Características comportamentais ▪ História de infecção de ouvido, purgação e perda auditiva ▪ Zumbido pode estar presente ▪ Fala baixo, voz normal, não apresenta regressão fonêmica ▪ Respostas indecisas quando próximas do limiar ▪ Consegue comunicar-se bem desde que a intensidade esteja adequada ▪ Paracusia de Willis: ouve melhor em ambiente ruidoso ▪ Não refere intolerância a sons intensos • Perdas auditivas mistas o VA rebaixada/VO rebaixada o GAP VA/VO (variável dependendo do grau de comprometimento condutivo ou neurossensorial) o Discriminação compatível com perda auditiva ▪ Predomínio condutivo: IPRF normal ▪ Predomínio neurossensorial: IPRF rebaixada o Timpanometria mostra problema condutivo o Reflexos acústicos ausentes o Prognóstico: depende da influência dos componentes condutivo e neurossensorial (cirurgia, medicamento, indicação de prótese auditiva) • Perdas auditivas funcionais o Comportamento auditivo do paciente não está de acordo com os achados audiométricos o Achados audiométricos não estão de acordo entre si o Simulação o Dissimulação o Problemas emocionais o Características comportamentais ▪ Tendência a demorar para responder ao nome e aos tons puros ▪ Paciente agitado, nervoso, ansioso e com pressa ▪ Mostra-se muito atento ao examinador e aos sons, como se ouvir fosse um grande esforço ▪ Audiometria tonal mostra perda auditiva intensa, enquanto SRT está próximo ao normal ▪ Reflexos acústicos em níveis normais ▪ Padrão de fala e qualidade vocal não condizem com nível de perda auditiva apresentado • Perdas auditivas neurossensoriais o VA rebaixada/VO rebaixada o Ausência de GAP VA / VO (máx. 10 dB) o IPRF rebaixado ▪ Sensorial: compatível com perda auditiva ▪ Neural: ruim, incompatível com perda auditiva o Timpanometria normal (Tipo A) o Reflexos acústicos presentes ou ausentes (de acordo com o grau da perda e presença ou não de recrutamento) o Características comportamentais ▪ História de perda auditiva súbita ou progressiva, antecedentes familiares ou associação da DA com outras alterações orgânicas ▪ Zumbido presente, tontura ▪ Fala alto, voz pode estar alterada e pode apresentar regressão fonêmica ▪ Respostas rápidas e seguras quando próximas do limiar ▪ Dificuldade de compreensão mesmo quando a intensidade está adequada, em ambiente ruidoso ou conversa em grupo ▪ Refere intolerância a sons intensos • Características de indivíduos com alteração das habilidades auditivas centrais o Presta atenção somente quando quer? desligado/desatento? o Confuso com informações auditivas (ãh? O que? Não entendi?) o Responde bem em ambientes silenciosos, mas não em ambientes ruidosos o Dificuldade em aprender cantar músicas ou jingles o Confunde instruções/ responde melhor instruções simples
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