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Ação de repetição de indébito

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AO JUÍZO DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA ... DO ESTADO ...
	JOÃO (sobrenome), nacionalidade…, estado civil…, portador da Carteira de Identidade nº…, inscrito no CPF sob o nº…, residente e domiciliado na Rua ..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., com endereço eletrônico..., vem respeitosamente perante este Douto Juízo, por intermédio de seu advogado abaixo assinado constituído pela procuração anexa, com endereço profissional na Rua ..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., endereço eletrônico... onde recebe intimações, com fulcro no artigo 165, II, CTN, interpor a presente AÇÃO DE RESTITUIÇÃO em face do Estado do Rio de Janeiro / Fazenda Pública Estadual, pessoa jurídica de direito público inscrita no CNPJ sob o nº…, com endereço na Rua..., nº..., Cidade..., Estado..., endereço eletrônico..., pelos fatos e fundamentos que se seguem:
I – DOS FATOS
Em 01/12/2021, o autor estava organizando seu arquivo pessoal e encontrou três boletos bancários referentes a três boletos bancários emitidos pelo Estado do Rio de Janeiro para cobrança do IPVA do veículo XXX-0000, com seus respectivos comprovantes de pagamento.
Ocorre que após análise minuciosa das cobranças, o autor verificou que se tratava de IPVA de 2019, vencido em 15/01/2019 e pago no mesmo dia; IPVA de 2020, com vencimento em 15/01/2020 e pago no mesmo dia; IPVA de 2021, com vencimento em 15/01/2021 e pago no mesmo dia.
Contudo, o referido veículo fora vendido e regularmente transferido ao comprador junto ao DETRAN/RJ em 10/10/2018. Dessa maneira, o autor requereu a devida retificação cadastral junto a Secretaria Estadual de Fazenda para que o novo proprietário constasse como contribuinte.
Tendo em vista que o assessor do autor realizou o pagamento indevidamente, mesmo que o autor não seja o real contribuinte do referido tributo, não resta alternativa ao contribuinte a não ser buscar o Judiciário para reaver os valores pagos.
II – DO CABIMENTO DA AÇÃO DE RESTITUIÇÃO – art. 165, II CTN
Toda vez que houver cobrança ou pagamento espontâneo de um tributo indevido ou maior que o devido, bem como pagamento de tributo com erro na edificação do sujeito passivo, ou que tenha decorrido reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, será cabível a restituição total ou parcial ao sujeito passivo, nos termos do artigo 165 do CTN.
No caso em tela, houve erro na edificação do sujeito passivo do IPVA em virtude da ausência de retificação no cadastro da Secretaria Estadual de Fazenda. Destarte, é cabível a presente ação de restituição, a ser interposta em 5 anos a contar da extinção do crédito tributário, conforme o artigo 168, II, CTN a contar do pagamento indevido ou a maior, sendo tempestiva a presente demanda.
III – DO DIREITO
III. 1 – Do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
O IPVA é um tributo estadual tendo como fato gerador a propriedade de veículo automotor, considerando-o ocorrido no dia 1º de janeiro de cada ano para veículos usados e, no caso de veículos novos, a data de sua aquisição.
O Contribuinte do IPVA é o proprietário do veículo, sendo clara a valiosa lição de Leandro Paulsen:
É importante considerar que o adquirente de veículo é responsável pelo IPVA relativo a exercícios anteriores e que o proprietário que aliena veículo e não fornece os dados necessários à alteração do Cadastro de Contribuintes do IPVA no prazo de trinta dias é responsável pelo IPVA “em relação aos fatos geradores ocorridos entre o momento da alienação e o do conhecimento desta pela autoridade responsável”, dentre outras hipóteses de responsabilidade tratadas no art. 6o da lei paulista. A responsabilidade “é solidária e não comporta benefício de ordem”. (PAULSEN, 2020, p. 532).
Neste caso, o veículo fora devidamente transferido e a venda fora devidamente comunicada ao DETRAN/RJ, não sendo o caso sequer de responsabilidade solidária do autor, ora antigo proprietário. Dessa forma, sendo completamente descabido o pagamento do tributo, faz-se devida a restituição dos valores recolhidos a título do IPVA de 2019, 2020 e 2021.
IV – DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer-se:
1. Citação da outra parte na pessoa de seus representantes legais para querendo oferecer resposta, informando desde já o desinteresse na realização da audiência de conciliação e mediação, conforme art. 319, VII, CPC.
2. Seja julgada procedente a ação a fim de condenar a outra parte a restituir o que foi pago indevidamente acrescido de juros e correção monetária, nos termos do artigo 167, § único, CTN e súmulas 162 e 188 STJ.
3. Produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a prova documental, conforme art. 316, VI, CPC.
4. Condenação da outra parte em custas e honorários de sucumbência, nos termos do artigo 85, §3º e seguintes do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data.
Advogado.
OAB/UF.

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