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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da publicação na fonte elaborada pela Bibliotecária Iara Celly Gomes da Silva – CRB-15/315 S612 Simpósio on-line de Educação (2. : 2021 : Ipangaçu, RN) Anais do II Simpósio on-line de Educação: Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades [recurso eletrônico], Ipanguaçu (RN), 7 a 9 de abril de 2021. – Dados eletrônicos. – Ipanguaçu, RN : IFRN, 2021. 2129 p. : il. ; PDF Organizador: Observatório da Educação Pública. ISBN 978-65-86293-74-6 1. Anais – Evento. 2. Educação. 3. Pesquisa e inovação. I. Observatório da Educação Pública. II. Título. IFRN/SIBi CDU 37 Coordenadores Gerais Dra. Louize Gabriela Silva de Souza Me. Breno Trajano de Almeida Comissão Comissão Ma. Aline Peixoto Bezerra Dra. Andrezza Maria Batista do Nascimento Tavares Dra. Ângela Cláudia Rezende do Nascimento Rebouças Ma. Cristina Régia Barreto Moreira Me. Daniel Aguiar da Silva Oliveira Carvalho Françoeide Batista de Souza Junior Esp. Jaylton Edney Maia de Souza Me. Jean Carlos Dias Ferreira Jonalison dos Santos Nogueira Joyce Inacia de Oliveira Ma. Karina de Oliveira Lima Me. Kássio Roberto Brito Soares Dra. Keila Cruz Moreira Me. Kleber Kroll de Azevedo Silva Me. Leonardo Rafael Medeiros Ma. Luciana Real Limeira Dr. Paulo Orlando Vieira de Queiroz Sousa Me. Ricardo Fernandes dos Santos Esp. Rúbia Raquel Dantas Roque Revisores Revisores Dra. Ângela Cláudia Rezende do Nascimento Rebouças Me. Lázaro Rodrigues Tavares Esp. Tatiane Souza da Silva Diagramação Cesar Augusto de Souza Barbosa Me. Daniel Aguiar da Silva Oliveira Carvalho Dimas Lopes de Araújo Junior Fabricio Nascimento de Brito João Paulo de Morais Figueiredo Maria Beatriz da Silva Vitor de Oliveira Machado COMISSÃO CIENTÍFICA Coordenadores Dra. Ângela Cláudia Rezende do Nascimento Rebouças Me. Leonardo Rafael Medeiros Comissão Ma. Aline Peixoto Bezerra Me. Breno Trajano de Almeida Ma. Cristina Régia Barreto Moreira Me. Daniel Aguiar da Silva Oliveira Carvalho Ma. Karina de Oliveira Lima Me. Kássio Roberto Brito Soares Me. Kleber Kroll de Azevedo Silva Dra. Louize Gabriela Silva de Souza Ma. Luciana Real Limeira Dr. Paulo Orlando Vieira de Queiroz Sousa Me. Ricardo Fernandes dos Santos Esp. Rúbia Raquel Dantas Roque SUMÁRIO EIXO 1 – POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO Trabalho docente na pandemia de Covid-19: intensificação da jornada de trabalho e a precarização no ensino remoto 27 A intersetorialidade na gestão da política de assistência estudantil 33 A escola tem partido? a falácia do projeto “escola sem partido” 40 BNCC e PPP: a adaptação do projeto político-pedagógico a base nacional comum curricular em uma escola do município de Itajá/rn 47 Políticas públicas municipais para a educação de jovens e adultos no território do Velho Chico: impactos no processo de escolarização 54 O brincar nos documentos oficiais para a educação infantil de municípios do sudeste goiano à luz da teoria histórico-cultural 61 Estrutura e funcionamento da educação no contexto da democracia burguesa: o caso da rede pública municipal de ensino de Uberlândia 69 Avaliação do perfil social dos premiados nas olimpíadas de química do Rio Grande do Norte dos anos 2015 a 2019 75 Gestão escolar: perspectivas e desafios no cotidiano da escola pública 81 Educação para idosos: um direito à cidadania 87 Centro de Educação de Jovens e Adultos Dr. Geraldo Moutinho (cem): contexto histórico – impactos e reflexos de uma instituição educacional polivalente da rede municipal de ensino de juiz de fora com foco na EJA 93 Programas e políticas de educação pública durante a pandemia Covid-19: particularidades de João Pessoa e da Paraíba 99 Política de inclusão: o projeto Universidade para Todos (UPT) e o perfil social, acadêmico e profissional dos monitores no interior da Bahia 105 A relação entre o público e o privado no financiamento da educação profissional 111 Avaliação da aprendizagem sob o olhar dos coordenadores pedagógicos da rede pública de ensino 118 Gestão escolar democrático-participativa: uma concepção transformadora 124 As políticas públicas da educação especial na perspectiva inclusiva e o ensino para alunos surdos 130 Políticas de assistência materno-infantis: uma análise a partir do acervo memória e cultura do carvão (CEDOC/UNESC) 137 Privatização da educação superior pós-IDB de 1996: uma revisão bibliográfica 142 A atuação do/a gestor/a pedagógico/a em uma rede pública de ensino 147 As reformas educacionais e os princípios do neoliberalismo: a literatura em foco 153 Serviço social e psicologia educacional: trabalho multidisciplinar como prática pedagógica no ensino básico 159 Um olhar sobre a gestão do ensino no IFRN - Campus avançado Lajes: “perceber para crescer” e a busca por uma identidade pedagógica 165 O estreitamento curricular materializado nos documentos oficiais da educação brasileira: o ensino de competências e habilidades como mecanismo do projeto empresarial 172 EIXO 2 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES Processo Formativo no Universo das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC): Um Relato de Experiência Extensionista 180 Contribuições do Estágio Supervisionado na Formação e Prática Docente: Análise com Estudantes de Pedagogia da UFPR 187 Gênero e Experiências: Relatos de Docentes do IFRN 193 O Leitor na Leitura Literária: Seu Papel, Seu Protagonismo 200 Ensaio sobre a Formação Humana: da Cultura Trágica à Cultura Alienante 205 Estágio Remoto no Curso de Pedagogia: Uma Experiência na Coordenação de Processos Educativos 212 Formação Docente: Desafios da Formação Inicial entre Teoria e a Prática 219 A Contribuição das ações extensionista na Formação Docente no Curso de Licenciatura em Computação 225 Estágio Supervisionado: Formando Tecnólogos e Bacharéis para a Docência 233 Um olhar sobre a formação continuada dos professores de geografia em Santa Rita, Paraíba 236 Da universidade à escola: o tema saúde na formação de professores de educação física no Rio de Janeiro 243 A formação de professores na perspectiva da educação inclusiva para o curso superior de licenciatura em matemática do IFRN 250 Formação de professores e diversidade cultural: apresentação de recursos lúdicos japoneses aos educadores da educação básica 257 Formação de futuros professores de matemática na modalidade a distância para o uso das tecnologias digitais 264 Leituras para professores: análise de manuais que ensinam a ensinar a partir de 2010 271 Interdisciplinaridade: presença versus ausência nas diretrizes para formação inicial e continuada docente 278 A percepção de futuros professores de biologia sobre a educação inclusiva 285 A produção de narrativas: com que palavras escrevemos o que vivemos? 292 Educação de jovens e adultos: a coordenação em prol da alfabetização 299 Influência da qualificação docente sobre o desempenho discente no ENEM 306 Ser professor numa escola do século XXI: análise de vivência docente à luz da sociologia fenomenológica de Alfred Schütz 313 Educação científica na revista eletrônica de educação matemática: notas breves de uma pesquisa 320 Mulher negra e magistério: condições de formação na escola normal de São Luís – MA, no período de 1930 328 Fatores influenciadores na aprendizagem dos conteúdos de ciências naturais nos anos finais do ensino fundamental 335 O olhar das tutoras para a formação docente com o ensino remoto durante o período de isolamento social 342Processos identitários de ser professor(a) de inglês: aspectos teóricos e metodológicos da prática docente 349 Reflexões sobre a educação física na educação infantil e a interdisciplinariedade 356 A constituição da identidade profissional do formador do curso de pedagogia na Unifesp campus Guarulhos 363 A formação continuada como caminho para a melhoria no ensino: alguns apontamentos 370 Escolha do campo profissional em educação física: um levantamento bibliográfico 378 Indisciplina: uma discussão no contexto de formação inicial e continuada 385 A formação de educadores da EJA no contexto de formas remotas de interação 392 O currículo da escola e a BNCC: possibilidades e desafios 397 Titulação docente na educação básica: aportes sobre a formação inicial e continuada de professores 403 A formação inicial e continuada como fator de contribuição para a valorização docente 410 Política de igualdade racial no ambiente escolar: análise de uma experiência de formação docente no Maranhão 416 Metodologia como objeto de estudo na pesquisa em educação matemática 423 Seminário de formação on-line: reflexões sociocientíficas e práticas docentes no ensino de ciências 431 Trajetória social como aspecto da formação de professoras de educação infantil 437 Uma análise acerca da expansão dos cursos de formação inicial de professores na modalidade a distância 442 Ouvir teatro: novos desafios na formação inicial de professores de teatro 449 Projeto “leitura literária na formação continuada”: desafios e possibilidades 456 Formação e prática docente na EJA 462 Estágio obrigatório e projetos: um primeiro olhar 469 Contribuições do aporte teórico de Florestan Fernandes para pensar o complexo de formação de professores da UFRJ 476 Formação docente: prática de liberdade e insubmissão 483 Investigando percepções e ações de professores sobre agressividade infantil 490 EIXO 3 – EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA A abordagem interdisciplinar no Ensino Fundamental I - frente à educação a distância no período de pandemia 498 A conectividade nas escolas rurais do brasil: um diálogo urgente 506 Aprimoramento dos processos de ensino e de aprendizagem a partir da produção de vídeos como objetos de ensino e aprendizagem 513 Computação desplugada no ensino de geografia 520 Cursos da rede E-tec e a utilização de tecnologias digitais 526 Escola e trabalho docente: implicações do capitalismo e da pandemia 534 Facilitações gráficas de posts sobre a pandemia da Covid-19 em um blog de divulgação científica 541 Fanfics : práticas colaborativas de leitura e escrita 548 Letramento digital, investigação da importância e necessidade dessa inclusão digital no contexto do idoso 557 Método de ensino digital no novo normal: estudo de caso 564 Microsoft Teams como ambiente virtual de aprendizagem no ensino de inglês: possibilidades e oportunidades 571 Modelagem matemática: possibilidades para o ensino e aprendizagem na educação matemática 578 Música, tecnologias digitais e inovação: processos e situações de construção de um curso online 585 Novas metodologias para o ensino: a construção do saber a partir da escrita como um jogo 592 O uso de metodologias ativas na educação física escolar: o que aprendemos para o pós-pandemia 599 Podcast como proposta de ferramenta metodológica de ensino-aprendizagem com base em revisão bibliográfica 604 Sala de aula invertida e ensino remoto: possibilidades didáticas, experiências e percepções discentes 611 Simulador de abalos sísmicos aplicado na prática docente 618 Um museu de grandes novidades: educação 4.0 e as tecnologias digitais de informação e comunicação 624 Um olhar sobre o professor da era digital em dois cursos de administração de Uberlândia – MG 631 Uso do padlet como ferramenta de interação e empoderamento de estudantes da escola Osmar de Sá Ponte 638 Zoologico virtual: possibilidades para o ensino de biologia 644 EIXO 4 – INCLUSÃO E DIVERSIDADE Direito à educação para quem? Problemáticas de gêneros e sexualidades no território escolar 652 Inclusão escolar da criança com transtorno do espectro autista na rede regular de ensino e a visão dos pais quanto à inclusão de seus filhos 659 A cultura negra nos livros de literatura infanto-juvenil das escolas públicas de Angicos-RN 666 Educação especial nos anos iniciais em tempos de pandemia: um estudo de caso 672 Práticas pedagógicas inclusivas no AEE durante o ensino remoto em escolas públicas do município de São Rafael – RN 679 O papel do psicólogo escolar na inclusão social de pessoas com necessidades especiais 686 Vídeo aulas como estratégia de inclusão no museu de minérios do Rio Grande do Norte 694 A literatura infantil como recurso para a inclusão escolar de crianças com deficiência 701 Gênero e Sexualidade: Desafios da rede estadual de São Paulo 707 Educação inclusiva e abordagem centrada na pessoa: algumas aproximações 714 Práticas educativas inclusivas: uma análise das relações étnico-raciais na escola pública 720 Implementação de políticas públicas de educação inclusiva no município de Barreirinhas – MA 727 Educação profissional e tecnológica inclusiva: uma abordagem sobre a visão monocular 734 Arquitetando o ponto do encanto: a crônica literária, a pontuação e as suas implicações discursivas 741 Discussões sobre a diversidade e identidade nos municípios de Maceió e Marechal Deodoro: legislações em foco 748 O coordenador pedagógico ante o desafio da educação especial na perspectiva da educação inclusiva no município do Salvador/Bahia 756 Educação para diversidade: gênero, corpo e sexualidade na sala de aula 763 O processo de criação e implementação da comissão permanente de políticas da igualdade étnico-racial do Instituto Federal de Goiás de 2016 - 2018 770 A contribuição dos protocolos de avaliação comportamental no mapeamento de habilidades para construção do Plano de Ensino Individualizado (PEI) 777 A importância da intervenção da psicopedagogia institucional no diagnóstico das dificuldades no processo de aprendizagem do indivíduo 784 Educação de surdos em tempos de pandemia 791 Diversidade cultural e educação: um olhar antropológico sobre as relações homem e sociedade 798 O papel mágico da ciência: em busca da inclusão por meio do ensino por investigação 804 Panorama da educação especial no brasil: da exclusão a inclusão nos séculos XIX e XX 810 Educação inclusiva e pandemia: onde estão as pessoas com deficiência no ensino remoto? 817 Inclusão e educação remota nos Napnes do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus Jaru e Porto Velho Calama 825 Educação inclusiva: possibilidades no processo de ensino aprendizagem com alunos com síndrome de down na escola regular 832 Feminilidades e masculinidades na educação infantil 839 Planejamento escolar em escolas públicas alagoanas: diversidades dos estudantes em questão 846 Acesso da pessoa com deficiência ao ensino superior: brevíssimas considerações 853 Formação de professores na perspectiva inclusiva: reflexões 860 Educação inclusiva e formação de professores: desafios e possibilidades através de pesquisas acadêmicas 867 Educação especial do RN: experienciando as aulas remotas na pandemia do Covid- 19 874 Tutoria em educação especial a distância: reflexões de discentes com deficiência visual do curso de especialização em educação inclusiva do IFRN 881 Assédio moral e discriminação degênero e étnico-racial no IFBA Campus Vitória da Conquista: impactos nos processos de aprendizagem e evasão 888 EIXO 5 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Farol da integração: analisando a integração curricular nos relatórios de prática profissional 896 Os desafios de envelhecer no século XXI: mundo do trabalho 902 Alinhamento curricular nos cursos de gestão desportiva e de lazer dos Institutos Federais do Ceará e do Rio Grande do Norte 910 Educação profissional nos anos 2000: avanços e retrocesso 917 Concepções de interdisciplinaridade: uma análise a partir da visão de professores da educação profissional 923 O contexto da formação técnica integrada: o papel social do perfil e das expectativas dos estudantes 931 Desafios para permanência na EJA: analisando o Proeja do IFRN Campus Mossoró 938 Os institutos federais e a política de assistência estudantil no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 945 A produção historiográfica sobre as escolas de aprendizes artífices no Brasil (1997- 2019) 951 Representações sociais de educação profissional e tecnológica: um estudo exploratório com alunos concluintes do ensino médio integrado 958 Ensino de história e práticas de lazer: os jogos em sala de aula 965 Processo de ensino e apropriação de linguagens midiáticas: o desenvolvimento de capacidades comunicativas na educação profissional e tecnológica 972 EIXO 6 - EDUCAÇÃO POPULAR A avaliação da aprendizagem numa perspectiva histórica: conhecendo o percurso e compreendendo os conceitos 980 Educação do campo: um estudo bibliográfico 987 A língua nossa de cada dia: a variação linguística no filme “Inácio Garapa - um matuto sonhador” 994 O “direito à literatura” de cordel na escola 1001 A complementação escolar na educação não formal: um caminho para a educação integral 1006 Processo de alfabetização de pescadores de Pirangi do Sul/RN - a partir do método Freireano 1013 Aprendendo a usar a energia de forma racional nas escolas de João Câmara – RN 1020 Escritores da liberdade: uma análise na perspectiva da educação popular 1026 Educação de jovens e adultos: sentidos e experiências numa perspectiva interdisciplinar 1032 Literatura popular na pesquisa e formação docente: a literatura de cordel como fonte de pesquisa dos TCC’s do curso de licenciatura em história 1039 A política da alfabetização de jovens e adultos sob a perspectiva de Paulo Freire 1046 A não escolarização de meninas e a EJA como lugar de pertencimento para mulheres adultas 1053 O trabalho docente na educação de jovens, adultos e Idosos: espanto, encantamento e justiça cognitiva 1060 Ideias zumbi na EJA: anunciando caminhos alternativos para superá-las 1067 Mulheres que se contam: trajetórias e memórias de estudantes da educação de jovens e adultos 1074 Os desafios da educação escolar quilombola 1081 Projeto mudando vidas: uma ascensão na autonomia funcional dos idosos 1088 A alfabetização na perspectiva histórico-crítica: possibilidades para a aprendizagem na sala de aula 1092 Educação ambiental: a importância de se trabalhar atividades ambientais nas escolas infantis 1098 Mulher camponesa, soberania alimentar e subjetividade lutadora 1104 Saberes e experiências da juventude rural do assentamento Olga Benário de Ipameri – Goiás 1110 O método clínico crítico piagetiano no contexto escolar 1117 Cartas pedagógicas de docentes: narrativas sobre a cultura afro-brasileira e africana no ambiente escolar 1124 Mediações culturais da arte e educação: um panorama dos movimentos das linguagens do programa arteducação Bahia em Paulo Afonso 1130 Mulheres negras nas salas de alfabetização de jovens e adultos no município de Porto Seguro-BA 1137 Arte circense e o encontro com a pedagogia social 1145 Produção do material didático como estratégia para o ensino da química em uma turma de jovens e adultos 1151 Educação não formal: os desafios de ONGS no rio grande do norte diante da pandemia da Covid-19 1158 Educação decolonial: dos atos etnocurriculares da licenciatura intercultural em educação escolar indígena à autoria indígena 1165 De cordel em cordel se faz literatura 1172 Saneamento básico nas escolas: contribuição para a educação e a sustentabilidade socioambiental 1178 O programa Ufginclui em Catalão-GO: uma análise a partir dos ingressantes do ano de 2020 1185 Psicologia comunitária e educação popular 1192 As lendas amazônicas e a formação da identidade cultural: ressignificando a cultura local no contexto escolar 1199 Trabalhando a pedagogia de projeto em sala de aula: faça do meio ambiente o seu meio de vida 1206 A educação para as relações étnico raciais na escola: mais de dez anos após lei 10.639/03 1211 Compreensão da perspectiva cultural e didático-pedagógica da educação quilombola enquanto proposta/espaço/ (in)formal de ensino em um quilombo do interior de Minas Gerais 1218 O lugar e manuseio dos materiais literários na visão da gestão das escolas de Angicos-RN 1225 Educação popular: reflexões acerca do ensino universitário, na construção de uma educação horizontal 1233 EIXO 7 – ENSINO REMOTO Intervenções pedagógicas realizadas durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE) nos cursos médio técnico integrado do IFCE Campus Tabuleiro do Norte 1241 A educação escolar indígena e o ensino remoto em tempos de pandemia 1248 A educação física escolar no contexto das aulas remotas: reflexões e apontamentos 1255 A implementação do ensino remoto na UFCG e o seu impacto no contexto sociopolítico 1262 A ludicidade no ensino remoto: desafios e possibilidades na educação infantil 1266 A utilização do tiktok como ferramenta didática no ensino remoto de química 1274 Análise textual discursiva como ferramenta de estudo durante o ensino remoto em eletroquímica 1281 Aplicação da metodologia ativa Team Based Learnig-TBL no ensino de química em uma turma do ensino médio no município de Currais Novos/RN 1288 Caça ao tesouro virtual: uma alternativa para o ensino de citologia de forma remota 1294 Desafios do ensino remoto emergencial: o fazer docente e as experiências curriculares na educação básica 1302 Desafios e impactos do ensino remoto/híbrido na creche Ambrozina Paulina dos santos durante a pandemia da Covid-19 1309 Educação infantil e pandemia: a experiência do CMEI Professora Fanquinha em João Câmara/RN 1316 Ensino remoto de química: o uso de plataformas digitais em tempos de pandemia 1324 Ensino remoto e pandemia em Alagoas: o que nos dizem as políticas de orientação sancionadas pela Seduc/AL? 1331 Ensino remoto emergencial: desafios, precarização e resistências na práxis docente, na rede privada de ensino 1337 Ensino remoto frente a realidade de uma comunidade ribeirinha do interior do estado do Amazonas 1344 Ensino remoto na educação infantil: uma análise comparativa entre dois municípios de regiões distintas 1351 Ensino remoto ou presencial? uma abordagem no curso técnico em logística do Campus São Gonçalo do Amarante/IFRN 1358 Estágio supervisionado no contexto do ensino remoto 1365 Eu e as atividades remotas: aceitação necessária para continuar 1372 Formação de professores no ensino remoto: o que estudantes de pedagogia pensam sobre o assunto 1379 Gamificação como ferramenta de auxílio no combate à evasão na EEJK – Açu/RN 1386 Gincanas virtuais como metodologias ativas no ensino básico em tempos de pandemia 1392 Google Earth e Padlet: uma contribuição para o ensino e aprendizagem em tempos de pandemia 1399 Investigação de estratégias pedagógicas para o desenvolvimento de habilidades no ensino remoto de ciências da natureza 1406 Juventudes escolares em tempos pandêmicos: o que dizem estudantes do ensino médio sobre o ensino remoto 1413 Ludicidade no ensino remoto:gamificação do ensino-aprendizagem em tempos de pandemia 1419 O ensino no contexto da pandemia: reflexões em torno das problemáticas escolares 1426 O ensino remoto em tempos de pandemia: práticas educativas na educação infantil 1433 O ensino remoto no IFRN: um estudo exploratório no Campus São Gonçalo do Amarante 1439 O ensino remoto para estudantes com transtorno do espectro autista 1446 O processo de alfabetização diante a pandemia do Covid-19: um estudo de caso sobre os desafios de professores de uma escola da zona rural 1453 O professor adequando-se aos desafios da educação remota durante o isolamento social 1459 O professor de geociências durante a pandemia: abordagens pedagógicas 1465 O uso do Instagram para o ensino de ele no contexto remoto: uma proposta didática 1472 Os desafios e dificuldades do ensino remoto no município de Tefé/AM 1479 Os processos de ensino em tempo de pandemia: uma interlocução entre a prática docente e a família 1486 Percepções de docentes da educação profissional e tecnológica sobre o ensino remoto 1493 Percepções de professores da EJA em tempos de pandemia 1500 Percepções dos estudantes quanto às metodologias ativas no ensino remoto 1507 Práticas educacionais baseadas nas tecnologias digitais da informação e comunicação 1514 Projetos de letramento no ensino remoto: argumentação e cidadania no contexto da pandemia 1522 Proposta de superação à crise do ensino da literatura por meio de metodologias ativas: plano didático-metodológico em aulas remotas no ensino médio 1532 Reflexões sobre práticas curriculares em tempos de pandemia: o que nos dizem os professores 1539 Um estudo de caso sobre o ensino remoto no ensino-aprendizagem nos cursos técnicos do Campus de Ceará-Mirim 1546 Um estudo de caso sobre o impacto do ensino remoto no ensino-aprendizagem do curso de licenciatura em matemática do IFRN Campus Santa Cruz 1553 Uso de amostras de microrganismos encontrados nas raízes do Mururé (Pistia Stratiotes) como ferramenta pedagógica no ensino remoto de biologia para turmas da educação básica 1560 RELATOS DE EXPERIÊNCIA Estudo da utilização de aulas virtuais em um curso de formação em ensino de ciências: um relato de experiência 1568 Residência pedagógica no contexto pandêmico: possibilidades e desafios 1573 Educação estética: o programa residência pedagógica e a brinquedoteca itinerante 1577 A importância das abelhas para a sociedade: uma experiência do Neapis na zona rural de Ipanguaçu/RN 1582 Adversidades causadas pelo Covid-19 em sala de aula- sob a perspectiva de Pibidianos 1587 Aspectos relevantes do desenvolvimento da inteligência emocional na infância: observação de cinco pilares em uma criança com síndrome de down 1592 Desconstruindo a invisibilidade feminina em sala de aula 1597 Pibid e prp na formação inicial de professores: um relato autobiográfico sobre suas contribuições para a constituição da identidade docente 1602 Lugar, cotidiano e informação no ensino de geografia 1607 Discussões sobre as influências das redes sociais on-line na formação das juventudes: ações da semana de prevenção ao suicídio no ensino médio - modalidade normal 1613 Representatividade e ensino remoto: possibilidades de representação descritiva e substantiva no ensino mediado pela tela 1618 Relato de experiência no Pibid: Liesafro e o enfrentamento ao perígo de uma história única 1623 Mesa-redonda on-line como atividade pedagógica potencializadora do diálogo com a ciência na graduação em gestão desportiva e do lazer 1627 Formação docente: contribuições da residência pedagógica aos discentes da licenciatura em informática do IFRN/Campus Ipanguaçu 1632 Sobre constituir-se professor: a (des)construção de pontes entre escola e o ensino remoto 1637 Avaliação da aprendizagem em um contexto de pandemia, isolamento social e ensino remoto: um novo aprender para estudantes e educadores 1642 Construção de uma cisterna: contribuições no ensino de matemática contextualizada no ensino médio de uma escola rural em Pedro II PI 1647 Desafios enfrentados por estudantes iniciantes do Pibid do IFRN em tempos de pandemia e ensino remoto 1652 Um relato de experiência: a prática docente e as aulas remotas em turmas de 2o ano do ensino médio 1657 Formação docente: o papel da reflexão sobre a prática pedagógica do alfabetizador 1662 Formação docente para o uso das Tic’s : relato da experiência nas Atpc’s de geografia da diretoria de ensino - região Assis/SP 1666 A gestão democrática e a escola ativa: o caso da Emeb Florestan Fernandes 1671 O entrelugar da docência e do lar: educação física, ensino remoto e a discussão sobre corpo 1676 Segunda legal: iniciando a semana com ludicidade 1681 O uso de jogos nas aulas remotas durante a pandemia 1685 Educação física escolar e a vivência dos jogos indígenas: uma reconstrução a partir do Pibid-EF-UFRN 1688 Construindo diálogos interdisciplinares na pandemia: a experiência de cineclube do núcleo de extensão de arte do IFRN-Ipanguaçu 1693 Matemática nos anos iniciais: problemas, ludicidade, interação e aprendizagem 1698 Exposição fotográfica como estratégia de fortalecimento da representação feminina nos cursos de informática 1703 A inclusão na formação de professores: uma vivência extensionista 1708 Atuação na monitoria acadêmica em componente curricular de ensino remoto como elemento formativo de estudante em pedagogia 1713 O ensino remoto emergencial: experiências nos cursos de turismo e hotelaria da Universidade Federal do Maranhão 1718 Projeto de extensão Spanglish: um relato de experiência 1723 Desafios da supervisão do Pibid em tempos de pandemia na escola municipal Carlos Raimundo Rodrigues em Boa Vista/RR 1728 A utilização de softwares educacionais em aulas de geografia no ensino remoto 1733 Gincana virtual “a cultura corporal de movimento nas redes”: prática docente em educação física no ensino remoto do IFRN 1737 Construção de vínculos com atividades remotas: uma experiência de práticas de letramento na educação infantil 1742 Uso da gamificação como recurso metodológico para o ensino de biologia no formato remoto no Instituto Federal do Pará Campus Abaetetuba 1747 Ensino de física e Pibid: a contextualização e interação na experiência do ensino remoto 1752 A dualidade das aulas remotas do educacional ao emocional 1757 Consciência negra na educação profissional e tecnológica da Rede Federal do Piauí na cidade de Uruçuí 1762 Os processos de aprendizagem nas plataformas virtuais: o Google Classroom como experiência digital virtual no ensino remoto público da região Sul 1767 Culinária amazônica: uma experiência, vários sabores 1772 Estratégias de ensinar e de aprender veiculadas em rádio 1777 Programa institucional de bolsas de iniciação à docência – Pibid: desafios e vivências no ensino remoto 1782 Refletindo sobre a educação inclusiva e a formação docente a partir de uma experiência colaborativa 1786 Mostra fotográfica virtual sobre carcinogênese - revelando a patologia 1791 Reflexões sobre práticas pedagógicas em cursos de letras inglês no modo remoto emergencial: possibilidades e desafios para uma prática humanizada 1796 Práticas sociais de leitura literária: vozes do clube de leitura do Campus Ipanguaçu 1801 Desafios e possibilidades da gestão escolar na pandemia Covid19 1805 Indisciplina: uma reflexão sobre sua presença no ensino remoto emergencial 1809 (Re)construindo trajetórias da cultura afro-brasileira e africana: relato de uma experiência com projeto integrador 1813 A diversificação das estratégias de ensino remoto no programa institucional de bolsas de iniciação à docência 1817 Disciplina de implantodontia na graduação em odontologia: a importância da tutoria dos alunos de pós-graduação peloestágio de docência 1821 Práticas pedagógicas inclusivas para as pessoas com deficiência: uma experiência na APAE de Maranguape-CE 1824 Histórias e músicas infantis usando sistemas e recursos de comunicação suplementar e alternativa em escolas de educação infantil 1828 Residência pedagógica: relato de experiência na iniciação à docência da licenciatura em química, IFRN Campus Apodi 1832 Construindo fluxos de trabalho para a garantia da educação aos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em Caxias do Sul-RS 1836 Ensino remoto no município de Nazarezinho-PB: muito além do desafio de ensinar e aprender 1839 Ensino remoto emergencial: relatos de experiência em uma escola municipal de Fortaleza-CE 1843 Participação na proposta de correção de atividade e avaliação da aprendizagem em uma turma de dependência do ensino médio integrado 1847 O ensino de química na modalidade de educação remota: um relato de experiência de bolsistas do programa residência pedagógica 1851 (Re)significando práticas pedagógicas no ensino remoto emergencial: o caso da disciplina de métodos e técnicas de pesquisa 1855 O ensino remoto e a interdisciplinaridade: dialogando com a biologia, a química e a física 1859 Matemarte: aprendendo e ensinando matemática no 7o ano do ensino fundamental 1863 Utilização de simpósio como instrumento didático e estratégico de ensino/aprendizagem 1867 Professores que ensinam língua estrangeira na modalidade EAD 1871 Adaptações na educação infantil em tempos de pandemia 1875 Da oralidade para a sala de aula: uma experiência de escrita e reescrita de lendas urbanas regionais 1879 Vamos brincar com nossa língua? o uso de jogos estruturados no ensino e aprendizagem dos anos iniciais 1883 Relato de experiência sobre o planejamento e a aplicação das aulas no modelo remoto vivenciado pelos bolsistas do Pibid 2020.2 1887 Viagem musical: um relato sobre vivências musicais durante o tempo de pandemia 1892 O ensino emergencial: desafios da educação remota 1896 A infância e museu: uma experiência de educação étnico-racial 1901 Práticas pedagógicas na educação infantil: relato de experiência em tempos de pandemia 1905 O delinear de memórias instigantes: ressignificando práticas educativas na EJA da rede municipal de juiz de fora via interações remotas 1909 A prática da docência na formação de futuros professores: um relato de experiência 1914 A monitoria como estratégia pedagógica nas aulas de língua portuguesa durante o ensino remoto emergencial no IFRN - Campus CAL 1918 Pensando a relação humana com a natureza na educação profissional e tecnológica 1922 Relato de experiências no programa residência pedagógica do subprojeto de química do Campus Apodi 1926 As contribuições do Pibid/UEPA para a formação inicial docente: um relato de experiência 1930 Desafios das aulas remotas: o professor e o uso das tecnologias digitais 1934 Trajetórias e vivências do ensino remoto da educação de jovens e adultos em tempos pandêmicos 1938 Ressignificando o ensino de redação: um relato de experiência sobre aulas de redação em um cursinho pré-vestibular comunitário 1944 O gênero poema na EJA – uma perspectiva Freiriana: relato de uma práxis emancipadora 1948 Literatura africana de língua portuguesa em imagens: relato de experiência no contexto de ensino remoto 1952 Programa residência pedagógica: importância da monitoria para a formação docente 1956 Analisando a qualidade da água: uma proposta de aprendizagem baseada em problemas para construção de argumento científico em aulas de ciências da natureza 1960 Ensino remoto em tempos de pandemia: um olhar para as atividades e jogos online 1964 Um novo olhar para o ensino da climatologia escolar no contexto acadêmico 1970 Uso do jogo roleta da multiplicação para o ensino de matemática no Ensino Fundamental I 1974 As experiências vivenciadas por meio do minicurso “ler em tela: adaptando- se ao contexto do ensino remoto” 1978 Concepções de corpo: uma abordagem didática nas aulas de português e educação física 1982 Áudio série como ferramenta pedagógica potencializadora de práticas educativas na disciplina de língua portuguesa no Ensino Remoto Emergencial no IFRN 1986 Xadrez na praça: da sala de aula para a divulgação na comunidade 1990 Ensino remoto: vivências de licenciandos em geografia na prática docente com Pibid/IFRN na escola estadual Professor Luis Soares/RN 1995 A disciplina de libras nos cursos de graduação: perspectivas do professor a partir dos relatos de alunos do curso de pedagogia 1999 Ensino remoto: trabalhando a leitura na pandemia 2003 Projeto Santa Luz em rede: relato de experiência de ensino remoto em tempo de pandemia 2007 A aprendizagem colaborativa nas aulas remotas de metodologia da pesquisa 2013 Ensino de patologia geral em tempos de distanciamento social: o presente futuro 2017 Trigonometria, equação do segundo grau e jogos eletrônicos de arremessos: relato de uma oficina online síncrona 2021 Desafios do planejamento escolar e de ensino em tempos de pandemia 2025 Metodologias ativas na monitoria:reflexões sobre o uso das plataformas Padlet e Seppo 2029 O uso do Padlet como ferramenta auxiliar para o ensino e aprendizagem de leitura e produção textual na educação remota 2033 Desafios da escola de tempo integral: relato de experiência da escola estadual de tempo integral Professora Ester Galvão–Currais Novos RN 2037 Práticas pedagógicas inovadoras na rede pública de ensino a partir do uso de recursos digitais acessíveis 2042 Busca ativa escolar: uma experiência no CE Monsenhor Dourado em Santa Rita - Maranhão durante a pandemia do Sars-cov-2 2047 Núcleo de estudos em apicultura no semiárido (Neapis/IP) – educando com as abelhas 2051 Projeto - encruzilhada: lugar de encontros Ação - maracatu rural: pesquisa, vivência e produção de documentário 2055 Escrita de textos em e/le em espaços digitais: produção de dicionários no book creator 2059 Tempos de pandemia: a experiência do ensino remoto e uso das Tics no ensino fundamental anos iniciais 2064 O ensino do espanhol em um cursinho pré-vestibular comunitário: relatando experiências, construindo vivências 2068 Auxílios e ações de assistência estudantil no contexto de ensino remoto e os desafios para o serviço social 2073 Ressignificando a minha sala: relato sobre o desenvolvimento da disciplina de história ii por meio do ensino remoto emergencial 2078 Maleta do coração: narrativas na bagagem 2084 O uso das tecnologias e mídias na educação de jovens e adultos como forma de democratização digital 2089 Estágio de docência no ensino superior - primeira experiência 2093 Acompanhamento de crianças público-alvo da educação especial, no contexto pandêmico 2098 O ensino de física no pupa em tempos de pandemia: relato de um educador 2101 Ensino remoto: desafios e possibilidades 2106 Docência na atividade profissional policial militar do RN 2111 A interface trajetória de vida e escrita de mulheres 2117 O estágio supervisionado em gestão educacional como pesquisa: relato de experiência no curso de pedagogia 2122 Relato sobre as monitorias desenvolvidas durante o programa residência pedagógica do IFRN Campus Apodi 2127 II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades TRABALHO DOCENTE NA PANDEMIA DE COVID-19: INTENSIFICAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO E A PRECARIZAÇÃO NO ENSINO REMOTO Daniel Lucas Melo dos Santos1; Randkelly Cunha Barbosa2; Fádyla Késsia Rocha de Araújo Alves 3 INTRODUÇÃO Os primeiros meses do ano de 2020 foram marcantes e decisivos para a gestão e política educacional, mundialmente, com o surgimento da pandemiade uma doença, nomeada de Covid-19. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) foram de que fossem adotadas medidas para contenção da propagação do vírus. No Brasil, foi orientado pelos especialistas, a necessidade de se fazer isolamento social, provocando mudanças em diversos setores, como a Educação. Oliveira e Junior (2020, p.720) destacam que “a imprevisibilidade da pandemia e a celeridade de implementação das medidas de distanciamento social demandaram dos sistemas educacionais alternativas para o desenvolvimento de atividades escolares remotas”. O trabalho remoto tornou-se um desafio para a educação do país, uma vez que, para se estabelecer atividades educativas remotas, são necessários equipamentos, recursos tecnológicos, plataformas educativas, algo ainda distante da realidade brasileira, tanto para os professores, quanto para os estudantes. A partir disso, compreendemos que as condições remotas não são iguais para todos, Oliveira e Junior (2020, p. 721) destacam que o país chegou ao século XXI com uma grande dívida social, em amplos setores da sociedade, assim como, apresenta uma das mais injustas divisões de riquezas, que aprofunda ainda mais os diversos tipos de desigualdades sociais. Nesse contexto, realizamos uma pesquisa bibliográfica a respeito das condições de trabalho dos docentes na pandemia de Covid-19, colocando para debate os resultados iniciais divulgados pelos especialistas da área, a respeito da jornada de trabalho e da precarização do ensino remoto, que tem sido a medida nacionalmente aplicada nessa tragédia pandêmica. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1 Pedagogia, Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, pdgdaniellucas@gmail.com 2 Pedagogia, Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, randkellycunha@gmail.com 3 Doutora em Educação, Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, fadyla.araujo@ufersa.edu.br mailto:pdgdaniellucas@gmail.com mailto:randkellycunha@gmmail.com mailto:fadyla.araujo@ufersa.edu.br II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades Para entender a crise política, econômica e sanitária a qual estamos vivenciando, é necessário começar pela compreensão a respeito do conceito marxista de crise(s). Marx em suas obras faz algumas definições de crise (parciais e gerais), assim como de outros termos relacionados à crise econômica, crise da sociedade capitalista, fazendo várias escolas marxistas refletirem acerca de haver não apenas uma teoria, mas teorias sobre a crise. (Lombardi, 2016, p. 63). A respeito dessas definições, Bottonmore (1988, p.144) destaca que é preciso distinguir as crises gerais, que estão submersas em um colapso generalizado das relações econômicas e políticas de produção, de crises parciais e de ciclos econômicos, que fazem parte do traço regular da história do capitalismo. As crises parciais, assim como, os ciclos econômicos, para Bottonmore (1988, p.144) constituem “apenas o método intrínseco ao sistema de reintegrar esse desejo e essa necessidade”, quando o sistema fosse saudável, o processo de recuperação de suas convulsões ocorreria rapidamente. Do contrário, mais prolongadas se tornarão as convalescenças, mais anêmicas se tornariam as recuperações e maior chances de que ele ingresse numa longa fase de depressão. Lombardi (2016, p.63) define que “as crises gerais se expressam no estrangulamento das relações econômicas, sociais e políticas, notadamente no esgotamento de um determinado padrão de acumulação”, como as que ocorreram nos Estados Unidos da América, durante os períodos de 1873-1893 e 1929-1941, época em que ocorreram grandes depressões econômicas. Atualmente, há um debate sobre a Grande Depressão de 1980, se ela será ou não compreendida como uma crise geral. Analisando o cenário atual de crise sanitária (Pandemia de Covid-19): A actual pandemia não é uma situação de crise claramente contraposta a uma situação de normalidade. Desde a década de 1980– à medida que o neoliberalismo se foi impondo como a versão dominante do capitalismo e este se foi sujeitando mais e mais à lógica do sector financeiro–, o mundo tem vivido em permanente estado de crise. (SANTOS 2020, p.5) No Brasil, além de estarmos vivenciando a tragédia da crise sanitária do Covid- 19, que vêm sendo intensificada pelas medidas neoliberais, também enfrentamos crise(s) antigas; econômica, social e política. Nessa conjuntura, os estudiosos da política educacional e do trabalho docente estão com os olhares para as condições de trabalho e II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades ensino dos trabalhadores da educação durante essa tragédia pandêmica, já que, historicamente, o trabalho docente é marcado por precarizações, intensificação e desvalorizações. Sobre a historicidade da precarização do trabalho docente, Monlevade (1996) informa que a jornada dupla não é nenhuma novidade, uma vez que essa forma de precarização do trabalho docente já existia desde o tempo dos jesuítas e das aulas régias, compreendida como a primeira sistematização do ensino público e laico no Reino de Portugal, que impactaram diretamente o Brasil. A partir desse contexto de crise(s), podemos analisar mais um capítulo da intensificação da jornada do trabalho docente, assim como, sua precarização, que é tão antiga quanto à própria crise. Ao analisar a situação da oferta educacional do ensino remoto, Olivieira e Junior (2020, p.722), destacam que essas condições de oferta não são as mesmas para todos, e que elas refletem a oferta desigual dos sistemas escolares, em termos de acesso a recursos tecnológicos, apoio pedagógico, suporte à nutrição, entre outros. Essa péssima condição de oferta do ensino remoto no país, é fruto das desigualdades sociais a qual somos sujeitos, onde, para os mais pobres, seriam oferecidas escolas mais pobres, portanto, condições precárias de oferta educativa (Oliveira e Junior, 2020). Com a pandemia de Covid-19, essa precarização se intensificou. Em uma pesquisa realizada pelo Grupo de Pesquisa Gestrado (2020), que obteve a participação de 15.654 professores das redes públicas de ensino do país, Oliveira e Junior (2020, p.732) informam que a maioria dos participantes, cerca de 82,4%, afirmaram que aumentaram a quantidade de horas trabalhadas, 12,3% continuaram com a mesma jornada e 5,3% diminuíram. O resultado dessa pesquisa nos mostra que a jornada de trabalho dos docentes se intensifica durante a realização do ensino remoto, Oliveira e Junior (2020, p.732) ainda destaca que “um dos possíveis fatores que contribui para o aumento da carga de trabalho é a pouca ou insuficiente formação dos profissionais para lidar com tecnologias digitais. Os ambientes virtuais de aprendizagem ainda não são conhecidos pela maioria dos profissionais em exercício presencial nas escolas”. II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades METODOLOGIA Para o desenvolvimento deste trabalho realizou-se uma pesquisa bibliográfica, na perspectiva de identificar o que os especialistas da área da política educacional apontam acerca do assunto. Destacam-se os autores Lombardi (1988), Monlevade (1996), Santos (2020) e Oliveira e Junior (2020). Para realização dessa pesquisa foi tomado como base artigos e capítulos de livros que retratam a temática abordada. O levantamento bibliográfico pode ser entendido como um estudo exploratório, posto que tem a finalidade de proporcionar a familiaridade do pesquisador com a área de estudo no qual está interessado, bem como sua delimitação. Essa familiaridade é essencial para que o problema seja formulado de maneira clara e precisa GIL (2002, p.61). Logo, após a seleção dos materiais encontrados, optou-se pela leitura minuciosa dos artigospara que fosse possível o procedimento da análise. O conteúdo extraído e analisado a partir dessa seleção nos proporcionou um embasamento teórico decorrente desse trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pandemia de Covid-19 modificou diretamente o fazer docente, e mesmo que nos últimos anos, tenham-se pensado em políticas, formações e reformas para “melhoria da educação”, o sistema educacional apresenta-se insuficiente para dar conta das demandas do ensino remoto, e o que está sendo oferecido é um ensino precarizado, especialmente para a população mais vulnerável do país (Oliveira e Junior, 2020). Com a pandemia de Covid-19, a situação do trabalho docente entrou para o debate público em conjunto da crise sanitária, tendo como destaque a situação dos docentes. Na revisão bibliográfica realizada, podemos entender que a precarização do trabalho docente e a intensificação da jornada de trabalho, não surge com a pandemia, mas ela se intensifica, e que é muito mais antiga, histórica, do que aparentava ser. Segundo Monlevade (1996), os jesuítas já sofriam com trabalho precarizado. Durante a pandemia, compreendemos que está sendo oferecido um ensino remoto precarizado, uma vez que a oferta não é igual para todos, e que há inúmeras dificuldade no acesso aos principais recursos, como tecnologia (internet, equipamentos), apoio pedagógico, tanto para os docentes, quanto para os estudantes, no caso dos estudantes, II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades inclui-se também a falta do apoio à nutrição, conforme identificamos na pesquisa desenvolvida por Oliveira e Junior (2020). Os especialistas da área apontam que a solução para esses problemas seria o diálogo entre os docentes, gestores e sindicatos, para que se possa pensar em estratégias de valorização para esses atores durante o referido período. CONCLUSÕES A revisão bibliográfica desenvolvida nos permitiu analisar que há uma precarização do trabalho docente que permeia a vida deste profissional há longos anos, inclusive, há autores que apontam essa condição como uma realidade histórica no Brasil, entretanto, observa-se que o atual cenário pandêmico instaurado no país, atrelado a um conjunto de crises (sanitária, econômica e política) intensificou a precarização das condições do trabalho docente, uma vez que estes atores estão sendo submetidos a um contexto adverso de atuação, pois as escolas não estavam preparadas, estruturalmente, para oportunizar um processo de ensino-aprendizagem favorável, especialmente de forma remota. As condições de ensino, de planejamento, apoio e a própria jornada de trabalho dos docentes, foram afetadas por essa(s) crise(s), exigindo uma atenção maior para essa desvalorização, que não surge na crise sanitária, mas se intensifica. REFERÊNCIAS BOTTOMORE, Tom (editor) e outros. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988, p.140-144. GESTRADO. Grupo de Estudos Sobre Política Educacional e Trabalho Docente. Base de dados. Trabalho Docente em Tempos de Pandemia. Belo Horizonte: UFMG, 2020. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002, p. 61. LOMBARDI, J. C. Crise capitalista e Educação Brasileira. Uberlândia, MG: Navegando publicações, 2016, n.3, p.63. MONLEVADE, João. Pequenas geografias, história e economia da profissão docente no Brasil. In: MENEZES, Luis Carlos (Org.). Professores: formação e profissão. Campinas: Autores Associados; São Paulo: Nupes, 1996. p. 137-158. (Coleção Formação de Professores). II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades OLIVEIRA, Dalila Andrade; JUNIOR, Edmilson Antonio Pereira. Trabalho Docente em Tempos de Pandemia: mais um retrato da desigualdade educacional brasileira. Brasília: Revista Retrato da Escola, v. 14, n.30, 2020, p. 720-732. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde. Acesso em: 15 mar. 2021. SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020, p.5. http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades A INTERSETORIALIDADE NA GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL Manoel Silva e Souza1; Maria do Carmo Meirelles Toledo Cruz2 INTRODUÇÃO O presente estudo faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo do programa de Pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e tem como objetivo discutir a intersetorialidade na gestão da Política de Assistência Estudantil (PAE) no Ensino Médio de um campus do Instituto Federal (IF) do Mato Grosso. A PAE, realizada no IF, está inserida no Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), criado por meio do Decreto 7.234/2010, e tem como objetivo “viabilizar a igualdade de oportunidades entre todos os estudantes e contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão” (BRASIL, 2010). O Pnaes “oferece assistência à moradia estudantil, alimentação, transporte, à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico” (BRASIL, 2010). No presente trabalho, apresenta-se o levantamento bibliográfico sobre intersetorialidade e assistência estudantil. A temática da intersetorialidade é a base para a estruturação, implementação e avaliação da PAE, que é composta por diversos serviços, programas, projetos e ações articuladas com as políticas institucionais do IF. O estudo bibliográfico objetivou obter referências teóricas que norteiam o assunto abordado, e foi realizado no segundo semestre de 2020, nas bases Scielo; Educ@, da Fundação Carlos Chagas; e no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e permitiu detectar que o tema da intersetorialidade é pouco explorado, na Educação, assim como a assistência estudantil é pouco pesquisada, em especial, no Ensino Médio. O resumo aqui apresentado está estruturado em cinco partes: esta introdução; a fundamentação teórica; metodologia; os resultados; e a discussão e conclusões. 1 Mestrando em Formação de Gestores Educacionais, Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), manoel.souza@alf.ifmt.edu.br 2 Doutora em Administração Pública e Governo, Unicid), carminhameirelles@gmail.com II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O conceito de intersetorialidade vem ganhando destaque, no decorrer das últimas décadas, em especial, a partir da experiência da Saúde, e começa a ser discutido, no Brasil, na área da Educação, a partir de 1990, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), em 1996. Em uma definição clara e sucinta, Warschauer e Carvalho (2014, p. 193) afirmam que “a intersetorialidade é a articulação entre sujeitos de diversos setores, com diferentes saberes e poderes, com vistas a enfrentar problemas complexos”. Trazendo essa definição para o campo da Educação, pode-se traduzi-la como uma forma articulada de trabalho com vistas a apresentar soluções para os problemas complexos, enfrentados nesse campo, relacionados à produção de efeitos mais significativos no desempenho da população escolar. Para Inojosa (2001), o conceito de intersetorialidade, ou transetorialidade3, é visto como a articulação de saberes e experiências destinada ao planejamento, a fim de realizar e avaliar as políticas públicas, bem como programas e projetos, no intuito de alcançar resultados sinérgicos nas situações complexas. Conforme Junqueira (1998, p. 42), o intersetorialidade é introduzido no contexto das políticas públicascomo uma ferramenta de gestão que pretende apresentar novas estratégias para a solução dos problemas sociais complexos, propondo projetos e ações que viabilizem canais de interação entre a sociedade e o governo sob um objetivo integrado, conforme visto abaixo: A intersetorialidade incorpora a ideia de integração, de território, de equidade, enfim dos direitos sociais; é uma nova maneira de abordar os problemas sociais. Cada política social encaminha a seu modo uma solução, sem considerar o cidadão na sua totalidade e nem a ação das outras políticas sociais, que também estão buscando a melhoria da qualidade de vida. (JUNQUEIRA, 1998, p.42). Para Junqueira (1998), ainda, a intersetorialidade traz novas possibilidades de resolver os problemas da população, isso porque a qualidade de vida para os cidadãos exige uma visão integrada dos problemas sociais. A intersetorialidade aponta não só para a visão integrada dos problemas, mas também é vista como solução; dessa forma, possui 3 Para a autora, o conceito de intersetorialidade dialoga com transversalidade, conceito não tratado neste trabalho. II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades fundamental importância para o processo de desenvolvimento das políticas públicas, principalmente no ambiente educacional, pois “[...] se materializa no cotidiano da gestão à medida que consegue criar consenso em torno de uma meta com a qual todos possam, em alguma medida, comprometer- se” (MEC, 2009, p. 25). Inojosa (2001) ressalta que a ideia envolve mais do que juntar setores, pois destina-se a criar, inovar a dinâmica entre os setores, que se veem trabalhando sozinhos, de maneira isolada. Para a autora, é preciso promover uma mudança de paradigma e a primeira atitude é o acolhimento desse novo paradigma, para superar aquele modelo antigo de separação, disjunção e caminhar para a compreensão, de modo a ultrapassar o conhecimento fragmentado, pois as clausuras setoriais não enxergam a diversidade. Sposati (2006, p. 134) faz uma observação diferenciada ao ressaltar que, “a intersetorialidade não pode ser considerada antagônica ou substitutiva da setorialidade. A sabedoria reside em combinar setorialidade com intersetorialidade, e não em contrapô-las no processo de gestão”. A autora alerta que o conceito não pode ser visto como um dogma, que sempre trará resultados positivos. A intersetorialidade, dentro da ação pública, não deve ser encarada como algo absoluto e positivo. Destaca, ainda, que é preciso entender que a intersetorialidade possui limites em sua aplicabilidade e que o conceito, na prática da gestão pública, significa adotar racional tomada de decisão no processo de gestão. As pesquisadoras Cruz e Farah (2016) mostram que o conceito de intersetorialidade está em construção e identificam dois sentidos para explicá-lo: o primeiro é mais restrito e refere-se às relações internas do setor público e o segundo é mais amplo e inclui relações entre os setores públicos, privado e não governamental. No primeiro, alguns analistas falam da intersetorialidade como compartilhamento de ações e esforços entre setores diferentes e agências da mesma esfera de governo; no segundo sentido, incluem outros atores, além dos governamentais; a articulação público-privada; ou a parceria entre o poder público e a sociedade. Na atualidade, ao ser pensado o atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral, a Educação exerce importante papel na articulação de diversas políticas sociais. Um dos desafios da Educação é assegurar ações que garantam oportunidades educacionais para os estudantes. Assim, pensar na garantia do direito à II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades Educação envolve proporcionar o acesso, a permanência e o aprendizado, o que exige a articulação com outras políticas públicas. A intersetorialidade supõe trocas sustentadas na horizontalidade das relações políticas, gerenciais e técnicas. Não se trata de equivalências, mas, sobretudo, do reconhecimento da capacidade que cada política setorial tem a aportar ao propósito comum: garantir educação integral às crianças, adolescentes e jovens. (MEC, 2009, p. 25). Assim, a assistência estudantil foi idealizada com ações nas áreas de Saúde, Educação, Assistência, Transportes e, portanto, com uma visão intersetorial, para garantir o direito à Educação integral. Sua concepção abrange as etapas de informar, planejar, executar e controlar a prestação de serviços, de modo a garantir o acesso igualitário aos desiguais, pois só será possível tratar os problemas sociais dos alunos, de maneira integrada, ao considerar os sujeitos em sua totalidade e não fragmentados, visto que as necessidades não são compartimentadas. METODOLOGIA A abordagem deste trabalho é qualitativa e de natureza exploratória. Foi realizada pesquisa bibliográfica relacionada ao tema, no segundo semestre de 2020. A pesquisa ocorreu nas bases da Scielo, do Educ@ FCC e no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes. As buscas nas bases partiram das palavras “Assistência estudantil” e “Intersetorialidade”. Ao pesquisar, na plataforma Scielo, “assistência estudantil”, foram encontrados 22 artigos; dez voltados para a assistência estudantil no ensino superior; sete não apresentaram correlação com a pesquisa; dois abordam o conceito de assistência estudantil; e dois são voltados para a rede federal - antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), hoje denominado IF. Na plataforma do Educ@ FCC, na busca de “assistência estudantil”, foram identificadas 16 produções, das quais seis voltadas para a assistência estudantil no Ensino Superior; duas não dialogam com a pesquisa; uma trata da assistência estudantil nos IFs; e sete, abordam a assistência estudantil. II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades Na plataforma da Capes, foram encontradas 309 teses com o tema “assistência estudantil”: 19 voltadas para a discussão da assistência estudantil; 45, da assistência estudantil no Ensino Superior; sete, referentes aos institutos federais; uma para o antigo Cefet; e 232 não tratam da área estudantil, pois envolvem outros tipos de assistência. Na busca por “intersetorialidade” e “assistência estudantil”, nas três plataformas - Scielo, Capes, Educa FCC -, não foi identificado nenhum artigo. Ao utilizar-se, na pesquisa, os termos “intersetorialidade” e “Educação”, identificou- se, na plataforma Scielo, 91 artigos: 45, voltados para a área da Saúde na Educação; dois apresentam uma discussão teórica sobre intersetorialidade; dois, sobre intersetorialidade e Programa Bolsa Família (PBF); e, um, sobre intersetorialidade voltado para famílias. Quando pesquisadas as mesmas palavras na plataforma Educ@ FCC, foram identificados oito artigos relativos à intersetorialidade na Educação; um voltado para a intersetorialidade no Ensino Médio; cinco, articulando Educação e Saúde; um, teórico, somente sobre intersetorialidade; e um não dialoga com a pesquisa aqui realizada. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa mostra que a discussão sobre intersetorialidade ainda é recente, na Educação. Há maior frequência de estudos relacionados à intersetorialidade na Saúde e Assistência Social. Quando existem, na Educação, são mais frequente a articulação com a Saúde, e suas interfaces com o Programa Saúde na Escola ou em ações de saúde desenvolvidas na unidade escolar (RAIMONDI et al, 2018; FARIAS et al, 2016; BARBIERI; NOMA, 2017). Os textos trazem o conceito de saúde integral e os princípios da universalidade, integralidade, equidade e participação social do Sistema Único de Saúde (SUS). Há apenas um caso de articulação dos conselhos na política de educação docampo (AGUIAR, COSTA, 2019). A intersetorialidade se faz presente no debate da escola integral (CORA; TRINDADE, 2015; MOLL et al, 2020) e discute que para ser inclusiva, e poder enfrentar as vulnerabilidades são necessários novos arranjos intersetoriais e a promoção de diálogos entre as políticas. II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades Nos estudos analisados, também são mencionadas a dificuldade de implementar politicas intersetoriais, por falta de espaço coletivo, dificuldades de conciliar as agendas dos técnicos envolvidos, falta de capacitação e da existência de protocolos para a realização das ações intersetoriais, entre outros pontos. A assistência estudantil é pouco pesquisada, em especial no Ensino Médio. Essa constatação já era esperada, pois o Pnaes foi criado, inicialmente, para o Ensino Superior, e posteriormente ampliado para o Ensino Médio. CONCLUSÕES Considerando os diversos aspectos que caracterizam a sociedade, mais precisamente no contexto escolar, bem como os desafios enfrentados pela população ao longo dos anos na busca pela garantia de acesso aos direitos sociais, nota-se que a Educação possui fundamental importância para o desenvolvimento social e econômico da sociedade, pois se trata de um fator que categoriza a identidade social do ser humano e permite o seu acesso ao conhecimento, além de servir de ponte para a garantia dos direitos sociais. O tema da intesetorialidade na área educacional e, mais especificamente, na assistência estudantil, é pouco explorado. Essa temática aparece com mais frequência na área da Saúde e Assistência Social, conforme pesquisas preliminares nas plataformas aqui especificadas. Considerados os poucos estudos nessa área, faz-se necessário o aprofundamento de pesquisas que tratem de ações, programas ou políticas intersetoriais na Educação, de modo que possam ser desenvolvidos e aplicados no intuito de proporcionar um desenvolvimento integral no âmbito educacional, pois o aluno não tem somente uma necessidade, por isso deve ser visto/tratado globalmente e não de forma isolada e fragmentada. REFERÊNCIAS II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades AGUIAR, W. J. de; COSTA, M. A. T. S. da. Intersetorialidade na política de educação do campo: oportunidades e limites na ação dos conselhos municipais. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 12, n. 28, p. 165-184, jan. 2019. BARBIERI, A. F; NOMA, A. K. A intersetorialidade nas políticas brasileiras de educação: a articulação setorial no Programa Saúde na Escola. Educação. UNISINOS, São Leopoldo, v. 21, n. 2, p. 137-145, maio 2017. BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Programa mais educação: Gestão intersetorial no território. Brasília, DF, 2009. BRASIL. Decreto n. 7.234, de 19 de julho 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Brasília, DF, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm . Acesso em: 13 nov. 2020. CORA, E. J.; TRINDADE, L. de L. Iintersetorialidade e vulnerabilidade no contexto da educação integral. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 31, n. 4, p. 81-94, dez. 2015. CRUZ, M. C. M. T.; FARAH, M. F. S. Intersetorialidade na atenção à primeira infância em políticas de enfrentamento da pobreza: do Comunidade Solidária ao Brasil Carinhoso. In: JUNQUEIRA, L. A. P.; JUNDURIAN, M. A. C.. (orgs.). Redes e intersetorialidade. São Paulo: Tiki Books, 2016, p. 235-262. FARIAS, I. C. V. de et al. Análise da Intersetorialidade no Programa Saúde na Escola. Rev. Bras. Educ. 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A FALÁCIA DO PROJETO “ESCOLA SEM PARTIDO” Renan dos Santos Sperandio1 INTRODUÇÃO O presente trabalho analisa o anteprojeto de Lei que dispõe sobre a regulamentação do programa “Escola sem Partido” (ESP), bem como as notas técnicas e pareceres jurídicos que fundamentam o arcabouço legal do programa, para identificar se há qualquer evidência por parte dos idealizadores do programa de que exista algum partido nas escolas que precisa ser combatido. Para tanto, elencamos como base empírica e fonte documental os dados disponíveis no site do movimento “Escola Sem Partido” e do levantamento realizado pelo coletivo “Professores Contra o Escola Sem Partido” que trata de todos os projetos de lei do programa em tramitação no Brasil na esfera federal, estadual e municipal. Além da identificação do tipo de partido que se alega existir nas escolas, partimos da seguinte problemática: Existe nos documentos do programa “Escola Sem Partido” algum partido ou alguma concepção pedagógica? Essa problemática serve como ponto de reflexão para identificar se, de fato, há um partido “oculto” nas escolas, ou se, na inexistência deste, o programa “Escola sem Partido” estaria implantando uma ideologia partidária nas escolas, utilizando um discurso de combate a um suposto partido que estaria imbuído nas práticas escolares. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Uma das bases que regem uma pesquisa científica é a sua capacidade de romper o aparente e procurar todas as minúcias do objeto pesquisado. Isso porque nem sempre a aparência, o que se vê, reflete o real. A ciência visa por meio de métodos e percursos sistematizados chegar a uma conclusão que dê conta de analisar o objeto pesquisado na sua totalidade. É visando essa compreensão do todo, que tomamos como fundamentação teórica o conceito de pseudoconcreticidade abordado por Kosik (1976). A partir da visão proposta por este autor, temos condições de ultrapassar a leitura fenomênica do real, 1 Mestre em Educação pelo PPGE-UFES, Graduado em Pedagogia pela UFES, Graduando em História pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER), renansperandio@hotmail.com II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades saindo do imediato, do aparente, e fazer um desvio capaz de fomentar uma leitura da realidade para além do que está aparente. Para Kosik (1976, p. 15), “o mundo da pseudoconcreticidade é um claro-escuro de verdade e engano”, de modo que, para se compreender a realidade é necessário sair do imediato, ou seja, daquilo que se apresenta no aparente e fazer um desvio, para só assim se chegar à realidade. Isso porque a realidade não pode ser entendida pelo que se percebe à primeira vista, como se essa primeira aproximação fosse capaz de revelar a complexidade do que é o objeto na sua essência. Dessa forma, a essência e o fenômeno (aparência) são diferentes e contrários, porém uma vincula-se ao outro, de modo que a essência não pode existir sem o mundo fenomênico, e o fenômeno é a essência em movimento. Ambos estão interconectados em uma relação íntima, logo “[...] compreendero fenômeno é atingir a essência” (KOSIK, 1976, p. 16). Kosik (1967) aponta para a superação dessa pseudoconcreticidade, superando a visão fenomênica do real e saindo da compreensão simplista da realidade. Inclusive, chamando a atenção para a importância de se separar o fenômeno da essência, buscando revelar a essência do objeto a partir da demonstração da verdade do caráter fenomênico. Nesse sentindo, analisaremos o anteprojeto de lei que trata sobre o programa “Escola sem Partido”, bem como as notas técnicas e pareceres jurídicos que visam embasar juridicamente o projeto sob o enfoque da pseudoconcreticidade abordado por Kosik (1967) com o intuito de analisar os elementos que compõem a realidade, mas que não podem ser captados pelo discurso aparente. Desta forma, ao romper com a expressão fenomênica, se chega à essência, que apesar de estar interconectada ao aparente, o sobrepõe. Para se chegar a essa “verdade oculta” que está por trás da aparência de normas que visam apenas indicar os direitos do aluno e o dever do professor, é preciso se desviar desta manifestação aparente do projeto. Isso porque o projeto de lei em si não consegue dar conta de apresentar as diversas facetas que o compõe e que o moldam. E desta forma, cabe à ciência, a partir de um esforço sistemático, captar o modo de ser do objeto em si; neste caso, do projeto educacional que está implícito no anteprojeto de lei que regulamenta o “Programa Escola sem Partido”. II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades A partir daí é possível identificar se o programa “Escola sem Partido”, sob a alegação de promover uma “caça às bruxas” aos supostos doutrinadores travestidos de professores, não estaria na verdade, de forma sutil, introjetando suas próprias concepções pedagógicas para o sistema educacional do país. METODOLOGIA A presente pesquisa assume um caráter de pesquisa documental, por compor, assim como afirma Lopes (2016), uma análise que baseia em materiais que não apresentam por si só um conteúdo analítico, precisando ser reunidos, classificados e distribuídos pelo pesquisador, para se adequarem à pesquisa. Para Moreira (2008), a pesquisa documental, apesar de possuir similitudes com a pesquisa bibliográfica, se distingue pela natureza das fontes, isso porque as fontes de coleta de dados estão restritas aos documentos e é a partir dos documentos que se estabelece uma linha de análise. Para tanto, visando analisar qual partido que o Programa “Escola sem Partido” visa combater, ou até mesmo buscando elementos que deem base para afirmar que de fato há um partido “oculto” nas escolas, tomamos como base documental o PL 246/2019 da Deputada Bia Kics, que traz as principais ideias dos defensores do movimento Escola sem Partido. RESULTADOS E DISCUSSÃO Criado em 2004, o movimento “Escola sem Partido” surge a partir da indignação do seu criador, o advogado Miguel Nagib, que segundo aponta Almeida e Caldas (2017), teria se indignado com o relato de sua filha, segundo a qual afirmou que seu professor de História tinha comparado Che Guevara, um médico revolucionário marxista que participou da Revolução Cubana, a São Francisco de Assis, um frade católico da Itália, criador da ordem dos mendicantes que balizava sua prática religiosa na pregação, na evangelização, no serviço aos pobres e nas diversas práticas voltadas à caridade. Almeida e Caldas (2017) afirmam que segundo Nagib, a postura do professor, na qual ele não relata em que circunstâncias e de qual forma ocorreu essa comparação, foi o bastante para supor que em todas as escolas, públicas e privadas, ocorressem mais do que comparações entre guerrilheiros e frades, mas sim uma espécie de doutrinação política. A partir disso, no entendimento do ESP, as escolas atualmente, tanto públicas II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades quanto privadas, estão sendo “vítimas do assédio de grupos e correntes políticas e ideológicas com pretensões claramente hegemônicas”, e os professores são colocados como os principais responsáveis pela “doutrinação política” (ALMEIDA; CALDAS, 2017, p. 73). Portanto, os defensores do “Escola Sem Partido” consideram que os alunos possuem uma ação passiva frente ao professor e que o professor abusa da sua liberdade de ensinar com o único objetivo de inculcar nos alunos suas próprias convicções políticas. Conforme aponta Almeida e Caldas (2017) em uma das audiências públicas sobre o PL 7180/2014 o autor e principal defensor do projeto, Miguel Nagib, afirmou que na relação professor-aluno haveria, de forma geral, uma relação de abuso por parte do professor para com o aluno, e que essa relação seria tão agressiva que poderia ser comparada a um estupro. Visando combater esse “abuso” intelectual empreendido pelos professores, o movimento “Escola Sem Partido” criou um anteprojeto de lei que em síntese apresenta os deveres do professor, sob a alegação de que, a partir da apresentação destes deveres, os professores se sentiriam constrangidos de propagarem ideias político-partidária para seus alunos. Logo, segundo o próprio Nagib não há um partido na Escola, mas ideias políticas partidárias que transitariam entre uma aula e outra. É importante frisar essa distinção para separar “ideias políticas partidárias” de “partido político”. Isso porque, segundo o dicionário Houaiss (2004, p. 551), partido “refere-se a uma organização política com ideais comuns que tentam chegar ao poder”. Já a Política, segundo Abbagno (2007) é a arte ou a ciência de governar. Ainda para Abbagno (2007), ao retomar a ideia de Sócrates, a política tem a função de descrever a forma de Estado ideal e traçar os melhores caminhos para se chegar a essa forma ideal de Estado. Logo, um partido político é aquele que tem um programa estruturado que expressa suas visões acerca deste Estado que se quer formar, bem como, possui um estatuto com regras que regem a permanência ou não de seus membros. Diante disso, não consta em nenhum documento disponível no site do movimento “Escola sem Partido”, qualquer comprovação de uma organização partidária dentro das escolas. Dito isso, se não há um partido na escola, visto que o próprio movimento afirma II SIMPÓSIO ON-LINE DE EDUCAÇÃO – Educação, resistência e novos paradigmas: diálogos e possibilidades que essas doutrinações são ações individuais de alguns professores, não faz sentindo criar um projeto para legislar sobre algo que inexiste. Se o que existem são ideias políticas, difusas e individuais, isso por si só, não caracteriza a existência de um partido. Sendo assim, a Escola que existe não tem partido. Ou seja, não existe uma estrutura organizativa que apresente um programa claro para os participantes do corpo escolar, tampouco um estatuto que diga os direitos e deveres dos membros desse suposto partido; e por fim, não existe qualquer registro ou filiação de alunos ou professores neste “partido-escola”. No entanto, quando analisamos o projeto “Escola sem Partido”, percebemos que nele existem elementos que visam impor para a escola um tipo de partido. Ao tomarmos a própria lei, PL 246/2019 apresentada na Câmara, destaca-se que há uma inclusão de ideias do programa nos artigos 23, inciso I, inciso 24, inciso XV, §1º e artigo 227 na Constituição Federal (CONGRESSO NACIONAL, 2019). A inclusão prevista na lei traz uma posição política-partidária no seu incisso III do art. 1º quando torna obrigatória uma neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado. Ao ser questionado sobre o que seria essa neutralidade política e como ela poderia se materializar na ação pedagógica, em um debate realizado no Canal Futura no dia 19 de Julho de 2016, bem como, sobre seus posicionamentos políticos e se isso não iria contra a neutralidade
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