Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOENÇAS DA HIPÓFISE: A hipófise libera hormônios tróficos (são aqueles que não atuam em células alvo e sim em células endócrinas), a adeno-hipófise produz e libera hormônios, já a neuro-hipófise apenas armazena e secreta. Hormônios: - Somatotrófos: hormônio do crescimento- GH - Lactotrófos: produtor de prolactina (PRL) - Corticotrófos: hormônio adenocorticotrófo (ACTH) - Tireotrófos: hormônio tireoestimulante (TSH) - Gonadotrófos: folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) - Vasopressina e ocitocina Neuro-hipófise Adeno-hipófise Histologia: - Células cromófobas: não secretam hormônio - Células cromófilas: ACIDÓFILAS- GH e prolactina; BASÓFILAS: ACTH, TSH, LH e FSH. Regulação hipotálamo-hipófise: Estimulantes: TRH/ TSH, GnRH/ LH e FSH, GHR/ACTH Inibidores: Somatostatina/ GH e PIH/ síntese de prolactina. TUMORES HIPOFISÁRIOS: - ADENOMAS: 15% dos tumores intracranianos. Padrão morfofuncional é baseado em: anatomia (extensão, se micro <10 mm ou macro, se comprime estruturas adjacentes) e fisiologia (se secretores de hormônio ou clinicamente não funcionais ou se compressão da hipófise causando pan-hipopituarismo). Tipos: ● Somatrofo- causa acromegalia ou gigantismo (dependendo se pré ou pós puberdade); ● Lactotrofo- hipogonadismo, galactorreia; ● Corticotrofo- gera doença de cushing; ● Gonadotrofo- efeito expansivo, hipopituitarismo; ● Tireotrofo- gera hipertireoidismo. Testes: ● Prolactinoma: nível sérico de prolactina; ● Acromegalia: nível sérico de IGF-1; ● Doença de cushing: urina 24h sem cortisol, medida de cortisol na saliva noturna, medida de cortisol no plasma após administrar dexametasona e medida de corticotropina; ● Tireotrofo: T4 livre. PROLACTINA: - HIPOPROLACTINEMIA: é rara, sendo uma deficiência hormonal combinada, tendo como consequência ausência de lactação. - HIPERPROLACTINEMIA: pode ser tanto fisiológica (sexo, lactação, gravidez, sono, estresse), patológico (granuloma, infiltrações, radiação, trauma e tumor) e medicamentos. → Prolactinoma: 25-40% dos adenomas de hipófise. Manifestações clínicas: hipogonadismo hipogonadotrófico. Em mulheres cursa com oligo/amenorreia, disfunção sexual, galactorreia, infertilidade e osteoporose; já em homens cursa com disfunção sexual e erétil, galactorreia, infertilidade e osteoporose. Tem como tratamento: Cabergolina/ bromocriptina com o intuito de redução dos níveis séricos de prolactina para diminuição do tamanho do tumor, restauração da função gonadal. Esses medicamentos são agonistas dopaminérgicos, sendo a primeira escolha. ACTH: O ACTH age nas suprarrenais que produzem: cortisol, androgênios, mineralocorticóides. Na insuficiência suprarrenal primária há redução de glico e mineralocorticóides. ACTH tem acentuado ritmo diurno, tendo níveis maiores pela manhã. Aumento do ACTH por estresse, infecções, traumatismos graves e hipoglicemia. Diminuição por supressão pela dexametasona. - HIPOCORTISOLISMO SECUNDÁRIO: deficiência de ACTH, fraqueza, fadiga e hipotensão. Em mulheres: redução dos androgênios. A causa mais comum é o uso de glicocorticoide exógeno. Tratamento: reposição dos glicocorticoides. Em emergência: hidrocortisona. - SÍNDROME DE CUSHING: aumento de cortisol por doença de cushing ( aumento de ACTH e de cortisol consequentemente), produção ectópica de ACTH (aumento de ACTH e cortisol) ou tumor adrenal (aumento de cortisol e queda de ACTH). → Doença de Cushing: adenoma hipofisário produtor de ACTH (maioria microadenomas). Manifestações clínicas: Diagnóstico: teste de supressão com dexametasona- na pessoa que está doente há aumento de ACTH, porém cortisol não altera porque já está alto. Na pessoa saudável: o ACTH está diminuído e cortisol aumentado. Tratamento: Cirúrgico como primeira escolha- via transesfenoidal. Clínico: se doente sem condições cirúrgicas. Atuação no tumor: cabergolina ou ácido retinóico; atuação na suprarrenal- inibidores da esteroidogênese: cetoconazol, etomidato e mitotato. GH: Atua nos ossos, músculos, tecido adiposo, fígado e pâncreas. Estímulos para secreção do GH: hipoglicemia, diminuição de ácidos graxos livres, aumento de aminoácidos, jejum, traumatismo, estresse, exercícios, testosterona, sono profundo, grelina e hormônio liberador de GH. - Adenomas: tumores co-secretores (prolactina). Acometem mais a 3º e 4º década de vida. Manifestações clínicas: ACROMEGALIA GIGANTISMO Após fechamento das epífises ósseas Antes do fechamento das epífises ósseas Aumento do tamanho de mãos e pés, alterações de face, espessamento dentário e macroglossia. Altura extrema Diagnóstico: dosagem de IGF-1 elevada para idade, sexo e estado nutricional. Dosagem de GH, TOTG 75g e RNM de sela túrcica com contraste. Tratamento: ressecção trasnsesfenoidal do tumor. Tratamento clínico: análogos de somatostatina (ocreotide, pasereotide). HIPOPITUARISMO: Deficiência de 1 ou mais hormônio hipofisário, pode ter causa genética, orgânica ou idiopática. A apresentação pode ser congênita ou adquirida, podendo também ser agudo ou crônico. A principal causa é o adenoma hipofisário que gera uma compressão. Manifestações clínicas: dependem do hormônio acometido: Hormônio GH ACTH TSH FSH/LH Manifestações clínicas Atraso no crescimento, baixa estatura, micropênis, implantação anômala dos dentes, hipoglicemia, lipodistrofia abdominal, hipotrofia muscular e depressão. Insuficiência adrenal secundária: fraqueza, náusea, vômitos, diarreia, mialgia, perda ponderal, hipotensão e astenia. Hipotireoidismo central: fraqueza, constipação e depressão. Hipogonadismo hipogonadotrófico: atraso puberal, amenorreia, baixa libido, infertilidade. Diagnóstico Testes estímulos eixo GH: TOTG, teste do glucagon, teste de clonidina e teste de arginina. TOTG, teste de cortisona e teste do CRH Tratamento Somatropina Homens: reposição androgênica- cipionato de testosterona, propionato de testosterona e undecanoato de testosterona. CI: Ca de próstata e mama, psa alto Mulheres: reposição hormonal com estrógenos e progestágenos CI: CA de mama e endométrio ADH/ VASOPRESSINA: Diabetes insipidus: síndrome clínica em que há excreção de grande volume de urina diluída (poliúria), podendo se associar a polidipsia. - Diabetes insipidus central: deficiência de ADH: Queda da secreção de ADH → Estímulos osmóticos normais: alteração da concentração de urina → diminuição da água corporal e aumento da osmolaridade sérica. Aumento da ingesta de água. Tratamento: desmopressina. - Diabetes insipidus nefrogênico: insensibilidade renal a ação do ADH. ADH plasmático elevado. Tratamento: tratar doença base e corrigir distúrbio hidroeletrolítico. Alta dose de desmopressina. - Polidipsia primária: supressão do ADH por ingestão excessiva de líquidos. Etiologia: psicogênicas ou por sede excessiva. Diagnóstico: urina 1 (densidade <1010 e osmolaridade urinária <300 mOs/kg) e dosagem de ácido úrico (elevado se DI central) e ADH plasmático.
Compartilhar