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MÓDULO 6: A INDADIMPLÊNCIA A inadimplência consiste na falta de cumprimento de uma obrigação, principalmente de teor financeiro. Se configura quando alguém não cumpre com um compromisso previamente estabelecido. No âmbito jurídico, classifica-se determinada pessoa como inadimplente quando esta não cumpre ou executa a sua responsabilidade financeira que está prevista num contrato, seja a sua totalidade ou parte desta. Quando uma pessoa compra um produto e faz o pagamento em prestações, ela se compromete em pagar mensalmente uma quantia determinada até quitar o valor total do bem que adquiriu. Caso o comprador não faça o pagamento até a uma data estipulada, ele passa a ser classificado como em estado de inadimplência. Os inadimplentes ficam impossibilitados de conseguir aprovações de empréstimos em bancos ou financiamentos, por exemplo, devido ao fato de não possuírem condições financeiras para honrar com seus compromissos. Alguns dos principais sinônimos de inadimplência são: inadimplemento, incumprimento, descumprimento, inexecução, insolvência e insolvabilidade. Se por um lado temos o inadimplente ou devedor, por outro temos o credor. Algumas pessoas pensam que credores são empresas, em geral endinheiradas, e que emprestam dinheiro aos endividados. Bem, existem sim credores deste modelo, mas credor, em seu conceito, é todo aquele a quem se deve dinheiro. Ou seja, o credor pode ser uma pessoa que emprestou algum dinheiro, uma pequena empresa que vende seu produto em mais de uma prestação, as grandes empresas e assim por diante. Em comum, todos eles possuem o fato de alguém dever a eles alguma quantia financeira. O nome do consumidor permaneça em cadastros de proteção ao crédito. FORMAS DE COBRANÇA De uma forma bem simples, há duas formas para se receber judicialmente uma dívida. Trata-se da ação de cobrança e da ação de execução. Também é possível protestar o título em cartório, enviar notificações extrajudiciais, entre outros atividades. Lembrando que o nome de uma pessoa poderá ficar por, no máximo, cinco anos no cadastro de inadimplentes. Esse limite vale para cada uma das dívidas, ou seja, se o prazo para cobrar a dívida na Justiça for menor que cinco anos. PRÁTICAS PARA COBRANÇA Embora indiquemos fortemente que se analise o que a concorrência está fazendo para minimizar os problemas, existem algumas ações básicas que auxiliam na redução e no gerenciamento da inadimplência, e é exatamente sobre isso que falaremos agora. Antes de mais nada, é preciso ter controle. Nenhuma ação pode ser planejada num ambiente onde os números se confundem, onde não se tem certezas ou muitas concessões são abertas, por isso, a palavra de ordem é CONTROLE. Com isso em mente, veja a seguir algumas dicas cruciais na busca pela redução e controle da inadimplência: Faça análise de crédito: este deve ser o ponto de partida para vendas em valores altos, com cobrança de mensalidade, dividido em parcelas e assim por diante. Essa análise permite ao vendedor saber como anda a situação financeira do cliente, se está em débito com alguma outra instituição, se está com o nome negativado junto ao SERASA, se possui protestos e assim por diante. A partir dessas informações, fica a critério do vendedor continuar ou não a negociação e em quais condições. Valorize os bons pagadores: justamente pelo crescimento da inadimplência, quem honra seus compromissos financeiros pode sim receber um “agrado”. Em geral, descontos e maior flexibilidade são os agrados mais comuns. Emita Nota Fiscal: além de correr o risco de responder judicialmente por crime, não emitir a Nota Fiscal deixa o vendedor sem nenhum tipo de amparo provido pela lei. Em outras palavras, sem Nota Fiscal não há prova de qualquer negociação e, portanto, não existe qualquer tipo de auxílio da lei. Faça acordos: é importante entender que muitas vezes o cliente não consegue realizar o pagamento do débito à vista, por isso, os acordos se mostram a tática mais eficiente. Mas atenção, tenha cuidado com as concessões oferecidas nestes acordos, isso pode, na verdade, incentivar a inadimplência. Tenha um sistema de cobrança eficiente: o setor de cobrança de qualquer empresa deve se apoiar em um sistema realmente eficiente. Isso porque, desta forma, nenhum cliente é “esquecido”, podendo inclusive haver um e-mail de aviso assim que seu boleto vencer até oferecer as informações necessárias para uma renegociação. Tenha uma gestão financeira impecável: por fim, conforme falamos, controle é fundamental e não à toa estamos repetindo essa afirmação. Possua um sistema de gestão para o seu negócio! Existem Softwares que facilitam bastante os processos no setor financeiro, isso porque conseguem colocar as mais diversas informações de maneira unificada, simples e em tempo real.
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