Buscar

Distúrbios respiratórios

Prévia do material em texto

Diagnóstico e tratamento de Motricidade OrofacialDiagnóstico e tratamento de Motricidade OrofacialDiagnóstico e tratamento de Motricidade Orofacial
Distúrbios Respiratórios
Mirela Scarpino
@Fonomirela
A Respiração
É uma função vital;
A função primordial é a troca gasosa entre
o meio externo e o corpo, para que se
busque uma homeostase, por meio da
entrada de oxigênio na inspiração, e a
expiração para a retirada de dióxido de
carbono produzido pelo metabolismo
celular;
A respiração de maneira nasal, favorece o
crescimento e desenvolvimento crânio
facial. O ar é umedecido, filtrado e
aquecido ao passar pelo nariz;
Qualquer fator que impede que a
respiração ocorra de maneira nasal, nosso
organismo busca outra forma de manter o
aporto de oxigênio, seja um fator pontual
ou crônico;
Acaba abrindo a boca, para maior
aporto de oxigênio.
A Respirador Oral
A respiração oral:
Modificação de repouso habitual
(abaixamento da boca, ultrapassando o
limite do espaço funcional livre, lábios
abertos, língua mais baixa e protuida).
Respiração nasal:
Lábio vedado, manutenção do espaço
funcional livre entre a arcada dentária
superior e inferior, língua acoplada ao
palato.
O respirador oral passa a maior parte da
vida dele respirando pela boca, seja por
obstrução das vias áreas superiores
(desvio de septo, hipertrofia de amígdala
ou adenoide) ou impossibilidade de
posturas (musculatura mais fraca);
Experimento com animais, mostrou que
com a obstrução nasal houve
modificações neuromusculares e posturais
mesmo após a desobstrução de vaias
aérea superiores. 
Alterações esqueléticas e miofuncionais
orofaciais, mesmo após o tratamento
médico otorrinolaringológico, incluindo
adenodectomia, as alterações
miofuncionais orofaciais podem
permanecer;
Pode haver alteração de tonicidade de
língua, de masseter, necessidade de
tomar liquido durante mastigação,
alteração na deglutição e mastigação.
Alterações das Funções Orofaciais
Mastigação ineficiente, já que precisa
liberar a boca para respirar, ficando com o
alimento menos tempo na boca;
Musculatura elevadora da mandíbula é
mais fraca, o que leva a menos força
para triturar.
Deglutição atípica ou adaptada, podem
não ter nada estrutural ou oclusal e a língua
interpor entre os dentes quando deglute, ou
de fato ter alterações estruturais;
Fala imprecisa;
Acumulo de saliva;
Alto índice de ceceio anterior e/ou lateral e
hiponasalidade.
Outras Alterações
Sinusites frequentes otites de repetição;
Hipertrofia de tonsilas palatinas e faríngea;
Halitose e diminuição de olfato e paladar
(ar passando continuamente pela boca);
Maior incidência de caries;
Alterações do sono, ronco, apneia,
incontinência salivar (levando a agitação
diurna, ansiedade, impulsividade,
desânimo);
Dificuldade de atenção, concentração,
dificuldade escolares;
Menor rendimento físico; 
Redução do apetite, alterações gástricas,
sede constante, engasgo.
Diagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento de
Motricidade OrofacialMotricidade OrofacialMotricidade Orofacial
Mirela Scarpino
@Fonomirela
Apneia do Sono
A mais comum é o ronco, que é a vibração
dos tecidos moles das vias aéreas
superiores, podendo ser do dorso da língua
contra a orofaringe, do palato mole perto
da rinofaringe ou mesmo da parede
posterior da faringe;
Quando o ar passa pelo nariz ou boca e
essa região posterior vibra durante a
inspiração, temos o ronco.
O ronco pode ser associado com a apneia,
ou isolado;
A apneia é quando a pessoa respira,
pelo nariz ou boca (sendo mais
frequente pela a boca), e há uma
obstrução total ou parcial das vias
aéreas superiores e interrompe o fluxo
de entrada de ar, a pessoa para de
respirar durante o sono, sendo uma
parada de no mínimo 10 segundos com
movimentos toracoabdominais, levando
ao microdespertar para voltar ativar a
musculatura das vias aéreas superiores;
A apneia obstrutiva tem um esforço
para continuar respirando mas está
colabado, quando não tem movimento
do tórax estamos falando de uma
apneia central, onde há interrupção do
nível central para estimulo da
respiração (o fonoaudiologo não atua
em apneia central). Algumas vezes pode
ser mista, central + obstrutiva, aqui o
fonoaudiologo pode atuar.
Hipoapneia: redução parcial da
entrada do fluxo de ar;
Patogênese multifatorial, pode ser
muscular, pode depender do esqueleto
ósseo, pode ser por obesidade;
Diagnóstico por polissonografia;
Estágios de sono: N1, N2, N3 e REM;
REM: Rápidos movimentos oculares;
É o estagio de máximo relaxamento
muscular;
A apneia fragmenta o sono e pode
comprometer os estágios do sono, além
de aumentar o dióxido de carbono no
sono.
A apneia pode ocorrer em diversos casos,
mas é comumente associado em
síndromes craniofaciais, macroglossia,
doenças neurológicas, miscelânea
(obesidade, hipertrofia de amígdalas)
Tratamento
Pode ser por manejo clínico:
Tratamento de rinite alérgica;
CPAPA (pressão continua positiva na via
aérea- não invasivo);
Redução de peso
Tratamento ortodôntico ou ortopedia
facial.
Pode ser cirúrgico:
Adenoamigdalectomia
Cirurgia ortognáticas;
Traqueostomia em casos
individualizados.
Altamente associado acidentes
automobilístico com apneia.
Terapia Miofuncional Orofacial
Tratamento com crianças melhora forca de
língua, melhora saturação de oxigênio
durante o sono, diminui o índice de apneia e
hipoapneia;
Para adultos o tratamento melhora a
saturação de oxigênio, diminui o índice de
apneia, diminui o ronco em frequência e
intensidade;
Para adultos:
3 meses de tratamento - 12 sessões
semanais;
Exercícios orofaringeos (face, palato,
língua e funções orofaciais);
Limitação: pacientes com muita má
oclusão e deformidades dentofaciais,
levando a necessidade de tratamento
ortodôntico, orto-cirúrgico associado.
Atuacao fonoaudiologica:
Avaliacao fonoaudiologica (AMIOFE)
Anamnese (queixas relacionadas ao
sono, queixa relacionadas ao
desempenho durante o dia, cansaço,
fadiga, queixa de concentração,
como é o ronco e desde quando
acontece);
Exame clínico;
Exame Instrumental (polissonografia-
para fechar o diagnóstico);
Investigação diagnóstica
Diagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento de
Motricidade OrofacialMotricidade OrofacialMotricidade Orofacial
Mirela Scarpino
@Fonomirela
Tratamento fonoaudiológico
Anamnese:
Identificação;
Queixa e evolução;
Tratamentos;
Hábitos orais deletérios;
Histórica alimentar;
Funções Orofaciais;
Audição/ Aprendizagem;
Motivação em realizar o
tratamento.
Exame Clínico:
Avaliar Motricidade Facial.
Exame Instrumental:
AMIOFE.
Tratamento:
Multidisciplinar.
Exercícios Isotônicos/Isométricos
Grupo 1: Indivíduos sem alterações dento -
esqueléticas;
Fonoaudiologia.
Grupo 2: Indivíduos com alterações dento-
esqueléticas - não impedem vedamento
labial;
Ortodontia/ fonoadiologia pode vir
junto.
Grupo 3: Indivíduos com alterações dento-
esqueléticas - impedem vedamento labial.
Ortodontia/ fonoadiologia (limitações
caso não realize tratamento
ortodôntico);
O tratamento vai contar com:
Procedimentos básicos, visando que o
paciente melhores a propriocepção,
melhore as posturas e a tensão muscular e
adequando as funções orofacias, o que
requer aprendizagem;
Procedimentos básicos: 
Orientação e esclarecimento:
Funcionamento nasal, achados
encontrados na avaliação do paciente, 
 fazer os encaminhamentos, e explicar
os procedimentos fonoaudiologicos.
Umidificação: Soro fisiológico ou
vaporização; 
Limpeza Nasal: Espelho de ressonância
(medir o fluxo nasal), soro fisiológico,
lenço de papel;
Propriocepção:
Espelho de ressonância
Olfação (cheiros).
Tensão Muscular:
Aumento de Tensão: Exercícios
Isotônicos Isométricos (isolados /
função);
Aquecimento das fibras: massagens,
exercicios passivos. 
Diminuir tensão: Relaxamento, Calor
úmido, diminuir esforço muscular. 
Indicação parte da habilidade motora do
paciente e pensar na funcionalidade
orofacial, onde eu quero chegar
O sucesso terapêutico depende do
diagnóstico, do planejamento, da
conscientização do paciente e ele estar
motivado;
A pratica clínicada motricidade orofacial é
dividida em:
Mioterapia (Mobilidade e resistência);
Terapia Miofuncional (Funções).
Exercícios Musculares
Isotônico: Trabalha com mobilidade;
Isomérico: Mantém contração no tempo,
exercícios estáticos;
Língua:
Acoplar no palato e estalar;
Acoplar no palato com movimentos
retrusivos (varrer o céu da boca);
Acoplar no palato, abaixar e elevar a
mandíbula;
Afilamento de língua;
Contra-resistência com espátula ou
dedo.
Orbiculares (lábios):
Bico com contração (protrusão repetido
ou sustentado- favorece vedamento
labial);
Botão/dedo (contra-resistência);
Sopro com contração ( sem encher a
bochecha);
Canudo (soprar ou sugar);
Dispositivo: exercitador labial.
Bucinadores:
Contração unilateral (espátula ou dedo)-
puxar o cantinho da boca com o lábio;
Sopro com contração.
 
Diagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento deDiagnóstico e tratamento de
Motricidade OrofacialMotricidade OrofacialMotricidade Orofacial
Mirela Scarpino
@Fonomirela
Controle terapêutico
Considerar a remoção de chupeta (diminui
o espaço nasal, o céu da boca é assoalho
do nariz); Favorece questões musculares e
dento oclusais de crescimento crânio facial
da criança;
As reavaliações são sistemáticas, pelo
menos no começo e final do tratamento-
Uso do AMIOFE; 
Circunferência cervical;
Questionários de Qualidade de vida,
Sonolência;
Polissonografia (antes e depois do
fonoaudiologo);
O tratamento é uma questão de
aprendizagem, portanto tem que ter o
desenvolvimento da percepção Sensorial,
Aspectos cognitivos e orientação familiar e
escolar.
Palato Mole e Úvula:
Repetição da vogal A de maneira
intermitente isomérico (Gritinhos de A
isotônico)- eleva o palato ao máximo.
Elevadores da mandíbula:
Mordedura de garrote com dentes
posteriores de maneira isotônica ou
isomérica;
Mastigação.
Exercícios de postura: 
Lábios:
Massagens (com escova cientifica de
baixo para cima e de cima para
baixo favorecendo o vedamento
labial);
Apoio entre os lábios, vendando e
ajudando a postura de repouso
(espátula/hóstia/papel/micropore,
ostea);
Música (ressonância nasal-
cantarolar mantendo a boca
fechada).
Língua
Acoplar em palato (elástico
ortodôntico/hóstia/wafer/ ostea).
Postura corporal e de cabeça e pescoço:
Monitorar
Encaminhar para o fisioterapeuta
quando necessário;
Funções orofaciais:
Mastigação:
Corte inicial do alimento;
Vedamento labial;
Mastigação bilateral alternada -
Lateralidade;
Número de golpes;
Preferencialmente com sólidos
(vedamento labial).
Deglutição:
Postura de língua;
Tensão labial;
Postura corporal e cabeça e
pescoço;
Preferencialmente Líquidos – Sólidos
(vedamento labial).
Respiração:
Percepção da respiração nasal;
Coordenação com outras funções.
Fala:
Fonético/Fonológico.
Em pacientes do Grupo 3, que não
conseguem vedar o lábio aguardar
Intervenção Ortodôntica e considerar
remoção de hábitos deletérios; 
Prevenção
Desenvolvimento das funções
estomatognáticas
Amamentação favorece respiração
nasal.
Eliminar fatores alérgenos;
Evitar obstrução nssal.
Considerações finais
Estrutura inadequada – impossibilita
postura e função;
Alérgicos – reais possibilidades;
Valorizar o desempenho do paciente -
incentivo;
Contato permanente – Família e outros
profissionais.

Continue navegando