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ASPECTOS ORGANIZACIONAIS EM CENTRO CIRÚRGICOS

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ASPECTOS ORGANIZACIONAIS EM CENTRO CIRÚRGICOS 
O centro cirúrgico de uma instituição de saúde é uma das unidades com maior 
demanda de atenção por parte dos gestores. Essa instalação do hospital ocupa 
um lugar de evidência, especialmente por sua finalidade, aliada à alta 
complexidade dos procedimentos realizados nesse local, sendo essencial que o 
atendimento promova segurança, tanto em caráter eletivo, quanto nas situações 
de urgência e/ou emergência. 
Quando se considera o elevado número de procedimentos realizados no centro 
cirúrgico, e a complexidade da unidade, pode-se estabelecer como funções do 
enfermeiro: 
» Conhecimento científico; 
» Responsabilidade; 
» Habilidade técnica; 
» Estabilidade emocional; 
» Conhecimento das relações humanas; 
» Administração de conflitos. 
O bloco cirúrgico é o conjunto de áreas e instalações que permitem aos mais 
diversos especialistas efetuar cirurgias programadas em condições de 
segurança para o paciente que dela necessita. O bloco cirúrgico é composto por: 
» Centro cirúrgico (CC); 
» Recuperação anestésica (RA); 
» Central de Material e Esterilização (CME). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16. Sala operatória de cirurgia robótica. 
 
Fonte:http://drjosevartanian.com.br/wp-content/uploads/2019/04/cirurgia-robotica-sala-operacao.jpg. 
Existem duas resoluções que descrevem os principais aspectos relacionados à 
estruturação do bloco cirúrgico: 
» RDC n. 50/2002 
» RDC n. 307/2002. 
Ambas as Resoluções descrevem que o centro cirúrgico propriamente dito 
deve ser composto por: 
» Área de recepção de pacientes; 
» Área de indução anestésica; 
» Área de escovação; 
» Salas operatórias; 
» Sala de apoio às cirurgias; 
» Área de prescrição médica; 
» Posto de enfermagem; 
» Área de recuperação anestésica; 
 
 
 
 
Conforme Martins e Dall’Agnol (2016), o centro cirúrgico é considerado uma 
unidade hospitalar em que são executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, 
diagnósticos e terapêuticos, tanto em caráter eletivo quanto emergencial. Esse 
ambiente é marcado por intervenções invasivas e de recursos materiais com alta 
precisão e eficácia; necessita de profissionais habilitados para atender às 
demandas e particularidades dos pacientes frente à densidade tecnológica e à 
variedade de situações que lhe conferem uma dinâmica peculiar de assistência 
em saúde. O CC é considerado um setor de alto risco, onde os processos de 
trabalho constituem- se em práticas complexas, interdisciplinares, com forte 
dependência da atuação individual e da equipe em condições ambientais 
dominadas por pressão e estresse. 
Vale considerar que a organização de um hospital se distingue das demais, não 
apenas pela sua complexidade, mas, também, pela grande responsabilidade 
assumida por ela, considerando o paciente e os indivíduos como seres 
biológicos, psicossomáticos e sociais. 
O centro cirúrgico é considerado um dos setores mais complexos de um hospital, 
formado por diversas partes que se relacionam, indo além do aspecto 
arquitetônico do local. Devido à amplitude de finalidades e especificidades, é um 
local que exige um alto custo de implantação e manutenção. 
Considerando esses fatos, a montagem da sala operatória tem a finalidade de 
assegurar as condições funcionais e técnicas ao bom andamento do ato 
cirúrgico, sendo elas compostas por três tipos de equipamentos: 
» Equipamentos fixos: consistem em todo material adaptado à estrutura da 
sala que incluem: 
› Focos; 
› Painel de ar condicionado; 
› Painéis para saída de gases (oxigênio, vácuo, ar comprimido e 
protoxido); 
› Painéis com tomadas 220w; 
› Tomada de entrada de skopia; 
› Negatoscópio; 
› Computador com monitor ligado ao sistema HC/PACS; 
› Televisor/monitor 32” para visualização de imagens; 
» Equipamentos móveis: aqueles que se movimentam pela sala: 
› Mesa cirúrgica; 
› Suportes de soro; 
› Mesas auxiliares; 
› Mesas mayo; 
› Carro de anestesia; 
› Carro de soro; 
› Braçadeiras; 
› Aparelho de esfigmomanômetro e estetoscópio; 
› Hampers; 
› Cadeiras e bancos cirúrgicos; 
› Foco auxiliar com bateria; 
› Escadinha com dois degraus; 
› Arco narcose. 
Figura 17. Centro cirúrgico – focos cirúrgicos. 
 
Fonte: https://www.mobiloc.com.br/wp-content/uploads/equipamentos-para-centro-cirurgico-1024x682.jpg. 
A cirurgia robótica surge no intuito de transformar procedimentos altamente 
invasivos, com grandes riscos à saúde do paciente, em intervenções cirúrgicas 
de alto impacto, com prognósticos cada vez mais favoráveis no que diz respeito 
aos agravos, facilitando momentos de prevenção de infecção, recuperação da 
saúde e reabilitação ao estado hígido. (PINTO et al., 2018) 
A montagem da sala de operações tem como objetivo oferecer a realização do 
ato anestésico-cirúrgico com técnica asséptica, organizar e disponibilizar 
materiais e insumos necessários para o procedimento anestésico e da cirurgia, 
como, também, adequar os recursos humanos e materiais aos protocolos 
assistenciais com eficiência e eficácia. 
A sala de operações consiste no ambiente em que a cirurgia será realizada, e 
sua montagem envolve diversos procedimentos realizados com a finalidade de 
assegurar condições funcionais e técnicas ao bom andamento do ato 
anestésico-cirúrgico e também à segurança do paciente. 
A montagem do centro cirúrgico robótico varia de acordo com o procedimento a 
ser realizado, bem como com a plataforma cirúrgica utilizada, mas em grande 
parte, os instrumentos e equipamentos necessários a qualquer cirurgia. Vale 
considerar que o centro cirúrgico deve ser montado de forma semelhante a uma 
cirurgia convencional, até pela possibilidade de complicações durante o ato 
cirúrgico que possam requerer a conversão da cirurgia robótica para uma cirurgia 
convencional. 
Figura 18. Centro cirúrgico robótico. 
 
Fonte: https://wp.rededorsaoluiz.com.br/brasil/wp-content/uploads/sites/6/2019/04/BRASIL-SERVICOS-
CENTRO-DE-CIRURGIA-ROB%C3%93TICA-min.jpg. 
O centro cirúrgico robótico conta ainda com três unidades diferentes, 
integradas à plataforma robótica: 
» Mesa de operação com o robô, composto por quatro braços 
poliarticulados, que têm flexibilidade de 360° e movimentos 
precisos. Na extremidade de um desses braços está presente uma 
câmera que emite imagens em 3D, enquanto os outros três braços 
manipulam as pinças cirúrgicas movimentadas pela máquina, 
reproduzindo as sutilezas do cirurgião mais eficiente; 
» Console inspirado nos simuladores de voo, em que os 
médicos recebem as imagens em 3D de alta definição realizando 
movimentos operatórios com as próprias mãos e são transmitidas 
para o robô cirúrgico; 
» Conjunto de hardware externo. 
 
Figura 19. Mesa cirúrgica robótica. 
 
Fonte: https://www.h9j.com.br/pt/pacientes-e-visitantes-site/PublishingImages/pt/pacientes-e-
visitantes/cirurgia-robotica/sala%20robotica1.JPG. 
Ainda nesse contexto, existe um manual dos serviços de cirurgia que deve se 
destinar, mas não ser limitado, aos seguintes aspectos: 
» segurança do paciente e do pessoal; 
» controle de infecção; 
» equipamentos; 
» planejamento da assistência perioperatória ao paciente, 
incluindo a avaliação pré-operatória; 
» contagem das compressas e dos instrumentos cirúrgicos; 
» cuidados e disposição das amostras cirúrgicas coletadas; 
» manuseio e acondicionamento de sangue e componentes 
sanguíneos; 
» posicionamento do paciente; 
» preparação da pele do paciente no pré-operatório; 
» preparação de pacientes para procedimentos cirúrgicos; 
» planos de staff que conduzirá a cirurgia; 
» avaliação de qualidade e programas de melhoria. 
Mais especificamente sobre o centro cirúrgico robótico, existem os programas 
e softwares utilizados que devem incluir os seguintes procedimentos: 
» escala de pacientes e procedimentos; 
» relatório de informação do paciente (diáriodos serviços 
cirúrgicos); 
» produção de relatórios de controle, tais como hora do 
procedimento, uso da sala, estatísticas de volume e produtividade 
e custos de procedimentos específicos; 
» preparação de cartões de preferências do cirurgião; 
» inventário de controle; 
» registro dos encargos do paciente; 
» uso de equipamentos; 
» produtividade do serviço de cirurgia; 
» classificações de ferimentos com propósito de controlar 
infecções; 
» registros de implantes; 
» pessoal; 
» ordenação dos casos; 
» plano de cuidados de enfermagem; 
» documentação intraoperatória; 
» avaliação de qualidade e medidas para melhorar os 
resultados. 
Vale ressaltar que os sistemas robóticos utilizados em procedimentos cirúrgicos 
atualmente, distanciam o profissional cirurgião do paciente e necessitam de 
menor quantidade de pessoas na sala de cirurgia em comparação à cirurgia 
aberta tradicional. Esta medida minimiza o número de pessoas expostas a 
aerossóis infecciosos, reduzindo o nível de contaminação, principalmente quanto 
à utilização de equipamentos adequados para troca durante a cirurgia. 
 
 
 
De forma geral, o centro cirúrgico tem como finalidade realizar intervenções 
cirúrgicas e endoscópicas e encaminhar o paciente à unidade de origem, na 
melhor condição possível de integridade, além de servir de campo de estágio 
para a formação e para o aprimoramento de recursos humanos. Tem como 
objetivo ainda desenvolver programas e projetos de pesquisa, voltados 
especialmente para o desenvolvimento científico e tecnológico de ponto, além 
de realizar o preparo, esterilização, guarda e encaminhamento de material para 
o hospital, desde que observada a estrutura organizacional e competências. 
Vale ressaltar que a comunicação segura e efetiva entre os membros da equipe 
de saúde é determinante para reduzir riscos, a partir da valorização da 
percepção, das atitudes e do comportamento de todos os profissionais 
envolvidos no cuidado ao paciente, com vistas à promoção da cultura de 
segurança. 
Sendo assim, a liderança participativa se faz presente na comunicação do seu 
processo de trabalho, em que é necessário que essa equipe se comunique de 
forma aberta, sobre as falhas de segurança, em especial, sem culpabilização e 
punições. Por essa razão, além de um centro cirúrgico estruturado, deve-se 
contar com uma estrutura de equipe adequada à gestão de riscos, para utilizar 
tecnologias, processos e recursos humanos, uma vez que os erros e danos são 
de causa multifatorial.

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