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Livro de Uma Sogra: Sociedade e Matrimônio no Século XIX

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Livro de uma sogra
Revisão SIS
Ficha técnica
1. O romance Livro de Uma Sogra de Aluísio 
Azevedo, de 1895, é a última obra romanesca 
do escritor.
2. Foco narrativo: primeira pessoa
3. Cenário: Rio de Janeiro
4. Tema: O final do século XIX no Brasil: 
sociedade e matrimônio
5. Movimento literário: naturalismo/realismo
Personagens
1. Dona Olímpia.
2. Leandro de Oviedo - marido da filha de dona Olímpia
3. Palmira - filha de dona Olímpia
4. Gastãozinho - filho de dona Olímpia, morre cedo - é mencionado, mas não é 
aprofundado no romance.
5. Dr. Virgílio Xavier da Câmara - primeiro marido de Olímpia - é mencionado, 
mas não é aprofundado na história.
6. Dr. César - segundo marido de Olímpia.
O naturalismo na obra
Livro de Uma Sogra de Aluísio Azevedo apresenta: 
1. A supremacia da natureza sobre a cultura fica demonstrada pela alusão às 
características físicas, biológicas e instintivas do homem - determinismo.
2. O genro de Olímpia (a “sogra”) é observado como um “espécime” de homem - 
representação fisiológica da forma material perfeita do corpo humano como 
no exemplo a seguir
“A conformação geral do corpo esteticamente falando, é simplesmente 
maravilhosa! Quando o vi nu, pensei ter defronte dos olhos uma estátua 
grega. Marte e Apolo fundidos, formando um homem.
Entenda o contexto histórico dos séculos anteriores
1. A relação entre os pais e os filhos era muito restrita. Havia uma distância 
entre eles. Pois, os pais tinham que manter o respeito e a ordem dentro de 
casa. A figura materna era a responsável por passar às filhas um 
comportamento considerado aceitável para a sociedade e preparar a menina 
para o casamento.
2. O papel da mulher no século XIX era restrito tanto às mulheres de classes 
mais altas quanto das classes mais baixas: ficavam encarregadas de cuidar da 
família e do lar
O início
Livro de uma Sogra segue uma proposta bem diversa dos livros que já conhecia 
do autor. A princípio, temos Leão da Cunha narrando em 1ª pessoa sobre sua 
aversão ao casamento, justificada pelo exemplo de seu amigo, Leandro de Oviedo, 
que sofria as maiores humilhações por parte de D. Olímpia, sua sogra. Passados 
alguns anos, depois de longas viagens pela Europa, Leão reencontra Leandro com 
outra disposição de ânimo. O que chama atenção é o fato de Leandro lamentar a 
morte da “terrível” sogra, advertindo que a explicação de sua atitude só poderá 
ser compreendida pela leitura de um manuscrito deixado por D. Olímpia.
Os manuscritos
A partir do segundo capítulo, o leitor tem acesso à íntegra aos manuscritos 
de dona Olímpia, que se estende até próximo ao final do romance, 
compreendendo, portanto, a quase totalidade da obra. Olímpia não acredita 
que seja possível associar o amor espiritual com o desejo carnal.
O motivo
O fundamento de suas ideias consiste na experiência fracassada de seu 
casamento com Virgílio. 
Olímpia defende a teoria de que cada homem e mulher devem ter não um, 
mas dois cônjuges: um para a realização do amor sentimental, outro para a 
prática sexual. 
O matrimônio pela perspectiva de Dona Olímpia
Nesse contexto, Olímpia vê-se perante um intricado desafio: assegurar a felicidade 
de sua filha sem que, para tanto, ela precise romper com a sociedade de seu tempo. 
Depois de muito investigar, auxiliada mesmo pela Bíblia, a mãe de Palmira chega a 
uma conclusão: para alimentar em sua filha tanto o amor sentimental como a atração 
sexual pelo mesmo homem, seria necessário afastá-los periodicamente. Palmira e o 
esposo não poderiam viver sob o mesmo teto, além de não poderem se ver todos os 
dias. As relações sexuais entre o casal deveriam ser calculadamente dosadas. Os 
períodos de abstinência colaborariam para manter os cônjuges sempre interessados um 
pelo outro.
O marido perfeito e a esposa perfeita
1. O marido de Palmira deveria ser ainda homem de intelecto reduzido, apenas o 
suficiente para não ser ridículo, pois, se fosse, por exemplo, um cultuado 
artista ou uma celebridade, a paixão por seu ofício disputaria a atenção com a 
esposa. 
2. A esposa, por sua vez, deveria ser em tudo inferior ao marido, tanto na raça 
quanto na instrução. Era preferível que uma mulata casasse com um homem 
branco do que o contrário, dada a necessidade da superioridade ser sempre do 
homem, cuja figura é constantemente enaltecida por D. Olímpia.
Os casamentos de dona Olímpia
1. Primeiro casamento - Virgílio - casamento por 
obrigação, pai de sua filha, casamento com 
momentos de felicidade, mas não pleno.
2. Segundo casamento - Dr. César - Seu 
casamento com o Dr. César, é isento de contato 
físico ou sexual. Trata-se de uma relação ideal, 
cuja amizade e companheirismo prevalecem 
sobre os interesses da carne.
Virgílio: separação fragmento
Não obstante, apesar de que nunca transigi dos meus deveres conjugais; apesar de 
que meu marido prosperou sempre de fortuna na sua carreira médica e, depois, na sua 
carreira política; apesar de que ele era bom, e apesar de que sempre nos estimamos; 
apesar de tudo isso, tanto ele como eu fomos igualmente muito desgraçados, enquanto 
nos não separamos; fomos os dois um casal de infelizes amarrados um ao outro pelo 
duro e violento laço do matrimônio; fomos dois calcetas, seguros na mesma corrente de 
ferro, condenados a suportar a existência eternamente juntos.
Não foi possível! Quebramos a cadeia, arrancamo-nos da grilheta. O governo 
nomeou-o para uma honrosa comissão fora do Brasil; aproveitamos o ensejo e 
separamo-nos. Tínhamos dois filhos, um de cada sexo; a menina ficou comigo e o 
menino seguiu com ele
Resumo da obra
No Livro de uma sogra de Aluízio Azevedo, a personagem principal Dona 
Olímpia viveu nesse ambiente machista. Só após a morte do marido, ela passa a 
ter mais poder sobre a casa e sobre si mesmo. Ela é apresentada no livro como 
uma matriarca, uma mulher forte, poderosa e muito sábia. O livro conta a 
trajetória de vida de Olímpia no momento em que conhece o marido até a morte 
dela. No início da história, ela era uma moça ingênua e inexperiente que com o 
passar do tempo e a vivência, torna-se uma mulher mais confiante e uma mãe 
zelosa, que busca o bem da filha Palmira e que esta seja bem-sucedida na vida 
conjugal. 
Resumo da obra
Baseado na experiência de vida e no poder econômico que possuía diante da 
sociedade, Olímpia, esforça-se para encontrar um marido confiável e impedir 
que a filha fosse infeliz no matrimônio. 
A mãe queria impedir que a filha se divorciasse do marido, assim como Dona 
Olímpia se divorciou do esposo em uma época em que a desunião não era comum 
e nem bem vista pelas pessoas do século XIX.
No entanto, Olímpia no tempo em que permaneceu casada foi uma mulher que 
se preocupou em seguir as regras matrimoniais, ou seja, casou-se virgem, não 
obteve relações extraconjugais. Ela foi uma mulher dedicada a casa e a família. 
Portanto, era uma mulher recatada, conforme se exigia para ser considerada uma 
boa esposa.
Resumo da obra
Naquele tempo, não era comum uma mulher na idade de Dona Olímpia 
casar-se novamente. Ela se casa com César Veloso, um médico que ela conheceu 
após o nascimento de Palmira. Eles sempre tiveram uma afeição pelo o outro 
quando jovens, mas por causa dos contratempos da vida não puderam 
concretizar o amor que um sentia pelo outro. 
O amor que Olímpia nutria por César, era um amor acima do amor carnal. 
Diferente de Virgílio, com o doutor, dona Olímpia encontrou o amor fraternal e 
intelectual que buscava
Resumo da obra
A relação dela com o genro era uma ligação distante, pois não agrada o fato 
de a sogra ter tanto poder sobre o casamento da filha, porém por gostar da 
esposa, ele aceita a superioridade de Olímpia. Pois, antes do casamento se 
concretizar foi acordado, com o consentimento dele, que teria que ser assim
Resumo da obra
O relacionamento entre mãe e filha é de cumplicidade e confiança. Há 
momentos em que mesmo Palmira não concordando com a mãe, ela tende a 
ceder, pois sabe das boas intenções da matriarca.Por outro lado, Olímpia 
entende algumas atitudes da filha, justamente por já ter vivido por isso quando 
era jovem: “Sim, minha filha era a minha vida, porque era o meu verdadeiro 
amor. Se eu não tivesse outras razões para conservar-me honesta e digna, depois 
da ausência e da morte de meu marido, tê-lo-ia feito só pelo muito que a amava.” 
(AZEVEDO, 2001, p. 35) 
Críticas
A crítica social está permeada por um pensar irônico que questiona as regras sem 
criticá-las, induzindo o leitor, pelas situações do texto, a desnudar a hipocrisia das 
convenções sociais: 
“O marido é sempre para a mulher uma garantia do presente e uma 
garantia do futuro; o amante é nada mais do que um incidente 
arriscado. O marido é uma conquista social; o amante é um 
sacrifício feito ao amor.”

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