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"Próteses confeccionadas como o objetivo de permitir boa estética e promover estabilidade e função durante um período limitado de tempo devendo ser substituídas por uma prótese definitiva." "É uma etapa tão significante onde todos os requisitos objetivos inerentes à prótese definitiva devem ser alcançados. "...tornam-se ainda mais importantes para ajudar a visualizar o resultado antes da conclusão final do trabalho protético." As coroas provisórias apresentam algumas características, que determinam suas propriedades: └ Proteção pulpar e periodontal; └ Função oclusal; └ Resistência e retenção; └ Estética e fonética; └ Higienização. Limitações: riscos de fratura, inflamação gengival e estética (cor). PROPRIEDADES BIOLÓGICAS: PROTEÇÃO PULPAR: Após a realização do preparo, a quantidade de desgaste deve estar de acordo com as necessidades estéticas e mecânicas do provisório, para que a prótese possa auxiliar na recuperação do órgão pulpar; Previamente à confecção da prótese, a superfície do preparo pode ser embebido com solução de água de cal (hidróxido de cálcio PA) – ação bactericida e bacteriostática; Adaptação marginal ao preparo: └ A falta de adaptação da coroa provisória leva à infiltração marginal; └ Consequente: hipersensibilidade, cárie e inflamação pulpar. A resina acrílica gera muito aquecimento no preparo, durante as fases de polimerização, sendo ideal realizar irrigação abundante no preparo e remover a resina durante a polimerização final; Evitar contato com meio bucal e impedir lesão; Proteção do complexo dentina-polpa: └ Proteção contra irritações térmicas, microbianas e químicas; └ Desconforto; └ Hipersensibilidade dentinária; └ Coroa + agente cimentante = recuperação do órgão pulpar (preparo vitais). PROTEÇÃO PERIODONTAL: Adaptação marginal (cervical): └ Mantém a arquitetura normal do tecido gengival, evitando um processo inflamatório; Textura lisa e polida da restauração; Perfil de emergência plano: └ Objetivo de propiciar um posicionamento harmônico do tecido gengival sobre as paredes da restauração. Evitar super ou subcontornos: └ Supercontornos podem promover ulceração no epitélio sulcular, recessão gengival e inflamação marginal; └ Depende da posição do dente, da extensão da coroa no sentido gengivoincisal/oclusal, da forma do osso e do tecido gengival, da fonética e da estética. Ameias amplas: └ Facilita controle da placa e evita impactação alimentar; Proteção ao tecido gengival: └ Restabelecimento do contorno marginal do dente; └ Suporte à gengiva inserida; └ Perfil de emergência: 1/3 cervical das coroas; PROPRIEDADES FUNCIONAIS: FUNÇÃO – ESTÉTICA – OCLUSÃO: Orientação para procedimentos cirúrgicos; Orientação da cicatrização; Orienta controle de placa e higienização; Condicionamento gengival; Melhora retenção do cimento cirúrgico; Permite avaliar a estabilidade dos dentes pilares; Reestabelecer função oclusal: └ Relação maxilomandibular adequada: contatos oclusais uniformes, guia anterior e dimensão vertical de oclusão corretos; Estabelecimento da posição dos dentes - evitar movimentações; Resistência estrutural e retenção mecânica; Restabelecer estética e fonética: └ O comprimento, largura, contorno, forma das coroas provisórias, linha média, plano oclusal e simetria gengival devem ser retomados. Tranquilidade/conforto ao paciente e profissional; Boa adaptação ao dente preparado e adequada adaptação marginal; Resistência ao deslocamento durante a função; Devem ser resistentes e permanecer em boas condições durante o tempo requerido; Não podem conter materiais tóxicos para a polpa e para os outros tecidos. Não devem apresentar porosidades e devem ter estabilidade dimensional; Devem ser confortáveis e apresentar uma estética aceitável; Devem apresentar cor estável e contornos fisiológicos corretos; Devem ser fáceis de reparar se assim for necessário; Devem proporcionar uma oclusão fisiológica e uma correta higiene oral; Devem apresentar superfícies polidas e facilidade de remoção. Manuseio conveniente – reparos e reembasamentos; Biocompatibilidade; Estabilidade dimensional; Resistência; Estética (contorno, textura e polimento); Compatibilidade química aos agentes cimentantes; Boa aceitação do paciente. O material mais utilizado para a confecção da restauração provisória é a resina acrílica auto ou termopolimerizável: └ A autopolimerizável são resinas que quimicamente se ativam, polimerizando; └ A termopolimerizável são resinas que se ativam a partir da aplicação de calor. Resina acrílica autopolimerizável: └ Disponível em várias cores └ Baixo custo └ Fácil manipulação └ Direta (boca) e indireta └ Instabilidade de cor* └ Resistência └ Reparos e Reembasamento Vantagens: └ Adesão química; └ Baixa resistência ao desgaste; └ Fácil manipulação; └ Baixo custo; └ Estética. Desvantagens: └ Liberação de monômero residual; └ Alta porosidade; └ Pigmentação e odor; └ Calor/inflamação, └ Intolerância ao meio bucal; Não recomendado por longos períodos! RESINA ACRÍLICA – COMPOSIÇÃO: Polímero (Pó) + Monômero (Líquido); Polímero: └ Polimetacrilato de metila + peróxido de benzoila + pimentos + copolimentos; Monômero: └ Metacrilato de metila + hidroquinina + dimetilcrilato de glicol + dimetil-para- toluen. FASES DE POLIMERIZAÇÃO: 1. Arenosa: └ As pérolas de polímero são completamente envolvidas pelo monômero que preenche os espaços vazios e o conjunto adquire uma cor translúcida; └ O nome atribuído a esta fase é consequência do aspecto semelhante a uma massa de areia molhada, que apresenta baixo escoamento e ganha brilho superficial por afloramento do excesso de líquido quando pressionada; 2. Fase Fibrosa: └ O líquido dissolve as longas cadeias de polímero, tornando a mistura viscosa e aderente, fazendo com que na tentativa de manipulação apareçam inúmeros fios finos e pegajosos entre as porções resultantes; 3. Fase Plástica: └ A massa resultante perde a pegajosidade a partir de certo ponto de saturação da solução de polímero no monômero, começa a escoar de modo homogêneo, torna-se manipulável e sem aderência, sendo esta conhecida como fase de trabalho; 4. Fase Borrachoide: └ Ocorre o aumento da concentração de cadeias de polímero no monômero e a evaporação do monômero residual, tornando o líquido escasso, fazendo com que o escoamento da massa torne-se precário e apareçam características de recuperação elástica; 5. Fase Rígida: fase final, já polimerizou. Técnica direta: └ É confeccionada diretamente na boca do paciente, logo após a realização do preparo; └ É utilizada principalmente resina autopolimerizável; Técnica indireta: └ É realizada em laboratório; └ Usualmente é utilizada a resina termopolimerizável; └ Utilização de um modelo de gesso. Técnica híbrida: └ Parte da confecção é realizada em laboratório e parte clinicamente. MÉTODOS DE ESCOLHA DO PROVISÓRIO Tempo de permanência na boca; Custo e possibilidades do paciente; Habilidade de cada profissional; O primeiro passo após a confecção dos provisórios são os contatos oclusais, acabamento e polimento, para que seja posto em função Cimentos provisórios e biocompátiveis. A SELEÇÃO DO AGENTE CIMENTANTE VAI DEPENDER... Da necessidade de ação anti-inflamatória, antimicrobiana e indução de dentina secundária - cimento de hidróxido de cálcio (DYCAL, Hidro-C...); Do grau de retenção dos pilares (cimento de óxido de zinco (com ou sem eugenol); Do tempo de permanência na boca (pode- se usar definitivos); Do grau de mobilidade dos pilares; Da extensão da prótese; Da técnica de confecção (sem eugenol em resinas autopolimerizáveis). TIPOS DE TÉCNICAS DE CONFECÇÃO TÉCNICA DA MOLDAGEM PRÉVIA: Os dentes podem estar restaurados ou não; Os dentes podem ser reanatomizados antes da moldagem; Nessa técnica, o contornos axiais e incisais/oclusais são satisfatórios e a forma anatómica atende aos requisitos estéticos e funcionais; O molde é feito com alginato ou elastômero. Resina acrílica autopolimerizável; Feita direta (na boca) ou indireta (modelos de gesso com preparos dentais); Necessita de maior conhecimento de anatomia dental e maior habilidade manual; Detém de referências anatômicas e dentárias, impressões do antagonista e faces proximais dos dentes vizinhos; Passo a passo: └ Molda-se os dentes em uma moldeira com alginato e silicona; └ Prepara-se o dente; └ Em seguida aplica-se resina acrílica no molde, leva-se em boca e após a polimerização são feitos os ajustes. └ Caso o dente já esteja preparado, pode ser feito um modelo de gesso com a moldagem, reanatomiza-se no gesso e depois realiza todos os passos citados no gesso. TÉCNICA DA ESCULTURA FUNCIONAL: Técnica da bolinha; Manipula-se a resina acrílica, faz-se um bolinha na fase plástica e coloca em cima do preparo; Pede-se ao paciente para ocluir e a partir das referências anatómicas, remover excessos e retomar anatomia do dente. TÉCNICA DO DENTE DE ESTOQUE Nesta técnica após o preparo, seleciona-se um dente de estoque correspondente ao dente preparado; Desgasta-se a porção lingual ou palatina preservando a face vestibular que será adaptada sobre o dente preparado; Feito isso, manipula-se a resina acrílica, leva-se ao dente de estoque e leva-se esse conjunto ao dente preparado; Após a presa da resina dá-se o acabamento e polimento; Vantagens: └ Melhor estética └ Facilidade e rapidez de confecção └ Maior lisura da face vestibular Desvantagens: └ Evitar ajustes na face vestibular └ União deficiente da faceta à resina adicionada (fratura) └ Contraindicada para dentes posteriores TÉCNICA COM MATRIZ DE PLÁSTICO Após a montagem dos modelos de estudo em articulador, faz-se o enceramento diagnóstico, que em seguida é duplicado em gesso; Sobre o modelo de gesso obtém-se uma matriz de plástico em plastificador à vácuo; A matriz é cortada e levada sobre os dentes pilares e vizinhos para avaliar sua adaptação; A matriz é preenchida com resina e posicionada sobre os dentes pilares; Após a polimerização da resina, a matriz é removida e a prótese é separada da matriz e os excessos são removidos. Utilizado em casos de pônticos. TÉCNICA DE PROVISÓRIOS PRENSADOS Após a montagem dos modelos de estudo em ASA, os dentes são preparados superficialmente, e faz-se o enceramento com cera branca; O modelo encerado é incluído na mufla da maneira convencional e é feita uma matriz em gesso-pedra; Essa matriz tem a finalidade de facilitar as várias inclusões das resinas de corpo, colo e incisal. Todo o conjunto é isolado, e faz-se o vazamento da contramufla; Após a presa-do gesso, a contramufla se separa das duas matrizes da mufla, possibilitando a inclusão da resina; Inicialmente faz-se a inclusão da resina de corpo, que é prensada com um papel- celofane interposto entre a resina e as matrizes, para facilitar a sua separação e permitir a colocação das resinas de colo e incisal. Após a realização desse processo, a polimerização da resina é feita pelos méto dos convencionais; O modelo é desincluido da mufla e levado ao ASA para o ajuste oclusal, que é feito até que o pino incisal toque na mesa incisal para não alterar a DV; Após a remoção das provisórias do modelo, faz-se o reembasamento na boca, os ajustes estético, da oclusão e do guia anterior, o acabamento e o polimento.
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