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CONTEXTO HISTÓRICO–FILOSÓFICO DA EDUCAÇÃO UNIDADE 3 O CONTEXTO HISTÓRICO-FILOSÓFICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA » Analisar o espaço da educação brasileira como local de continuidade e descontinuidade, ou rupturas e permanências em termos de teorias, modelos, explicações, métodos, normas e leis educacionais; » Estudar o contexto histórico e as estruturas educacionais do período colonial brasileiro, em especial o sistema de ensino da Companhia de Jesus; » Conhecer as condições históricas e sociais do período político denominado de Brasil Império, no que diz respeito a instituições políticas e políticas públicas em educação para a época; » Analisar as principais diretrizes educacionais que se instalaram no Brasil a partir da Proclamação da República e nos primeiros anos do século XX; » Identificar e compreender os novos rumos e tendências que se configuraram na educação brasileira a partir da Constituição de 1988. CO NT EX TO H IS TÓ RI CO -F IL OS ÓF IC O DA E DU CA ÇÃ O NO PE RÍ OD O CO LO NI AL E IM PE RI AL ! A educação brasileira, no período colonial, se relaciona às dinâmicas educacionais da metrópole; ! A educação desde os tempos mais antigos consiste em um dos principais elementos na divulgação de novas ideias políticas, filosóficas e científicas. ! A educação que prevaleceu na época colonial era oriunda do modelo institucional da Companhia de Jesus, idealizado por Santo Inácio de Loyola, por volta de 1534, a fim de expandir as crenças e converter fiéis à Igreja Católica; ! A Companhia de Jesus tinha como finalidade traduzir em ações a fé que professava; não lhe bastando meditar e orar, daí o fervor missionário, de caráter militante e combatente, que moveu os seguidores a considerar a cruz e a espada como faces de uma mesma moeda; ! Os integrantes da Companhia de Jesus eram chamados de jesuítas e o método que utilizavam foi o da catequese, no qual a função social da educação era de caráter religioso, sendo os clérigos (padres) os principais educadores. ! Com a expulsão dos jesuítas e o cumprimento das reformas pombalinas foram implantados, no Brasil, os modelos de educação que se encontravam em voga na época na Europa, que eram os dos pastores Andrew Bell e Joseph Lancaster, que haviam formulado uma modalidade de ensino que previa a indicação e a participação de estudantes mais avançados para atuar como tutores em meio às atividades pedagógicas realizadas pelos professores; ! As reformas pombalinas estavam alinhadas aos valores iluministas, racionalistas e advogavam em defesa do Estado laico. CO NT EX TO H IS TÓ RI CO -F IL OS ÓF IC O DA E DU CA ÇÃ O NO PE RÍ OD O CO LO NI AL E IM PE RI AL ! Nos mais de 80 anos em que o Brasil foi governado pelo regime de monarquia (1808-1889), o sistema educacional atuava em três níveis: o ensino elementar (ou primário), o ensino secundário e o ensino superior; ! A configuração social do Brasil no século XIX não favorecia investimentos à educação primária. A Constituição, outorgada em 1824, destacava que “A instrução primária é gratuita para todos os cidadãos [...]”, mas o número de escolas era reduzido. Foi somente em 15 de outubro de 1827 que a Assembleia Legislativa aprovou a primeira lei sobre a instrução pública nacional do Império Brasileiro. Esta lei estabelecia que “em todas as cidades, vilas e lugares populosos haverá escolas de primeiras letras [ler, escrever, contar] que forem necessárias”; ! A Constituição do Brasil também determinava os conteúdos das disciplinas a serem ministradas nas escolas primárias e secundárias. Destacavam-se os princípios da moral cristã e de doutrina da religião católica e apostólica romana. ! Em nível mundial, em 1827 ocorreu a criação da escola das primeiras letras, idealizada por Andrew Bell, pastor anglicano, e Joseph Lancaster, pastor Quacker. Ambos propunham uma metodologia em que prevalecia a disciplina e hierarquização do espaço, no qual o professor supervisionava a classe e indicava o estudante mais avançado para auxiliá-lo; além disso, as preocupações e os objetivos das atividades restringiam-se em silabar e soletrar, e o método avaliativo centrava-se no aproveitamento e no comportamento do estudante. ! Tais diretrizes foram adaptadas ao Brasil, por meio de aulas régias, nas quais usava- se o Método Lancaster (1789), em que as crianças tinham noção de leitura, cálculo, escrita e catecismo. Devido à falta de professores, um professor atendia cerca de 100 alunos e escolhia seus melhores discípulos para auxiliar outros dez alunos (chamado de método decúria, em que o ajudante era um decurião). ! A estrutura educacional da época imperial pode ser sintetizada no modelo de aulas régias e liceus; as aulas régias correspondiam ao ensino primário, e os liceus ao ensino secundário; havia pouco interesse e investimento por parte do governo, pois as elites enviavam seus filhos para estudar na Europa. JOSEPH LANCASTER EL EM EN TO S ED UC AC IO NA IS DO B RA SI L IM PÉ RI O ! Embates entre quem defendia as concepções cientificistas e os setores conservadores ligados ao ensino moralizante dominado pela Igreja Católica, o que gradualmente resultou na ampliação dos conteúdos e na incorporação de disciplinas como Ciências Físicas, História Natural, com a adoção dos preceitos metodológicos das chamadas “lições de coisas” e a inclusão de tópicos sobre História e Geografia Universal, História do Brasil e História Regional; ! A precariedade das escolas elementares indicava que entre as propostas de ensino e sua efetivação na sala de aula existiu sempre um hiato. Em geral, as salas de aula eram palco de uma prática bastante simplificada. Por isso, as autoridades escolares exigiam dos professores o cumprimento mínimo da parte obrigatória composta de leitura e escrita, noções de Gramática, princípios de Aritmética e o ensino da doutrina religiosa. ! O contexto histórico e filosófico da educação brasileira dos primeiros anos da República consistiu na continuidade da herança do legado da época imperial, ou seja, em que as elites se apropriavam da educação como forma de manutenção do status e da condição econômica. ! O ensino dos primeiros anos da República foi dividido em ensino primário (até a 4ª série), ginásio (quatro anos após o primário) e clássico e científico (Ensino Médio, o primeiro com ênfase em ciências humanas e o segundo às ciências exatas). EL EM EN TO S ED UC AC IO NA IS DO B RA SI L IM PÉ RI O ! A partir dos anos de 1920 passam a ocorrer mudanças significativas nas estruturas políticas, sociais e educacionais, que abalam as estruturas nas quais o contexto histórico e filosófico brasileiro havia se sustentado até então; ! Os anos de 1920 foram marcados por forte organização de movimentos sociais, entre eles o movimento operário e rupturas no cenário político, em que a política do café com leite foi abalada pela crise interacional e pelo movimento político liderado por Getúlio Vargas; ! A Escola Nova norte-americana foi adaptada na realidade brasileira dos anos de 1920 por meio do movimento ‘pioneiros da nova escola’. ! A partir dos anos de 1930, em meio ao governo de Getúlio Vargas, foram criados o Ministério da Educação e Saúde, o Plano Nacional de Educação, a CAPES, o Cnpq e a Universidade de São Paulo. ! Nos anos de 1920, o percentual de analfabetos chegava a 69,9%, isso se deve ao fato de que o ensino priorizava a formação das elites e as unidades escolares localizavam-se nas principais cidades e capitais do Brasil. AN ÍS IO T EI XE IR A ! Anísio Teixeira (1900-1971), nascido na cidade de Caetité, no interior da Bahia, foi um jurista, intelectual e educador responsável por difundir os conceitos e valores do pedagogo norte-americano John Dewey e da Escola Nova; ! Defendia os valores da matriz de pensamento norte-americana ‘escola nova’, que eram os de ensino público, gratuito, obrigatório, integral e laico, que compreendia fortemente o compromisso do Estado/nação na oferta de ensino à populaçãobrasileira. ! Para Teixeira é fundamental o financiamento estatal do ensino, pois este deve atender à esfera pública. A escola primária é para o autor a mais importante escola do sistema de educação, ao ponto de que o Ensino Superior existe porque o homem foi capaz de inventar a arte da escrita e porque as pessoas a dominam. A capacidade de ler, escrever, somar, subtrair, dividir e multiplicar possibilitou todo o desenvolvimento do dito mundo ocidental. A LE I D E DI RE TR IZ ES E B AS ES D A ED UC AÇ ÃO NA CI ON AL – LD B ! A luta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação se inicia com o Manifesto dos Pioneiros da Educação em 1932, passa pela Constituinte de 1946 e só foi aprovada em 1961. Nos anos 1960 ocorreram alguns importantes avanços educacionais: a LDB de 1961, a UNB e as propostas de alfabetização de Paulo Freire; ! A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB foi promulgada em 1961, baseada em longos debates, nos quais se opunham os favoráveis à ação do Estado na educação, como os educadores Lourenço Filho e Anísio Teixeira, e, de outro lado o deputado Carlos Lacerda, que acusava o Estado de querer monopolizar a educação, tendo apresentado um projeto de lei buscando garantir a existência de escolas particulares. As igrejas cristãs, tradicionais proprietárias de escolas privadas confessionais, eram as grandes interessadas em manter o ensino particular; ! Com a ditadura militar tivemos profundas alterações no campo educacional e o fim de uma geração de grandes educadores, que desde 1932, com o Manifesto dos Pioneiros da Nova Educação, militaram nas lides político-educacionais. Entre estes podemos citar grande parte dos pensadores da educação brasileira do século XX, dos quais destacam-se Anísio Teixeira e o já citado Paulo Freire. A LE I D E DI RE TR IZ ES E B AS ES D A ED UC AÇ ÃO NA CI ON AL – LD B ! Em 1972 se instituiu uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tendo como maior transformação o fim do exame de admissão ao ginasial, que unido com o antigo primário, se transformou em um curso único de oito anos, com a nomenclatura ensino de primeiro grau. Também o Clássico e o Científico foram unidos, no chamado Segundo Grau, com a duração de três anos. Sobre a relação do Governo Federal com as universidades, foi tensa nos anos da ditadura. Isto porque o movimento estudantil foi amplamente perseguido; ! Com o fim da ditatura militar, a educação brasileira foi remodelada. A Constituição Federal de 1988 garante a educação como uma ação que deve ser mantida pelo governo, com o auxílio das empresas educacionais privadas e confessionais. Porém, a educação contém, além das garantias educacionais, uma legislação específica, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei que teve como principal relator o senador Darcy Ribeiro, um entusiasta da educação no Brasil. Como novidades, nos conteúdos, além das disciplinas tradicionais, como Matemática e Ciências, também foram incluídas questões que são consideradas os temas transversais, como o trabalho e a sexualidade. ED UC AÇ ÃO M IL ITA R ! O Brasil, assim como os demais países da América Latina, teve ao longo de sua história diversos militares como presidentes da República. Tanto em ditaduras, como eleitos democraticamente. ! A Escola Naval é a mais antiga instituição do Ensino Superior brasileiro, com a função de formar os futuros oficiais da Marinha de Guerra; ! A formação dos oficiais do Exército passou por algumas escolas, hoje a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, sediada em Campinas, serve como porta de entrada para o oficialato; ! A Aeronáutica é a mais recente das três forças armadas, tem como principal escola de formação a Academia da Força Aérea, sua função é formar os oficiais aviadores do Brasil; ! O ensino militar possui especificidades, em especial, os alunos são chamados de cadetes, algumas escolas possuem até o tempo presente restrições de gênero, sendo vetadas para mulheres, e também existem restrições físicas, devido à finalidade do ensino militar, que é capacitar pessoas para desempenhar funções bélicas nas guerras nas quais o Brasil for envolvido. ED UC AÇ ÃO E SP EC IA L E IN CL US IV A ! Quando se trata de temas de EDUCAÇÃO INCLUSIVA, fala-se da consolidação e universalização dos valores da sociedade moderna do humanismo e democráticos, que contemplam os direitos humanos; ! A EDUCAÇÃO ESPECIAL é uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular. ! O público alvo da educação, como define a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva atende as pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação. ! A educação especial e a inclusiva não podem mais ser questões compreendidas, abordadas e resolvidas de forma assistencialista, como ações de caridade. Antes de mais nada, trata-se de um direito humano, uma condição de justiça e dignidade social; e no campo de políticas públicas e na esfera didático pedagógica representam questões de grandes desafios do ponto de vista do indivíduo que é acometido por uma delas, da sociedade em que está inserido, da formação profissional pedagógica, bem como estruturas físicas que atendam às necessidades dos indivíduos que se encontram em tais circunstâncias e condições. ED UC AÇ ÃO E SP EC IA L E IN CL US IV A ! APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais criada em 1954, no Rio de Janeiro; ! Caracteriza-se por ser uma organização social, cujo objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla. A Rede APAE destaca-se por seu pioneirismo e capilaridade, estando presente em mais de 2 mil municípios em todo o território nacional. Nesse tempo a Organização acumulou resultados expressivos e que refletem o trabalho e as conquistas do Movimento Apaeano na luta pelos direitos das pessoas com deficiência; ! Nesse esforço destacam-se a incorporação do Teste do Pezinho na rede pública de saúde; a prática de esportes e a inserção das linguagens artísticas como instrumentos pedagógicos na formação das pessoas com deficiência, assim como a estimulação precoce como fundamental para o seu desenvolvimento; ! Hoje, no Brasil, essa mobilização social presta serviços de educação, saúde e assistência social a quem deles necessita, constituindo uma rede de promoção e defesa de direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. M AR G IN AL IZ AD O S E DE SV AL ID O S TU TE LA DO S PE LO E ST AD O ! A educação no Brasil tem também uma legislação separada para o cuidado com os órfãos, com os menores que cometeram crimes, além pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/ superdotação; ! Na educação lançada aos marginalizados, o Brasil possui uma tradição ampla, iniciada ainda no Império, com os reformatórios, até o presente, com sistemas estaduais que abrigam os menores em conflito com a lei; ! FEBEM - Fundações do Bem-Estar do Menor; ! No início dos anos 1990, foi criado o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê marcos legais para os menores sob a responsabilidade do Estado, sendo hoje comum a presença de modelos alternativos, como as chamadas mães sociais. . EN SI NO T ÉC NI CO N O BR AS IL ! O aprendizado para a indústria passa por frequentar uma escola técnica, na qual o aluno aprende as rotinas industriais, até ser capaz de atuar como técnico qualificado para determinada função, pois a mecanização da produção é uma tendência constante no capitalismo, sendo assim presente a necessidade de técnicos que cuidam das máquinas, que substituíram a tração animal ou o braço humano na confecção dos mais distintos produtos; ! O ensino técnico é voltado para as camadas mais baixas da população dos diferentes países industrializados, pois muitos observam no trabalho industrialespecializado uma chance de ascensão para a classe média. ! Não apenas o governo, como também a iniciativa privada faz parte do esforço em formar a mão de obra qualificada para o parque industrial brasileiro. As associações empresariais dos estados, em acordo com a CNI – Central Nacional da Indústria, fundaram o sistema “S”, formado pelo SENAI – SENAC – SENAR, entre outras. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial tem como função formar os técnicos das empresas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial fomenta a qualificação dos funcionários do comércio e, por fim, o mais novo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, capacita os técnicos das agroindústrias. ! O sistema “S” também se complementa com instituições ligadas ao esporte e lazer dos funcionários das empresas privadas, como o Serviço Social da Indústria – SESI – e Serviço Social do Comércio – SENAC. Ambas instituições atuam, na maior parte dos casos, com ações nos campos recreativos, esportivos e culturais. Porém, em alguns Estados da federação, como no caso de São Paulo e Paraná, o SESI atua diretamente no ensino básico, isto é, em escolas de Ensino Fundamental e Médio. O SESI também tem forte atuação no Ensino de Jovens e Adultos – EJA. PA RÂ M ET RO S CU RR IC U LA RE S N AC IO N AI S (P CN ) ! No ano de 1996, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1ª à 4ª série; em 1997, de 5ª à 8ª série; em 1998, os de Ensino Médio; em 1999 foram feitos acréscimos aos PCN, que ficaram conhecidos como Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. ! Os PCN (1997) destacam que o professor não está sozinho no processo de ensino e aprendizagem. Existem a família, o mundo do trabalho, as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos sociais, os meios de comunicação, as atividades culturais, entre outras com as quais ele precisa buscar apoio, colaboração e se relacionar. ! Os PCN enfatizam que sejam considerados conteúdos e temas que contemplam o exercício da cidadania e o respeito à diversidade, as relações sociais, o mundo do trabalho, os temas transversais (ética, meio ambiente, pluralidade cultural) nas mais diferentes disciplinas, conteúdos, séries e faixas etárias dos estudantes. ! Os PCN's apresentam os objetivos gerais e objetivos específicos a cada fase de instrução. Os objetivos gerais do Ensino Fundamental residem na tentativa de que os estudantes gradativamente sejam capazes de ler e compreender sua realidade, posicionar-se e agir tendo em vista critérios e parâmetros. HI ST ÓR IA D A ÁF RI CA E C UL TU RA A FR O- BR AS IL EI RA : A LE I N º 1 0.6 39 , D E 20 03 ! Em 2003 foi aprovada e sancionada a Lei nº 10.639, que alterou o conteúdo da Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394/1996) e tornou obrigatório o ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira nas modalidades de Ensino Fundamental e Médio; ! Esta lei faz parte de outras atividades afirmativas por parte do governo que fortalecem as Leis de cotas raciais, as quais se encontram em vigor desde os anos de 2000. Trata-se de uma possibilidade de superação da opressão e invisibilidade social promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira, empoderamento e valorização da identidade étnica, pois o racismo constitui um fator estruturante de injustiças sociais; ! A partir da aprovação desta lei ganham representatividade e expressão os seguintes movimentos sociais: • Fundação Cultural Palmares (FCP). • Movimento Negro Unificado (MNU). • Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN). • União de Negros pela Igualdade (UNEGRO). • Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). • Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN). AS P OS SI BI LI DA DE S DO S ES PA ÇO S NÃ O ES CO LA RE S ! A partir dos anos de 1980, quando se deu a redemocratização da sociedade brasileira e a retomada da participação popular nos campos decisivos da política e educação, novos pactos de responsabilidade no processo de educação e formação dos indivíduos são acordados, sendo que não caberia mais somente às famílias e à escola a missão de formar os indivíduos, cabendo às instituições, organizações, espaços públicos e à sociedade civil como um todo comprometer-se com esta tarefa. ! CONSELHO TUTELAR ! ONGs - Organizações Não Governamentais ! CAPs - Centro de Atenção Psicossocial ! CRAs - Centro de Referência de Assistência Social PAULO FREIRE (1921-1997) ! Paulo Freire foi um dos intelectuais da educação que mais se destacou ao longo das décadas de 1960 até 1990. Seus livros foram a inspiração para muitos educadores brasileiros; ! Freire fazia uma aliança entre os fundamentos e concepções cristãos e marxistas, simpatizava com elementos da psicanálise, da linguística, teologia, política e filosofia. O método considerava a experiência de vida daqueles estudantes e o contexto social no qual se inseriam; centrava-se na adaptação à realidade dos conteúdos e temas que eram estudados, em especial na tarefa de identificação das relações de trabalho, das experiências de exploração e injustiça, e reconhecer as possibilidades de libertação e realização humana que se encontram latentes na realidade; ! No livro "A pedagogia do oprimido", denunciou o que denominou como Ensino Bancário, ou a pedagogia dos dominantes, criticava que a memorização seria mais valorizada que a reflexão; ! As obras de Paulo Freire foram fortemente incorporadas pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), aos movimentos sociais rurais e também urbanos, bem como aos grupos de educação de jovens e adultos e a educação popular. ! Sua filha, Madalena Freire dedica-se à educação infantil e a manter vivo o legado do pai. RU BE M AL VE S ! Foi escritor, educador, psicanalista, teólogo e ex-pastor presbiteriano, dedicou-se a escrever sobre a educação, em especial, a educação infantil; ! Um dos fundadores da Teologia da Libertação; ! Possui inúmeros livros publicados que tratam de religião, psicanálise, literatura infantil. DE RM EV AL S AV IA NI ! Filho de trabalhadores operários, é um filósofo, professor e pensador da educação; ! A ele é reconhecida a autoria de uma pedagogia dialética, mais conhecida como pedagogia histórico-crítica, na qual preza pela aprendizagem significativa, que forja a postura de indivíduos críticos, autônomos e que vislumbram a inclusão social. ! Escreve sobre os temas de teoria, didática e metodologia da educação; ! Para o autor, os principais desafios que estão postos aos profissionais da educação são os de reafirmar a educação como capacitação para a autodeterminação de forma racional pelos indivíduos, pela formação da razão crítica; repensar o conceito de qualidade democrática numa pedagogia emancipatória; que os sistemas de ensino e as escolas estejam comprometidos com a qualidade cognitiva da aprendizagem e que a vida escolar esteja articulada com o mundo social, com o mundo informacional e o mundo comunicacional, fazendo com que a escola represente um “espaço de síntese”; repensar os processos de ensino e aprendizagem na sociedade do conhecimento e da informação; reconhecer que a autonomia das escolas depende de uma reconfiguração das práticas de gestão e dos processos de tomada de decisões; recuperar a significação social da atividade do professor, ou seja, da identidade profissional do professor. JOSÉ CARLOS LIBÂNEO PO LÍ TI CA S PÚ BL IC AS E DU CA CI ON AI S NO B RA SI L SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - instituição sem fins lucrativos que promove ações que visam promover desenvolvimento científico, tecnológico, educacional e cultural. INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Vinculado ao Ministério da Educação (MEC), responsável por promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o objetivo de produzir informações a gestores, pesquisadores e educadores e subsidiara formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional. FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - responsável por executar políticas públicas em educação. PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país. PROUNI Programa Universidade para todos - concessão de bolsas de estudos integrais e parciais em cursos de graduação e formação específica em instituições de ensino privadas. ENEM Exame Nacional do Ensino Médio - fornece um panorama do desempenho dos estudantes tanto de escolas públicas como particulares ao término do Ensino Médio. A partir dos dados gerados no Enem, os governos lançam políticas públicas em educação e instituições que visam à melhoria da própria modalidade, assim como favorecem o acesso a bolsas e financiamentos no Ensino Superior. Um exemplo disto é o ProUni. ENADE Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - avaliação que almeja avaliar o rendimento dos estudantes quando do término dos cursos de graduação. A primeira avaliação ocorreu no ano de 2004 e é aplicada a cada três anos. Lembre-se que no próximo encontro será liberada a Avaliação Final III e IV (2 questões discursivas e 10 questões objetivas referente a todas as Unidades) BONS ESTUDOS!! IMPO RTAN TE
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